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18 de Novembro, 2015 Carlos Esperança

O Islão e a civilização

É fácil islamizar uma civilização, difícil é civilizar o Islão. O mais feroz monoteísmo é a cópia grosseira dos monoteísmos anteriores, servida pela lógica implacável da guerra aos infiéis.

O proselitismo é comum mas a Reforma, o Renascimento, o Iluminismo e a Revolução Francesa foram os passos que permitiram substituir a alegada vontade de Deus pela dos homens e submeter o clero ao poder secular.

O erro maior é o tratamento das religiões de forma diferente do das outras associações, incluindo os partidos políticos. A pregação da violência, os apelos à morte dos infiéis e a fanatização que se permite, em nome do multiculturalismo, nas madraças e mesquitas, é objeto de uma benevolência de que nenhuma outra associação goza.

O Corão é mais perigoso do que o «Mein Kampf», de Hitler, mas o manual terrorista de Maomé goza de complacência com o risco de incentivar ações criminosas e respostas racistas contra os crentes em vez do combate eficaz à crença.

Pode dizer-se – e é verdade –, que o Antigo Testamento, um livro da Idade do Bronze, é o livro terrorista que reflete a sociedade misógina, violenta, tribal, vingativa e patriarcal dessa época e que é comum às três religiões mas é preciso discernir entre quem abdicou de o levar à prática e quem não desiste.

Se a Europa se deixa tolher pelo medo ou se precipita na vingança aos imigrantes abdica da civilização que a engrandece, regressa à barbárie e dá a vitória aos terroristas que a ameaçam. Nem o perdão nem a vingança são compatíveis com o modelo de sociedade que custou milhões de vidas.

É preciso defender os crentes e combater as crenças que ameaçam a paz e a civilização, retirar-lhes os meios de financiamento e erradicar as cumplicidades interesseiras.

17 de Novembro, 2015 Carlos Esperança

França – Nicolas Sarkozy e a pena de morte

Sarkozy propõe o restabelecimento da pena de morte para os suicidas terroristas.

É esta cobardia que os terroristas exigem, o retrocesso civilizacional por que a demência islâmica luta, a capitulação de políticos populistas, perante as exigências mais primárias, por um punhado de votos.

É tão grave a ameaça do recuo civilizacional face à chantagem do terror, que arriscamos perder o que levou séculos a conseguir, contra a vontade dos clérigos. Há quem renuncie à razão para responder à demência da fé, quem recorra à pena de Talião, quem julgue que um problema se resolve criando outro.

Sendo duvidoso julgar um suicida que não falha é incompreensível que o Estado ajude a consumar o desejo a quem o falhou.

Perante um ato que aturdiu o mundo civilizado, só a demagogia justifica desvarios em troca de votos.

15 de Novembro, 2015 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP)

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À Embaixada de França

[email protected]

Senhor Embaixador Jean-François BLAREL

Excelência:

A Direção da Associação Ateísta Portuguesa (AAP), profundamente consternada com o terrorismo que ontem ensanguentou a França e feriu o mundo civilizado, vem por intermédio de V. Excelência, apresentar condolências às famílias das vítimas e ao povo francês.

A AAP pede ainda que transmita ao Presidente da República e ao seu Governo a nossa solidariedade com a laicidade de que a França é pioneira e exemplo, e cujo reforço se exige para a defesa da civilização, da democracia e da convivência que são apanágio da Europa.

O proselitismo religioso não é apenas nocivo e prejudicial, é – como tragicamente se vê – letal e potencialmente destruidor da civilização.

Na defesa de uma sociedade plural não se pode contemporizar com o extremismo totalitário, religioso ou outro.

Contamos com a determinação francesa para que a razão se sobreponha aos dogmas e a cidadania à barbárie que alguns confundem com multiculturalismo.

Odivelas, 14 de novembro de 2015

a) A Direção da AAP

14 de Novembro, 2015 Carlos Esperança

Terrorismo islâmico

Quando se lambem as feridas de mais um atentado terrorista que ensanguentou Paris e feriu a civilização, são inoportunas as referências a crimes que a Europa e os EUA têm cometido no Médio Oriente e noutros países do Planeta.

Lembrar a cimeira das Lajes, agora, é um ato masoquista e a forma de desviar atenções da natureza terrorista do Corão, do fascismo islâmico, dos gritos ululantes com que a rua islâmica assinala entusiasticamente o triunfo da fé sobre a razão.

Todos os democratas e humanistas lamentam que não sejam julgados os cruzados que invadiram o Iraque ou alimentam terroristas bons (os seus) contra os maus (os outros). Sabemos que a sinistra monarquia da Arábia Saudita pertencia aos bons e o Iraque aos maus, mas referir agora esses motivos minimiza a crueldade do Islão e apoia a demência da fé que um beduíno amoral espalhou.

Há hoje um combate que chama ateus, agnósticos e, sobretudo, crentes. É um combate na defesa da laicidade, na proteção dos crentes contra as suas crenças, na erradicação do proselitismo que ameaça a paz e a civilização.

Depois de mais um ato de horror que se repete com monótona regularidade é altura de gritarmos a indignação e de combatermos as pulsões racistas e xenófobas, os demónios que também podem nascer nos herdeiros do Iluminismo e da Revolução Francesa.

Ontem o fascismo islâmico e o cristão tiveram um dia de glória. O Estado Islâmico e a Frente Nacional saíram vitoriosos por entre corpos chacinados e o terror instalado.

O medo é o combustível que alimenta a fé e a extrema-direita. Um califa, algures no Médio Oriente, e Marine Le Pen tiveram ontem uma prenda.

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14 de Novembro, 2015 Carlos Esperança

Paris – Atentados

Em Paris vive-se o horror de uma orgia de sangue que, em sete pontos distintos, visaram espalhar o terror, manifestar o ódio e submeter a liberdade.

É cedo para atribuir a origem da bem delineada estratégia de terror. Foi organizada com rigor exemplar, notável eficácia e crueldade insuportável.

É cedo para identificar os autores mas já é tarde para prevenir os danos e não é arriscado dizer que a civilização de que nos reclamamos foi atingida no coração da Europa numa reincidência desmoralizadora.

Se quisermos preservar a democracia, único sistema em que vale a pena viver, seremos obrigados a submeter aos padrões civilizacionais que nos regem todos os que queiram integrar o espaço europeu. Não podemos ficar reféns do terrorismo, seja qual for a sua origem, seja qual for o pretexto, venha de onde vier.

14 de Novembro, 2015 Carlos Esperança

Urge conter o fascismo islâmico

Estado Islâmico cometeu genocídio contra yazidis no Iraque, diz relatório
Texto foi feito pelo Museu do Memorial do Holocausto dos Estados Unidos.
Crimes foram cometidos em Nínive entre junho e agosto de 2014.

Da Reuters

Iraquianos da minoria yazidi no acampamento Bajid Kandala na província de Dohuk. Eles se refugiaram no local para fugir dos avanços jihadistas (Foto: Ahmad Al-Rubaye/AFP)Iraquianos da minoria yazidi no acampamento Bajid Kandala na província de Dohuk em foto de 2014. Eles se refugiaram no local para fugir dos avanços jihadistas (Foto: Ahmad Al-Rubaye/AFP)

Militantes do Estado Islâmico cometeram genocídio contra o povo yazidi no norte do Iraque, assim como crimes de guerra e contra a humanidade e limpeza étnica, afirmou o Museu do Memorial do Holocausto dos Estados Unidos nesta quinta-feira (12).

13 de Novembro, 2015 Carlos Esperança

Sentido prático. A fé precisa de massagens

Relatório afirma que propriedades do Vaticano serviram de prostíbulos e casas de massagem para sacerdotes

Compras de imóveis teriam favorecido parceiros da instituição, após novas informações vazadas.

Vaticano adquiriu participação em propriedades valiosas Reprodução/Facebook

Em mais uma série de documentos que vazaram, dentro do escândalo Vatileaks, a Igreja Católica passou por novo constrangimento nessa quarta-feira (11), com a revelação de que o Vaticano possui propriedades em Roma nas quais funcionam saunas e casas de massagem. Nos locais, sacerdotes pagam por sexo. As informações são do The Independent.

No relatório, também foi revelado que o Vaticano está alugando os edifícios, em negociações obscuras, que favorecem colegas poderosos de membros da instituição, além de permitir que as propriedades funcionem como estabelecimentos de prostituição.

O documento cita algumas propriedades, inclusive com endereço. Entre elas estão locais situados em duas ruas próximas ao Parlamento italiano e um solário perto da Piazza Barberini, segundo informou a imprensa local.