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Categoria: Religiões

6 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

O ateísmo pode ser a vacina

Se o ateísmo puder ser a vacina contra a fé, que gera ódios, alimenta guerras e mata, não devemos hesitar em promover a descrença como vacina que previne e debilita o vírus.

O preconceito e o ódio contra o ateísmo devem-se às sucessivas derrotas que a ciência tem infligido às religiões. A credibilidade do livro da Idade do Bronze foi arrasada pela ciência. As cópias, que deram origem às religiões do livro, são grosseiras revisões que não resistem aos factos e à investigação.

Respeitar as religiões é o mesmo que rejeitar as vacinas para não estorvar a vontade do deus que manda as doenças. Tratar a doença ou a superstição é o acto terapêutico que se impõe. O espírito crítico faz a profilaxia da fé e o ateísmo é o antibiótico que cura uma crença já instalada.

Têm sido atribuídos numerosos benefícios à fé: faz as pessoas boas, domina os instintos perversos, dá origem à solidariedade, etc. Ora, não só não é verdade, ainda que o medo do Inferno ou a crença no Paraíso possam modificar comportamentos, como, quase sempre, a fé é responsável pela xenofobia e o ódio aos que são diferentes.

Deus não se erradica porque é um mito e é mais fácil corrigir um erro do que eliminar a superstição. É por isso que as pessoas respondem ao apelo das orações para pedirem ao seu deus o fim de um flagelo em vez de se revoltarem pela desgraça que lhe atribuem.

3 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

A demência da fé

A demência da fé não é apanágio de uma única religião, é o paradigma comum a todas. Se, na Europa, os clérigos actuam civilizadamente, não se deve à sua religião mas à repressão política que a religião sofreu para que todos pudessem pensar da forma que lhes aprouvesse.

Basta que a laicidade afrouxe e os funcionários de deus andem à solta, para que aumente o proselitismo e diminua a liberdade religiosa. A fé, sem verificação dos factos, devia envergonhar as pessoas que dela se reclamam mas, pelo contrário, é motivo de orgulho e detonador de ódio e guerras.

Na Europa, a Jugoslávia desintegrou-se a tiro com orações idênticas a deuses parecidos. Como foi possível um livro da Idade da Bronze, com cópias e versões modificadas, dar origem a genocídios e ódios tribais? O certo é que as pessoas que não toleram opiniões diferentes sobre normas de higiene e não consentem que as escolas difundam mentiras científicas, aceitam a indústria dos milagres e outras mentiras religiosas.
Se não fosse o veneno que destilam a Tora e o Corão a guerra entre Israel e a Palestina não existiria. No meio da carnificina e do horror há sempre alguém que grita que deus é grande, enquanto de um lado se acredita na vinda de um profeta e, do outro, se tem por adquirido que o tal profeta já veio na pessoa de um condutor de camelos analfabeto.

Por isso, enquanto morrem crianças e outros inocentes, obrigados a abraçar a fé que lhes impuseram, há judeus com trancinhas e muçulmanos condenados a cinco orações diárias que lutam, pela mesma terra, acreditando em antigas certidões notariais apócrifas. Jeová e Alá envenenam os que se julgam herdeiros de cada um deles.

3 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

O bispo e o planeamento familiar

O bispo católico do Porto criticou as campanhas de redução da natalidade para evitar o aumento da pobreza que a explosão demográfica provoca.

O bispo tem direito à sua opinião embora mereça reservas a forma como a ICAR a pretende impor aos não católicos.

É surpreendente a fúria contra a limitação de nascimentos por parte de uma corporação que preconiza a mais demolidora forma de extinção do género humano – a castidade – e que impede os seus membros de se dedicarem à tão louvada prossecução da espécie.

Quantos filhos ficam por fazer enquanto os reprodutores assistem à missa?! E quantos ficam por nascer com a greve dos ventres das freiras que professam e das castas esposas que trocam o prazer pela oração?
A coerência não é o forte da ICAR. O bispo que abdicou da reprodução é o mesmo que apela a que outros o façam. Mas, sem malícia!!!

1 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

O Vaticano e a lei italiana

O Vaticano recusa o aborto (talvez com medo da retroactividade da lei) e o divórcio. Não se vê o perigo de um e de outro no Estado liliputiano onde o casamento é interdito ao clero e a castidade obrigatória.

É um Estado saído do Tratado de Latrão, assinado em 11 de Fevereiro de 1929, entre o Papa Pio XI e Benito Mussolini, um crápula fascista referido pelo clero romano como enviado da Providência.

Se Deus enviou o biltre, como garantiram os escrivães do Vaticano, deixou de ser o mito venerado que engorda os parasitas e passou a ser um ente que mereceria o rigor do código penal se os mitos estivessem sob a alçada da lei e tivessem corpo para a enxovia.

A teocracia europeia é filha do fascismo e um Estado totalitário. A recusa unilateral dos compromissos assumidos aliena o pouco respeito que ainda tinha. Agravou a situação de Estado pária que, graças à cobardia dos Estados democráticos, se mantém nos areópagos internacionais. O Vaticano carece de democracia, direito e maternidade para poder ser levado a sério.

É uma reserva exótica de indivíduos que gostam de se vestir de mulheres e passear de rendinhas, encostados a báculos, com o toutiço protegido por mitras. Seria uma espécie de Portugal dos Pequenitos para levar as crianças ao Domingo, se não fosse o antro de onde saem bulas, encíclicas, bênçãos e outros venenos que poluem o Planeta.

1 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

O Islão é pacífico…

Ó Profeta! Combate os descrentes e os hipócritas! Sê implacável com eles. E a sua morada é o Inferno – e que péssimo destino!

(Alcorão 9:73)

1 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

Vira o ano e toca o mesmo

CIDADE DO VATICANO, 31 DEZ (ANSA) – O representante do Vaticano na ONU, monsenhor Celestino Migliore, declarou nesta quarta-feira que as Nações Unidas são incoerentes, pois ao mesmo tempo em que pedem a abolição da pena de morte, não favorecem a “proteção da vida humana em todas as suas fases”, opondo-se à legalização do aborto.

Nota: O Vaticano é o único Estado do mundo sem maternidade. Os cardeais não abortam.

29 de Dezembro, 2008 Carlos Esperança

Bendito seja B16

Depois do papa que acreditava em deus, JP2, e sentiu a mão da virgem nas entranhas, a conduzir-lhe a bala que melhor fora ter evitado, quis o Espírito Santo e o Opus Dei que viesse um inquisidor com provas dadas.

É difícil encontrar na Europa actual personalidade mais anacrónica e com mais ódio à liberdade. O regedor do Vaticano, um bairro de 44 hectares de sotainas, é um cruzado à solta, a sonhar com a Contra-Reforma e o poder temporal.

O livro inspirado noutro da Idade do Bronze é a versão com que Constantino legitimou a seita judaica que Paulo de Tarso fundou, menos ferozmente monoteísta e mais virada para fora das tribos dadas à criação de um deus, único e legítimo, para consumo interno.

B16 há-de recordar Santo Agostinho, enquanto remói pios rancores e finge que reza. O santo doutor entendia que se a tortura era legítima para aqueles que violavam as leis dos homens, o era ainda mais para aqueles que violavam as leis de Deus. Ora, B16 julga-se representante desse deus violento, misógino e com horror à sexualidade, enfurecido com o método que os homens usam para a reprodução.

A luta contra o preservativo, culpada pela progressão da sida, vem na sequência do ódio à sexualidade, desse exílio da razão que transforma o crente em troglodita. O Papa tem sido o expoente máximo desse horror à felicidade que os monoteísmos cultivam.

Mas a sanha contra a modernidade, a facilidade com que fabrica milagres e cria santos, o acrisolado amor aos embriões e o ódio aos livres-pensadores, a homofobia e os apelos desvairados à castidade repelem a clientela e desacreditam a fé.

Abençoado B16 que tantos crentes tem curado com a sua intransigência e intolerância.