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9 de Dezembro, 2017 Carlos Esperança

Momento de poesia

Oração poética

Quando se fala de caridade

deve falar-se de fé e ideologia

e de Isabel Jonet*

que trabalha de graça para Deus,

embora o Nazareno, sem saber a tabuada,

lhe tenha feito uma partida,

baralhando o jogo

com o milagre da multiplicação dos pães…

Alexandre de Castro

Lisboa, Dezembro de 2017

7 de Dezembro, 2017 Carlos Esperança

Os padres mentem

Terça-feira, 20 de julho de 2010 A Igreja e os seus conventos-cárceres franquistas.
 Diário de uns Ateus – É fácil a leitura em espanhol
«La Iglesia es una institución autocrática y absolutista, así como tradicionalmente oscurantista. De ahí que se lleve tan bien con los regímenes totalitarios, en particular el fascismo y el nazismo, dado que se ve replicada en ellos. Así es como la Iglesia ha proporcionado históricamente apoyo moral y justificación ideológica a los más violentos regímenes totalitarios y brutales dictaduras militares en todo el mundo (Europa, América Latina, África, etc.).

Para el papa Pío XII, el régimen ideal de gobierno era el que se daba en la España de Franco y felicitó personalmente a Franco (caudillo “por la gracia de Dios”) por la “victoria católica” en España. Además, en 1953, el Vaticano, con Pío XII a la cabeza, otorgó a Franco, en una solemne ceremonia, la mayor condecoración que concede la Iglesia católica: la Suprema Orden de Cristo.

Para que se saiba, abram o link abaixo.
Blog: Los curas mienten
Entrada: La Iglesia y sus conventos-cárceles franquistas.
6 de Dezembro, 2017 Carlos Esperança

A Universidade de Coimbra e a missa da Imaculada_2

Quando o reitor da Universidade decide convidar os professores, funcionários e alunos para a missa, abdica de ser uma autoridade académica e torna-se o muezim romano que se encarrega de anunciar o momento da oração.

5 de Dezembro, 2017 Carlos Esperança

A Universidade de Coimbra e a missa da Imaculada

A Universidade de Coimbra é capaz do melhor e do pior, de gerar cientistas de elevado mérito e beatos capazes de conduzir a caldeirinha, com o hissope, atrás das saias de um capelão. Tem investigadores notáveis e beatos de rara sofreguidão teófaga, deliciando-se com a missa e hóstia diárias, às vezes os mesmos, assunto que devia ser de natureza particular, e seria de intolerância e mau gosto comentar.

Acontece, porém, que o Magnífico Reitor entende que na Universidade, onde a tradição e os dinheiros públicos mantêm um capelão, deve ser ele e o capelão a convidarem os professores, alunos e funcionários, para a missa de homenagem à padroeira da Universidade – a Imaculada Conceição –, que terá lugar a 8 de dezembro, pelas 12H00, na capela de S. Miguel.

Que o capelão, no exercício das funções, convide os créus a assistir a uma cerimónia da sua religião, compreende-se. Permite, aliás, ver a magnífica capela, uma relíquia da arte sacra, e, no caso dos devotos, venerarem um dos numerosos avatares da mãe de Jesus que o Papa Pio IX, em 8 de dezembro de 1854, tornou obrigatoriamente virgem, como é hábito milenar para as mães de diversos deuses.

O que não é aceitável é que a mais alta entidade académica, de uma Universidade laica, se comporte como o diretor de uma escola confessional ou o mullah de uma madrassa. Quem preside ao areópago da Ciência e das Humanidades não pode dedicar-se às coisas pias, sobretudo num país laico onde a separação das Igrejas e do Estado é obrigatória.

São exemplos destes que levaram uma ilustre e beata professora, quando vice-reitora, a propor a recriação da Faculdade de Teologia, o que não conseguiu porque o bom senso e a formação cívica do corpo docente a inviabilizaram.

Uma faculdade de teologia teria certamente licenciaturas em islamismo, cristianismo e judaísmo, bacharelatos em hinduísmo, xintoísmo e budismo, graduações em lançamento de búzios, mestrados em tarô e bruxaria, e doutoramentos em exoterismo.

Não falei dos méritos – são muitos –, que exornam a Universidade de Coimbra, lamento as atitudes que a desprestigiam. A Universidade devia ser o último reduto na defesa da laicidade e não a vanguarda do convite à genuflexão pia, à prática litúrgica e à devoção.

4 de Dezembro, 2017 Carlos Esperança

A apostasia

À semelhança do que tem feito a Associação Ateísta Portuguesa também em Espanha numerosos cidadãos renunciam à religião em que os batizaram, neste caso a Igreja católica.

Ver aqui

2 de Dezembro, 2017 Carlos Esperança

O Papa mantém-se vivo!

De acordo com vários veículos especializados, Mattietti foi convocado pelo presidente do banco, o especialista francês Jean-Baptiste de Franssu, que anunciou sua demissão sem maiores explicações

Por: AFP – Agence France-Presse

O subdiretor do Instituto de Obras Religiosas (IOR), o banco do Vaticano, foi demitido – anunciou a Santa Sé nesta quinta-feira (30), uma decisão tomada após atritos internos acerca de uma reforma financeira da entidade.

30 de Novembro, 2017 Carlos Esperança

Notas Soltas

Arábia Saudita – O príncipe herdeiro expurga príncipes concorrentes e recebe apoio do Ocidente para preparar a invasão do Irão xiita. Não há terrorismo xiita há mais de uma década, e o sunita é financiado pelos sauditas que – diz-se –, querem agora acalmar a fé.

Estado Islâmico – A expulsão do território onde estava instalado não o erradicou. O EI sobrevive no coração de sunitas fanáticos, com cumplicidades financeiras que permitem sustentar o terrorismo global e as madrassas e mesquitas que lhes prometem o Paraíso.

Egito – A violência do ataque a uma mesquita na região do Sinai-Norte fez mais de 300 mortos e de 100 feridos. É preciso muita fé para tamanho ódio, o prazer de matar quem crê no mesmo Deus, com uma liturgia não homologada (heresia) pelos assassinos.

Irão – Como país islâmico, o sexo é proibido antes do casamento, e o álcool sempre. Os jovens ricos arriscam a vida e desafiam o clero, em orgias de sexo e álcool. Era aliciante ver as hormonas e o vício a sobreporem-se à virtude e a derrotarem o desvario da fé.

29 de Novembro, 2017 Carlos Esperança

Vaticano – Ciência, milagres e santidade

Pensava que os milagres, cientificamente comprovados no laboratório do Vaticano, num mínimo de dois, eram provas académicas de acesso à santidade, alinhadas com o mundo profano, onde o primeiro milagre equivaleria ao mestrado e o segundo ao doutoramento.

Pensava ainda, que a canonização, sem numerus clausus, atribuiria o alvará para novos milagres, sendo os dois primeiros as provas de exame no apertado filtro da canonização que, com o defunto ausente, fariam da Sagrada Congregação para as Causas dos Santos, a Sala dos Capelos da Universidade de Coimbra, com o pseudónimo de Prefeitura.

Compreende-se que os santos precisem de provas para poderem continuar no ramo dos milagres, sendo os primeiros obrados à experiência e os seguintes já com provimento definitivo. Isso justificaria as alegadas exigências postas na comprovação científica dos prodígios pela Congregação oficial para evitar uma exclusão do Livro dos Santos, como sucedeu a S. Guinefort que, apesar de mártir, foi exonerado quando se descobriu que era um cão, e o templo, em sua honra, foi mandado arrasar pelo Papa de turno.

Um santo, depois do alvará de canonização, tem direito a biografia no Livro dos Santos, acompanhada da oração dedicada ao mesmo, de uma imagem clássica e do patronato e dia consagrado dento do culto católico. Não admira, pois, a exigência de três médicos que confirmem os milagres e a dificuldade acrescida dos defuntos em obrarem milagres de jeito, depois da evolução farmacológica e dos avanços médicos.

Exceto na oncologia, os milagres andam agora pelas varizes, furúnculos, queimaduras, moléstias da pele e, às vezes, pela fisiatria. Acontecem sempre na área da medicina e nunca na economia, física ou matemática, isto é, a santidade está confinada a medicinas alternativas.

Mas o que surpreende é a inércia dos santos reconhecidos e o frenesim dos candidatos. Nuno Álvares Pereira, depois da brilhante cura do olho esquerdo de D. Guilhermina de Jesus, queimado com salpicos de óleo fervente de fritar peixe, e logo canonizado, nunca mais curou um simples furúnculo, hemorroides ou uma fratura do colo do fémur, o mesmo acontecendo com os milhares de canonizados dos três últimos pontificados.

A canonização, se o negócio da santidade perdurar, deixará de ser um alvará para obrar milagres e passará a mero pergaminho de jubilação, com a assinatura papal e o lacre do Vaticano, para gáudio dos devotos do país de origem.