28 de Março, 2011 Carlos Esperança
A consciência pesada da ICAR
Bento XVI visitou ontem as Fossas Ardeatinas, em Roma, recordando o massacre levado a cabo pelas forças nazis em 1944, que considerou uma ofensa “gravíssima a Deus”.
Bento XVI visitou ontem as Fossas Ardeatinas, em Roma, recordando o massacre levado a cabo pelas forças nazis em 1944, que considerou uma ofensa “gravíssima a Deus”.
O Vaticano criou para o antigo Papa – que será beatificado a 1 de Maio – uma página oficial no Facebook e no You Tube onde serão introduzidas memórias do seu pontificado.
Deve ser o primeiro morto a escrever as suas memórias na Internet.
O Vaticano lançará, no próximo dia 21 de Março, um selo comemorativo para celebrar os 150 anos da Unificação Italiana com uma imagem da Piazza del Popolo (praça do povo), em Roma, para circular pelos Correios da Itália.
O Vaticano foi um entusiasta da unificação italiana. 🙂
O Papa revelou esta sexta-feira a sua profunda tristeza pelo sismo que atingiu o Japão, através de um telegrama enviado à Conferência Episcopal local.
“Bento XVI exprime proximidade com a população atingida por estes trágicos eventos assegurando a oração pelas vítimas e seus familiares”, pode ler-se.
Pergunta: Qual é o objectivo das orações?
Cardeal diz que novo livro do Papa é «histórico»
Segundo volume de «Jesus de Nazaré» apresentado como início de um novo tempo na leitura dos Evangelhos.
O cardeal Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos, disse hoje no Vaticano que o novo livro de Bento XVI sobre «Jesus de Nazaré» é “histórico” e inaugura uma nova etapa na leitura dos Evangelhos.
O Papa, este papa, Bento XVI, reaccionário e anti-semita, amigo do peito e da hóstia da seita fascista Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX), herança do excomungado arcebispo D. Marcel Lefebvre, de fortes convicções nazis e anti-semitas, vai ilibar, num novo livro, totalmente, o povo judeu da morte de Jesus Cristo.
Não se percebe donde vem a autoridade papal para absolver ou condenar crentes de uma religião concorrente mas é útil que o «ninho de víboras», como o Evangelho de Mateus (3:7) designa o judaísmo, insulto repetido por Lutero e Hitler, passe a ser considerado um acto de racismo e xenofobia para com os crentes da religião de que o cristianismo se cindiu e de que o islamismo é uma caricatura grotesca.
Quem diria que o entusiasta da missa tridentina e da oração das sextas-feiras, contra os judeus, absolveria os «deicidas» que o Novo Testamento odeia. Os quatro Evangelhos (Marcos, Lucas, Mateus e João) e os Actos dos Apóstolos têm, na contabilidade de Daniel Jonah Goldhagen (in A Igreja católica e o Holocausto) cerca de 450 versículos explicitamente anti-semitas, «mais de dois por cada página da edição oficial católica da Bíblia».
Se o anti-semitismo não fosse a marca indelével do cristianismo, ainda mais implacável no islamismo, essa cópia grosseira do judeo-cristianismo, quantas vidas, guerras e tragédias não teriam sido evitadas? As fogueiras da Inquisição, o terrorismo islâmico e o próprio Holocausto, apesar da natureza secular deste, devem muito ao anti-semitismo.
Resta pensar que o sionismo é também a nódoa judaica que permanece numa crença que inventou um deus para si, povo eleito, deus que jamais fez prova de vida nas tragédias que as religiões do Livro têm provocado.
Lembro aqui algumas das tragédias que o anti-semitismo provocou:
Perseguições aos judeus em Espanha com os ataques às judiarias (Toledo, 1355, 12 mil mortos; Palma de Maiorca, 1391, 50 mil mortos; Sevilha, 1391, etc.; com a Inquisição (1478) milhares deles procuraram refúgio em Portugal. Outros, por medo, deixaram-se converter ao catolicismo. Uma perseguição tão cruel levou as judiarias espanholas à miséria, até que em 1492 foi declarada a expulsão dos judeus da Espanha.
Em Portugal, o anti-judaísmo provocou a revolta popular contra os cristãos-novos e os judeus ocorrida em Abril de 1506 – o infame Progrom de Lisboa. A superstição agravou o medo da peste que grassava na cidade e as dúvidas de um judeu em relação ao suposto milagre desencadeou uma onda de ódio, estimulada por um frade, que perseguiu, matou espancou e arrastou semi-vivos para as fogueiras que logo se acenderam na Ribeira e no Rossio – um massacre de 4 mil judeus, enquanto dois frades, o português João Mocho e o aragonês Bernardo, um com uma cruz e o outro com um crucifixo erguido, bradavam: Heresia! Heresia!, atiçando o ódio.
O último editorial do director da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, recorda as mortes do muçulmano Salman Tasser, Governador de Punjab; e do católico Shahbaz Bhatti, Ministro para as minorias.
Pe. Lombardi escreve que “muçulmanos e cristãos estão sendo assassinados pelo mesmo motivo no Paquistão: porque se opõem à lei da blasfémia”. Na verdade, para o padre, a “lei é em si mesma blasfema, porque em nome de Deus, causa de injustiça e morte”.
Cidade do Vaticano, 02 mar (Lusa) — O papa Bento XVI iliba totalmente o povo judeu da morte de Jesus Cristo, um dos assuntos mais controversos do cristianismo, num novo livro de que foram hoje publicados os primeiros excertos.
Comentário: Há 70 anos teria evitado o Holocausto.
Muitos hotéis em Roma tem aumentado suas tarifas para o dia 1 de Maio por causa do dia de beatificação do papa João Paulo II, quando o Vaticano espera receber 2,5 milhões de pessoas para assistir à cerimónia.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.