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Categoria: Religiões

31 de Outubro, 2008 Carlos Esperança

ICAR – Esqueletos escondidos

CIDADE DO VATICANO – O Vaticano rejeitou hoje os pedidos de grupos judaicos pela imediata abertura dos arquivos secretos referentes aos anos do Holocausto durante o papado de Pio XII. A Santa Sé informou que será necessário esperar pelo menos mais seis anos antes que estudiosos possam consultar os arquivos. Historiadores e grupos judaicos exigem há anos a liberação dos documentos.

30 de Outubro, 2008 Carlos Esperança

Filhos dilectos do Vaticano (2)

Por

E – Pá

SOBRE O ESTADO, A IGREJA, OS EMÉRITOS E O LAICISMO

Bento XVI, não é um chefe religioso amorfo. Mantêm uma liderança da Igreja em vários campos da sociedade civil – pena de morte, moral sexual, política de família e, no caso presente, na bioética – não abdicando de intervir decisivamente na sua condução.Para a lidar com estas políticas tem, como os toureiros – passe a comparação – os seus peões de brega.

Os Prof.s Daniel Serrão, Walter Osswald e Jorge Biscaia são figuras eminentes do nosso meio científico e eméritos académicos.
Com um “pequeno” problema. Aquilo que, popularmente, se chama um “senão”. Isto é, a ausência de isenção pessoal, dados os seus conflitos de interesses em relação às determinações religiosas oriundas do Vaticano, como bulas, cartas pastorais, encíclicas, etc. que, moralmente, os vinculam.

A introdução da Bioética em Portugal entrou por um caminho cheio de escolhos, na sua esmagadora maioria, colocados pela Igreja.Basta não esquecer toda a polémica – sustentada pelo Vaticano e adoptadas pelas personalidades a condecorar – à volta das células estaminais e dos embriões in vitro, entre outras “condenações”.
Tendo entrado por estes caminhos onde encontrou o Sr. PR relevantes contributos para um reconhecimento público?

Neste campo, porque excluiu o PR o Prof. Alexandre Quintanilha que tem trabalhos relevantes nesta área?

Lembro-me de um escrito em que o Prof. Quintanilha, glosando com a lógica da Igreja quanto a descobertas científicas e suas aplicações, se interrogava: porque não proibir a produção de energia eléctrica em alguns países (poucos) onde ainda se utilizam a “cadeira eléctrica para aplicar a pena de morte? (*)

Mas os tempos são de perseguição e de honrarias aos executores. Na Igreja sempre foi assim. Copérnico (Senhor Presidente estou a falar da mesma pessoa que distorceu o nome…) foi perseguido, tal como Galileu, pelas suas descobertas sobre o sistema solar. A “sua” Ciência chocava com os dogmas da Igreja.

Esta condecoração de Cavaco e Silva dirige-se, subtilmente, a todos os cidadãos que nos últimos tempos têm defendido e agitado questões relativas ao laicismo do Estado.

Visa, em minha opinião, condicionar grandes questões que vão entrar na agenda política e social da próxima legislatura, como p. ex., a eutanásia.

A Igreja nunca deixou de imiscuir-se nos assuntos de Estado e o seu objectivo é o triunfo da Fé sobre a Razão Científica.

Por isso não me espantou – apesar de toda a polémica – que tenha sido vedada a sua entrada e vetada a sua prelecção na Universidade La Sapienza em Roma. Não sendo importante – foi um incidente – a ICAR deveria ter dissecado as razões desta atitude oriunda da mais prestigiada Universidade romana. Algo está a mudar.

Contudo, para os defensores do Estado laico, não é crucial o que aconteceu em 1633, nem em La Sapienza, mas as questões bioéticas que as enormes capacidades científicas que a Biologia Moderna detém no seu seio, está a desenvolver (felizmente!), e nos vai colocar à frente dos olhos, num futuro próximo.

(*) Era a época em que a “cadeira eléctrica” ainda não tinha sido banida, por provocar mortes horrorosas…completamente violadoras da dignidade do condenado.

29 de Outubro, 2008 Carlos Esperança

CENSURA, MEDO & COBARDIA…

Por

E – Pá

Sobre a “charia & derivados” não vou adiantar muito, porque para além da crueldade da pena, o problema central entronca-se, primeiro, na “não-separação” entre a religião e o Direito e, consequentemente, a “não-existência” de Estados laicos – os Estados modernos pós-Revolução Francesa.

Já a determinação do Director da BBC – Mark Thompson – que “proibiu qualquer conteúdo irónico sobre muçulmanos”, merece-me outros comentários.
Mr. Thompson é um católico praticante e não será de estranhar que, qualquer dia, proiba ironias relativa à ICAR, ou a Bento 16.
Há sempre um começo por piedosas razões (agora chamam-se “sensibilidades religiosas”), há precedentes com situações artísticas…
Depois, a sua atitude consagra a vitória do Estado securitário, censório (não tenhamos medo das palavras), sobre as liberdades fundamentais.
O medo apossou-se da Europa.
O medo depende das ameaças da sensação de insegurança, dos meios disponíveis para a nossa defesa, etc., mas a cobardia que o Mr. Thompson revela é pior que o medo, sendo subsidiária da falta de carácter.

Dizia Victor Hugo:
“É pela ironia que começa a liberdade”…

29 de Outubro, 2008 Carlos Esperança

Não deixar reescrever a história

http://www.alamoministries.com/content/Spanish/Antichrist/spnazigallery/spphotogallery.html
http://www.nobeliefs.com/nazis.htm
http://www.spirituallysmart.com/nazi.html
http://ingoldwetrustt.blogspot.com/2008/10/monsenhor-tiso-o-santo-presidente.html
http://ingoldwetrustt.blogspot.com/2008/10/pinochet-um-notvel-cristo.html
http://ingoldwetrustt.blogspot.com/2008/09/franco-democrata-de-espaa-por-la-gracia.html
http://ingoldwetrustt.blogspot.com/2008/09/salazar-o-democrata-do-senhor.html

 
28 de Outubro, 2008 Carlos Esperança

Somália – Adultério e lapidação

Segundo informação da agência Reuters, os islamitas da Somália lapidaram uma mulher acusada de adultério. As testemunhas que assistiram à execução afirmaram tratar-se da primeira execução pública depois de vários anos.

A execução na praça pública foi presenciada por centenas de pessoas enquanto Maomé, algures no Paraíso, se rebolava de gozo e os guardas abriram fogo, quando um familiar corria para a vítima, e abateram um menino.

Por mais respeito que a fé possa merecer e por muito apreço que o multiculturalismo suscite, não pode haver na cultura europeia e na herança recebida do Iluminismo o menor respeito ou a mais leve consideração por tão boçal manifestação de barbárie.

Que teria sucedido à Europa se tivesse parado no tempo das Cruzadas a recordar Urbano II ou se, há um século e meio, Garibaldi não tivesse reduzido Pio IX à insignificância, à criação de dogmas e excomunhões?

A tradição é o mais obsceno argumento que a inteligência pode aceitar e o humanismo, de que nos reclamamos, pode aceitar. Na Índia, de vez em quando, ainda surge a família de um defunto a empurrar a viúva para a pira funerária mas a justiça já consegue parar os trogloditas que ousam assar viva uma pobre mulher.

A Europa, pregando o respeito pelas tradições e violando a soberania dos países, como sucedeu no Iraque, perde a força moral para se opor ao fundamentalismo religioso que grassa no seu próprio espaço.

Há dias, o Director da BBC proibiu qualquer conteúdo irónico sobre muçulmanos e deu um exemplo intolerável de censura e cobardia.

O medo e a pusilanimidade são o húmus onde florescem a intolerância e a fé.