Do direito a acreditar que a Terra é plana
Eu acho que os crentes têm direito a acreditar que a Terra é plana. Têm direito a propagandear essa boa nova e o «conforto espiritual» que lhes dá. A juntarem-se para cantar canções sobre a felicidade planista. Podem até fundar escolas e ensinar que a Terra é plana e que nós vivemos do lado de baixo durante a noite, e do lado de cima durante o dia. E podem editar jornais e comprar canais de televisão que promovam essa ideia salvadora, a planura do nosso planeta.
O que me aborrece é que quando digo que a Terra é (aproximadamente) esférica me chamem intolerante; que quando apresento provas da sua esfericidade, me insultem e me tentem calar; que quando defendo que a escola pública deve ensinar apenas a teoria da Terra esférica e suas provas, me acusem de promover o ateísmo de Estado (mesmo que eu garanta que a escola não deve refutar a teoria da Terra plana…); finalmente, quando digo que acreditar na Terra plana é uma credencial menos do que boa para fundamentar opiniões sobre a IVG ou sobre se a mulher pode iniciar o divórcio, acusam-me de querer ilegalizar a religião.
Arre!