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Categoria: Religiões

29 de Agosto, 2008 Carlos Esperança

Fisco vende Capela de Nossa Senhora das Dores “ao preço da uva mijona”!

A vida não está fácil e nem “Nosso Senhor”, nem “Nossa Senhora” ajudam! Que o diga um amante de arquitectura sacra a quem as Finanças penhoraram a Capela de Nossa Senhora das Dores, situada na freguesia de Friões, concelho de Valpaços, distrito de Vila Real.

 O preço base da venda é de 9,40 euros. Não podiam arranjar um preço mais decente para vender uma capela de deuses? Valem tão pouco… menos do que a mudança do óleo no meu automóvel!

 a)  kavkaz (leitor habitual do DA)

29 de Agosto, 2008 Carlos Esperança

Diário Ateísta

Os colaboradores e os leitores habituais do Diário Ateísta sabem que os textos aqui publicados comprometem exclusivamente os autores que, por isso, se identificam ou são do conhecimento do colaborador que edita os textos e por eles se responsabiliza.

Não há censura no Diário Ateísta, nem para os autores nem para os comentadores. Não se espera naturalmente que os dignitários das religiões que afligem o mundo gozem aqui de particular consideração mas nunca se apelou, nem apelará, ao ódio, à xenofobia ou ao racismo.

Claro que denunciamos, e denunciaremos, as ridículas curas obradas por intercessão de cadáveres com séculos de apodrecimento e o aproveitamento comercial dessas burlas pias. Igualmente combatemos os pregadores do ódio que nas mesquitas, sinagogas ou igrejas se esforçam por vender o único deus verdadeiro – o deles –, mas não deixaremos de defender o direito dos crentes ao logro, aos jejuns e aos ralis de joelhos.

 Independentemente de funções que eventualmente qualquer colaborador tenha na única Associação Ateísta Portuguesa, as opiniões aqui emitidas apenas comprometem quem as emite, sem que os órgãos legítimos da referida Associação tenham que concordar ou não.

Cada um é ateu à sua maneira e ninguém tem de lhe dizer como o deve ser. As religiões são todas falsas e os parasitas que vivem à sua custa nem sempre se dão conta de que são agentes da mentira e propagandistas de mitos. É por isso que combatemos crenças e respeitamos os crentes.

No entanto, quem visita o Diário Ateísta sabe que não vem encontrar quem defenda que o vinho é o corpo de Cristo, depois de passar pelo processo alquímico das benzeduras; que a água benta é diferente da outra; que um demente que morre pela sua fé, matando outros, fica com o crédito de setenta virgens e uma assoalhada no Paraíso; que um judeu de trancinhas às cabeçadas no Muro das Lamentações nos merece mais consideração do que a pena que nos causam os estragos no muro.

O anticlericalismo e a blasfémia são direitos que custaram muito sangue a conquistar. A liberdade é um direito democrático conquistado pelos livres-pensadores, pelos herdeiros do Iluminismo, pelos democratas cujas raízes remontam à Revolução Francesa.

Não é o espírito totalitário das religiões nem o dos cúmplices que se fingem ateus que impedirão a liberdade de expressão no Diário Ateísta.

O Diário Ateísta é um lugar onde portugueses e brasileiros convivem e se riem de Deus e dos seus empregados, dos anjos e das virgens, dos clérigos e dos seus paramentos, dos milagres e dos seus embusteiros, do Papa, dos bispos e dos clérigos de todas as crenças. Nem que para isso tenhamos de suportar as citações execráveis da Bíblia, do Corão ou da Tora, feitas pelos beatos de turno nas caixas de comentários.

29 de Agosto, 2008 Carlos Esperança

A rã da discórdia

 
A rã crucificada do escultor Martin Kippenberg
Foto: REUTERS

Tal como os muçulmanos reagiram às caricaturas de Maomé, também os católicos reagiram à crucificação da rã.

29 de Agosto, 2008 Carlos Esperança

O corpo e a alma (Crónica)

Criticado por ter proposto uma competição que pretendia eleger a freira mais bonita, via internet, um padre italiano voltou atrás e suspendeu tudo.

Donde vem este ódio ao corpo feminino, a fúria misógina, o ranger de dentes, perante a forma de um corpo, as curvas do desejo e a beleza da mulher?
Paulo de Tarso, um místico desequilibrado, rotulou o cabelo e a voz das mulheres como coisas obscenas e Agostinho de Hipona entrava em desvario por não poder resistir-lhes. E ambos foram santos na infância dos milagres, quando a produção em série estava por inventar e a Igreja católica era avara na produção de taumaturgos.
Mas que obsessão é essa dos que lhes querem cobrir o corpo, seja com o hábito, alvo, de freira ou com a negrura da burca, lhes escondem as formas, porque temem a beleza, e as reduzem a um corpo sem feitio porque lhe adivinham a inteligência da alma?
Não, não é dessa alma que falo, da criação ontológica que alimenta um deus sedento no Olimpo de todos os medos, da metafísica dos negócios pios, do pretexto para a renúncia à vida e ao sortilégio do amor. Falo da alma com que as mulheres cantam, riem, choram e gritam, da alma com que animam a vida, da alma com que amam e procriam, da força que lhes vem dos séculos de tirania e humilhação.
Quem oprime as mulheres são doentes de desejos reprimidos, inquietos com a perda do poder, célibes que temem o amor e o escândalo, maníacos da castidade que a educação e o múnus castram e que, no êxtase de fantasias sórdidas, se entretêm a inventar castigos.
Quando homens e mulheres descobrirem que a liberdade é feminina, dar-se-ão conta de que a igualdade não é uma utopia e que a discriminação dos livros pios é a afronta que se perpetua para gáudio de homens sós e eterna perdição da felicidade humana na vida que não se repete.

29 de Agosto, 2008 Carlos Esperança

No rescaldo da guerra do Cáucaso

Terminaram os combates entre os “irmãos” cristãos do Cáucaso. A paz ainda terá de ser consolidada. São dias muito difíceis para a população da Geórgia, Ossétia do Sul, Abcásia e para os familiares dos soldados russos que caíram em combate. Há cidades e aldeias destruídas, muitos mortos, populações deslocadas, famílias destroçadas. Falta água, comida, habitações e electricidade.

Do meu ponto de vista ateu o resultado desta “guerra dos cinco dias” diz-nos que a religião cristã-ortodoxa sofreu um grande desaire, pois estavam em conflito os “irmãos ortodoxos” do Cáucaso. Tanto a Igreja Ortodoxa Russa, como a Igreja Ortodoxa da Geórgia foram impotentes para travar esta guerra, conduzida pelos seus dirigentes políticos cristãos. Devo dizer, em abono da verdade, que as grandes hostilidades foram iniciadas pelo cristão Saakachvili, Presidente da Geórgia, uma pessoa “muito crente” que ordenou bombardear, durante a noite de 7 para 8 de Agosto, a capital da Ossétia do Sul, Tskhinvali, fazendo mais de 1600 mortos. A partir daí a guerra já só parou com a derrota do agressor.

O resultado começa a ser conhecido: os habitantes da Ossétia e da Abcásia sentem um profundo ódio à Geórgia. Contra todos eles. É o resultado dos bombardeamentos da sua região pelas tropas georgianas. Por outro lado, os georgianos, pessoas muito orgulhosas e combativas, continuam a dizer que as terras da Ossétia do Sul e da Abcásia fazem parte do seu território, mesmo sabendo que os habitantes não aceitarão esse vínculo à Geórgia.

O Patriarca da Geórgia, Iliá II, que surgia frequentemente ao lado de Saakachvili publicamente, pede aos crentes georgianos para rezarem a “Deus” pela reunificação do território. Diz que o “inimigo” não quebrará o espírito do povo georgiano. Diz aquilo que os georgianos desejam ouvir, mas os adversários repelem.

Os muçulmanos do Cáucaso espreitam a oportunidade e podem tornar-se bem mais influentes na Abcásia e Ossétia do Sul. Apoiaram a intervenção da Rússia em defesa das regiões agredidas.

Pode-se concluir que a “irmandade cristã” poderá existir com alguns bons resultados em tempos de paz. Mas começando a guerra “estala o verniz” da “irmandade” e as Igrejas ficam incapacitadas de travar a violência e o caos entre os cristãos. E a “Santíssima Trindade” onde estava? Esta, tal como a Igreja, nada fez. Porque não existe!

 a)  kavkaz (leitor habitual do DA)

29 de Agosto, 2008 Carlos Esperança

México – Pesada derrota para a Igreja católica

Lei do aborto considerada constitucional

O Supremo Tribunal de Justiça do México determinou sem fundamento o pedido de inconstitucionalidade contra as reformas na Lei da Saúde e no Código Penal do México em Abril de 2007.

Estas reformas decidiram a despenalização do aborto durante as primeiras 12 semanas de gestação.

O veredicto, com 8 votos contra 3, favorável à decisão, considerou infundada a acção apresentada pelo ministro Sérgio Aguirre.

O Tribunal assinala que a Constituição e os tratados internacionais subscritos pelo México não contemplam o chamado «direito à vida desde o momento da concepção».

Trata-se de uma derrota pesada para as forças conservadoras.

27 de Agosto, 2008 Carlos Esperança

Itália -Cancelado concurso de «Miss Freira»

Afinal, o concurso “Miss Freira” patrocinado por um padre católico, acabou por ser um imenso “flop” (http://diario.iol.pt/tecnologia/freiras-padre-italia-concurso-internet/985274-4069.html). 

 O padre António Rungi, provavelmente com medo de ir parar ao inferno (seja lá isso o que for) acabou por cancelar o concurso. Para grande frustração minha (e, presumo, de muito mais gente) que esperava ansiosamente por ver, com estes que o fogo há-de queimar, como eram as freira “por dentro”. Ou seja, se sem o hábito elas seriam iguais às outras mulheres (que as mulheres ‘seculares’ sei eu como são…), se se depilavam ou não, enfim se, tal como as mulheres ‘seculares’ tinham as coisas certas nos sítios certos.
Ficará, espero, para oputra ocasião…

a) José Moreira

27 de Agosto, 2008 Carlos Esperança

Não há religiões tolerantes

Seja onde for que aconteça a violência religiosa, é dever dos ateus repudiar os ataques à liberdade e à intolerância que o proselitismo fomenta.

Há crentes que conseguem integrar os princípios humanistas na mitologia da fé, admitir que os mitos alheios merecem o mesmo respeito que os seus e dar aos outros os mesmos direitos que reclamam para si próprios. Tal não acontece com as religiões, cuja vocação totalitária leva os fanáticos a pretender que haja um só deus verdadeiro – o seu – e uma só doutrina protectora da alma (seja isso o que for).

A violência das crenças exige dos ateus, agnósticos e cépticos uma vigilância constante e a defesa intransigente da laicidade do Estado, luta para que devem ser estimulados os crentes tolerantes e todos os que repudiam a violência divina sobre a liberdade humana.

Prevenir as tragédias humanas provocadas pelas três religiões do livro, as guerras e o sangue derramado em nome de um deus violento e cruel, é uma obrigação para impedir o retorno à influência clerical e às ditaduras com apoio confessional.

Não há religiões boas, por mais tolerantes e escorreitos que se tenham tornado alguns crentes. A violência de deus é a interiorização do pior de que os homens são capazes praticada pelos piores.

Cinco pessoas morreram em uma onda de violência contra cristãos no estado indiano de Orissa, depois que extremistas hinduístas começaram a atacar igrejas e edifícios dos católicos, entre os quais, um orfanato, que foi incendiado.

Para além da manutenção das castas, que os torna indignos, agora, à semelhança dos sectários das religiões abraâmicas, os extremistas hinduístas também atacam os templos das outras religiões. É preciso que o nojo, a revolta e o repúdio dos ateus denunciem e combatam o fanatismo e o ódio que nascem nas alfurjas da fé e nos antros da catequese.

27 de Agosto, 2008 Carlos Esperança

Religião liberta… os bolsos dos contribuintes alemães

Na Baviera, Alemanha, o partido “Os Verdes” propôs ao Ministro Günter Beckstein terminar com os privilégios dos bispos católicos que recebem “altíssimos vencimentos” e que vão de 7.400 a 10.000 euros mensais.

Só na Baviera a Igreja Católica recebe do Estado 60 milhões de euros por ano. Bastante menos recebe a Igreja protestante “Conselho da Igreja Evangelista” – 1.609 mil euros por ano. A Igreja Ortodoxa Grega consegue 251 mil euros, a Igreja Ortodoxa Romena – 72.000 euros e a Igreja Ortodoxa Russa – 23.000 euros.

O chefe da representação de “Os Verdes”, Sepp Dürr, afirmou que, nas condições actuais, efectuar tais donativos aos católicos é um esforço “sobre-humano” para os contribuintes que descontam do seu salário o “Imposto da Igreja”.

Fonte: sedmitza.ru

 

 a)  kavkaz (leitor habitual do DA)