Loading

Categoria: Religiões

6 de Abril, 2016 Carlos Esperança

Execuções

Segundo revela a Amnistia Internacional, em 2015 foram executadas 1634 pessoas, mais 573 do que em 2014, o que representa o maior número desde 1989.

Excluindo a China, a Arábia Saudita, o Irão e o Paquistão somaram 89% de todas as execuções.

À crueldade do seu deus, juntam a demência do seu clero.

31 de Março, 2016 Carlos Esperança

A propaganda do embuste começa cedo

CICLO JANTARES-CONFERÊNCIAS  

“Portugal 1917 – Estado, Sociedade – Razão e Fé”

20 de ABRIL

Exibindo image001.jpgfatima-propaganda

15h – partida de Lisboa
16h45 – visita à Basílica da Santíssima Trindade
17h30 – visita à Casa das Candeias
18h15 – visita ao Museu da Vida de Cristo
20h – Jantar-conferência  no Hotel D. Gonçalo

Catolicismo, Republicanismo e Laicismo no 1.º quartel do século XX português

Orador: Manuel Braga da Cruz
23h – hora prevista de regresso a Lisboa

Mais informações e inscrições: [email protected]

30 de Março, 2016 Carlos Esperança

O combate da civilização contra a barbárie

Massacres em Istambul, Damasco ou Bagdad não aterrorizaram os europeus, apesar de a primeira cidade se encontrar no seu continente, e ainda menos os da estância de Bassam ou de Ouagadougou, porque a Costa do Marfim ou o Burkina Faso são países arredados da geografia das preocupações europeias. O ataque suicida, em Lahore, contra a minoria cristã que ontem festejava a Páscoa, fez mais de 70 mortos e 280 feridos, num parque infantil, mas o Paquistão fica longe e as notícias são parcas e efémeras!

Nova Iorque comoveu o mundo civilizado, esquecido dos seus erros e crimes e da troca de princípios por interesses. As Torres Gémeas sepultaram milhares de inocentes e houve um clamor internacional, mas quando se esperaria a severa punição da Arábia Saudita, cuja origem e financiamento do ataque esteve na base dessa tragédia, quatro ‘Cruzados’ atacaram… o Iraque, liderados por Bush, aconselhado por Deus — disse ele.

Agora, depois de Madrid, em 2004, Londres, em 2005, Paris (janeiro e novembro), em 2015 e Bruxelas, em 2016, a Europa hesita entre a cedência dos valores e a resposta aos ataques que levam o medo e a desconfiança, que promovem a xenofobia e o racismo.

Os europeus estão cansados de ouvir dizer que o Islão é pacífico, como, aliás, todas as religiões. Não há a mais leve suspeita ou o menor indício de que isso seja verdade, nem a História o confirma. A civilização, de que nos reclamamos, permite combater todas as ideologias políticas, da social-democracia ao fascismo, do liberalismo ao comunismo, mas inibe o combate às religiões, por mais insanos que sejam os princípios e obsoletos os seus livros sagrados. A blasfémia ainda é crime em várias democracias!

Os partidos políticos combatem opções de partidos rivais, sem bombas, mas as religiões são livres de apelar à violência em nome do seu deus e de organizarem o proselitismo, exortando à violência nos templos e fanatizando crianças nas escolas.

O problema europeu não é com muçulmanos nem com o radicalismo islâmico, é mesmo com o Islão, um problema sério e insanável que, à semelhança do que sucedeu já com o cristianismo, se resolveu com a repressão política ao seu clero.

Não é com diálogo entre as religiões que se combate o terrorismo, é com a exigência do respeito pela Declaração Universal dos Direitos Humanos a todas as religiões e a todos os indivíduos, crentes e não crentes, autóctones, imigrantes e refugiados.

28 de Março, 2016 Carlos Esperança

Não há talibãs só no Islão

Ontem,  domingo da Páscoa dos cristãos, encontrei uma católica, apostólica romana, talvez debilitada pela longa Quaresma em que os quarenta dias de jejum, orações e penitências lhe devem ter atenuado o entendimento, apesar da licenciatura em Humanidades numa Universidade autóctone.

Disse-me que ‘os ateus deviam ser mortos’. Compreendi a sua dor perante o martírio do seu Deus, morto na sexta-feira da Paixão e ressuscitado no sábado de Aleluia, um tempo de ansiedade que lhe pareceram três dias, e não lhe atribuí um intuito que me visasse.

Não estranhei a falta de alegria, que atribuí não à Ressurreição deste ano da Graça, mas à morte anunciada para o próximo, numa sequência mórbida que se prolongará pela vida da devota. Admirou-me o pio desabafo ‘os ateus deviam ser mortos’, numa pessoa cuja ilustração lhe permite distinguir o significado do verbo ‘ser’ do do verbo ‘estar’.
Se tivesse dito ‘os ateus deviam estar mortos’, em vez de ‘…ser mortos’, significaria que lhes desejava uma ‘morte morrida’ em vez da ‘morte matada’, expressões com que a sabedoria popular faz a distinção semântica entre a defunção natural e a provocada.

Pode ter sido fundamentalismo, mas a lua cheia, que serve para a determinação da data da efeméride, pode ter tido uma influência insuspeitada para quem pauta os seus valores à margem da astrologia!

26 de Março, 2016 Carlos Esperança

A última epístola do S. Padre Poças

Aqui fica, para conhecimento dos leitores, a sua posição sobre o beija-mão do PR ao Papa. Como é a última, sobre o assunto, prescindo da tréplica pois a minha posição é bem conhecida.

 

Olá Sr. Carlos Esperança.

 

Esta será a minha última epístola que deveria ser apenas a segunda não fossem os caminhos se terem desviado do essencial.

No último e-mail deixei clara a minha disponibilidade em enviar a minha leitura dos atos do Presidente da Republica. Como não me respondeu envio-a na mesma para que tome na mesma conhecimento da minha reflexão.

Agora sim, publique-a onde quiser e se quiser.

Achei que a resposta que me deu inicialmente está baseada em algo que eu penso não ser substancialmente profunde certo para reprovar esta atitude do Presidente da República. Passo a explicar-me.

Estão dois valores fundamentais em conflito neste gesto do Presidente da República.

O primeiro é a função que o Prof. Marcelo exerce e a outra é o direito pessoal à liberdade religiosa. Um incide sobre a função outra sobre o individuo (cidadão). Acontece que o Estado não é sujeito das liberdades pessoais pois ele é coletivo, não é um individuo em si e por isso não tem a faculdade de escolha que é próprio e exclusivo dos cidadão.

No momento da visita ao Papa estão as duas realidades em causa e em conflito. O Presidente da Republica deve ter gestos de cariz laico, mas o cidadão Marcelo tem o direito inalienável de poder agir segundo a sua convicção religiosa. Se assim não fosse estaríamos a descriminar o cidadão Marcelo Rebelo de Sousa e a constituição prevê que a liberdade religiosa se aplique a todo o cidadão sem excepção. Um cumprimento é um ato pessoal e por isso foi dada prioridade à livre opção religiosa do cidadão Marcelo. O que diz o protocolo Papal é que se um cidadão é católico pode beijar a mão ao Papa. Ora o Prof. Marcelo é um cidadão católico mas por este facto colide com a sua função de representante de um Estado Laico.

Façamos um esforço de raciocínio.

O Presidente da Republica deve ter uma atitude a-partidária. Mas isto não pode ser levado ao seu extremo, há uma excepção. Há uma ato em democracia que se exprime no direito ao voto e que abre uma excepção a esta regra. Ora a aplicar a ideia de que o Presidente da Republica deve agir como um ser NEUTRAL (como propôs na primeira carta) eu diria que só haveria duas opções: ou não votar, ou votar em branco (o que numa óptica de cidadania responsável não é bem visto). A verdade é que não podemos negar o direito de voto livre ao Professor e cidadão Marcelo Rebelo de Sousa que deve ser apartidário. Provavelmente até suspeitamos que ele vote no PSD e isso não põem em causa a descriminação dos outros partidos. Mesmo sendo de forma secreta o que é fato é que pelo menos neste gesto ele é e deve ser partidário.

Resumindo. Há atos inerentes a algumas funções que por vezes entram em conflito com liberdades próprias de um individuo. O acto de eleição em sufrágio público é um voto de confiança num individuo eleito. Creio pois ser razoável que nos momentos de conflito seja dada a opção de escolha em consciência da pessoa em causa. Se o Prof. Marcelo neste momento decidiu beijar a mão do Papa acredito que o fez motivado pela sua opção religiosa pessoal e nunca com a intenção de descriminar ninguém. Podemos fazer outras leituras mas creio serem fruto de alguma hipersensibilidade quanto ao assunto.

Já agora fica uma questão pertinente. Para o ano o Papa vem a Portugal. É uma visita também pedida pelo Presidente da Republica (julgo que discordem do fato de ele a ter pedido, mas fora isso…). É natural que se celebre uma Eucaristia em algum desses momentos. O Professor Marcelo deve abster-se se se benzer e de rezar? Novamente teremos um individuo católico que tem direito a viver o seu culto (consagrado na lei da liberdade religiosa) mas que desempenha funções de Presidente da República. Deve dar atenção a que principio? A de representante de um estado laico ou de um individuo católico? Se não se benzer está a ser violentado na sua liberdade religiosa, se se benzer estará a desrespeitar a constituição que diz que ninguém pode ser descriminado pela sua religião. Será mais um caso de conflito.

Moral da história: Quando surgem dois valores fundamentais que entram em conflito deve ser acionada uma das melhores regras, para mim, para o futuro de qualquer sociedade democrática, laica, ou seja, a regra da TOLERÂNCIA.

Honestamente e depois deste caminho feito julgo que foi essa que esteve em falta no momento da Associação Ateista Portuguesa fazer o seu comunicado. Não tolerou.

Quero também afirmar que não me parece que o tenha feito por se pautar por principio de laicidade. Fê-lo por ser o Papa o que muda completamente a carga histórica, moral, emocional e sentimental perante o caso.

Honestamente se fosse pelo argumento da laicidade teria muito mais sentido criticar a celebração inter-religiosa que se fez no dia da tomada de posse. Aí sim poderá ter sido pouco coerente com a constituição (os actos oficiais devem ser não confessionais) e o fato desta ser feita numa mesquita (o que poderia ser lida como discriminatória para as outras confissões religiosas). Como viu nenhum líder religioso se zangou e/ou fez comunicados de reprovação. Seguiu-se o principio da tolerância e do diálogo entre diferentes, sem mossas nem conflitos.

Ou estou enganado (e se sim pelo desculpa) ou a Associação Ateista Portuguesa segundo vi não se pronunciaram sobre o caso com um comunicado.

Quanto ao beijar a mão do Papa já reagiram, é curioso e sinal de outras argumentações que já o afirmei me parecerem ser mais anticlericais que laicas (claro que esta parte é uma leitura minha e da minha responsabilidade).

Fiquem bem. No fundo e ultrapassados as agitações de percurso acho que foi divertido este exercício mental. Por essa parte obrigado.

Pelo resto peço apenas que respeitem a informação privada quando ela vos chegar às mãos.

A mim caiu-me sinceramente mal, pode acontecer a outros. São no entanto livres de fazerem o que quiserem, claro.

Neste dia em que nós católicos celebramos a morte do Senhor proponho façamos um bela reflexão sobre a realidade dos refugiados. É também uma situação em que valores e liberdades entram em conflito. Acho que o Professor Marcelo resolveu bem melhor o conflito dele do que os Estados Membros da União Europeia que dizem pautar-se pelos valores humanitários e pela Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Até qualquer dia.

  1. renato poças
22 de Março, 2016 Carlos Esperança

Onde está a laicidade constitucional?

POLITICA e a RELIGIÃO CATÓLICA a prejudicar as Aulas das Crianças. Já Chega.
Quando vai acabar com isto aqui no Norte de Portugal Religião e Politica sempre juntos a prejudicar as crianças que são de outras Religiões, Credos ou Doutrinas, ou porque os Pais são outros Partidos que não o da mesma cor da Câmara Municipal ou da Freguesia em que pertence.
Pois assim como indica o Video, a Escola de Lousado Vila Nova de Famalicão já tinha sido inaugurada no começo do ano Lectivo emSetembro e como estas Pessoas Padres, Presidente da Câmara (PSD), Presidente de Junta (PSD) e Professores não tem escrúpulos para fazerem de tudo para perturbar as Aulas das crianças, pois tiveram que ir Benzer a escola agora em pleno dia de Aulas, e isto é prato do dia agora na Pascoa a mesma coisa, ao longo do ano sempre com a Religião e Politica a prejudicar os alunos, quando isto vai acabar.
Depois alem disse diz o Presidente da Câmara no vídeo que a escola foi ajudada financeiramente por a Câmara Municipal, onde no Video se vê uma Placa a dizer que a Escola foi financiada pela Comunidade Europeia. O porque que estas pessoas não fazem isto ao fim de Semana e tem que fazer isto benzer em dias da Semana quando lá tem alunos de todas as Religiões porque não respeitam as crianças e os Pais que são de outras ????? Isto só pode ser Fanatismo não tem outro nome, sendo tudo isto proibida nas Escola a muitos anos como é que a coordenadora das Escolas de Ribeirão aceitam isto tudo e ate aplaudem tudo isto, também o que anda a fazer o Ministério da Educação. Quando Portugal vai respeitar o direito dos outros por serem de outras Religiões, Credos. Doutrina, Cor Partidárias ou Futebolísticas ???
Em Vila Nova de Famalicão é feito nas Escolas em todas as Freguesias, sempre em plana dia de aulas, acabem com isto pede.se o favor que respeitem os outros….
Porque com isto colocarem no Plano curricular nas Escolas estes Deuses de Pau e de Pedra, os Presidentes das Camaras Municipais e Presidentes de Juntas de Freguesias a pedir o voto PSD as Crianças e os Padres a pedir as Crianças que sejam forçosamente Católicos……
https://www.facebook.com/jornaldoave/videos/1676577902611206/?pnref=story