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Já foi amplamente demonstrado neste blog que a tolerância de ponto concedida pelo Governo a propósito da visita papal é absolutamente injustificável e inadmissível, em termos políticos e até em termos jurídicos, pelo que me dispenso de repetir a demonstração.
Quero apenas sublinhar que o caso, importante em si mesmo, é ainda mais importante por aquilo que significa e revela: a completa desmoralização, a degenerescência e o vazio ideológico em que caíu a soi-disant “esquerda”.
Dizia Marx, no século XIX, que “a religião é o ópio do povo”. Agora vemos, em pleno século XXI, um governo que se pretende republicano, socialista e laico traficar com esse estupefaciente estupidificante.
A direita, como é compreensível, rejubilou.
Mas o que já não se compreende é que os que se pretendem arautos da esquerda e herdeiros de Marx se remetam a um silêncio cúmplice. Com efeito, não se ouviu qualquer protesto vindo das bandas do PC e do BE. O PC nem sequer se deu ao trabalho de mandar protestar os “Verdes”, esses idiotas úteis que tem sempre à mão para dizerem aquilo que a ele, PC, não convém dizer.
Que tristeza! Que “austera, apagada e vil tristeza”!
O Pontífice fez estas manifestações perante mais de 30 mil pessoas que assistiram na Praça de São Pedro do Vaticano a tradicional audiência pública semanal do papa. As palavras foram uma resposta do papa à preocupação mostrada nos últimos meses por inúmeros fiéis sobre a validade dos sacramentos administrados por sacerdotes pedófilos.
Nota: Mais difícil é transformar farinha em corpo e sangue.
Dois antigos seminaristas mexicanos foram ao Vaticano em 1998 para reportar pessoalmente sobre um caso que envolvia décadas de abuso sexual por um dos mais poderosos líderes da Igreja Católica, o reverendo Marcial Maciel Degollado.
Quando partiram, encontraram o homem que um dia teria o destino de Maciel em suas mãos, o cardeal Joseph Ratzinger, e beijaram-lhe o anel. O encontro não aconteceu por acaso. Ratzinger queria conversar com eles, de acordo com declarações posteriores de testemunha, e o caso que apresentaram não demorou a ser aceito.
Contudo, pouco mais de um ano depois, surgiu a notícia de que Ratzinger – o futuro Papa Bento XVI – havia suspendido a investigação. “Não é prudente”, ele havia dito a um bispo mexicano, de acordo com duas pessoas que conversaram com o bispo posteriormente.
Enquanto estiver em Portugal, nas suas deslocações dentro de Lisboa, Fátima e Porto, o Papa Bento XVI vai sempre utilizar os seus dois papamóveis.
Para conduzi-los a PSP destacou dois experientes profissionais do Corpo de Segurança Pessoal, católicos e casados.
Hoje embarcam num ‘C-130’ da Força Aérea Portuguesa para os ir buscar ao Vaticano
A ordem católica Legionários de Cristo anunciou ontem que “acata com fé e obediência” a decisão do papa Bento XVI de nomear um delegado encarregado de comandar e reformar a ordem fundada em 1941 pelo padre mexicano Marcial Maciel Degollado, envolvido em denúncias de abusos sexuais.
O comunicado foi divulgado no site da congregação, que ficou oito meses sob investigação de uma comissão de cinco bispos da Igreja.
O Vaticano informou neste sábado que a investigação sobre os Legionários de Cristo revelou que os “gravíssimos comportamentos imorais” do padre mexicano Marcial Maciel, fundador da congregação, foram confirmados por testemunhos inquestionáveis.
Afectuoso discurso de JP2 ao bem-aventurado Marcial Maciel e aos Legionários de Cristo.
Adenda: O Vaticano conhecia os abusos desde 1997.
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