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Categoria: Religiões

22 de Novembro, 2013 Carlos Esperança

D. Francisco Javier Martinez e a felação matrimonial

D. Francisco Javier Martinez, arcebispo de Granada, defende que a mulher deve praticar felações ao marido sempre que ele lho ordene – lê-se em Diario Popular – El Mundo, terça-feira, 13 de novembro.

«Não é uma perversidade», diz o prelado no livro «Casa-te e sê submissa» [tradução literal]. «A felação pode fazer-se, pensando em Jesus».

«O sexo matrimonial também é obra do Senhor e, por isso, sempre se regeu pelas leis da Igreja»

O livro, que pretende ser uma orientação pia para mulheres casadas, acrescenta muitos outros conselhos preciosos:

“Deus colocou-te ao lado do teu marido, esse santo que te suporta apesar de tudo. Obedece-lhe e submete-te com confiança”

Apostila: A verdade já é suficientemente grave para que não sejam necessárias referências jocosas de duvidosa proveniência.

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20 de Novembro, 2013 Carlos Esperança

João César das Neves (JCN) e o Faceboock

A sanha contra JCN já levou à criação de uma página do FB «Correr com o César das Neves do DN, TV, Rádio e U.C. (Universidade católica)». Só falta pedir a exclusão do devoto, do próprio FB, do Banco de Portugal e da missa. A vocação censória iguala a do bem-aventurado e o senso aproxima-se do dele.

JCN diz muitas tolices? – claro que diz, e grandes, mas não fica sob a alçada do Código Penal. Acha que o ordenado mínimo deve ser reduzido e que os pensionistas são ricos? – De facto, ele pensa isso e revela a formação da madraça onde é aiatola, mas não sendo um pensamento digno, não é crime.

JCN gostaria que a sharia romana fosse a legislação que substituísse o direito de família, sem divórcio, com cadeias abertas para a IVG e a lapidação para mulheres adúlteras?
– É de crer que sim, mas há outros que pensam o mesmo e andam à solta.

JCN gostaria de confiar a saúde, o ensino, os Tribunais, a assistência e as polícias aos Irmãos Católicos e transformar o Estado num departamento da Conferência Episcopal? – É natural, mas pensar que a demência mística possa abalar os fundamentos do Estado de Direito é não acreditar na democracia.

JCN atira-se aos juízes do Tribunal Constitucional como um Cruzado aos mouros, mas não é diferente do PM que, com isso, perde legitimidade para o ser ou do presidente da CE, Durão Barroso, cuja chantagem devia ter sido repudiada pelo PR, se o houvesse.

JCN cilicia-se, viaja de joelhos, empanturra-se em hóstias, inala incenso, encharca-se em água benta e extasia-se com o brilho da púrpura, a beleza do báculo e o fulgor da mitra? – E o que temos nós a ver com isso? O homem flagela-se e acha que «no [seu] medíocre quotidiano, continua a mesma mesquinha criatura que sempre foi»? – E que temos nós a ver com um raro momento de lucidez?

A censura é sempre um ato inadmissível e, vendo bem, JCN é um manancial de humor que diverte muito mais com as tolices que diz do que António Sala com «Anedotas» que publica.

18 de Novembro, 2013 Carlos Esperança

18 de novembro – o pior

1929 – Manuel Gonçalves Cerejeira foi designado cardeal-patriarca de Lisboa e foi, na longa carreira cardinalícia, um aliado do ditador fascista, António de Oliveira Salazar.

1936 – A Alemanha de Hitler e a Itália de Mussolini reconheceram o Governo fascista de Espanha, do ditador Francisco Franco.

18 de Novembro, 2013 Carlos Esperança

Momento zen de segunda_18_11-2013

Mal refeito das 4 páginas da entrevista de João César das Neves (JCN), com a digestão ainda por fazer, cai-me no regaço, desprendendo-se da NET, a homilia da segunda-feira, subordinada ao tema «Ano da Fé».

A homilia começa por esta exultação pia: «Não há felicidade maior do que saber que Deus, o Deus supremo, sublime, transcendente, que fez o céu e a terra, se entregou à morte para me salvar. A mim pessoalmente».
JCN não calcula os inimigos que, com tal denúncia, arranja para o Deus dele.

Confessa, a seguir, que «Ele está dependurado por minha causa» o que, em boa verdade, muitos, que não conhecem Deus mas conhecem JCN, hão de considerar que é bem feito. Num gesto de narcisismo e de autocrítica, JCN lembra aos incréus que «Nas paredes das salas, nas frontarias das igrejas, nos quadros dos museus, até no meu peito, em todo o lado a imagem da cruz lembra que Aquele ali, coberto de sangue, foi condenado à morte por minha causa».

Sempre achei que, num país laico, a profusão de cruzes era um abuso mas o catecúmeno delira com a abundância dos instrumentos de tortura. Eu abomino o sofrimento, o meu e o dos outros, sou contra a pena de morte, mas não absolvo quem morre para salvar JCN.

Depois de perorar sobre a morte e outros sustos com que nas aldeias os padres incutiam a fé, JCN, em transe místico e delírio pio, afirma que «a morte não é só um justo castigo dos nossos males, mas também um alívio terapêutico dos mesmos males». Podia aliviar-se de vez e aliviar-nos, mas preferiu a autocrítica, mantendo-se vivo na U. Católica e no Banco de Portugal, confessando que «Se tirar a máscara de respeitabilidade e elegância, se esquecer as justificações retóricas e os enganos convenientes, se for ao fundo das minhas razões, vejo com clareza que um juiz justo e imparcial teria de me condenar». JCN sabe bem o que faz e o que merece. Se Deus existisse…

Na pungência do desvario místico, julgando que os Cristos dependurados das cruzes, e bem crucificados, não tiram os olhos dele, acaba por afirmar o que todos sabemos dele:

«Eu, no medíocre quotidiano, continuo a mesma mesquinha criatura que sempre fui».

E lá continua a homilia, na obsessão da cruz, na adoração do crucificado, convencido de que está lá pendurado por causa dele, JCN, e que não se vai embora, «por grandes que sejam os meus crimes», desconhecendo que o crucifixo só baqueia se for maior a força da gravidade do que a resistência do prego que o segura.

16 de Novembro, 2013 Carlos Esperança

A HETERONIMISTA METASTÁTICA

Por

João Pedro Moura

LISTA DOS HETERÓNIMOS DA “NOSSA SENHORA”

1

da Abadia

32

Aparecida

63

Da Boa Hora

93

Do Bom Sucesso

2

Achiropita

33

Da Apresentação

64

Da Morte

94

Do Brasil

3

D`Aires

34

Da Arábia

65

Da Boa Nova

95

Das Brotas

4

Da Ajuda

35

Da Assunção

66

Da Boa Viagem

96

Da Cabeça

5

Do Alívio

36

Auxiliadora

67

Do Bom Conselho

97

Do Cabo da Boa Esperança

6

Do Amparo

37

Aparecida da Babilónia

68

Do Bom Despacho

98

Da Luz

7

Dos Anjos

38

Dos Pobres

69

Do Bom Socorro

99

De Caravaggio

8

Da Anunciação

39

De Belém

70

Do Bom Parto

100

Da Carpição

9

Do Carmo

40

Da Encarnação

71

Da Lampadosa

101

Dos Mártires

10

De Ceuta

41

Da Escada

72

Da Lapa

102

Menina

11

Da Conceição

42

Da Esperança

73

Do Leite

103

Medianeira

12

Da Consolação

43

Da Estrela

74

Do Líbano

104

Das Mercês

13

De Copacabana

44

Das Estrelas

75

Do Livramento

105

Dos Milagres

14

Da Correia

45

Da Família

76

Do Loreto

106

Da Misericórdia

15

Dos Desamparados

46

Do Rosário

77

De Lurdes

107

Do  Monte

16

Desatadora de Nós

47

Da Fé

78

De Lujan

108

De Monserrate

17

do Desterro

48

Da Glória

79

Madre de Deus

109

De Muquém

18

Da Divina Pastora

49

Da Graça

80

Mãe dos Homens

110

Da Natividade

19

Divina Providência

50

Das Graças

81

Mãe da Igreja

111

Dos Navegantes

20

Do Divino Amor

51

De Guadalupe

82

Das Maravilhas

112

De Nazaré

21

Das Dores

52

Da Guia

83

Dos Mares

113

Das Neves

22

Do Ó

53

Da Purificação

84

Porta do Céu

114

Mãe

23

Da Oliveira

54

Peregrina

85

Do Porto

115

Rainha do Céu

24

Do Patrocínio

55

Do Perpétuo Socorro

86

Do Povo

116

Rainha dos Homens

25

Da Paz

56

Da Piedade

87

Dos Prazeres

117

Dos Remédios

26

Da Pena

57

Do Pilar

88

Do Presépio

118

Do Rocio

27

Da Penha de França

58

De Pompeia

89

Rainha

119

Do Sagrado Coração

28

De Pentecostes

59

Da Ponte

90

Rainha dos Apóstolos

120

De La Salete

29

Da Saudade

60

Das Virtudes

91

De Sião

121

Da Soledade

30

Da Saúde

61

Da Visitação

92

Do Trabalho

122

Do Terço

31

Salvação do Povo Romano

62

Da Vitória

123

De Fátima

123 heterónimos  e não sei  se faltam mais!…

Mas para que raio é que a dita senhora precisa de tantos nomes???!!!

Quem perguntar ao povo crédulo, nas suas festas em honra da santa local, quem foi a “Senhora da Boa Hora” ou do “Bom Despacho” ou do “Ó”, esses religionários de pacotilha dificilmente dirão que tais nomes são outros tantos heterónimos da “Virgem Maria”.

A melhor pergunta é: olhe, quem foi (…)? Quando nasceu, quando morreu e que fez na vida de importante, para merecer uma festa?!

                O povo néscio pensará que tal entidade foi uma santa qualquer  ”in illo tempore”, mas diferente da “Virgem”.

                São mantidos na ignorância, pela clericalha tartufa, porque a multiplicação de virginais santinhas, referentes à mesma entidade do jardim da celeste corte, com diferentes nomes, e cada terrinha com tal festinha, serve para render mais pingues proventos, do que renderia se fosse a mesma “Virgem” para todos…

                Eu cá prefiro o S. Roque, padroeiro dos cachorros sem coleira…

                … Porque é único e mais abrangente…

12 de Novembro, 2013 Carlos Esperança

Hitler e a ICAR

Em, 1933 os nazis obtiveram 43,9%. Com os aliados nacionalistas de direita (DNVP) lideraram uma coligação de maioria parlamentar de 51.8% mas, para legitimar o Ato de Habilitação ao Poder, Hitler precisava de conseguir uma mudança constitucional.

Von Papen, com o líder do Partido Centrista católico Monsenhor Ludwig Kaas, elaborou um acordo entre o Papa Pio XI e o Cardeal Pacelli (o futuro Papa Pio XII).

Em retribuição a esse acordo, o partido Central deu o apoio parlamentar necessário para passar oAto, e uma maioria constitucional de dois terços foi obtida. Os 31 votos do Partido Centrista, adicionados aos votos dos partidos burgueses de classe média e dos Nacionalistas de direita, deram a Hitler o direito de governar por conta própria e de abolir diversos direitos civis. (Da Wikipédia)

11 de Novembro, 2013 Carlos Esperança

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João César das Neves(JCN), ex-assessor do PM Cavaco Silva e raro bem-aventurado, capaz de ser canonizado em vida, começa a homilia de hoje, no DN, por um rasgado elogio ao livro de José Sócrates e uma identificação de pontos de vista sobre a tortura em democracia.

Limita-se a apontar-lhe uma contradição de fundo entre o que pensa sobre a ilicitude da tortura e, pasme-se, a sua «liberalização do aborto pela Lei 16/2007 de 17 de Abril e a sua banalização pela Portaria 741-A/2007 de 21/Junho».

Quando fala do aborto, JCN parece um indivíduo acossado pelo medo da retroatividade.

O que o devoto JCN diz não entender é poder alguém, que defende como “imperativo categórico»  que «a vida humana é única, singular e insubstituível», defender o aborto, porque – diz o devoto –, «o paralelo é inevitável». Para JCN «a vítima do aborto não sofre apenas a dor extrema e a cruel indignidade, mas fica impedida de nascer e ver o sol, anulando-lhe na morte a mais ínfima partícula de identidade».

Para JCN, embrião e o feto são almas que nem ao Purgatório têm direito, pessoas que mesmo anencéfalas ou que possam provocar a morte da mãe, devem ser defendidas em nome do seu Deus, tal como o fruto de uma violação. No fundo, a própria ejaculação de um sonâmbulo adolescente é um dramático genocídio involuntário.

«Certamente que, com a análise sofisticada que faz no seu volume, o autor não usará a escapatória indigna de dizer que o embrião ainda não é uma pessoa, omitindo-o assim dos seus princípios. Não só se trata indiscutivelmente de uma vida humana, mas esse argumento cai no rol das múltiplas negações da humanidade dos terroristas, que ele tão bem desarma na sua tese».

Com esta tirada, JCN considera a IVG como a negação da humanidade dos terroristas que a aceitam.

Tarda o processo de beatificação que merece JCN, um embrião que chegou à idade adulta.

6 de Novembro, 2013 Carlos Esperança

6 de novembro

1936 – Há 77 anos principiava o cerco a Madrid pelas tropas franquistas, enquanto o Governo republicano se mudava para Valência.

Os demónios nazi-fascistas, que andavam à solta pela Europa, tinham ali a sua primeira e decisiva batalha, de muitas que iriam ganhar na orgia de sangue que rasgou a Europa e alastrou pelo mundo.

O golpe militar que começara em 17 de julho, em Marrocos, era já um impetuoso ajuste de contas contra a democracia e a República. Hordas de militares e de sotainas, ávidas de sangue, esperavam às portas de Madrid. No céu travou-se a primeira batalha aérea. A Legião Condor, constituída na Alemanha, experimentava as novas armas de destruição.

Em Portugal, a ditadura salazarista servia de retaguarda ao fascismo espanhol. O Rádio Clube Português era o instrumento de propaganda dos sediciosos. Os Viriatos, em zelo fascista, emigravam ao encontro do franquismo numa aventura cruel que terminou com a vitória fascista, em 1939, e continuou com fuzilamentos sistemáticos ordenados pelo genocida Francisco Franco.

Nunca a aliança entre as mais brutais forças fascistas e as mais horríveis hostes clericais tinham dado origem a semelhante violência, a tamanho morticínio, a tão cruel vingança.