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Etiqueta: Cristianismo

4 de Janeiro, 2011 João Vasco Gama

Mudar de opinião

Uma pessoa de mente aberta deve condicionar a sua opinião às evidências e aos factos.

Quando acreditamos que um facto é verdadeiro sabemos que essa crença poderia ser alterada perante evidências em contrário.

Este princípio deve aplicar-se a tudo, e eu aplico-o também à minha crença de que Deus não existe. Existem várias coisas que, a acontecerem, fariam mudar a minha opinião a respeito da existência de Deus. Mesmo do Deus cristão.

Jesus podia aparecer, como teria aparecido aos discípulos, mostrar as chagas e tudo o mais. Ou poderia aparecer na ONU e fazer milagres que seriam escrutinados por todo o mundo. A oração poderia ser capaz de fazer crescer braços e pernas naqueles que as perderam, ou pelo menos nos mais devotos entre eles. Ou numa mesma noite toda a gente, em todo o mundo, poderia ser visitada por um anjo que esclarecesse qual a forma mais correcta de interpretar a Bíblia, evitando assim tantos equívocos entre aqueles que querem seguir o caminho de Jesus. Enfim, as possibilidades são imensas.

E um cristão? E outro crente religioso não cristão? Que factos ou acontecimentos o fariam concluir que afinal Deus não existe?
Se não existirem nenhuns, então a pessoa não tem a mente aberta em relação a esta crença.

29 de Junho, 2010 João Vasco Gama

Pequenos episódios das guerras religiosas

Desta feita, em Jacarta:

«O grupo que consiste em nove membros representando diferentes organizações islâmicas na cidade, formou-se no Domingo, o último dia do congresso Islâmico Bekasi na mesquita Al Azhar, convocado para dar resposta ao, assim chamado, “problema da cristianização“.

Entre as recomendações deste congresso está a formação de grupos militantes islâmicos, laskar, no seio de cada mesquita, e o esboço de políticas baseadas na Charia pela administração Bekasi.

Todos os muçulmanos deveriam unir-se e manter-se em guarda, pois… os cristãos estão a preparar alguma“, disse ao Jakarta Globe Mur hali Barda, cabeça da ala Bekasi da linha-dura da Frente de Defesa Islâmica (FPI).

Aparentemente, querem testas a nossa paciência. Planeamos convidá-los para um diálogo para determinar aquilo que realmente querem. Se as conversações falharem, isso pode significar guerra”, avisou.»

Uma entre muitas ilustrações do difícil convívio entre crenças baseadas não naquilo que é partilhável – as observações da realidade – mas sim naquilo que é divisivo, os dogmas e as superstições dos antepessados.