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Categoria: Religiões

14 de Maio, 2008 Ricardo Alves

Fátima é uma arma (mas ferrugenta)

Fátima sempre serviu à ICAR como arma política. É ali, perante as multidões de peregrinos, que se lançam as grandes campanhas clericais. Este ano, parece que o problema é a perspectiva de o Estado legislar no sentido de reconhecer os casamentos entre homossexuais.

Não há razão para temer o que se vai passar. A ICAR pode fazer a campanha do costume, com a deusa de Fátima a chorar sangue, os padres histéricos e os movimentos de «leigos». Já perderam com o aborto e perderão outra vez no novo regime do casamento. Os tempos mudaram e a ICAR manda cada vez menos.

13 de Maio, 2008 Carlos Esperança

Fátima – Encontro anual de peões

 

Produziu enorme tristeza a negação, pelo Vaticano, do milagre inventado para canonizar os pastorinhos, como se este fosse mais falso do que o da D. Emília;

O cardeal Saraiva Martins fez um comício político contra a legislação portuguesa sobre o aborto e o divórcio, atacando a legislação de um país soberano e democrático;

As esmolas continuam a ser uma excelente fonte de rendimento;

FÁTIMA tem a quarta maior área coberta para actos litúrgicos católicos em todo o mundo. Dá pelo nome de Igreja da Santíssima Trindade e é um dos maiores e mais rentáveis santuários do Vaticano, S.A.

13 de Maio, 2008 Mariana de Oliveira

Extraterrestres compatíveis com deus

A fé em Deus é compatível com a crença nos extraterrestres, segundo o director do Observatório do Vaticano, José Gabriel Funes, que admite poder haver um planeta habitado por seres que não cometeram o pecado original.

«Como astrónomo, continuo a acreditar que Deus foi o criador do Universo» , explicou o padre Funes, um padre jesuíta que dirige o Observatório do Vaticano.

No entanto, acrescenta, mesmo que «não tenhamos para já nenhuma prova», «não podemos excluir a hipótese» de haver outros planetas habitados.

«Tal como existe uma multiplicidade de criaturas na terra, poderia haver outros seres, igualmente inteligentes, criados por Deus» , afirma o astrónomo do Papa.

O padre Funes sugere que se fale então do «nosso irmão extraterrestre», tal como São Francisco de Assis falava de «irmão» ou de «irmã» para todas as criaturas terrestres.

Fonte: Sol, 13 de Maio de 2008.

13 de Maio, 2008 Mariana de Oliveira

Casamento não é negociável

O casamento estável entre um homem e uma mulher é um dos «princípios não negociáveis» para uma «correcta convivência civil e cristã», defendeu o cardeal Saraiva Martins no Santuário de Fátima.

Perante milhares de peregrinos, na celebração principal da peregrinação de Maio, D. Saraiva Martins apontou vários valores essenciais, tendo destacado o «matrimónio como união estável e fiel de um homem e de uma mulher e não de qualquer outro modo».

A vida, a família, a «caridade concreta, a dignidade pessoal, estendida a todos os momentos e a todas as suas dimensões da existência» foram outros dos «princípios não negociáveis», enumerados pelo cardeal, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, que hoje presidiu à peregrinação de Maio.

«Este é o fundo e o ambiente – humano e cristão – no qual se colocam a mensagem e os acontecimentos da Cova da Iria», afirmou o cardeal aos peregrinos, que encheram o Recinto do Santuário de Fátima.

Perante os peregrinos, D. Saraiva Martins recordou que o «homem de hoje, iludido e desiludido da vida, por vezes parece ter desistido de esperar» por um futuro melhor.

Até porque «caíram as consideradas certezas das ideologias, o bem-estar e o consumismo que aparentemente satisfazem as nossas necessidades e exigências», confirmando a «sua total inconsistência» e «radical incapacidade para fazer feliz o homem do nosso tempo», considerou o purpurado.

Perante a «apostasia (abandono público) da fé» e da «razão», D. Saraiva Martins contrapõe a mensagem de Fátima que veio marcar um «século ensanguentado pela loucura de duas Guerras Mundiais, marcado por nacionalismos exasperados, por ideologias ateias e materialistas».

Fonte: Sol, 13 de Maio de 2008.

13 de Maio, 2008 Ricardo Alves

Votar contra a estátua ao cónego Melo

Ainda é possível votar contra a estátua ao padre fascista Eduardo Melo, uma espécie de Bin Laden português que benzia as bombas que serviam para matar comunistas e ateus.
Vota-se aqui.

13 de Maio, 2008 Carlos Esperança

A morte de Rand Abdel-Qader e o fascismo islâmico

“A minha filha mereceu morrer por se apaixonar”

Um alarve xiita sufocou e esfaqueou a própria filha com o aplauso dos amigos e o entusiasmo dos irmãos que ajudaram a assassinar a irmã.

O mundo civilizado horroriza-se com a selvajaria do crime e a felicidade do troglodita que o cometeu. A polícia reconheceu-lhe lhe razão e os autóctones renderam-lhe a homenagem que merece um primata que defende a honra da família.

Uma muçulmana que não se envergonhava de amar um cristão, capaz de comer carne de porco e de beber álcool, uma islamita de nascimento que se esqueceu de que não pode amar quem quer, morreu como merecia, para lavar a afronta a Maomé.

A mãe da jovem, quando o marido a sufocava, ainda chamou os filhos para ajudarem a irmã, mas eram fortes os motivos do pai e justo o castigo. Os mancebos, de 21 e 23 anos, ajudaram a matar a irmã. A vítima não teve direito a funeral e os tios compareceram para cuspir sobre o cadáver quando foi lançado a uma vala.

Chamava-se Rand Abdel-Qader e apagaram-lhe o sorriso lindo aos 17 anos.

 Esta foi apenas uma das cinco mil mulheres que todos os anos são vítimas dos «crimes de honra» em todo o mundo. As milícias religiosas conhecem a obsessão divina com a roupa e os comportamentos femininos e sabem como Deus exulta com a morte das mulheres que o contrariam.

 Sempre foi assim.

13 de Maio, 2008 Carlos Esperança

Milagre feito a meias posto em dúvida

O processo de canonização dos beatos Francisco e Jacinta caiu por terra, porque os médicos do Vaticano não consideraram milagrosa a cura de uma criança de um ano que sofria de diabetes tipo 1. A informação foi avançada ontem, em Fátima, pelo cardeal Saraiva Martins, que preside às celebrações da Peregrinação de 12 e 13 ao Santuário.
Valha-nos o milagre da D. Emília dos Santos cujo processo desapareceu do Serviço de Psiquiatria dos Hospitais da Universidade de Coimbra.
12 de Maio, 2008 Mariana de Oliveira

Santuário de Fátima pondera apoiar peregrinos

O Santuário de Fátima está a ponderar a criação de um grupo interdisciplinar para acolhimento dos peregrinos, tendo em atenção os seus problemas pessoais e as respostas que procuram quando se deslocam à Cova da Iria.

Segundo o Bispo da Diocese de Leiria-Fátima, D. António Marto, esta equipa integrará «pessoas especializadas em psicologia, em psiquiatria e em espiritualidade e grupos que estão dispostos a fazer o acompanhamento» dos peregrinos enquanto estes procuram apoio para a resolução dos seus problemas.

«Aconselhamento e orientação» serão duas das vertentes em que assentará o novo serviço, que o Santuário pretende criar, no pressuposto de que os peregrinos são pessoas «com direito a acolhimento específico e especializado para as suas questões».

«Às vezes, na Igreja não há muita sensibilidade prática. Temos que atender à pessoa concreta» , disse D. António Marto em conferência de imprensa, justificando a intenção do Santuário.

Fonte: Sol, 12 de Maio de 2008.

12 de Maio, 2008 Mariana de Oliveira

Pastorinhos no meio de 2200

O cardeal José Saraiva Martins, Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, revelou que existem abertos na Santa Sé 2.200 processos de beatificação ou canonização de católicos, entre os quais estão os dos Pastorinhos e da Irmã Lúcia.

Destas 2.200 causas de santificação, 33 são portuguesas, revelou o cardeal que admitiu a dificuldade em confirmar o segundo milagre que sustenta o processo de canonização dos Pastorinhos Jacinta e Francisco Marto.

O alegado milagre, envolvendo uma eventual cura de diabetes, não está devidamente fundamentado para ser considerado como existindo intervenção divina.

«O processo não está parado mas a cura considerada miraculosa» , segundo o «parecer dos médicos da Congregação para a Causa dos Santos, não pode ser considerada um milagre».

O processo de canonização foi aberto devido a um segundo milagre, alegadamente verificado durante a cerimónia de beatificação dos Pastorinhos, em Maio de 2000, e que envolvia uma criança doente com diabetes.

Na ocasião, a mãe, emigrante portuguesa na Suíça, segurou o filho enquanto assistia, pela televisão, às cerimónias de beatificação, presididas por João Paulo II.

No entanto, existem dois tipos de diabetes – só um é considerado incurável — e com a documentação médica recolhida pelos especialistas do Vaticano «não parece claro qual o tipo de doença», explicou D. Saraiva Martins.

A Congregação conta com 60 médicos especialistas que dão pareceres sobre as alegadas curas, indicando se existe «alguma explicação científica» para esses casos.

«Para ser considerado inexplicável, a cura tem de ser instantânea, completa e duradoura» , explicou D. José Saraiva Martins, que comentou ainda os processos referentes à Irmã Lúcia e ao Beato Nuno, o Condestável.

No caso da irmã Lúcia, o processo foi aberto em Fevereiro deste ano — dispensando os prazos canónicos que impunham um mínimo de cinco anos após a morte para o início dos procedimentos — mas o caso continua na Diocese de Coimbra onde a última vidente de Fátima faleceu.

Já no processo de canonização do Beato Nuno, D. Saraiva Martins revelou que os médicos estão a ultimar a análise do alegado milagre, uma cura aparentemente miraculosa de cegueira em Ourém, encaminhando o processo para os teólogos.

A abertura de um processo de beatificação não garante o sucesso desta reivindicação dos crentes, até porque existem muitos casos de figuras da história da Igreja que nunca conseguiram provar a sua santidade perante a Congregação para a Causa dos Santos.

Em muitos destes casos, os promotores têm de fundamentar a continuação dos trabalhos, pedindo autorização para tal à Congregação, explicou o cardeal.

Após a declaração de abertura do processo por parte da Diocese onde a pessoa faleceu, será necessário uma declaração de venerabilidade, reconhecendo as suas virtudes heróicas, refere a legislação canónica.

Depois, terá de haver uma certificação do milagre que justifica a beatificação por uma comissão médica, constituindo-se em seguida um tribunal eclesiástico na Dioceses, que recolhe testemunhos e compõe um dossier sobre a sua vida.

Posteriormente, o processo será enviado para a Congregação para a Causa dos Santos, que pede novos relatórios e depois remete o caso para o Colégio dos Teólogos, com cerca de 30 cardeais ou bispos.

Só no final, caso todos os passos sejam cumpridos com sucesso, o processo será enviado ao Papa, que terá a responsabilidade de promulgar a beatificação.

D. Saraiva Martins rejeitou também a ideia que o actual Papa viesse a diminuir os casos de beatificação ou canonização, considerando que, nesta matéria, «não há nenhuma diferença entre João Paulo II e Bento XVI».

«Isso que se dizia que iriam diminuir as canonizações e beatificações é uma pura fantasia» até porque «os factos estão a demonstrar o contrário: tudo continua igual e as cerimónias de beatificação aumentaram» porque a nova legislação canónica estabelece que o Papa não preside a essas celebrações.

Essas cerimónias devem ser presididas pelo Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, uma alteração canónica que transformou D. Saraiva Martins num ‘globetrotter’, percorrendo dioceses de todo o mundo para presidir a várias cerimónias religiosas.

Sobre a sua presença no santuário mariano português, o cardeal mostrou-se sensibilizado com o convite para presidir às celebrações de Maio apelando aos peregrinos para que «aprofundem a mensagem» católica da Cova da Iria.

«A mensagem transmite-se não só com a boca e as palavras mas com a vida» e o «testemunho», acrescentou o cardeal.

Fonte: Sol, 11 de Maio de 2008.