Dos 196 países analisados entre outubro de 2012 e junho de 2014, a liberdade religiosa está em declínio em 81. Em 35 casos registam-se problemas “preocupantes”, ainda que a situação não se tenha deteriorado. Nos restantes 80, há liberdade religiosa.
Em 55 países, constatou-se uma mudança para pior. A situação melhorou em seis Estados: Irão, Emirados Árabes Unidos, Cuba, Qatar, Zimbabué e Taiwan. Ainda assim, os quatro primeiros continuam a ser classificados como locais de perseguição “alta” ou “média”.
Nações muçulmanas na lista negra
Os países muçulmanos predominam na lista de países onde se verificam as violações mais graves à liberdade religiosa. A barbárie provocada pelo ” Estado Islâmico no Iraque e na Síria (não poupando cristãos, iazidis nem os próprios muçulmanos) é apenas o último exemplo.
Em seis países – Myanmar (ex-Birmânia), China, Eritreia, Coreia do Norte, Azerbaijão e Usbequistão -, a perseguição religiosa está ligada a regimes autoritários.
O Relatório refere ainda que a liberdade religiosa está em declínio na Europa. Por um lado, devido ao desacordo em relação ao papel que a religião deve ter “na praça pública”; por outro, em virtude das preocupações sociais para com o extremismo.
“O aumento da iliteracia religiosa entre os decisores políticos ocidentais e os meios de comunicação social internacionais está a dificultar o diálogo produtivo e a elaboração de políticas eficazes”, alerta o documento.
O Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo é publicado pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), uma organização dependente da Santa Sé. O documento integral em língua portuguesa pode ser consultado em www.religion-freedom-report.org