Código Penal Português:
O macabro transporte foi acompanhado no seu trajecto por intermináveis reportagens em directo de todas as estações de televisão, embora quase sempre com imagens idênticas.
Mas todas com comentários mais ou menos idiotas e proferidos em voz sussurrada e em tom de abjecto auto-amesquinhamento e de uma cautelosa submissão, não se sabe bem a quê.
Ao longo do trajecto viam-se inúmeras pessoas, todas ansiosas por um relance do santo caixão e até, quem sabe, na ânsia de que uma pequena snifadela aos gazes da decomposição do corpo do santo cadáver lhes pudesse proporcionar uma overdose de santidade que lhes garantisse a remissão de secretos e inconfessáveis pecados, e lhes franqueasse milagrosamente as portas do Reino dos Céus.
Foram rezadas missas e entoados cânticos, tudo, e como de costume, em tom circunspecto, respeitoso e muito humilde.
Assim como se os fiéis estivessem a cumprir uma espécie de divina necessidade de louvor e glorificação, que lhes exige uma permanente pose de submissão canina.
Tendo como único crime praticado a sua pacóvia simplicidade, a Irmã Lúcia foi, ainda em criança e sem qualquer hipótese de recurso, impiedosamente condenada a prisão perpétua pela Igreja Católica.
Não fosse alguém duvidar dos critérios da mãe de Deus na escolha de três crianças alimentadas a sopas de cavalo cansado para transmitir uma mensagem à Humanidade, durante uma vida humana desperdiçada por uma clausura que durou 87 anos, a Irmã Lúcia só foi exibida fugazmente a intervalos estudadamente regulares.
Foi uma vida humana sacrificada a meros objectivos publicitários e promocionais de uma gigantesca fraude, que até, e antes de mais, começa por ser insultuosa para a inteligência e até para a fé dos próprios católicos.
Usada em vida, a irmã Lúcia continua agora a ser usada, sem qualquer vergonha ou pudor, mesmo depois de morta.
E tudo por mais, mas muito mais, do que 30 dinheiros…
(Publicado simultaneamente no «Random Precision»)
Entre as 9h da manhã e as 13h da tarde, nenhuma das 4 televisões (RTP1, A Dois, SIC e TVI) deu qualquer alternativa à programação religiosa. Todos aqueles que não têm TVCabo foram impedidos de ver televisão sem se sujeitar a este verdadeiro monopólio.
Isto é tanto mais grave quando desses 4 canais televisivos dois deles são públicos. A televisão pública deveria precisamente servir para garantir alternativas. O canal «A Dois» garante alternativas aos cristãos passando programação religiosa que não tem qualquer sustentabilidade económica. Hoje era altura de mostrar que não há cidadãos de primeira e de segunda: deveria ter dado uma alternativa a todos aqueles (e não são assim tão poucos) que não querem saber de rezas e de transladações.
Chove. As bátegas não param de fustigar os peregrinos. O que as novenas dos padres não conseguiram, consegue-o a meteorologia.
Não é a ineficácia das rezas ou a ausência de Deus que demove os crentes, alagados de fé e chuva até aos ossos, de estarem presentes na segunda edição do funeral de Lúcia.
Não há na repetição das exéquias fúnebres a saudade genuína das putas de S. Salvador da Baía a passearem o cadáver do Quincas Berro D´Água, nas ruas em cujos botequins devorou cachaça com a mesma sofreguidão com que as beatas chupavam hóstias.
A freira, a quem o terrorismo religioso do catecismo induziu alucinações, nunca terá um Jorge Amado que a celebre em «A morte e a morte da Irmã Lúcia, vidente».
O Quincas, quando devorou, de um trago só, água em vez de cachaça, deu tal berro que passou a ser carinhosamente tratado por «Berrinho» e fez-se personagem de romance. Lúcia comungava por hábito e obrigação pia, mantinha olhos vagos e a postura de quem vive morta por dentro envergando como mortalha o hábito de freira.
Quincas é o delicioso personagem que diverte e comove o leitor de «A morte e a morte de Quincas Berro D’Água», marginal que viveu a vida, pecador que amou e foi amado.
Lúcia é exemplo trágico de criança pobre, embrutecida com orações e amedrontada pelo Inferno, que sonhou virgens nas azinheiras, cambalhotas do Sol no caminho das cabras, profecias de conversão da Rússia e churrascos de almas para absentistas da missa.
A criança amestrada com pias mentiras sobre o divino tornou-se cadáver de estimação, acolitada pela força pública, a viajar com padres, bispos, freiras e peregrinos, numa obscena encenação com quatro missas, orações pias e um futuro promissor de oferendas de gente aflita.
Não é o último capítulo da história de uma encarcerada de Deus, é o início do caminho da santidade, à espera dos milagres e das oferendas que hão-de alimentar funcionários de Deus e fazer de Fátima uma das mais lucrativas sucursais do Vaticano.
A burla não acaba hoje, um novo ciclo começa.
Os escribas ao serviço da Igreja Católica, que tem aproveitado a «guerra» dos cartoons para não só frisar a «superioridade» do catolicismo em relação ao islamismo ,enfatizando o suposto estoicismo católico aos «ataques» à fé e aos símbolos cristãos, como também urgir o «respeito» às crenças religiosas, multiplicam-se a fazer passar a mensagem de que os culpados por tudo isto são os perigosos ateus e laicos.
De facto, depois de na segunda-feira J. C. das Neves nos ter agraciado com mais uma das suas pérolas redondas de raciocínio no Diário de Notícias, hoje foi a vez de outro opinador católico, Jaime Nogueira Pinto, lançar farpas no Expresso contra ateus e defensores da laicidade.
J. C. das Neves, com a «clareza» de raciocínio a que já nos habituou, opinou que «A principal diferença entre fanáticos é que os religiosos são desequilibrados mas fiéis à sua fé, enquanto os laicos violam o seu próprio dogma de tolerância», ou seja, sugerindo que os fanáticos religiosos têm desculpa porque o que fazem é devido à sua fé (ardente) enquanto os que defendem a laicidade são todos uns fanáticos que não seguem o conceito de tolerância da Igreja. Na realidade, com este comentário J. C. das Neves confirma que a ICAR ainda não foi permeada pela tolerância, que é simplesmente a atitude de admitir a outrem uma maneira de pensar ou agir diferente da adoptada por si mesmo. Ou seja, para a ICAR e seus escribas quem não aceita de cruz os ditames do Vaticano é um fanático laico intolerante!
Que tal é verdade é confirmado pela indignação do opinador católico em relação a «Estes, para quem a liberdade é mais sagrada que Deus», ou seja, considerando ultrajante que existam indíviduos para quem sequer o conceito de Deus seja válido e que alguém se atreva a considerar que acima de qualquer mitologia estejam os direitos dos homens, sugerindo que são estes abomináveis «fanáticos» laicos, todos os que se atrevem a duvidar da superioridade da fé e que não reconhecem qualquer «autoridade divina», os responsáveis pelos desenvolvimentos da guerra dos cartoons já que «estão dispostos a incendiar o mundo pelo direito à caricatura».
Jaime Nogueira Pinto, na sua opinação intitulada «Guerras ‘religiosas’, não obrigado» (link reservado a assinantes, os restantes encontram o referido artigo no suporte celulósico do Expresso) vai mais longe e considera que «provocações dos fundamentalistas laicos do Oeste» aqueles que defendem «o humanismo laico, a democracia participativa, a cidadania vigilante, os direitos do homem» são de facto as responsáveis por mais «uma guerra ‘religiosa’, provocada e chefiada por ateus»…
Ou seja, como já reiterado por nós, a polarização real nesta história, lá como cá, é entre laicidade e clericalismo, liberdade de expressão e delito de blasfémia. Os fundamentalistas católicos aproveitam e distorcem, também como previmos, este incidente para atacar não só a laicidade e a liberdade de expressão, como também os valores humanistas e os direitos fundamentais dos homens. Para estes fundamentalistas católicos todos os que não aceitam ser a religião a reger a res pública (apenas a res privada) são… fundamentalistas/fanáticos laicos! Na realidade qualquer dos termos é um oxímoro, um contradictio in terminus mas para os que combatem a laicidade não aceitar os ditames da respectiva religião é fanatismo, não se apercebendo que os únicos fanáticos são eles, que querem impôr a todos os dogmas e acompanhamentos dessa religião!
Assim o pretexto usado pelo opinador do Expresso de que «Os crentes no Deus do Livro – cristãos, muçulmanos, judeus -têm um sentido do sagrado que é, coerentemente, o seu primeiro valor. Respeitam e amam Deus sobre todas as coisas e os valores – políticos, de família, de amizade, de solidariedade – são para eles um reflexo e uma continuação dessa ligação ao divino» é na realidade um ataque claro à laicidade, que separa a res pública da res privada, e aos valores humanistas e laicos em que está assente a nossa civilização. Uma «receita» que segundo o fundamentalista opinador se esgotou, insinuando que apenas o regresso ao integrismo cristão evitará aquilo a que chama «guerra de civilizações» na realidade guerra das religiões.
Afirmar que «uma ofensa à religião (…) é uma ofensa pessoal ao que têm de mais querido» não só é um atentado contra a liberdade de expressão como um incitamento à intolerância em relação a ateus e laicos, que não respeitam «Deus sobre todas as coisas e os valores» e como tal a sua mera existência, especialmente se se atreverem a afirmar publicamente o seu ateísmo ou a sua laicidade, ou a defender os seus valores humanistas e a laicidade, constitui «uma ofensa à religião»!
Como o Diário Ateísta vem alertando há muitos meses, a Igreja Católica encontra na conjuntura actual as condições necessárias para restaurar a antiga ordem, fundada no casamento (incestuoso) do poder político com o poder clerical. Com a integração de todos os elementos da sociedade sob a hegemonia do «poder espiritual» representado, interpretado e proposto pela Igreja Católica, mais uma vez com o seu expoente máximo no Papa, não mais um primum inter pares.
Reitero as minhas expectativas já expressas de que a História recente nos tenha despertado da atitude complacente em relação às religiões e acordado para a ameaça que estas constituem para o modelo de sociedade que queremos construir, preconizado na Declaração Universal dos Direitos do Homem. Que ameaça ruir se não pusermos um freio aos ensejos totalitários e intolerantes das religiões, nomeadamente da Igreja de Roma.
Em Novembro último decorreu em Washington uma conferência dos bispos católicos americanos em que o actual presidente, o Bispo William Skylstad, afirmou que o problema da pedofilia no seio da Igreja era algo do passado. Mais concretamente, referindo-se ao escândalo da pedofilia no clero americano e pesadas indemnizações decorrentes, afirmou para os seus pares «não há dúvida, irmãos, que estes últimos anos exerceram um pesado tributo sobre nós» não só relegando para o passado os abusos sexuais de menores perpretados por padres mas sugerindo falaciosamente que a Igreja é uma vítima inocente dos seus próprios crimes. Ignorando as vítimas reais dos abusos realizados, as crianças brutalizadas e, em alguns casos, assassinadas para esconder o abuso, como Daniel O’Connell e James Ellison assassinados pelo padre Ryan Erickson, cujos antecedentes de pedofilia tinham merecido da hierarquia católica … aconselhamento psicológico!
Na realidade o problema mantem-se nos Estados Unidos (e provavelmente noutros locais sem que o público em geral tenha conhecimento) a tal ponto que alguns analistas pretendem que o Congresso atente neste desastre nacional e legisle, a nível federal, de forma a proteger as crianças de mais casos de abuso. Especialmente as limitações temporais, uma vez que uma criança abusada sexualmente e muitas vezes coagida ao silêncio pelo criminoso, precisa amadurecer para entender o que se passou, ganhar coragem e denunciar o abuso. Contrariamente ao que pretende a Igreja Católica nos Estados Unidos que, claro, advoga que não se altere as limitações temporais, uma criança não percebe o que lhe está a acontecer e precisa uns anos para conseguir lidar com o abuso (as que o conseguem), especialmente se este for perpetrado por alguém em quem deposita confiança.
Por outro lado são necessárias leis que punam o encobrimento de casos de abuso sexual, a prática corrente na Igreja Católica. As dioceses continuam a lutar para esconder a real dimensão da pedofilia no seu seio, quiçá tentando passar a opinião do actual Papa que afirmou «Estou convencido que as notícias frequentes sobre padres católicos pecadores [pedófilos] fazem parte de uma campanha planeada para prejudicar a Igreja Católica», mas certamente obedecendo ainda às determinações do actual Papa, debitadas em 2001 ainda como Cardeal Ratzinger, que ordenou ficarem em segredo pontifício todos os casos de abuso sexual de menores por parte de sacerdotes católicos, ou seja, ameaçou de excomunhão todos os eclesiásticos que revelassem às autoridades civis quaisquer detalhes sobre casos de pedofilia.
De facto, mais escândalos de pedofilia no seio da Igreja Católica vieram a lume recentemente, um dos quais particularmente grave, em Chicago, onde Cardeal Francis George se declara «muito triste» pela forma como tratou o caso do padre Daniel McCormack e promete (mais uma vez) alterar a forma como a arquidiocese tratará as acusações de pedofilia no futuro.
Considerando que uma freira (que pediu, pelas razões óbvias, o anonimato) denunciou em 2000 aos seus superiores hierárquicos o peculiar comportamento de McCormack e que no ano passado uma mãe o denunciou à polícia e que a resposta da arquidiocese foi, para além de lhe arranjar um colega de residência que garantisse que McCormack não ficasse sózinho com alguma criança, promovê-lo a reitor de uma série de paróquias em torno de North Lawndale a promessa do Cardeal parece um pouco oca…
De igual forma o padre Neil Doherty da arquidiocese de Miami foi preso por violar uma criança com menos de 12 anos. Os advogados da Igreja, comprovando os protestos de tolerância zero, argumentam que a criança foi abusada por… sua própria culpa, ou antes, o termo usado foi negligência, manifestada quando tinha 10 anos! Outro abusado pelo padre foi acusado de «encobrimento fraudulento» por… não se ter queixado antes!
Neste caso desde os finais dos anos 70 que há queixas do padre, cujo modus operandus aparentemente incluia drogar primeiro as crianças e depois violá-las e inclusive em 1994 a arquidiocese foi forçada a pagar 50 000 dólares num acordo para impedir que outra acusação de abuso sexual de Doherty chegasse a tribunal (e aos jornais). A arquidiocese recebeu igualmente em 1992 uma carta dos pais de um estudante violado por este padre…
Também em Joliet, nas imediações de Chicago, o bispo local, num testemunho em tribunal vindo a público recentemente, para grande consternação da Igreja católica, que tentou que estas declarações não se tornassem públicas, confirmou que, embora sabendo que vários padres sob as suas ordens eram abusadores sexuais, não só encobriu os casos como apenas transferia os padres abusadores. Completamente o oposto que declarou em 2002…
Assim, não só a prática corrente da Igreja Católica continua a ser o encobrimento de casos de abuso sexual perpetrado por eclesiásticos, muitas vezes «recompensados» com promoções após serem de tal denunciados pelas vítimas, como aqueles que denunciam e tentam ajudar as vítimas de pedofilia são… suspensos, como aconteceu a Bob Hoatson, um padre de New Jersey, que num testemunho em Maio último afirmou que os responsáveis da Igreja católica têm mentido sobre casos de pedofilia!
Se a vida de Lúcia fosse o modelo que o bispo de Coimbra exaltou e defendeu na missa do aniversário da sua morte, surgiria o fim do mundo, que semeou medos e gerações de crentes.
Sem filhos, a futura e promissora santa deu o exemplo que extinguiria o género humano pela greve dos ventres femininos.
Ociosa e contemplativa, deixaria a economia mundial paralisada, os sectores primário e secundário extintos, apenas o terciário (reza do terço) esperaria que o último terráqueo, prostrado de joelhos, se extinguisse por inanição.
Com tantos terços no activo, se todos praticassem tão estimulante exercício, admitindo que o Deus dos padres servisse maná aos devotos, o género humano criaria crostas nos joelhos e calos nos dedos.
Lúcia é hoje um activo financeiro importante, com milagres encomendados, para nutrir a fé dos supersticiosos e encher de esmolas as caixas do santuário de Fátima.
Por isso, passado um ano, fazem-lhe segundo funeral e só não a sujeitam ao macabro espectáculo de um enterro anual porque o exagero mata a fé e gera desconfiança.
Amanhã, domingo, após quatro maratonas eucarísticas e igual número de missas, com a comunicação social a acompanhar o lúgubre cortejo, lá vão depositar os ossos da freira que, nas alucinações juvenis, ouvia vozes, via virgens a poisar nas azinheiras e o Sol às cambalhotas nos campos áridos de Fátima, onde apascentava o gado.
Nestes tempos muito se tem falado de fundamentalismo islâmico, principalmente a propósito das fanáticas reacções a que temos assistido à publicação das caricaturas de Maomé, e no que isso pode perigar o Estado de Direito e o modo de vida ocidental que tantos séculos nos custou a conquistar.
Isto mesmo que não levemos em consideração o comunicado do Vaticano, difundido no passado dia 5 de Fevereiro, que considerava que o direito à liberdade de expressão consagrado na Declaração Universal dos Direitos do Homem não deveria prevalecer sobre os sentimentos religiosos dos crentes, qualquer que fosse a sua religião.
Por isso, talvez fosse uma boa ocasião para não perder de vista outras manifestações de fanatismo religioso a que continuamos a assistir por esse mundo fora.
Como é, por exemplo, o caso de um juiz italiano, decerto um homem de fé e um bom e fervoroso católico que, contra a vontade de uma mãe indignada, decidiu manter um crucifixo numa sala de aula de uma escola pública.
Porque, considerou o meritíssimo, presumo que sem se rir, «um crucifixo é idóneo para expressar o elevado fundamento dos valores civis que, embora tenham origem religiosa, são também os valores que delineiam o laicismo no actual ordenamento do Estado».
De outro canto do mundo chega-nos a notícia de que a tenebrosa organização católica que dá pelo nome de Opus Dei declarou que não tinha qualquer intenção de apelar a um boicote ao filme «O Código da Vinci», inspirado na obra de Dan Brown, cuja estreia está prevista para Maio próximo.
Mas para que o alcance deste «apelo» ficasse claramente entendido por todos, a Opus Dei declarou expressamente, e para que não houvesse equívocos, que a produtora do filme, a ?Sony Pictures?, ainda tinha tempo de proceder às alterações pretendidas, uma vez que estas seriam ?apreciadas? pelos católicos «particularmente nestes dias em que todos já sentiram as dolorosas consequências da intolerância».
A mensagem não podia ser mais clara!
Não há qualquer dúvida:
O fundamentalismo islâmico, de que tanto se tem falado ultimamente e que tanto põe em causa a Democracia Ocidental, continua, ainda nos dias de hoje, a andar na boa companhia do fundamentalismo católico!
(Publicado simultaneamente no «Random Precision»).
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.