Resposta a um inquérito académico (2)
P – Num estado constitucionalmente secular e laico o que pensa da Concordata e desta num contexto em que existe a Lei da Liberdade Religiosa?
Resposta – Num Estado secular e laico a Concordata é uma aberração. As religiões deviam estar em igualdade e ao Estado competir apenas a defesa da liberdade de culto, uma vez que a liberdade de associação e reunião estão amplamente asseguradas.
A Lei da Liberdade Religiosa tornou-se uma necessidade, face à Concordata, para dar migalhas que escondessem os privilégios escandalosos da Igreja católica que, um pouco à semelhança dos países muçulmanos, vai aumentando progressivamente a sua influência no ensino, saúde e assistência, transformado direitos constitucionais, numa época de crise, em assistencialismo pio.
Num Estado laico o direito à crença e à descrença deve ter igual valor e não cabe ao poder de turno definir o que é a verdade religiosa ou ser um instrumento de propagação da fé e de sustentação de qualquer culto.
A existência de capelanias hospitalares, militares e prisionais (sempre católicas) são um instrumento de discriminação das outras confissões religiosas.
Perfil de Autor
- Ex-Presidente da Direcção da Associação Ateísta Portuguesa
- Sócio fundador da Associação República e laicidade;
- Sócio da Associação 25 de Abril
- Vice-Presidente da Direcção da Delegação Centro da A25A;
- Sócio dos Bombeiros Voluntários de Almeida
- Blogger:
- Diário Ateísta http://www.ateismo.net/
- Ponte Europa http://ponteeuropa.blogspot.com/
- Sorumbático http://sorumbatico.blogspot.com/
- Avenida da Liberdade http://avenidadaliberdade.org/home#
- Colaborador do Jornal do Fundão;
- Colunista do mensário de Almeida «Praça Alta»
- Colunista do semanário «O Despertar» - Coimbra:
- Autor do livro «Pedras Soltas» e de diversos textos em jornais, revistas, brochuras e catálogos;
- Sócio N.º 1177 da Associação Portuguesa de Escritores
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