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Categoria: Religiões

23 de Abril, 2008 Carlos Esperança

Papa faz o habitual número de circo

O Papa Bento XVI rezou uma oração contra o terrorismo, este domingo, numa cerimónia carregada de emoção no Ground Zero, o local ocupado pelas Torres Gémeas antes dos atentados de 11 de Setembro de 2001.

Comentário: Como é que Deus sabe se a oração é a favor ou contra?

23 de Abril, 2008 Carlos Esperança

Diário Ateísta feito pelos leitores

O mundo misógino das religiões

Vivemos num Mundo trágico em que uns, que pretendem ganhar um qualquer paraíso ou céu, pesam cargas de ódio nas mulheres.

Estas vivem com a outra carga de mensalmente se prepararem para poderem receber um óvulo num útero “renovado” e pujante de energia. A variação do ciclo, cria desequilíbrios que se reflectem no humor e podem predispor para a fragilização e “submissão” das mulheres.

 Outros condicionalismos fazem-na dependente. Se atentarmos que há mais mulheres que homens, que muitas mulheres, se bem que tradicionalmente de menor cultura, têm graus de inteligência superiores, percebemos que há uma desproporção abismal entre os valores citados e as normas de inspiração divina que aumentam a subjugação.

Algumas religiões consideram as mulheres impuras sobretudo no período de “perdas” menstruais. Isso é que é ignorância! Quando o útero se “descama” para poder, depois, nas melhores condições, receber um óvulo, vêm esses profetas analfabetos, malsãos, imbuídos de preconceitos idiotas, estigmatizar a mulher como impura. E estas, num período de transição hormonal, infelizes e por vezes com dores, não têm capacidade de se afirmar nem sequer se defendem porque, no íntimo, também não se sentem bem nessas transições.

Não sabem bem as razões destes transtornos mas são tão íntimos e decisivos que não lhes apetece discuti-los. As taradices ou tacanhices dos sapientes homens de deus podem, também por isso, continuar a amesquinhar as suas mães, as suas mulheres, as mulheres das suas etnias, das suas nações, dos continentes, do Mundo ou, por ventura, do Universo…

E os crentes acreditam com acordo passivo e outros agarram nos chicotes para sovar as mais atrevidas ou algumas, ansiosas de amor ou fragilizadas, que discutem com o seu senhor ou em arrufos mais profundos se entregam a outros homens. É trágico! Em Portugal vai diminuindo essa incidência também e proporcionalmente à inteligente diminuição da fé.

a) Guilherme T.

22 de Abril, 2008 Carlos Esperança

A morte lava mais branco

O funeral do cónego Eduardo Melo, da Sé de Braga, deu origem a uma importante concentração fúnebre.

Uns foram para ter a certeza de que ficam livres de uma testemunha incómoda, outros para prestar homenagem a um homem que não hesitaria em defender a Igreja à bomba.

Não foi a devoção que o celebrizou, foi o poder que o tornou temido e respeitado. A estátua que lhe fizeram não foi uma homenagem às ave-marias que rezou, às missas que disse ou à frequência com que sacava do breviário. Foi a paga dos favores que fez, das cumplicidades que teceu, do poder que detinha. Não era homem para andar de hissope em punho a aspergir beatas que arfavam lubricamente à sua volta antes da Revolução de Abril, era um homem de acção. Do futebol à política. Do salazarismo ao MDLP.

O cónego Eduardo Melo pode não ter sido o responsável pelo assassínio do padre Max, cuja morte ficou impune embora se saiba a origem dos explosivos.

Na morte teve a acompanhá-lo o inevitável presidente da Câmara, Mesquita Machado, o Governador Civil e um secretário de Estado, além de gente anónima que aproveitou os autocarros gratuitos para ir a Braga.

O bem-aventurado cónego, que nunca renegou a sedução por Salazar e o aborrecimento pela democracia, foi a enterrar quatro dias antes do 25 de Abril que tanto detestava. Se Deus existisse tê-lo-ia deixado viver até ao 28 de Maio. Era uma data mais grata à sua alma de fascista, uma consolação para quem nunca se adaptou à democracia. 

22 de Abril, 2008 Carlos Esperança

O catolicismo sempre foi tolerante

O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, inaugura terça-feira o «memorial às vítimas da intolerância» evocativo do massacre que vitimou entre 2 a 4 mil lisboetas em 1506, suspeitos de professarem o judaísmo.
(…)
O início da cerimónia está marcado para as 11h00 de terça-feira, contando com a presença do presidente da autarquia lisboeta, do cardeal-patriarca de Lisboa D. José Policarpo e do rabino de Lisboa, Eliezer Sahi Di Martino.  (SOL)

21 de Abril, 2008 Carlos Esperança

B16 regressou à toca

B16 já regressou ao antro do Vaticano depois de exibir os vestidinhos e as toucas da profissão pelo País mais poderoso do mundo. Teve a recebê-lo um presidente que já falou com Deus para desgraça do Iraque e da paz mundial.

Deus não é melhor nem pior do que eles. Apenas tem a vantagem de não existir. Já os dois cruzados, que se aliaram, existem e fazem excessivo mal à humanidade.

Os EUA constituem um país que se afastou da matriz ideológica dos seus fundadores, que fizeram uma Constituição laica, com profunda desconfiança do clero cujas tropelias conheciam da Europa. Deu-lhe para a religião como lhes dá para as armas. Gostam do que é violento. Não admira que tenham em boa conta o Antigo Testamento.

B16 lá andou de missa em missa, chegando a juntar 50 mil genuflectidos, metade dos professores que em Portugal se reúnem para contestar uma decisão ministerial. Depois de ter pedido perdão pelos ataques pedófilos dos seus padres, o papa quis convencer os americanos do martírio do seu Deus. Falou para crentes mas não reabilitou as dioceses falidas pelas indemnizações pagas pelos crimes dos seus padres.

B16 felicitou os americanos, num ataque de suprema hipocrisia, pela tolerância que têm para com todas as religiões. Fala um talibã que, quando pode, adverte que só há uma religião verdadeira. E, de facto, passe o exagero de uma a mais, só há uma verdadeira.

As religiões são o rastilho do ódio e da intolerância. A forma de nos defendermos delas não é combatê-las, é desacreditá-las.

Ámen.

20 de Abril, 2008 Mariana de Oliveira

Bento XVI visita Ground Zero

O Papa Bento XVI visitou o Ground Zero, em Nova Iorque, para uma homenagem às vítimas dos atentados de 11 de Setembro de 2001, tendo voltado a pedir o fim dos apelos ao ódio em nome da religião.

O Papa rezou em silêncio, antes de acender um círio colocado sobre o altar improvisado em pleno Ground Zero, em sinal do renascimento da esperança.

O Sumo Pontífice rezou depois, em inglês, pelas vítimas dos atentados, as suas famílias e pediu a Deus para “trazer a paz a um mundo violento” e “fazer regressar ao caminho do amor aqueles cujos corações e espírito estão consumidos pelo ódio”.

A breve cerimónia contou com a presença do “mayor” de Nova Iorque, Michael Bloomberg, por representantes dos bombeiros e da polícia da cidade e por 16 familiares das vítimas dos atentados, recebidos no final pelo Papa.

Fonte: Público, 20 de Abril de 2008.

20 de Abril, 2008 Carlos Esperança

De visita ao patrão

O cardeal colombiano Alfonso López Trujillo, de 72 anos, presidente do Pontifício Conselho para a Família, morreu neste sábado em Roma de uma infecção pulmonar, informou a clínica romana Pío XI.
(…)
López Trujillo defendeu com firmeza no Conselho Pontifício para a Família a condenação do aborto, da homossexualidad, do feminismo e do uso de preservativos.

(…)
O cardeal colombiano foi um dos ferrenhos perseguidores, ao lado do então cardeal alemão Joseph Ratzinger, atualmente Papa Bento XVI, da Teologia da Libertação pregada pelo brasileiro Leonardo Boff, o salvadorenho Jon Sonbrino e o peruano Gustavo Gutiérrez. AFP