Já várias vezes afirmei que há criminosos que não acreditam em Deus e crentes que se comportam com dignidade e respeito pelos direitos humanos. Nem a religião torna um homem sempre mau nem o ateísmo o faz alguma vez bom.
O que muitas vezes se questiona é o papel da religião na demência de alguns crentes. Os suicidas islâmicos que se imolam e arrastam infiéis no suicídio são crentes fanáticos. Urbano II, quando pregou as Cruzadas foi um biltre da fé. Pio IX, com o anti-semitismo que o devorava, o ódio à liberdade e ao livre-pensamento ou quando autorizou o rapto de uma criança judia para a baptizar e subtrair aos pais, foi outro religioso perverso.
Já o padre Frederico, secretário do bispo Teodoro, quando assassinou um jovem ou se dedicou à pedofilia, não cometeu um crime religioso, foi apenas réu de delito comum, embora grave. O bispo Marcinkus, quando contrafez as acções do Banco Ambrosiano, não cometeu um crime religioso, organizou apenas uma burla colossal, embora tenha dado origem a vários assassinatos que João Paulo II não deixou averiguar.
Nunca se disse aqui no Diário Ateísta que Estaline, um ateu e antigo seminarista, fosse menos cruel do que os padres do santo Ofício ou que Mao fosse mais benevolente do que os cruzados, mas quando se condenava à fogueira a heresia era um crime de que a religião era responsável. E, no entanto, quando o esquizofrénico Estaline chacinou milhões de pessoas não o fez em nome do ateísmo mas de outro totalitarismo parecido com as religiões.
Franco quando assassinou centenas de milhares de republicanos não cometeu um crime religioso mas o silêncio cúmplice do clero e a devoção que santo Escrivá lhe dedicava tornam a ICAR cúmplice, ao menos por omissão, dos crimes do déspota.
Os padres pedófilos dos EUA não cometeram crimes religiosos mas os que apoiaram Hitler, por causa do anti-semitismo cristão, SIM.
O Diário Ateísta combate a homofobia, o racismo, a xenofobia, a discriminação da mulher, os castigos corporais e a pena de morte. A Tora, a Bíblia ou o Corão podem orgulhar-se de igual espírito humanista?
Em 1968, a Igreja Católica aceitou a definição, declarando-se favorável à retirada de órgãos de pacientes em estado de “morte cerebral”. Todavia, o artigo do “L’Osservatore Romano” recorda que a experiência médica, no decorrer destes anos, demonstrou que a morte cerebral não é a morte do ser humano. “A idéia de que a pessoa deixa de existir quando o cérebro pára de funcionar considera a existência do ser humano a partir apenas do funcionamento cerebral” _ afirma o artigo.
Neste caso, a “morte cerebral” entraria em contradição com o conceito de pessoa segundo a Doutrina Católica e, portanto, com as diretrizes da Igreja em relação a casos de comas profundos e prolongados.
“Lembrei-me destas questões que gostaria de ver respondidas pela ASAE:
Se as hóstias forem feitas com trigo transgénico, o sacerdote não deveria informar os fiéis?
O vinho da eucaristia não deveria ser armazenado em garrafas rotuladas?
A lavagem que o sacerdote faz do cálice não deveria ser feita pelo menos com um detergente, ou com água a não sei quantos graus?
A patena onde se colocam as hóstias para consagração também não deveria ser limpa?
As hóstias não deviam ser entregues em embalagens individuais?
O sacerdote não deveria usar pinças ou luvas para entregar as hóstias?
Quando se comunga de duas espécies, também se serve vinho a quem aparente possuir anomalia psíquica ou esteja embriagado?
Os menores de 16 anos também podem comungar das duas espécies, e assim beber vinho?
No rito da adoração da cruz, o santo lenho não deveria ser esterilizado após cada ósculo?
No Domingo de Ramos, onde é que a malta vai buscar os ramos de palmeira ou de oliveira?
As peças do Presépio não deveriam ter a marca ‘CE’?
O incenso espalhado pelos turíbulos pode ser de ópio ou cannabis?
A água da pia ou fonte baptismal não deveria desinfectada com cloro, ou coisas assim?
Os bebés não deveriam estar de touca?
Como é que se controla a qualidade da água benta que é aspergida pelo híssope
E por fim: Os vasos dos santos óleos não deveriam ser embalado em embalagens munidas com sistema de abertura que perca a sua integridade após utilização e que não sejam passíveis de reutilização?
Nota: Estas dúvidas que afligem os crentes foram-me enviadas por um amigo (MPM). Não sei responder-lhe. Pode ser que um padre nos esclareça.
As religiões são uma base de ódio! Elas educam os crentes a olhar para as outras pessoas como erradas. E criam aos seus seguidores a ilusão de estes terem a obrigação de corrigir os outros a bem ou a mal! Sem lhes dar outra alternativa!
Na religião muçulmana, o livro sagrado é o “Alcorão”. É um livro cheio de regras, como os outros livros das grandes confissões. Ensina como as pessoas se devem comportar, o que devem fazer, como pensar, o que é bom e o que é mau. O crente não precisa de raciocinar. Já lá está tudo escrito. É só cumprir. Fazer de robot!
Isto cria nas pessoas uns hábitos, costumes e tradições estranhas. Olham para uma pessoa e precisam de saber qual é a religião dela. Se coincide com a do crente, então é um grande “irmão”, uma pessoa amiga, de 5 estrelas. Se o interlocutor é de outra religião… então é um inimigo da religião, uma pessoa para desconfiar, deve ter-se cuidado com ela!
A religião muçulmana vê o Mundo a duas cores. O Mundo dos muçulmanos é branco e o resto é preto. Os muçulmanos devem viver apartados dos outros. Como o dia e a noite. Até há quem queira acabar com a “noite”. Matá-la! É o caso das mulheres muçulmanas em Londres que pedem a morte dos homossexuais e apóstatas do Islão. Aquelas mulheres sem cara, pois têm de usar um lenço, exigem a morte de outras pessoas com quem não convivem, que nem sequer conhecem! Por aqui se vê e conclui que as religiões cultivam a paranóia colectiva!
a) kavkaz (leitor habitual do DA)
Nikolai Valuev é russo de St.Petersburgo, tem 2,12 m e pesa 145 kg. É o novo campeão do Mundo de boxe para profissionais, categoria de pesos-pesados. Ganhou o título este fim-de-semana em Berlim contra o americano John Ruiz, aos pontos, em 12 assaltos. Pesou mais 40 kg do que o seu adversário. Foi a 49 ª vitória, 34 por K.O., 1 derrota e um empate em 51 combates.
Agora, o enorme campeão foi agradecer… ao Patriarca da Rússia por o ter abençoado. Então foi a “mão do Patriarca” que o fez campeão? E “Deus” ficou a ver?
Não se deveria aceitar que os responsáveis religiosos resolvam um combate de boxe e ajudem a dar tareia nos adversários! Do que são capazes aquelas falinhas mansas… que violentos para com os “irmãos”!
Fonte: sedmitza.ru
a) kavkaz (leitor habitual do DA)
A cumplicidade de velhos e poderosos franquistas com a Igreja católica permitiu que, até hoje, as valas comuns onde jazem os cadáveres dos adversários jamais fossem investigadas.
A perversidade da infame ditadura franquista tem vindo a ser branqueada à medida que o tempo passa. Tal como o nazismo, também o fascismo espanhol já tem quem assevere que não foi tão cruel como se diz.
Por isso, é de saudar a ordem do juiz Baltazar Garzón para que lhe seja fornecido o número dos enterrados, durante o franquismo, no Vale dos Caídos. O conhecido juiz da Audiência Nacional, que ordenou a prisão de Pinochet, quer determinar se se considera competente para investigar tais crimes.
Segundo a Agência EFE, o referido juiz pediu ontem ao abade de Vale dos Caídos, ao Arquivo Geral da Administração, à Conferência Episcopal e ao Centro de Documentação da Memória Histórica que o informem sobre o número de desaparecidos durante a Guerra Civil e o franquismo com a finalidade de determinar se é competente para investigar esses factos.
Por seu lado, O Governo respeita a decisão do juiz Garzón e o direito das famílias a recorrer perante o juiz.
O juiz informou a Conferência Episcopal, presidida pelo inveterado franquista Rocco Varela, de que deverá permitir que a Polícia Judicial aceda a todas as paróquias de Espanha (22.827) para que lhes facilitem os livros dos defuntos de que dispõem com o fim de identificar as possíveis vítimas desaparecidas a partir daquela época.
A petição do juiz também se dirige aos autarcas de Granada, Córdova, Sevilha e Madrid, que devem informá-lo do número de pessoas enterradas em fossas comuns das suas localidades – com identificação, lugar de nascimento, residência e filiação – a partir de 17 de Julho de 1936 «como consequência directa do denominado ‘levantamento nacional’ e da situação de Guerra Civil que provocou o pós-guerra sob as ordens do novo regime em Espanha».
Concretamente, Garzón refere-se aos cemitérios de S. José (Granada), Nossa Senhora da Saúde e S. Rafael (Córdova) e S. Fernando (Sevilha) e determina que o informem sobre as circunstâncias e factos que ocorreram para estes «enterramentos maciços», assim como quando se produziram.
Nota: Este post foi elaborado a partir de um artigo, de hoje, do jornal LAVANGUARDIA.ES
O secretário do Vaticano para as Relações Exteriores, Dominique Mamberti, disse nesta sexta-feira, 29, que a “cristianofobia” deve ser combatida na Europa e no mundo “com a mesma determinação com a qual se combate o anti-semitismo e a ‘islamofobia'”.
Nota: Ninguém tem medo de um cadáver mas cada vez mais se teme o Papa.
O Papa, este papa, Ratzinger de seu nome, cuja santidade é estado civil e profissão, é um furioso adversário da laicidade.
Nos últimos tempos, talvez desesperado pela progressiva secularização dos países cuja tradição de vassalagem ao Vaticano era antiga, inventou a «cristofobia» como desculpa do asco que nota, do desprezo que merece, do ressentimento quer provoca.
As interferências na América latina, Espanha, Portugal, Polónia, Itália e outros antigos protectorados, não têm o êxito esperado no que diz respeito ao divórcio, ao aborto ou aos casamentos homossexuais. Na destabilização dos governos democráticos, na chantagem eleitoral e na diplomacia subterrânea averbou derrotas que lhe teriam feito perder a fé, se acaso a tivesse.
Claro que os interesses do Vaticano exigem uma agressividade comercial que o coloca numa situação detestável. Mas não é o álibi da cristofobia que pode disfarçar a aversão que os sectores laicos lhe devotam. Não é um cadáver com dois mil anos que provoca medo, tanto mais que, segundo a lenda, emigrou para o Paraíso e não voltou. Ele é que é malquerido no seu insuportável proselitismo, na sua intolerável ingerência política nos regimes democráticos, na obsessão de impor a sua doutrina a quem a não quer comprar.
Não há, pois, cristofobia. O cadáver de Cristo é um mero objecto de exploração pia, um corpo renascentista pregado num sinal mais, uma referência a um taumaturgo de que a ICAR se serviu para consolidar o Império Romano ou vice-versa.
O que há é aversão ao Papa, que não se afigura maior do que a que merecem aiatolas e outros dignitários religiosos. Quando é que os parasitas da fé, deixam a humanidade viver sem os mitos, os medos e os embustes com que fanatizam crianças e aterrorizam os povos?
O Papa deseja reabilitar Martinho Lutero (Martin Luther), um teólogo alemão que viveu de 1483 a 1546 e é considerado o pai da Reforma Protestante. Martinho Lutero acreditava piamente na Bíblia, foi educado num mosteiro e graduou-se Doutor em Teologia que, como se sabe, não é Ciência. Foi professor, pregador e confessor.
Lutero, em vida, tentou ser mais papista que o Papa e lançou corajosas críticas à Igreja Católica, apontando a distorção de várias verdades do Cristianismo ensinadas na Bíblia, repudiou o sistema das indulgências, que permitia às pessoas pagarem o perdão dos seus “pecados”, com entregas pecuniárias à Igreja. Condenou a avareza e o paganismo da Igreja como um abuso. Questionou a autoridade do Papa para conceder tais indulgências. Também declarava que o papado não formava parte da essência imutável da Igreja original. Negou que a salvação pertencesse à Igreja Católica ocidental sob a autoridade do Papa, mas que esta se mantinha na Igreja Ortodoxa, do Oriente. Propôs uma série de reformas, entre as quais se incluíam a abolição das rendas do Papa, o reconhecimento do governo secular, a revogação do celibato do clero e outras.
Em 1520 o Papa Leão X advertiu Lutero e ameaçou-o de excomunhão, a menos que este renunciasse às suas ideias. Lutero recusou a submissão ao ultimato do Papa e acabou por ser excomungado em 1521 e condenado por heresia.
Passados quase 500 anos, o período habitual para a ICAR tomar consciência das asneiras que faz, o Papa Bento XVI quer agora reabilitar Martinho Lutero. Vai dizer-nos que ele até era um tipo porreiro, nada herético. A final, quem estaria errado era o Papa Leão X. Esta acção de repescagem do morto Lutero pode entender-se pela tentativa de aproximação e integração com as Igrejas Protestantes, sob a égide da ICAR.
a) kavkaz (leitor habitual do DA)
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.