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Categoria: Religiões

15 de Janeiro, 2016 Carlos Esperança

Brasil – Antes um dia nacional do cão

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o  Fica instituído o dia 31 de outubro de cada ano como Dia Nacional da Proclamação do Evangelho.

Art. 2o  No dia 31 de outubro dar-se-á ampla divulgação à proclamação do Evangelho, sem qualquer discriminação de credo dentre igrejas cristãs.

Art. 3o  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 12 de janeiro de 2016; 195o da Independência e 128o da República.

DILMA ROUSSEFF

11 de Janeiro, 2016 Carlos Esperança

Desenho

En terre des trois religions monothŽistes

9 de Janeiro, 2016 Carlos Esperança

O Vaticano e a liberdade

O Vaticano “acusou o Charlie Hebdo de não ser capaz de respeitar todos os crentes de todas as religiões”. Tem absoluta razão e o direito inalienável de exprimir a sua opinião. Não se pode negar-lhe a liberdade que as democracias reivindicam, mas teme-se que o Vaticano, se pudesse, o obrigaria a respeitar “todos os crentes de todas as religiões” ou, de preferência, os crentes da sua.

A coerência não é uma virtude teologal nem a liberdade uma epifania eclesiástica. Por que motivo há de alguém respeitar quem não respeita a vida dos outros, a igualdade de género e a liberdade individual? Que legitimidade têm as religiões para impor os seus dogmas, excentricidades e mitos de que se alimentam? Pode alguém, em seu perfeito juízo, pedir respeito por quem degola, lapida, aterroriza e impõe normas de conduta a quem despreza o deus que os homens da Idade do Bronze inventaram a partir das tribos de então e à semelhança dos seus patriarcas?

Não se deve apenas desacreditar as religiões mas procurar salvar todos os crentes dos seus venenos, através da instrução. Devemos aceitar a imposição do horror ao toucinho, a direção das micções, o ódio à música, a misoginia, a xenofobia e a vontade pia?

Quem se pode escarnecer e ofender? Os ateus, os livres-pensadores, os sátiros, o Diabo? E porque não os bombistas, os que se ciliciam, os que rezam o terço dentro ou fora de água, os que fazem retiros espirituais, apedrejam Satanás ou os distinguem a água benta da outra?

Em 2008, o patriarca Policarpo, um dos mais atilados bispos da Igreja católica, afirmou: “A maior tragédia do nosso tempo é o ateísmo”. Nem a guerra, a fome, as epidemias, os tsunamis ou os crimes religiosos lhe pareciam piores! Nesse mesmo ano, um cardeal português, Saraiva Martins, colocado no Vaticano, a rubricar milagres para a criação de beatos e santos, presidiu à peregrinação do 13 de maio, em Fátima, a maratona anual, sob o lema “Contra o Ateísmo” e não “a favor da conversão dos ateus”, com uma carga menos belicista e mais tolerável, embora de resultados igualmente duvidosos.

O horror que as religiões têm pelo ateísmo é o mesmo que os ateus têm pela superstição e pelas mentiras pias. Podemos detestar opções filosóficas alheias, o que não podemos é perseguir quem as perfilha. De um lado e do outro.

Pôr cornos ao Diabo ou meter-lhe um tridente nas garras é um exercício de imaginação igual ao de Jeová com uma bomba às costas. Deus não costuma importar-se com essas ninharias e depois de o terem acusado da criação do mundo, sem o qual ele próprio não teria sido criado, jamais fez prova de vida.

Se Deus estivesse inscrito no desemprego nunca teria recebido qualquer subsídio.

8 de Janeiro, 2016 Carlos Esperança

Deus não regula bem

Pastor gasta USD 37 milhões no seu terceiro jacto privado

Profeta Shepherd Bushiri justifica a sua compra com a vontade de Deus.

Por REDE ANGOLA.FB
Um pastor do Malawi adquiriu quarta-feira o seu terceiro jacto privado por USD 37 milhões, informa a All Africa. O Profeta Shepherd Bushiri, como é conhecido, juntou todos os familiares para uma cerimónia de inauguração do avião, comprado à companhia de aviação sul-africana NAC.

Na cerimónia, Bushiri dedicou o novo avião a todos aqueles que o seguem e entendem a sua visão. “Ensino que a força é a crença do ‘posso fazer todas as coisas naquele que me fortalece’ e é exactamente aquilo que estou a fazer agora. Sou aquilo que Deus diz e não o que julgam. Acredito que para inspirar muitos cristãos, especialmente homens de Deus, podemos fazê-lo porque maior é aquele que vive em nós”, afirmou Shepherd Bushiri ao Nyasa Times.

No Facebook, um seguidor do pastor criticou a sua compra, ao que Bushiri respondeu: “quando vais vender o telemóvel que estás a usar para escrever aqui e doar o dinheiro aos pobres?”

Bushiri comprou o seu primeiro avião há três anos. Este último é um modelo dos anos 1980, o Gulfstream III. Há algumas semanas, o assessor de imprensa do pastor confirmou que Shepherd Bushiri planeia abrir um banco e uma empresa de telemóveis na África do Sul.

Com uma população de 16 milhões de pessoas, o Malawi tem mais de metade das famílias abaixo do limiar da pobreza.

6 de Janeiro, 2016 Carlos Esperança

Escravatura islâmica

Por
Paulo Franco

A Reuters revelou um documento interno do daesh onde se regula a entrega de mulheres a militares.

Se os combatentes mais destacados, dos 50 mil milicianos do Estado Islâmico, entre os quais os estrangeiros, não conseguirem celebrar matrimónio, serão agraciados com “escravas sexuais”, e tudo isso, com a “generosidade” e “misericórdia” de Deus. Tudo isto pode ser lido num edital de um departamento do Estado Islâmico encarregado das questões religiosas, que foi revelado pelo perito em jihadismo Aymen Jawad al Ramini. Este conjunto de documentos em que são regulamentadas as bases da escravatura das mulheres, são parte da documentação divulgada pela agência Reuters, a partir de documentação apreendida a um dirigente do Estado Islâmico em Deir al Zor, na Síria.

“Para os combatentes que estejam separados das suas esposas há muito tempo, ou para os combatentes estrangeiros que tenham deixado as suas esposas e filhos e que tenham por diante um grande exílio (…) , a graça divina e maravilhosa de generosidade traz-lhes as cativas escravas”, reza um dos papéis apreendidos.

Esses documentos datam do início de 2015, e foram confirmados por relatórios de organizações humanitárias e testemunhos de mulheres libertadas por milícias curdas e tropas iraquianas, sobretudo mulheres da minoria yazidis capturadas, pelo Estado Islâmico, em 2014, na sua ofensiva no monte Sinjar, que levou à posterior intervenção da aviação dos Estados Unidos da América. A ONU acusou o EI de escravizar mulheres e de as violar repetidamente.

Os documentos do Estado Islâmico regulamentam essa selvajaria. Afirmam que não é apenas por serem cativas que é “permitido ter relações sexuais e desfrutar delas”, são as autoridades religiosas locais que têm o poder de determinar que assim seja e de as atribuir aos combatentes. Mulheres e crianças “infiéis” podem ser escravizadas e vendidas, mas é suposto os combatentes islâmicos alimentá-las e mostrar “compaixão” por elas. A documentação apreendida estabelece 15 normas religiosas para a escravatura sexual:

Não pode haver relações durante a menstruação; está proibido o sexo anal; e um pai e um filho combatentes não podem ter sexo com a mesma mulher.

Depois da libertação de várias mulheres ficou conhecido que o próprio autodenominado califa, al-Baghdadi, tinha várias mulheres escravizadas, entre as quais a cooperante norte-americana Kayla Mueller, sequestrada durante 18 meses, e falecida em Fevereiro de 2015.

Estes documentos não são surpresa, há anos, a revista teórica do Estado Islâmico, “Dabiq”, já tinha defendido estas práticas num artigo intitulado: “A escravidão antes da hora”.

4 de Janeiro, 2016 Carlos Esperança

Cinco chicotadas por estar próxima de um homem

Por

Paulo Franco

Centenas de pessoas compareceram na mesquita de Baiturrahumim, na Indonésia para assistir ao chicoteamento de uma mulher por esta ter estado “relativamente próxima” de um homem com o qual não era casada, conta o Jacarta Post.

A mulher, de nome Nur Elita, terá violado as leis de Sharia ao ter evidenciado comportamentos afetivos com um estudante universitário.

Segundo essas leis, homens e mulheres que não sejam casados, não têm permissão para se aproximarem demasiado de outras pessoas e a violação dessa lei resultará no castigo conhecido como ‘caning’, que basicamente se resume a chicotadas em público.

Depois das chicotadas, ao som dos aplausos do público, a mulher foi ainda forçada a manter-se de joelhos durante todo o castigo. Foram ao todo cinco chicotadas, que deixaram a mulher a gritar pelas dores que sofreu. De seguida, Nur Elita foi deixada numa ambulância e encaminhada para um hospital local.

“Temos todos boas razões para lutarmos por um mundo livre de religiões”.