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Categoria: Religiões

13 de Outubro, 2014 Carlos Esperança

Era assim na ditadura clerical-fascista

Reportagem sobre católicos portugueses e Igreja no Estado Novo vence Prémio

Igreja Estado_NovoDa autoria de Joaquim Franco, Jornalista da SIC e investigador em Ciência das Religiões na ULHT, a reportagem Esplendores, que retrata a relação entre Igreja, Estado e sociedade, venceu o 17º Prémio Orlando Gonçalves.

A reportagem (que pode ser vista aqui) faz uma ponte de 60 anos: em 1953, o poder político, local e nacional, convivia confortavelmente com o poder eclesiástico, numa cumplicidade quase inquestionável. Vários grupos de católicos e os movimentos de Acção Católica politizavam-se e desenhavam já um compromisso social nem sempre em sintonia com uma hierarquia maioritariamente comprometida com a situação.

Era uma sociedade estratificada e conservadora. A economia do país começava a recuperar, mas havia perseguição e censura. Acentuava-se a emigração e o êxodo para o litoral.

Toda a informação em RELIGIONLINE

8 de Outubro, 2014 Carlos Esperança

O que os espera…

Primeiro congresso de homossexuais católicos começa hoje em Portimão

Primeiro congresso de homossexuais católicos começa hoje em Portimão

O primeiro congresso de homossexuais católicos começa hoje em Portimão com representantes de várias associações estrangeiras, que querem promover o debate sobre a homossexualidade na Igreja Católica e criar uma organização mundial que os represente no Vaticano.

No encontro será ainda debatido e aprovado um documento, a enviar à Santa Sé, que pede à Igreja que promova o acolhimento dos homossexuais e a sua integração nas comunidades e paróquias.

Em declarações à agência Lusa, José Leote, da associação Rumos Novo – Homossexuais Católicos, que organiza o congresso, defendeu «a necessidade urgente de uma mudança de atitude por parte da hierarquia católica no sentido de que haja um verdadeiro acolhimento [dos homossexuais] ».

8 de Outubro, 2014 Carlos Esperança

É preciso conter o Islão

Mário de Carvalho escreveu no faceboock:

«Alarme: a atitude de algumas elites perante o NAZISLAMISMO é coincidente com a que muitos intelectuais tomaram durante o ascenso do nazi-fascismo: que nada de alarmes, que preciso era compreender as razões profundas, que havia muito exagero, falta de perspectiva, que eles acabariam por ser absorvidos, que o verdadeiro perigo era…Há reflexos disso aqui no FB. Estaremos condenados? Não, Mário, qual quê! És um exagerado…MdC» [sic]

Tal como Mário de Carvalho, sou membro da Associação Portuguesa de Escritores mas falta-me a dimensão literária e a notoriedade do grande escritor e resistente antifascista nas denúncias que faço, há muito, de forma sistemática e persistente. O alarme de Mário de Carvalho é a pedrada no charco da cumplicidade da esquerda que se cala perante a decapitação de presos pelo fascismo islâmico numa orgia de violência, horror e pânico.

O vírus ébola é aterrador mas o islão é muito mais perigoso e propaga-se por mesquitas, madraças, internet e outros sítios insalubres, sem antídoto nem vacina prenunciada.

Na Turquia, onde a laicidade do Estado tem sido gradualmente diminuída por Erdogan, o Irmão Muçulmano, a quem a Europa e os EUA passaram um certificado de islamita moderado, iniciaram-se manifestações contra o avanço terrorista do anacrónico califado que dá pelo nome de Estado Islâmico. Não se pode confiar no presidente islamita.

Servido por uma multidão de alienados fanáticos, urge combater o Islão, em nome da civilização, e recuperar os chalados que a fé imbeciliza e os pregadores acirram. Referir sempre as culpas de países ocidentais no armamento e treino dos terroristas é uma forma de depreciar a violência que está às portas da Europa e no seu seio, é nutrir a demência que nos ameaça e desarmar a força moral da civilização contra a barbárie.

De todos os monoteísmos, o mais belicista e implacavelmente intolerante, é o legado do pastor de camelos, analfabeto e rude, que nas alucinações julgou ver o arcanjo Gabriel a ditar-lhe uns rudimentos de judaísmo e, sobretudo, uma cópia grosseira do cristianismo, que devia impor através da guerra.

Se não pararmos os devotos, serão eles a paralisar-nos pelo terror e a impor-nos os seus desvairados modos trogloditas. Pior do que o ébola, o islão é um vírus que escapa às análises, resiste a quarentenas e só a força pode parar. A condescendência já excedeu os limites.

1 de Outubro, 2014 Carlos Esperança

1 de outubro – efeméride

1936 – «Por la Gracia de Dios», eufemismo que cunhou a cumplicidade papal e do clero espanhol, o líder da revolta antidemocrática, Francisco Franco, foi nomeado chefe de Estado. Com a ajuda da Alemanha nazi, do fascismo italiano de Mussolini e do obsoleto ditador português, Salazar, viria a ser o caudilho vitalício de Espanha e um dos maiores genocidas do século XX.

30 de Setembro, 2014 Carlos Esperança

O radicalismo islâmico e a sua sedução

Edição do dia 21/09/2014

21/09/2014 21h10 – Atualizado em 21/09/2014 21h10

Mãe brasileira conta como seu filho se tornou radical do Estado Islâmico

Brian tem 21 anos e adotou o nome de Abu Qassem Brazili.
No fim de 2012, ele foi para a Síria se juntar aos extremistas.

Imagine ver seu filho se alistar no grupo extremista mais brutal do mundo. Um exército terrorista que grava vídeos com decapitações de prisioneiros e ameaça destruir todos que discordam dele.

O correspondente Roberto Kovalick conversou com a brasileira que tem um filho nas tropas do Estado Islâmico.

A vida da brasileira Rosana Rodrigues deu uma volta gigantesca. Ela busca respostas. O que levou o filho dela, um rapaz católico, esportista, alegre, a se tornar um radical do Estado Islâmico, um grupo em que matar ou morrer são coisas banais?

“Que meu filho não chegue ao ponto de decepar a cabeça de alguém ou de matar alguém. E no fundo do meu coração, eu sinto que meu filho jamais faria isso. Porque eu como mãe, eu jamais… Eu amo muito ele, mas eu jamais seria capaz de perdoar meu filho se ele fizesse uma coisa dessas”, conta a mãe de Brian.

A Bélgica é um país de 11 milhões de habitantes, com uma das melhores qualidades de vida do planeta e um dos celeiros de extremistas do Estado Islâmico na Europa.

O grupo se autoproclamou um califado, uma comunidade muçulmana radical em uma região entre a Síria e o Iraque.

O Estado Islâmico se tornou ainda mais conhecido depois dos vídeos em que dois jornalistas americanos e um voluntário britânico aparecem sendo decapitados por um extremista. Estima-se que mais de 2 mil ocidentais se juntaram ao grupo e 300 saíram da Bélgica.

Um deles é o filho da brasileira Rosana Rodrigues, que vive na Bélgica há 24 anos.

“Um dia ele foi. Um dia eu fui no quarto dele e ele já não estava mais lá. Ele só se despediu da minha filha mais nova. Deu um beijo no rosto dela e falou que essa era a última vez que ela ia ver ele”, ela conta.

O filho de Rosana, Brian, tem 21 anos. Tem cidadania belga, mas fala português. Foi várias vezes ao Brasil e, ao se juntar ao Estado Islâmico, adotou o nome de Abu Qassem Brazili, ou o Abu Qassem brasileiro.

Para entender o que provocou esta transformação, o Fantástico foi até a Antuérpia, a segunda maior cidade da Bélgica, famosa pelo comércio de diamantes e onde a família morava. Brian é filho de pai belga e estudava em uma das melhores escolas católicas da cidade. Praticava a religião.

“Ele era muito católico e, na maioria das fotos que ele tem no Brasil e aqui na Bélgica ou na Espanha, na Turquia, aonde ele esteve, ele sempre usava um crucifixo”, relata a mãe.

A transformação de Brian começou com uma grande decepção, o fim de um sonho. Ele queria ser jogador de futebol. Mas aos 17 anos, foi dispensado e entrou em depressão.

Foi nesse momento que os extremistas se aproximaram dele. Não é um caso isolado. Esta semana, uma revista belga publicou a entrevista com outro rapaz que está lutando na Síria. E ele declara: “Antes nossos ídolos eram Ronaldo e Messi. Hoje é Bin Laden.

“Para ele, foi uma desilusão muito grande”, lembra Rosana.

E ele encontrou apoio em um grupo de jovens muçulmanos do bairro.

“Esses rapazes aconselharam ele a procurar a força no Alá, que eles falam Alá, para nós é Deus. E em um profeta Mohamed, que disse que era para pedir ajuda para o Deus deles e o profeta deles, que o Deus ia ajudar ele a superar essas tristezas e tudo. Só que, infelizmente, foi a desgraça da vida do meu filho. E para minha vida também, para minha família, uma verdadeira desgraça”, diz Rosana.

Na mesquita que Brian frequentava, segundo a imprensa da Bélgica, ele encontrou extremistas de vários países: Afeganistão, Paquistão, Bangladesh. Em poucos meses, menos de dois anos, se tornou um deles.

Nós tentamos conversar com os líderes da mesquita. Eles não quiseram dar entrevista, mas asseguraram que não têm nenhuma ligação com os radicais islâmicos. Brian foi apresentado a um dos líderes dos extremistas na Bélgica, Fuad Belkacem, que agora está preso.

Rosana conta que o filho foi levado para outra mesquita que fica no meio da floresta das Ardenas, a maior da Bélgica.

“Eles se escondem nessa mesquita para ficar aprendendo a pular, atirar, aprender a passar fome, como você conseguiria ficar dias sem comer. Eles fazem um total treinamento nos meninos”, ela explica.

No fim de 2012, Brian foi para a Síria se juntar aos extremistas.

“Eu pedi ajuda à polícia, pedi assistência às pessoas, e ninguém quis me ajudar. E por conta própria, eu encontrei uma foto do meu filho e reconheci o meu filho. Ele estava com uma arma, com uma roupa de soldado. E desde aí já vai fazer dois anos que ele está na Síria. Nos últimos meses, eu não tenho mais notícias dele. Não sei se meu filho está vivo ou se ele está morto”, conta a mãe.

O prefeito da Antuérpia, Bart de Wever, conta que há recrutadores nas ruas do país em busca de jovens como Brian.

Um dos grandes medos na Europa é que esses jovens extremistas voltem para praticar atos terroristas nos países onde nasceram. E é exatamente isso que os belgas temem que Brian faça.

Em um vídeo atribuído a ele, o Estado Islâmico ameaça explodir um monumento chamado Atomium, um dos pontos turísticos mais visitados de Bruxelas, a capital da Bélgica. Um ataque no local destruiria um dos símbolos do país e provocaria centenas de vítimas.

O vídeo começa com imagens dos extremistas. Brian não aparece, mas a voz que entoa um cântico é atribuída a ele.

Rosana: Não tem nada a ver com a voz do meu filho. Não é meu filho. Eu tenho tanto medo que a qualquer minuto ter uma notícia que mataram o Brian, que o Brian está morto, que eu nunca mais vou poder ver meu filho.
Fantástico: Você acha que o Brian cometeria um ato terrorista?
Rosana: Eu não sei. Eu tenho medo de eles colocarem ele para se explodirem. Eu seria capaz de fazer tudo. Eu seria, inclusive, capaz de dar a minha cabeça para ver o meu filho de volta.

“Brian é considerado perigoso e muito radical. Há testemunhas que implicam ele em atentados. A mãe dele quer acreditar que ele seja ingênuo, mas nós devemos considerá-lo um radical perigoso”, avalia o prefeito da Antuérpia.

Usar ocidentais como garotos-propaganda é uma tática do Estado Islâmico para impor medo no Ocidente e atrair mais seguidores.

O extremista que aparece decapitando os dois reféns americanos e o britânico tem sotaque de Londres. Rosana acha que o mesmo está sendo feito com o filho. “É como o Brian, o Brian é lindo, ele é bonito, não é por ser meu filho”, diz ela.

A comunidade muçulmana condenou as ações terroristas do Estado Islâmico. Em São Paulo, o xeque Rodrigo Rodrigues, da Liga da Juventude Islâmica do Brasil, disse que, pelo que está sendo mostrado, o grupo vai contra o que o Islã ensina.

“A tradição do profeta Mohamed não prega isto. O Islamismo é uma religião de justiça, de paz, de harmonia. Historicamente, muçulmanos e não-muçulmanos viveram séculos de mãos dadas. Se não andaram de mãos dadas, andaram se respeitando uns aos outros. Mas isso de matar todo o mundo que está contra mim não é islâmico”, ele explica.

A última notícia que Rosana teve do filho foi de que ele estava na cidade de Aleppo, no noroeste da Síria, um dos fronts de batalha entre os extremistas do Estado Islâmico e as forças do regime sírio. Ela está disposta a uma ação desesperada para reencontrar Brian.

“Eu vou para a Síria. Eu vou ver meu filho. Buscar eu não sei, mas que eu vou, eu vou”, avisa Rosana.

29 de Setembro, 2014 Carlos Esperança

Os talibãs católicos em El salvador

Quinta, 25 Setembro 2014 15:04

El Salvador: proibição total do aborto está a matar e a prender mulheres

Quem se lembra de Beatriz? Aos 22 anos quase morreu no hospital quando as autoridades de El Salvador rejeitaram a interrupção da gravidez essencial para lhe salvar a vida. A pressão internacional levou o governo a abrir uma exceção, mas poucas têm a mesma sorte. A repressiva e retrógrada proibição total do aborto vigente no país está a tirar a vida a muitas mulheres, reitera a Amnistia Internacional num relatório lançado esta quinta-feira, 25 de setembro.

El Salvador é um dos países mais restritivos em matéria de legislação relacionada com a interrupção da gravidez. O aborto é proibido em toda e qualquer circunstância. No relatório “On the brink of death: Violence against women and the abortion ban in El Salvador” (“À beira da morte: Violência sobre as mulheres e a proibição do aborto em El Salvador”), a Amnistia Internacional demonstra como a lei restritiva se traduz na morte de centenas de mulheres e raparigas.