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Categoria: Religiões

29 de Janeiro, 2015 Carlos Esperança

Citação

“ (…) O Islão, essa absurda teologia de um beduíno amoral, é um cadáver podre que envenena a nossa vida. A população da república turca, que reclama o direito a ser civilizada, tem de demonstrar a sua civilização através das suas ideias, sua mentalidade, através da sua vida familiar e seu modo de vida”.

Mustafa Kemal Atatürk (estadista e fundador da República da Turquia)

26 de Janeiro, 2015 Carlos Esperança

A insustentável leveza do ecumenismo

Na mesquita de Lisboa – disse a comunicação social –, juntaram-se, em oração, cristãos, judeus e muçulmanos, numa comovedora e fraterna devoção ao Deus abraâmico que os empurra para intermináveis guerras numa orgia de sangue que começou com um gracejo divino a dizer a Abraão para lhe sacrificar o filho, o que o troglodita faria se não tivesse sido uma brincadeira de Deus para pôr à prova a sua fé. O Deus de Abraão não confiava nos homens mas estes teimam em confiar nele.

Não penso que as orações pela paz sejam ouvidas, onde ou por quem quer que seja, mas é comovedor saber os três monoteísmos unidos por um intenso e unânime desejo de paz.

Foi lindo ver a notícia mas gostaria que o ato litúrgico tivesse ocorrido simultaneamente numa sinagoga de Jerusalém e numa mesquita da Palestina, que na Arábia Saudita e no Iémen, uns de joelhos, outros de cócoras e todos de rastos, anunciassem não mais matar.

Assim, em Lisboa, numa cidade cosmopolita, pode encenar-se uma cerimónia pacífica, mas onde a correlação das crenças não é mediada pela laicidade do Estado e pela força da democracia, há a sharia, bem mais de difícil de satirizar do que crenças anacrónicas.

Quem detesta decapitações, lapidações, amputações, vergastadas e outros castigos que fazem babar de gozo os funcionários de Deus e as multidões intoxicadas pela fé, não se conforma com espetáculos pios encenados.

24 de Janeiro, 2015 Carlos Esperança

A castidade não impediu a gravidez

Freira que foi ao hospital com dores de barriga saiu de lá com um filho nos braços

por DN.pt

Freira que foi ao hospital com dores de barriga saiu de lá com um filho nos braços
Fotografia © REUTERS/Gregorio Borgia

É o segundo caso do género em apenas um ano registado em Itália. Freira garante que não sabia que estava grávida.

Uma freira do convento de San Severino Marche, em Itália, foi na semana passada hospitalizada com fortes dores abdominais. Suspeitava de um grave problema de intestinos, mas uma ecografia revelou que estava grávida. Deu à luz no domingo, de parto natural, sem complicações de maior, foi hoje revelado.

24 de Janeiro, 2015 Carlos Esperança

Uma no cravo outra na ferradura

Uma no cravo outra na ferradura

Tive um amigo que dizia, bem humorado, que dos três filhos só o primeiro era dele, sendo o segundo filho do Ogino-Knaus, aliás dois, Hermann Knaus e Kyusaku Ogino, e o terceiro da sogra. O último resultara do método que a sogra ensinara à filha e que não se revelou mais eficaz na contraceção do que o método das temperaturas.

É da saudar a abertura do papa Francisco para a limitação da natalidade no planeta, que já não suporta a população atual. Dizer aos casais católicos, nos outros terá ainda menos influência, que devem ser conscientes e não se reproduzirem como coelhos, é acertado e revela consciência social.

As Igrejas são instituições difíceis de compreender e de difícil compreensão do mundo.

Não se pode exigir a um homem solteiro, por mais amparo que tenha do Espírito Santo, pai uma só vez, de forma exótica, que seja uma autoridade em contraceção e que rompa com os preconceitos da sua Igreja.

Francisco esteve bem na advertência à proliferação humana, condenando o fenómeno mimético com a cunicultura, mas esteve mal quando, manteve a tradição de aconselhar os métodos caseiros do meu amigo e, pior, quando apelou à abstinência, um método tão infalível, é certo, como o do copo de água. Em vez de.

Esqueceu o apelo das hormonas.

23 de Janeiro, 2015 Carlos Esperança

Lógica islâmica

A lógica islâmica é ofendida pelas caricaturas.

Mas não ofendida pela:
– Decapitação
– Violação
– Terrorismo
– Mutilação genital
– Atentados suicidas
– Tomada de reféns

19 de Janeiro, 2015 Carlos Esperança

O Sr. Duarte Pio e o Charlie Hebdo

O Sr. Duarte Pio, comprovado Bourbon e improvável Bragança, é conhecido por ser um imigrante suíço-alemão, a quem o salazarismo reconheceu a nacionalidade portuguesa, e que se tornou no exótico aspirante ao inexistente trono do reino de Portugal.

Além de várias tolices avulsas, é autor de um opúsculo em que pesquisou a devoção dos cavalos de D. Nuno Álvares Pereira que se ajoelharam em Fátima antes da batalha de Aljubarrota: “Quando passava de Tomar a caminho de Aljubarrota, a 13 de Agosto de 1385, D. Nuno foi atraído a Cova da Iria, onde, na companhia dos seus cavaleiros, viu os cavalos do exército ajoelhar, no mesmo local onde, 532 anos mais tarde, durante as conhecidas Aparições Marianas, Deus operou o Milagre do Sol».
(“D. Nuno de Santa Maria – O Santo”, ACD Editores, 2005).

Referindo-se a Saramago declarou a um jornalista que «…é uma ganda merda», antes de responder à pergunta sobre os livros que tinha lido do Nobel, tendo declarado que nunca leu tal autor e deixando a ideia de que nem esse nem outro.
Ontem, afirmou em Braga que o semanário ‘Charlie Hebdo’ é “um pasquim nojento”. Ora aqui está um direito inalienável à liberdade de expressão e um pensamento legítimo. Lamentável seria se revelasse sobre a liberdade o mesmo pensamento do antepassado de que herdou o nome, a devoção e a cultura.

O Sr. Duarte Pio é um conhecedor mais profundo da devoção equídea do que do humor, da sátira ou do desenho, sentindo-se mais à-vontade numa estrebaria do que na redação de um jornal satírico.

18 de Janeiro, 2015 Carlos Esperança

Opinião

Por

Paulo Franco

“Ninguém inteligente pode associar os actos dos radicais islãmicos ao Islão”.

Para desculpabilizar a religião podemos então dizer que: As mulheres apedrejadas até à morte em países muçulmanos não são vitimas
do conteúdo do Alcorão; a subjugação das mulheres no mundo Árabe nada tem a ver com o Islão; a condenação dos hereses e
apostatas à fogeira, no tempo da Inquisição, nada tem a ver com o conteúdo bíblico; a condenação à morte dos homossexuais,
em países teocráticos, nada tem a ver com a bíblia ou o alcorão; e por aí fora…

Este discurso esquizofrénico alienado da realidade só pode ser compreendido na medida em que constatamos que estamos
sentados em cima de um barril de pólvora e como tal temos de ser politicamente corretos dizendo que as motivações destes
criminosos têm uma origem politica-económica-social-cultural mas nenhuma ligação às suas convicções religiosas.

Isto não podia ser mais falso. Esta é a pior homenagem que se pode prestar aos heróicos cartonistas do Charlie Hebdo.

Paulo Franco.

15 de Janeiro, 2015 Carlos Esperança

A censura religiosa

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Jornal judeu apaga mulheres da marcha dos líderes em Paris

Ultraortodoxo HaMvaser segue a regra dos judeus Haredi, que proíbe a publicação de fotos de mulheres. Angela Merkel e Frederica Mogherini ‘desapareceram’ da foto da marcha.

13 de Janeiro, 2015 Carlos Esperança

A FRASE e a PULSÃO CENSÓRIA

A frase:

«Se no passado os valentes cartoonistas mortos em França puseram Hollande com o seu ‘coiso’ de fora, o presidente português também podia ser desenhado de calças na mão e com as letras BPN tatuadas na nádega direita».
(Rui Cardoso Martins, in Pública – Revista 2)

A pulsão censória:

Existem nas sociedades europeias e noutras sociedades do mundo conquistas que são irrecusáveis e que têm que ver com os direitos humanos, onde está o direito à vida, à liberdade e à responsabilidade de expressão e o direito a ser considerado naquilo que são as convicções e na expressão das ideias».
( Manuel Clemente, Patriarca de Lisboa)

Fonte: DN, 12-01-2015, pág. 14.