Sócio R. M. R.
É mais um episódio de sabotagem dessa organização terrorista designada por igreja católica apostólica romana (icar) às tentativas de apostasia.
Compreendo as motivações de quem solicita a apostasia, por parte de ateus e ateias, que foram batizados e que não querem ser integrados nas estatísticas da icar. Eu também estou nessa situação. Ou pior, estou a ser perseguido por fundamentalistas católicos e um dos impactos dessa perseguição, tem resultado numa situação (…), desde Abril de 2011.
Retransmito uma opinião que já manifestei há uns dois anos. Promover uma movimentação social, que envolva milhares de pessoas, no sentido de realizarem a apostasia, parece-me positivo. Contudo, tal implica uma desvantagem de que a icar se está a aproveitar e bem.
Se por consciência individual na qual assumimos publicamente, por palavras e atos, que somos ateus (ou ateias), é porque somos ateus. Em termos estatísticos a instituição que tem autoridade para contabilizar as pessoas segundo a sua posição religiosa, agnóstica ou ateísta, é o Instituto Nacional de Estatística (INE). A icar não tem essa legitimidade. A partir do momento em que nos consideramos ateus, o batismo a que fomos sujeitos, perdeu qualquer razão de ser.
Deste modo, a Apostasia só tem sentido como simbologia de rotura com o catolicismo. O seu lado negativo é o de que, mesmo que não o queiramos, estamos a pedir autorização à icar para que nos reconheça como não católicos e a icar sabe muito bem aproveitar esse poder que os/as apóstatas lhe estão a dar, negando a apostasia e submetendo-os a uma linguagem ultrajante.
Saudações ateístas. Viva o Ateísmo e a Liberdade!
«Não há salvação em nenhum outro [para além de Jesus], porque, sob o céu, nenhum outro nome foi dado aos homens pelo qual devamos ser salvos». (Actos4:12).
«O Evangelho segundo São Marcos tem cerca de 40 versículos explicitamente anti-semitas. Incluem a cena teatral fictícia de Pôncio Pilatos, que foi o verdadeiro assassino de Jesus, perguntando-se inocentemente o que fez Jesus para merecer a ira dos sacerdotes e da multidão de judeus, enquanto os Judeus gritam mais de uma vez a Pilatos «crucifica-o»». (S. Marcos 15:6-15).
«O Evangelho segundo S. Lucas tem cerca de 60 versículos explicitamente anti-semitas. Apresenta João Baptista a chamar aos judeus que acreditavam que ser judeus era o caminho para Deus «raça de víboras» que iriam sofrer «com a ira que os ameaçava»». (S. Lucas 3:7-9).
«O Evangelho segundo S. Mateus tem cerca de 80 versículos explicitamente anti-semitas. Neles, São Mateus conta como João Baptista chamava aos Judeus, os chamados fariseus e saduceus, «raça de víboras», epíteto que pôs também na boca do próprio Jesus quando se dirige aos judeus que são fariseus como «raça de víboras», como podeis dizer coisas boas, vós que sois maus?». (São Mateus 3:7 e 12:34).
«Os Actos dos Apóstolos têm cerca de 140 versículos explicitamente anti-semitas. Apenas 8 dos seus 28 capítulos estão isentos de anti-semitismo».
«O Evangelho segundo S. João contém cerca de 130 versículos anti-semitas. (…). O Jesus de S. João acusa os Judeus de o tentarem matar. (…) O Jesus de S. João conclui que aqueles que o rejeitam, os Judeus, «pertencem ao (seu) pai, o Demónio»». (S. João 7:28 e 8:37-47).
«Só estes cinco livros contêm versículos explicitamente antissemitas suficientes, num total de 450, para haver em média mais de dois por cada página da edição oficial católica da Bíblia».
Fonte: A Igreja Católica e o Holocausto – Uma dívida moral, de Daniel Jonah Goldhagen.
Nota: Que fazer com um livro que prega o ódio e cujos crentes estão convencidos de conter a palavra do seu Deus?
Com estas citações espero responder aos crentes de boa fé que acreditam não haver no Novo Testamento qualquer manifestação de antissemitismo.
«Bem-aventurados os ignorantes porque deles é o reino do Céu».
Confesso que acabei por ouvir a notícia um tanto na diagonal. A catadupa de informação (quiçá alguma contra-informação) acerca dos acontecimentos de Paris fez-me, provavelmente, adormecer um pouco. porém ainda consegui apreender que a mãe de um dos suicidas era (é) portuguesa. Nada de especial, já que nunca se sabe para que uma mãe cria um filho. Mas consegui tomar alguma atenção aos antecedentes. A lusa senhora chama-se Lúcia de Fátima. Tem um irmão e uma irmã chamados, respectivamente, Francisco e Jacinta. A D. Lúcia de Fátima ( Fátima é, curiosamente, nome árabe) casou-se com um islamita, e fez uma visita a Póvoa de Lanhoso, terra da sua origem, envergando um véu islâmico. Do casamento nasceu o futuro islâmico radical, que partiu em busca das prometidas virgens.
Coincidência, ou hereditariedade?
Ou teoria da conspiração?
Há quarenta anos, convenientemente sacramentado, faleceu o maior genocida ibérico da História. Deixou centenas de milhares de mortos, execuções macabras nas arenas e um país atrasado e violento, em trinta e nove anos de poder discricionário.
Derrubou o governo legal de Espanha e impôs uma ditadura fascista cuja crueldade foi a imagem de marca que a Igreja católica ungiu. Teve cúmplices e amigos, alguns que hoje estão nos altares da Igreja romana, como Santo Escrivà, e uma caterva de torturadores e assassinos ao seu serviço.
Foi o carrasco do povo espanhol, produto da Espanha feudal, beata e analfabeta, de uma sociedade formatada por sectores católicos que aderiram nazismo.
O carrasco católico cuja consciência nunca o atormentou deixou como herança uma monarquia tão ilegítima como a sua torpe ditadura. O criminoso que Hitler ajudou a ganhar a guerra e que massacrou o povo espanhol com o poder destruidor da aviação, é hoje o símbolo sinistro de uma época hedionda, o déspota sem princípios nem piedade, o católico beato e assassino.
Não me permito com títulos de caixa alta dos jornais fazer julgamentos que cabem aos tribunais e, mesmo que venha a provar-se a prática de esclavagismo, no ambiente pio de conventos, não generalizarei.
O que sempre me incomodou foi a displicência com que o Estado permite à Igrejas uma impunidade e privilégios que nega a outras organizações. Se um padre e algumas freiras são capazes de exercer sevícias sobre noviças é um crime hediondo mas igual ao que em outros locais e com outras gentes pode ser cometido.
O que não pode deixar de merecer séria reflexão é a sanidade mental de quem se isola da vida e do mundo, os motivos e, sobretudo, a liberdade de opção. Aliás, a liberdade individual é um direito irrenunciável e a clausura, ainda que voluntária, um atentado.
Os antecedentes dos conventos da Irlanda que os tribunais encerraram deviam fazer-nos pensar em Portugal, onde a Concordata transformou em protetorado o País, concedendo privilégios intoleráveis e isenções fiscais intoleráveis.
As heranças deixadas a instituições pias jamais são objeto de investigação judicial e não saberemos quando foram transmitidas de livre vontade ou extorquidas.
Não pode haver um Estado dentro de outro.
Na última edição de sua revista digital, a Dabiq , o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), responsável pelos ataques terroristas que mataram pelo menos 129 pessoas na última sexta-feira em Paris, diz que hasteará sua bandeira preta no Vaticano, em mais um claro ataque contra os membros da igreja católica.
Alemanha “tem certeza” que EI quer realizar ataques no país
Já sabemos que uma andorinha não faz a Primavera, que uma árvore não é uma floresta, que a presunção de inocência um direito consagrado, etc. Mas há suspeições que não deviam existir. Ou a que não se devia dar aso.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.