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Categoria: Religiões

26 de Maio, 2008 Mariana de Oliveira

Adolescente acusado por se manifestar contra a Cientologia

Um adolescente britânico foi acusado criminalmente por ter apelidado a Igreja da Cientologia de «culto», numa manifestação, em Londres.

De acordo com a polícia, o adolescente estaria a violar a Lei da Ordem Pública («Public Order Act»), que «proibe cartazes que contenham representações ou palavras ameaçadoras, abusivas ou insultuosas».

Contudo, o Ministério Público Britânico arquivou o processo por não considerar os factos como abusivos ou insultuosos, inexistindo qualquer ofensa na ideia ou no modo como foi expressa.

23 de Maio, 2008 Mariana de Oliveira

Grupo católico protesta contra o aborto

O grupo Veladas pela Vida, recém-criado em Portugal, marcou uma reunião para domingo, diante da Clínica dos Arcos, a fim de se manifestar contra a prática do aborto, que consideram «não ser uma solução» para a mulher.

«O nosso objectivo é alertar a sociedade para o problema do aborto, que consideramos uma coisa má», afirmou um dos elementos do grupo.

O Veladas pela Vida tem o apoio de António Pinheiro Torres, ex-deputado do PSD e veterano activista anti-aborto.

O grupo, que até agora conta apenas com três pessoas, inspira-se num modelo espanhol que nasceu há poucos meses e que se reúne, todos os dias 25 de cada mês, para orar diante das clínicas que praticam abortos.

«Somos contra o aborto, que consideramos não ser solução para a mulher, dado que altera a psicologia e porque acreditamos que Deus criou a vida a partir da sua fundação», acrescentou.

Embora sejam um grupo católico, a iniciativa está aberta a outras confissões e religiões. De acordo com o mesmo elemento, a base para a teoria do grupo assenta «nos escritos do Primeiro Testamento».

A estreia do movimento em Portugal será este domingo, dia 25, e a próxima reunião está agendada para 25 de Junho. A data foi escolhida devido ao 25 de Dezembro, quando se celebra o nascimento de Cristo.

Fonte: Sol, 22 de Maio de 2008.

23 de Maio, 2008 Carlos Esperança

Maldito terrorismo religioso

Bin Laden insistiu novamente, há uma semana, no combate a Israel e aos seus aliados do Ocidente.

A mensagem em que apela aos «verdadeiros muçulmanos» é o habitual apelo ao ódio e ao extermínio dos que designa por infiéis. E todos sabemos que infiéis são todos os fiéis de um ramo diferente da sua crença, os de qualquer outra crença e, sobretudo, os de crença nenhuma.

Bin Laden não é um esquizofrénico cuja demência se controle com medicação, é um biltre fascista intoxicado pelo Corão, um beato obstinado pelo Paraíso que pretende conquistar pela crueldade e à custa de sangue, de muito sangue.

Os EUA, por mais detestável que seja o seu último presidente, por maiores desvios que tenham sofrido os ideais laicistas dos seus fundadores, permanecem uma democracia. A Europa é um espaço democrático onde a laicidade impede o proselitismo rancoroso dos mais devotos. Mesmo Israel, onde os judeus das trancinhas entraram na deriva sionista, tem forças laicas que preservam a democracia e impedem que a Tora se sobreponha às leis do Estado.

As ameaças à União Europeia por causa das caricaturas de Maomé e, agora, ao Europeu de 2008, são ameaças à civilização. Bin Laden é o herói da rua islâmica, o celerado que acicata o ódio que as madraças cultivam e as mesquitas difundem nas homilias em que apelam à guerra santa.

No cristianismo, se alguém cumprir à letra as determinações da Bíblia, cai sob a alçada do Código Penal e vai preso. O mesmo acontece aos judeus que, há muito, desistiram de matar que quer que seja encontrado a trabalhar ao Sábado. Mas, nas teocracias islâmicas o Corão é cumprido literalmente e não há exegese que negue ou ponha em dúvida o que está escrito nesse plágio grosseiro do cristianismo onde falta a influência da cultura grega e do direito romano.

É por isso que da pedofilia, sob a capa do matrimónio, à poligamia, das chicotadas às lapidações, da decapitação à mutilação, passando pela humilhação da mulher e pelas explosões suicidas, não há loucura criminosa que não deixe Maomé feliz e os homicidas consolados com a própria morte, após o crime que lhes abre as portas do Paraíso.

Não podemos, sob o pretexto do multiculturalismo, descurar a defesa da civilização e a separação da Igreja/Estado. A igualdade entre homens e mulheres, a abolição da tortura, da discriminação sexual, da xenofobia e do racismo, são imperativos civilizacionais.

O sionismo, qualquer imperialismo, a exploração dos países pobres, a humilhação dos palestinianos e outros crimes do capitalismo selvagem, são reais, mas a democracia é uma vacina que atenua e corrige as suas perniciosas consequências.

Pelo contrário, as teocracias são sistemas que odeiam a liberdade e a autodeterminação pessoal, que humilham as mulheres e impedem os crentes de se tornarem cidadãos.

Não haverá grandes diferenças entre Urbano II e Bin Laden mas a humanidade não pode esperar sete séculos para que, no Islão, surja uma revolta igual à Revolução Francesa.

Carlos Esperança

23 de Maio, 2008 Mariana de Oliveira

Vaticano rejeita enclave no Iraque

O Vaticano rejeita a criação de um enclave cristão em Nínive, no Iraque, defendida pelo governo local e Estados Unidos, alertando para o risco de se enviar a comunidade para um gueto.

O prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, cardeal Leonardo Sandri, defendeu que não lhe «parece uma ideia feliz criar um gueto para os cristãos».

«Além de tudo, [a criação de um enclave] não garantiria a sua segurança», referiu.

Presentes no Iraque desde o século II, os cristãos são perseguidos por extremistas islâmicos e optam por fugir do país.

Sectores do governo iraquiano e os Estados Unidos advogam a criação de uma zona de protecção nas planícies de Nínive, a Norte do Iraque, para defender os territórios históricos do povo assírio-caldeu e dar abrigo aos cristãos perseguidos.

Fonte: Sol, 21 de Maio de 2008.

23 de Maio, 2008 Mariana de Oliveira

Vaticano contra seminaristas gays

O Vaticano reafirmou a sua oposição à admissão de seminaristas homossexuais, uma posição já assumida há três anos.

O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, assinala que as normas publicadas em 2005 pela Congregação para a Educação Católica aplicam-se «a todas as casas de formação para o sacerdócio, incluídas aquelas que dependem dos Dicastérios para as Igrejas Orientais, para a Evangelização dos Povos e para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica».

As afirmações do cardeal, expressas numa carta, surgem em resposta «a numerosos pedidos de clarificação dirigidos à Santa Sé sobre este tema».

A Congregação para a Educação Católica refere que «a Igreja, respeitando profundamente as pessoas em questão, não pode admitir ao Seminário e às Ordens Sagradas quem pratica a homossexualidade, apresente tendências homossexuais profundamente enraizadas ou apoie assim a chamada cultura ‘gay’».

Fonte: Sol, 20 de Maio de 2008.

23 de Maio, 2008 Mariana de Oliveira

Bispos querem menos IVA

Os bispos católicos da União Europeia defendem a redução do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) em fraldas para bebés, nas cadeirinhas para os automóveis e produtos específicos de cuidados infantis.

O secretariado da Comissão dos Episcopados Católicos da União Europeia justifica ser «importante conceber medidas fiscais que facilitem as condições de vida da família, em particular as que desejam ter mais filhos».

O organismo defende igualmente a diminuição do IVA nas obras de conservação e restauro das igrejas e outros locais de culto. A posição dos bispos europeus foi assumida na consulta lançada pela Comissão Europeia visando a revisão da legislação sobre as taxas reduzidas deste imposto.

Fonte: Sol, 16 de Maio de 2008.

23 de Maio, 2008 Carlos Esperança

Espanha – Ingerência clerical no ensino público

Uma nova polémica surgiu entre a Igreja Católica e o governo da Espanha, após a aprovação no país de “leis éticas” que prevêem a “educação à cidadania” obrigatória nas escolas.

Após a divulgação da medida, a Conferência Episcopal espanhola fez um apelo aos pais que declarem “objeção de consciência” e peçam que seus filhos sejam libertados das aulas.

Adenda: A ofensiva clerical contra o Governo de Zapatero não parou com a derrota eleitoral da Conferência Episcopal que se colocou pública e abertamente ao lado do PP.

Carlos Esperança

14 de Maio, 2008 Carlos Esperança

Israel – 60 anos de história

Os horrores sofridos pelos judeus ao longo dos séculos, o cheiro a gás dos campos de concentração nazi e a orgia genocida do anti-semitismo levaram a ONU a conceder uma pátria a um povo martirizado pela persistência em manter a identidade.

A má consciência mundial, três anos após a libertação de Auschwitz, esteve na origem da decisão.

Os fantasmas religiosos nunca deixaram de estar presentes e atiçar ódios a um país que foi outorgado aos judeus e de que os palestinianos nunca abdicaram.

Seis décadas deviam chegar para erradicar o imperialismo sionista e para persuadir os palestinianos a tolerarem a existência de Israel. Este país, apesar das críticas que suscita, não obstante o fundamentalismo beato e agressivo dos judeus das trancinhas, é um estado próspero e rege-se por normas democráticas.

Os palestinianos islamizados até ao absurdo, pobres e abandonados, tornaram-se a carne para canhão das ambiciosas teocracias que emergem como potências regionais e o álibi para alterar o mapa geopolítico.

Os judeus acreditam que são o povo escolhido por Deus, os palestinianos têm a certeza de que Deus os ajudará a destruir Israel e os cristãos evangélicos dos EUA anseiam pelo regresso dos judeus à Palestina para anteciparem o regresso de Cristo à Terra.

Entre a demência mística, os interesses estratégicos, a maldição do petróleo e os negócios internacionais, o barril de pólvora está cada vez mais próximo do rastilho que ameaça explodir o Médio Oriente e alastrar a outras regiões do globo.

De pouco valem posições equilibradas de quem se opõe simultaneamente à destruição de Israel e ao expansionismo sionista.

Sem paz entre os judeus e os palestinianos não há futuro para nenhum deles e sobram ameaças para o resto do mundo.

Só a secularização das populações e o desprezo pela Tora e pelo Corão os poderia congregar mas as mesquitas e as sinagogas são espaços de intolerância e o húmus onde germina o ódio e cresce a violência.

14 de Maio, 2008 Carlos Esperança

Fim do mito da religiosidade de Einstein

Einstein era de opinião que a religião é «produto da debilidade humana» e que se baseia em lendas bastante infantis. 

Numa carta quase desconhecida, enviada ao filósofo Eric Gutkind e publicada ontem no diário inglês «The Guardian», Einstein afirma: «A palavra Deus, para mim, não é mais do que a expressão e o produto da debilidade humana: a Bíblia é uma colecção respeitável, mas primitiva, de lendas não obstante demasiado infantis. Nenhuma interpretação, por subtil que seja, pode (para mim) mudar isso.

Fonte: El País, hoje. Pg. 42