19 de Julho, 2004 Carlos Esperança
Santana Lopes (PSL) rezou na televisão
Acompanhado de uma câmara, para filmar a persignação e as rezas, o primeiro-ministro deslocou-se hoje à campa de Sá Carneiro. Deus podia estar ausente e, assim, ficou documentada a fé, para memória futura.
Não se sabe se PSL foi agradecer o milagre que o guindou ao poder, sufragar a alma do extinto ou cumprir penitência por pecados próprios, mas mostrou aos padres e ao País que é homem que sabe pôr-se de joelhos.
Se PSL for tão competente a governar como hábil a rezar, a Pátria está salva.
Vem aí a prosperidade em troca de ave-marias e padre-nossos.
Está assegurada a retoma por intercessão celestial.
E, se por desatenção divina, persistirem as desgraças que nos bateram à porta, o destino das almas fica melhor acautelado.
Se o Presidente da República não fosse ateu, a tomada de posse do XV Governo teria direito a bênção – a maior bênção de pastas de sempre.