Loading
25 de Março, 2018 Carlos Esperança

Crimes em nome de Deus

As religiões, ao longo da História, destruíram impérios, devastaram povos e desenharam fronteiras. A fé arruinou nações, impediu a liberdade e esmagou a felicidade dos povos. Deus foi sempre o pretexto para destruir inimigos e cometer os mais hediondos crimes, com o álibi de satisfazer a sua vontade.

Deus está, de facto, para azar dos homens, em toda a parte. O deus mais verdadeiro é o que tem mais devotos, armas e o fanatismo a seu favor. Sempre que deus está em alta, a liberdade estiola; quando os homens adoram o seu deus, odeiam os alheios. Os crentes rogam os seus favores com o mesmo fervor com que acalentam o ódio ao deus alheio.

É por isso que a democracia fenece onde a religião floresce, a liberdade mingua onde a fé prolifera e o progresso estiola onde a piedade medra.

Não há democracia onde a religião domina o aparelho de Estado. Os direitos do homem não são respeitados onde o poder temporal e o religioso se confundem. Foi na base da separação de poderes e, sobretudo, na separação da Igreja e do Estado, que os modernos Estados de direito se construíram. Foi a laicidade que permitiu o pluralismo ideológico, opondo uma barreira de proteção à vocação totalitária das religiões.

Quando parecia que o Estado laico se tornara paradigma das nações civilizadas, quando a sociedade multicultural se convertia em modelo de convivência cívica, quando os preconceitos étnicos e culturais pareciam derrotados pela instrução, inteligência e sensibilidade dos povos civilizados, os demónios totalitários despertaram ao som das orações e fortaleceram-se com jejuns, pregações e liturgias.

A Holanda, a doce Holanda, era o exemplo de convivência cívica entre etnias diversas e diferentes culturas, um oásis de tolerância entre distintas opções políticas e religiões divergentes. Em 2003 ficou em choque, quando Pim Fortuyn, um político da direita populista foi assassinado. Depois, com o assassínio do cineasta Theo Van Gogh, após a denúncia que fez da forma como o Islão trata as mulheres, e dos requintes de crueldade com que o fanático religioso o tratou, tornou-se periclitante a manutenção da sociedade multicultural holandesa. Até hoje.

Incendeiam-se os templos e a opinião pública, e o racismo e a xenofobia crescem. A extrema-direita, que vive da intolerância, explora frustrações, instila o medo, manipula paixões e acicata ódios. A hostilidade aos estrangeiros desenvolveu-se. A fé das pessoas cultas e civilizadas nas sociedades multiculturais vacila. O fascismo islâmico rejubila com a intolerância de que é alvo. As religiões precisam de mártires. Os deuses querem sacrifícios. Os templos convertem-se em quartéis onde se faz a recruta para a guerra santa. Os homens entram em desvario ao serviço da esquizofrenia divina. A religião tem de ser contida. Os Direitos do Homem têm de ser defendidos. A igualdade entre os sexos tem de ser salvaguardada. A democracia precisa de ser salva. Há que erguer um dique à fé que corrompe, intimida e mata.

Os três últimos lustros acordaram o mundo árabe, no ocaso da sua civilização falhada, para uma vingança cega que a demente invasão do Iraque, em 2003, estimulou.

Desde então, não param de surgir devotos inebriados pelo martírio, em busca de virgens e rios de mel, na vertigem sangrenta de quem procura extinguir infiéis do seu deus para garantirem a paz eterna e as delícias de uma vida para além da que prematuramente prescindem.

E não há um antídoto compatível com a civilização que herdámos e nos cabe defender! 

24 de Março, 2018 Carlos Esperança

Guerras religiosas – novos genocídios em suaves prestações

Quando a Polónia desafia os direitos humanos e regressa ao catolicismo do concílio de Trento, não admira que, apesar dos crimes antissemitas que fazem parte da sua História e matriz cultural, desenvolva uma campanha nacionalista para ocultar o passado e para ameaçar quem o queira recordar e prevenir reincidências.

A França também esqueceu a rusga do Vel’d’Hiv (1942), quando a sua policia procedeu à detenção de mais de oito mil judeus e os entregou à Gestapo para que os enviasse para Auschwitz. A Áustria, que conseguiu fazer crer ao mundo que Hitler era alemão, avança de novo para a extrema direita, tal como a Hungria, a Itália, a Holanda e quase todos os países da Europa, sucessivamente, ora elegendo os primeiros deputados extremistas, ora reforçando os seus grupos parlamentares.

Vai-se esquecendo a Croástica, como era designada a Croácia, fusão do nome do País com a suástica, ou a República Eslovaca do sinistro presidente, monsenhor Jozef Tiso, que amava mais o nazismo do que o catolicismo de que era sacerdote e dignitário.

A violência antissemita, com mortes que se atribuem a distúrbios provocados pela droga e pela religiosidade, pela droga, em qualquer caso, cresce de forma permanente e com a agravante de haver cada vez mais complacência para crimes de ódio antissemita.

E se o antissemitismo regressa com o esquecimento da História da Europa e das guerras religiosas a que a Paz de Vestefália colocou um módico de moderação e de aceitação do pluralismo, assistimos agora à apoteose da demência islâmica que de forma metódica e recorrente assassina infiéis e converte ao mais implacável dos monoteísmos jovens que a violência e o primarismo de uma crença obsoleta seduzem.

A Bélgica acabou por controlar a Grande Mesquita para impor um Islão moderado, após ter verificado que vários jovens que a frequentavam foram lutar no Daesh, na Síria. Em França, ontem, ouviu-se mais uma vez o sinistro grito selvagem, Deus é grande, e lá se finaram mais vítimas do ódio de quem não respeita o ethos da nossa civilização.

Em Portugal, sabe-se que se recrutam combatentes para o Daesh, agora uma rede difusa de lobos solitários ou células escondidas, mais difíceis de combater por não disporem de espaço territorial definido.

E, em vez de uma União Europeia unida e federada em torno de uma civilização, temos países que gravitam em torno da mesma moeda, concorrendo entre eles, com o regresso dos nacionalismos e a cumplicidade de governantes com o comunitarismo.

Na ânsia de atrair votos e no desprezo pela matriz laica e democrática que devia unir os países da UE na defesa da herança do Renascimento, Iluminismo e Revolução Francesa, vai-se sacrificando a civilização à benevolência para com as exigências beatas das religiões e a chantagem dos seus dignitários.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos é cada vez mais uma mera referência da Europa que permitimos ficar refém da demência sectária de radicais religiosos, dos que abominam os direitos humanos e o livre-pensamento.

Não há democracias vitalícias nem ditaduras definitivamente erradicadas.

23 de Março, 2018 Luís Grave Rodrigues

Bíblia 2

23 de Março, 2018 Carlos Esperança

Islamismo e violência

Bélgica controla Grande Mesquita para impor Islão moderado
REUTERS/Francois Lenoir/File Photo

Poucos dias antes do segundo aniversário dos ataques terroristas em Bruxelas, a 22 de março, o governo belga passou a gerir a Grande Mesquita, até aí nas mãos de entidade da Arábia Saudita.

“Havia vários jovens que frequentavam esta mesquita e que foram lutar ao lado do Daesh, na Síria”

Georges DallemagnDeputado federal, Bélgica

Georges Dallemagn, deputado federal belga e vice-presidente da comissão de inquérito parlamentar sobre os atentados, disse que há provas de que apregoava o salafismo, uma versão radical do Islão que apela à violência.

“Havia vários jovens que frequentavam esta mesquita e que foram lutar ao lado do Daesh, na Síria. Foi na mesquita que receberam doutrina ou, pelo menos, tinham lá contactos. Mas esta não era a única mesquita que apregoava o salafismo, havia outra em Molenbeek. As duas mesquitas estavam estreitamente em contacto entre si e com alguns dos terroristas que cometeram ataques em solo belga”, explicou à euronews.

D1A – Se não há um Islão moderado, é um caso de polícia.

23 de Março, 2018 Carlos Esperança

A fé perde-se quando é facultativa

42% dos jovens portugueses não se identificam com nenhuma religião (Continuar a ler na Visão)

«Quando se olha para percentagens quase sempre vem à cabeça a imagem do copo meio cheio e do copo meio vazio. Podíamos pegar no relatório Os Jovens Adultos e a Religião na Europa e escrever que a maioria dos jovens portugueses entre os 16 e os 29 anos identifica-se com uma religião, mas neste caso é o próprio autor principal do estudo que conclui: “A percentagem elevada de jovens adultos afirmando não ter nenhuma religião em muitos países é, sem nenhuma dúvida, o facto mais significativo deste relatório.”»

22 de Março, 2018 Carlos Esperança

Como se fabricam católicos

Nos primeiros dias de vida os pais entregam os neófitos ao padre, que lhes mergulha a fronha em água benta, limpando-os do pecado original quando ainda precisam de quem lhes mude a fralda.

Depois, crescem no temor a Deus, que rejubila se comem a sopa e entristece quando adormecem nas orações.

Aos seis anos de idade, com muitas ave-marias e padre-nossos rezados, para que o Deus cruel e apocalíptico os livre do Inferno, das perpétuas chamas e do azeite fervente, onde só há choro e ranger de dentes, as pias catequistas ensinam-lhes os dez mandamentos da Santa Madre Igreja e os do único Deus verdadeiro, à custa dos tempos livres.

Depois do exame de aptidão vem a confissão. Os pecados – ofensas feitas a Deus –, são ditos ao padre, punidos com penitência adequada e perdoados para poderem saborear o corpo de Cristo numa fina rodela de pão ázimo (sem fermento nem sal).

Com a missa semanal e a desobriga pela Páscoa da Ressurreição, como tarifa mínima, seguida de nova rodela mística, os cristãos ficam aptos para novos pecados que, de novo, serão perdoados, e assim, sucessivamente, vão mantendo viva a fé na vida eterna.

A comunhão solene é um momento alto, com a família a alambazar-se em hidratos de carbono. Por pudor, a ICAR deixou de os vestir de cruzados. A confirmação é imposta por um bispo que exibe o anelão de ametista e o faz oscular pelas crianças, indiferente aos micróbios que passa de boca em boca. O sinal da cruz é desenhado a óleo na testa do cristão pelo dedo do prelado ricamente paramentado e refastelado num cadeirão.

Nesta altura já as crianças de dez anos sabem que os judeus mataram Cristo, que a Santa ICAR está já tão cheia de santos, mártires e bem-aventurados como o metropolitano de Lisboa de passageiros, em horas de ponta.

A xenofobia e o racismo estão na Bíblia. O dever de um cristão é converter quem está errado (os outros) à verdadeira fé, a que vem de Roma através de breves, bulas e encíclicas. O proselitismo é um dever e quem não quiser salvar-se deve ser obrigado.

Os créus querem impor, como destino, o Paraíso, e os ateus opõem-se à obrigatoriedade.

21 de Março, 2018 Carlos Esperança

O padre não perdeu tempo!

Destaque • Região

Insólito. Padre pede uma transferência ao vencedor do
Euromilhões no boletim paroquial

Pedido no boletim da paróquia de Lousado (c) Ricardo Carvalho / Semanário V
Fernando André Silva

O boletim paroquial da freguesia de Lousado, em Famalicão, onde saiu na passada terça-feira o primeiro prémio do Euromilhões, está a causar polémica por entre os habitantes por incluir um pedido insólito.

No mesmo boletim, à responsabilidade do padre da freguesia, Eusébio Baptista, vem um pedido ao novo vencedor do concurso milionário para que seja altruísta e faça uma transferência para o IBAN da comissão fabriqueira daquela paróquia.

Continua AQUI

20 de Março, 2018 Carlos Esperança

Marielle Franco

A mulher teve sempre um quinhão maior de sofrimento, em todas as épocas e nas mais diversas sociedades, só comparável à dimensão dos direitos que lhe foram negados e de que ainda há quem a queira espoliada.

Ser mulher é a circunstância na perpetuação da espécie e um ónus que lhe impõe quem a quer tolhida para a liberdade e para a aventura da igualdade em que homens e mulheres se realizem de acordo com o mérito de cada um/a.
Não há felicidade para quem é escravo nem para quem escraviza. A igualdade plena é a meta civilizacional, onde não cabem tradições patriarcais das tribos da Idade do Bronze.

O papel reservado às mulheres define o grau civilizacional e a maturidade da sociedade, sendo certamente mentecaptos os homens que se julgam superiores e trogloditas os que exercem a violência, frequentemente legal ou socialmente aceite.

É intolerável que religiões, criadas por homens, imponham às mulheres os seus desejos, que atribuam a uma desalmada vontade divina a dor que lhes infligem e lhes arrestem os direitos, mas é criminoso que os Estados o permitam.

Ser mulher é difícil; mulher e pobre, doloroso; mulher, pobre e negra, insuportável; mas ser mulher, pobre, negra e lutadora por valores da liberdade e de direitos humanos, junto de outras mulheres, é o desafio que se paga com a vida, um ato de coragem que alguém se encarrega de interromper à bala.

Marielle Franco, vereadora do Rio de janeiro, socióloga, feminista e lutadora intemerata pela liberdade e pelos direitos humanos foi executada sumariamente depois de sair de uma reunião em que prosseguia a luta.

Acabou crivada de balas, por profissionais, num país onde há corruptos entre políticos e juízes, onde a classe dominante destitui presidentes, sequestra a democracia, prende ou assassina quem a enfrenta. Marielle, mulher e negra, socióloga que ousou pensar o que a elite não queria, morreu na cidade onde as favelas estão sob ocupação militar, numa rua onde assassinos e polícias se fundem na sombria recordação dos esquadrões da morte.

No corpo da mulher assassinada, as balas foram a dor menor de uma vida de mártir que se extinguiu na luta pela emancipação da mulher, isto é, na defesa dos direitos humanos.

A sua causa é a herança que nos deixa, a obrigação que cabe a tod@s assumir, contra a discriminação e o obscurantismo, essa herança dos monoteísmos.

 

19 de Março, 2018 Carlos Esperança

Gazeta Ateísta

Por

ONOFRE VARELA

 

COM A RELIGIÃO NÃO SE BRINCA” 

Os dirigentes dos partidos políticos da Direita têm uma enorme incapacidade de perceberem a vida dos pobres que alguns deles constantemente desrespeitam e oprimem.

Está na memória de todos nós a infeliz frase de Assunção Cristas, proferida em época de eleições autárquicas, concorrendo à presidência da Câmara Municipal de Lisboa: “Calço as galochas e vou aos bairros sociais”. A sua infeliz frase demonstra que ela não sabe que um bairro social não é uma pocilga, e pior do que isso: imagina que é!… E imaginando-o, está a colocar num patamar muito baixo a dignidade das pessoas que habitam os bairros, esquecendo que a dignidade dos habitantes de bairros sociais é igual à sua. Ela só tem mais dinheiro, o que não é sinónimo de ser mais digna!

Já Marcelo Rebelo de Sousa, com todas as suas demonstrações de carinho, estando com quem sofre, levando ânimo a quem passa por momentos maus, não pôde deixar de escorregar nas palavras e nas ideias, quando sugeriu a um sem abrigo, num acto de distribuição de comida em noite de Natal, que levasse para casa o resto do pão que não comeu, porque “é muito bom para fazer torradas”… esquecendo que um sem-abrigo não tem casa, não tem torradeira, não tem fogão, e nem tem manteiga para poder fazer as tão apetitosas torradas…

Quem sempre viveu numa casa aquecida, confortável, com a dispensa bem fornecida e o frigorífico cheio, não imagina o que é não ter onde se abrigar, passar fome e frio, e não ter nos bolsos, nem dinheiro, nem cartões de crédito ou de débito.

A um outro nível menos social, no campo das ideias que animam (mas também desanimam) a nossa sociedade, ouvi um alto dirigente do CDS dizer, no congresso de Lamego, em discurso inflamado debitado para uma plateia ideologicamente igual aos palestrantes, a frase “com a Religião não se brinca”, referindo-se a algo que uma dirigente do Bloco de Esquerda teria dito sobre a estátua do Cristo Rei de Almada.

Ele não sabe que a Religião não é uma estátua!… Ele não sabe que se pode (e deve) brincar com tudo, menos com a saúde, o bem estar, o ensino das populações e o pão dos trabalhadores pagos miseravelmente. O seu partido defende os ordenados baixos e a ideia do “trabalhador-descartável”. Muitos dos empresários apoiantes da Direita brincam com a vida das famílias que têm como único sustento a força do seu trabalho vendido ao patronato. A Religião é usada sem vergonha pelos partidos de Direita que, efectivamente, brincam com o sentimento religioso do Povo, explorando-o, também, na crença. Estes discursos da Direita são falsos como Judas. Se Jesus Cristo voltasse à Terra, certamente não permitiria a entrada na sua Igreja a muitos dos que se afirmam “tão-democratas-cristãos”… e têm atitudes “tão-pouco-cristãs”. Nem sei se reconheceria a Igreja como sua…

(O autor não obedece ao último Acordo Ortográfico)

18 de Março, 2018 Carlos Esperança

Marcelo, o Islão e a Ordem da Liberdade

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou na última sexta-feira a Comunidade Islâmica de Lisboa, com a Ordem da Liberdade, numa cerimónia em que se assinalaram os seus 50 anos.

Depois de ter atribuído o seu mais alto grau a Cavaco Silva, cidadão sobre o qual não há a mais leve suspeita de ter defendido a liberdade ou o menor indício de ser contra a ditadura, espera-se tudo do destino da venera que devia estar reservada para quem lutou contra o fascismo, para os militares que o derrubaram e para quem presta relevantes serviços na defesa da liberdade e dos direitos humanos.

Atribuir a Ordem da Liberdade a uma religião, a qualquer religião, já seria uma ousadia, mas atribuí-la a uma Comunidade fiel ao monoteísmo que é totalitário na sua essência, e incapaz de separar o poder político do religioso, é uma ofensa aos valores da laicidade e da democracia.

O Islão, na sua perversa conceção do mundo e no proselitismo agressivo que pratica, só merece o respeito que a democracia exige para com os crentes e jamais o apreço pela crença que discrimina a mulher, promove casamentos impostos a meninas de nove anos e manda decapitar infiéis, apóstatas e mulheres adúlteras.

Havia outras condecorações para outorgar a uma comunidade que, por ser minoritária, merece esforços de integração, mas atribuir uma venera que devia distinguir apenas os que se batem pela democracia, igualdade de sexos, e defesa de valores civilizacionais que estão presentes nas democracias laicas, não podia ter pior destinatário.

Não me repugna a presença pedagógica de cristãos e ateus numa confraternização com a minoria muçulmana portuguesa, mas foi apenas uma confraternização de homens num mundo de onde as mulheres são excluídas. E isso é uma cedência a um monoteísmo que é o maior inimigo da liberdade.

Marcelo disse que o princípio da liberdade religiosa consagrado na Constituição está “irreversivelmente enraizado” na sociedade portuguesa, o que é verdade, mas desafio-o a provar que esteja sequer previsto nesse tenebroso manual chamado Alcorão.

Sinto-me tão indignado com a outorga da Ordem da Liberdade à Comunidade Islâmica como ela se sentiria se Marcelo lhe tivesse levado umas sanduiches de leitão.

Marcelo está a ficar cada vez mais o que chamou, há muitos anos, a Pinto Balsemão, no Expresso.