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Categoria: Religiões

13 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

Maldito proselitismo (2)

Papa defende Baptismo de crianças

O Papa Ratzinger, ao mesmo tempo que afirma que os filhos não são propriedade dos pais, pede a estes que eduquem os filhos na verdadeira liberdade, eufemismo com que quer dizer «religião católica».

Acompanho o ex-prefeito do Santo Ofício, ao considerar falsas todas as outras religiões, e, apenas, lhes acrescento a sua. Nego-lhe, todavia, autoridade para se pronunciar sobre os deveres dos pais, matéria em que não se conhece a sua experiência.

Sei por formação profissional como é fácil doutrinar e fanatizar crianças e o perigo que representa entregá-las ao cuidado das madraças, sejam elas muçulmanas ou católicas. O baptismo católico, ou outro, e posterior doutrinação, coarctam a liberdade de escolha de quem deve ser educado para a liberdade e não para a adoração de um mito.

Um pouco por todo o lado, há crentes que não se limitam a conquistar para si o Paraíso, querem impô-lo aos outros, como é o caso do chefe da única teocracia europeia.

O Vaticano, entre numerosos crimes, tem na sua história o repugnante rapto da criança judaica de 6 anos, Edgardo Mortara, removida à força pela polícia papal da tutela dos pais, em Bolonha, 1858, então integrante dos Estados Pontifícios. Os inquisidores que ordenaram o rapto da criança usaram o pretexto de que tinha sido baptizada in extremis por uma criada.

A doutrinação de crianças política, religiosa ou filosoficamente, incluindo naturalmente o ateísmo, é uma forma perversa de atentar contra a liberdade, a pretexto da vontade de um deus inventado pelos homens na Idade do Bronze.

13 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

Maldito proselitismo

Papa defende Baptismo de crianças

Bento XVI pede aos pais que eduquem filhos na verdadeira liberdade e afirma que «estes não são propriedade dos progenitores».

Bento XVI defendeu este Domingo o Baptismo de crianças, prática habitual na Igreja Católica, considerando que o mesmo não é “uma violência” sobre os menores.

11 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

Embustes da fé

Alguns avençados do divino garantem que é «a fé para acreditar em Deus é semelhante à fé para não acreditar em Deus». Trata-se naturalmente de um embuste que a maiúscula da palavra «Deus» logo trai.

Poderíamos repetir a frase com que o escritor Paulo Coelho, agora numa fase mística, faz propaganda da crença, em relação a outros mitos. Veja-se por exemplo esta: «A fé para acreditar em Sereias é semelhante à fé para não acreditar em Sereias» e ver-se-á a dimensão da tolice sem precisar de argumentos.

Curiosamente, sabendo-se que Bush e a Alexandra Solnado já afirmaram ter falado com deus e que a Irmã Lúcia foi visitada por Cristo, na sua cela em Tuy, não podemos deixar-nos enganar por provas testemunhais apesar da credibilidade das testemunhas, sobretudo da Lúcia e da Alexandra Solnado.

Quanto às Sereias, são numerosos os testemunhos de marinheiros e até de Cristóvão Colombo que as avistou na costa da América e disso nos deu testemunho. No entanto, muitos aceitarão que se levassem mulheres a bordo os marinheiros não teriam reparado nas Sereias.

Está por esclarecer o estado mental com que Moisés falou com deus no monte Sinai ou Maomé com o arcanjo Gabriel entre Medina e Meca.

Uma coisa é certa, não devemos acreditar em afirmações para as quais não possam ser apresentadas provas. Portanto, provavelmente deus não existe.

10 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

Assaltantes de igrejas

A GNR identificou na região de Oliveira de Azeméis, os alegados autores de, pelo menos, 35 assaltos a Igrejas e Capelas na zona Centro do país.

É um bando de delinquentes à procura do óbolo que os crentes deixam nas caixas de esmolas para comprarem os favores dos santos junto do mito que a ICAR explora há dois mil anos. São promessas de gente que frequenta as bruxas, a Senhora da Ladeira, Fátima e outros locais de recolha das esmolas, que não interferem nos milagres.

Os malfeitores merecem o castigo terreno para os crimes praticados, seja o assalto às caixas das esmolas ou o roubo de arte sacra, mas é irónico que a ICAR se queixe dos roubos sem ter de justificar a proveniência. No mínimo, as esmolas contribuem para o enriquecimento ilícito pois não está provado que ao esbulho dos crentes corresponda qualquer benefício em troca.

Aliás, os ladrões podem sempre argumentar que ouviram uma voz que lhes pediu para levarem o dinheiro e as peças de arte sacra para distribuírem o produto pelos pobres, facto com um grau de probabilidades idêntico às conversas que a Virgem teve com os pastorinhos, em Fátima, e incomparavelmente superior à possibilidade de Pio XII ter visto o Sol às cambalhotas nos jardins do Vaticano.

Não sei como um tribunal poderá ser insensível à possibilidade de a Virgem ter incitado os meliantes a distribuírem os valores sacros pelos pobres, dado que, entre as suas habilidades, consta a capacidade de meter a mão nas entranhas de um papa supersticioso e desviar-lhe a bala dos órgãos nobres.

Entre a negação dos milagres da ICAR, igualmente inverosímeis, e a absolvição dos meliantes, os juízes são obrigados a decidir. Sem recurso para o tribunal divino.

9 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

A laicidade esquecida

Ontem o Diário de Notícias exibiu o arcebispo D. Armando, exorcista militante, que vive das consultas e faz exorcismos de borla (ou de burla). Claro que o exercício ilegal de medicina está sob a alçada da lei e a Ordem dos Médicos, que nunca processou os santos pelos milagres que obram, talvez por estarem mortos, pode e deve processá-lo.

Surpreendente é a posição do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, bispo de Braga, estabelecido com um negócio concorrente, afirmar que «se visse isso na minha diocese ia participar às autoridades competentes». Ora, o que o bispo de Braga afirma, para lá da deselegância para com o patriarca de Lisboa, é que há quem tenha direito a exorcizar (ele próprio) e quem careça de alvará legítimo.

Não sei como pode o Estado português pronunciar-se sobre habilitações que escapam às instituições de ensino legais e, sobretudo, como pode distinguir um exorcista verdadeiro de um falso. Há-de ser tão difícil como distinguir a água benta da outra.

Sabemos que o ministro da Defesa pediu a um bispo verdadeiro que lhe benzesse uma carreira de tiro e que o presidente da Comissão Europeia, depois de ter venerado Mao, na sua juventude, acabou a pedir «por amor de deus» que metessem o cristianismo na Constituição Europeia, em manifesta subserviência ao Papa, sabendo que a liberdade foi conquistada pelos que lutaram contra o poder temporal dos papas.

Como é que o Estado pode certificar qual é a religião verdadeira, a única que conduz ao Paraíso, sem se enredar nos difíceis meandros da teologia – a única ciência sem método nem objecto?

Por isso, a absoluta neutralidade do Estado é uma exigência ética e política, defendendo o direito de todos à crença, descrença ou anti-crença de cada um.

7 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

Virados para deus

Há tempos, numa entrevista ao RCP, o jornalista perguntou-me como explicava o facto de as pessoas, em época de crise, se virarem para deus.

Claro que viram. O desespero é o húmus onde medra a fé. A desgraça bate à porta e, logo, disparam as orações. A eficácia não está provada mas acontece o mesmo com as mesinhas que se usam na falta de médico.

Não são apenas os deuses que beneficiam da doença e da desgraça, também os bruxos, quiromantes e outros exploradores das fraquezas humanas. Desde sempre os homens se viraram para as nuvens à espera das respostas que a ciência ainda não dá. A lepra, por exemplo, era encarada como castigo divino e as vítimas apedrejadas. O próprio Cristo fez a reputação com milagres no ramo. Hoje, a higiene e os medicamentos erradicaram o flagelo nos países civilizados.

No Islão, onde o fanatismo é obrigatório, os crentes viram-se para Meca por falta de bússola que lhes indique o Paraíso e, para urinarem, escolhem o sentido contrário. Os católicos mantêm o hábito de olhar para o firmamento, onde julgam que mora o deus que os padres lhes vendem, mas não se importam de urinar em direcção ao Papa.

Enfim, a desgraça de uns é a felicidade de outros. Enquanto houver quem rasteje e se ajoelhe, não falta quem receba a subserviência em nome de um deus qualquer. Vêm aí tempos em que a superstição encontra terreno fértil mas não é provável que as leis da física se alterem.

7 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

O Islão é pacífico

Ó fiéis, combatei os vossos vizinhos incrédulos para que sintam severidade em vós; e sabei que Deus está com os tementes.

(Alcorão 9:123)

7 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

Os índios acendiam fogueiras…

(…)

P – Reza todos os dias ao Papa João Paulo II?

R – Certamente, sobretudo quando há problemas graves, que são muitos para um bispo, e nos simples também. Dou um exemplo: tenho de celebrar e está um grande temporal e eu digo – Santo Padre, ajude-me. E ele ajuda. Sabe que quando chovia na Praça de S. Pedro, muitas vezes a chuva acabava por desaparecer.

Aconteceu o mesmo na Ucrânia, num grande encontro com a juventude, quando chovia de tal maneira que não se ouvia o que o Papa dizia. Deixou de lado os papéis e começou a cantar um cântico popular. A chuva desapareceu e surgiu o sol.

6 de Janeiro, 2009 Carlos Esperança

Mentiras da ICAR

SEGREDOS DE FÁTIMA

Segundo Georges Minois

A terceira profecia de Fátima, escrita em 1944, segundo o depoimento de Lúcia dos Santos, um dos pastorinhos, baseado no que presenciou em 1917 no que se chamou as aparições da Virgem, oficialmente transmitida ao Vaticano em 1957, foi mantida em segredo por este até 2000. Por isso inúmeros boatos disparatados circularam.

Afinal o Vaticano acabou por revelar a profecia:

Um bispo vestido de branco subia uma montanha no alto do qual estava uma cruz, atravesssando uma cidade em ruínas, juncada de cadáveres e, ao chegar ao cimo, ajoelhou-se perante a cruz e ali foi morto por um grupo de soldados que dispararam muitos tiros de arma de fogo e flechas.
Assim morreram uns após outros, os bispos, os padres e os religiosos e as religiosas.

Esta profecia simplesmente previa o extermínio total da organização burocrática católica!

Nunca este assunto foi devidamente discutido e divulgado. A hierarquia católica simplesmente mentiu e iludiu o conteúdo da profecia.

Por exemplo, o cardeal Ratzinger, na altura um membro da mais alta hierarquia do Vaticano, afirmou na altura da divulgação que o texto era místico, uma exortação à oração como caminho para a salvação das almas, um apelo è penitência e à conversão (?).

É habitual a Igreja Católica mudar o seu pensamento e acção de modo contraditório ao sabor da opinião pública e ocultar o seu passado.