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Categoria: Religiões

17 de Março, 2009 Carlos Esperança

ICAR e nazismo

Resposta de um cibernauta (aliás, com factos conhecidos) respondendo a um católico:

Você se esqueceu de falar dos crimes da igreja romana na 2GM!!! Que tal citarmos o regime católico croata(pró-nazi) de Ante Pavelic, que exterminou mais de 1 milhão de não-católicos ( a maioria sérvios ortodoxos). Houve intensa cumplicidade sacerdotal com o genocídio na Croácia, com as bênçãos do papa. As atrocidades croatas eram tão imensas que chocavam até mesmo as SS! E o que dizer do regime católico eslovaco(pró-nazi), liderado pelo monsenhor Jozef Tiso??? A exemplo da Croácia, o regime de Tiso perseguiu vários não-nazistas e não-católicos. E o vaticano nada de protestar!!

E o que dizer das Ratlines? o vaticano ajudou inúmeros nazistas a fugirem da Europa, através de passaportes. Nazistas alemães e croatas que nem Klaus Barbie,Adolf Eichmann,Josef Mengele, Ante Pavelic e Dinko Sakic foram ajudados.

Você diz que o nazismo é laico??

Sério??

O nazismo alemão tinha o lema: “Gott mit uns”

O nazismo croata era muito católico.

(Enviado por Stefano)

16 de Março, 2009 Carlos Esperança

O clero e os crimes sexuais

Não conheço qualquer prova de que o clero tenha mais propensão para os crimes de natureza sexual do que outros indivíduos do mesmo sexo, idade ou condição social.

Admito que a imposição do celibato e a repressão sexual, através da obsessiva cultura da castidade, produzam desvios de comportamento e perturbações mentais acrescidas, mas não se pode atribuir propensão criminosa à natureza das funções eclesiais.

Um indivíduo sob o efeito do medo, da ansiedade e da vergonha pode ter uma conduta desajustada mas não é necessariamente impelido para o crime.

Vêm estas considerações a propósito de alguns leitores do Diário Ateísta que atribuem ao clero, e por esse facto, a propensão desviante de que a comunicação social se faz eco.

Acontece que o clero é vítima da moral que prega, das crenças em que diz acreditar, das transgressões à vontade do deus a cujo serviço se encontra, mas o que está em causa não é a maldade dos padres, igual à de outros homens e mulheres, é a crueldade das crenças e os desejos de um deus que, se existisse, estaria a contas com o Código Penal.

Compreendo a intolerância para com os clérigos, pois eles próprios a pregam, mas não é justo fazer deles algozes quando são quase sempre vítimas.

O mal não reside nos crentes, é fruto das crenças criadas em sociedades patriarcais, em épocas violentas, com valores anacrónicos.

O que a civilização nos ensina é a desmascarar as crenças e a libertar os homens, todos os homens e mulheres, da crueldade dos deuses e das mentiras dos seus padres.

16 de Março, 2009 Carlos Esperança

B16 e Bin Laden

Bento 16, desolado com a falta de mártires voluntários, enquanto escreve a encíclica «grelhar infiéis», implora aos bispos do Médio Oriente que convertam Bin Laden ao catolicismo.

Compromete-se a excomungar quem admire o Vaticano II e louve as delícias do leitão à Bairrada, a substituir o vinho por chá de menta, durante a missa, e a dizer de Maomé o que Bin Laden quiser.

Sem uma universidade de mártires o catolicismo arrisca-se a desaparecer.

Se um bispo piedoso excomunga a mãe que consente um aborto à sua filha de 9 anos, violada pelo padrasto, em vez de lhe encomendar o caixão e rezar por um milagre para que os netos sobrevivem, atrai jornalistas que chamam besta ao bispo e almocreve ao Papa, condenam o padrasto e a louvam os médicos que salvam a vida da criança.

Bin Laden é hoje o crente apetecido na Igreja católica. É mais odiado do que Bento 16, tem mais fé, odeia as mulheres e os judeus com mais desenvoltura do que os bispos católicos, alguns deles influenciados por ideias modernas e heréticas.

B16 é um talibã sofisticado, consumido com a pastoral do látex, os malefícios da pílula, a impunidade das mulheres e o destino dos embriões. Precisa de outro talibã, em estado puro, sem preconceitos em relação às bombas e aos arentados.

B16 sabe que sem medo, fogueiras e lapidações não há fé que se conserve. As hormonas e a liberdade destroem a religião e arruínam o comércio dos sacramentos.

B&B, Bin et Benito, R&L (Ratzinger e Laden) seriam invencíveis. Ver os dois a dar as mãos, apedrejarem adúlteras do Monte Sinai à Amazónia, degolarem infiéis do Estreito de Magalhães ao pólo Norte, fazerem explodir mártires contra infiéis era a apoteose da fé e um gozo infinito para deus.

14 de Março, 2009 Carlos Esperança

A solidão do último ditador europeu

CIDADE DO VATICANO, Santa Sé (AFP) — Entre a questão dos bispos fundamentalistas e a situação polêmica de uma excomunhão lançada contra a mãe que levou a filha violada para abortar – e que foi desautorizada em seguida pelo Conselho Nacional de Bispos do Brasil – o fosso se aprofunda entre o Vaticano e uma parte da Igreja Católica.

14 de Março, 2009 Carlos Esperança

Fascistas? Não, obrigado

O prefeito de Zaragoza, na Espanha, quer dar o nome de José Maria Escrivá – o fundador da Opus Dei – a uma rua. Houve revolta e polémica na cidade. Não se aceita mais a presença de qualquer igreja em espaços republicanos. As religiões são maus negócios para a maioria dos homens, que precisam aboli-las do espaço público. A era da religião-instituição, como observa o filósofo Gianni Vattimo, terminou.

13 de Março, 2009 Ricardo Alves

Sejamos tolerantes com o fascismo e o crime, diz Ratzinger

Para se justificar da desexcomunhão dos lefebvristas, Ratzinger sai-se com esta:

  • «Poderemos nós simplesmente excluí-los, enquanto representantes de um grupo marginal radical, da busca da reconciliação e da unidade? E depois que será deles?»

É bonito. É aquela coisa cristã da abertura a todos, do criminoso ao violador, do pedófilo ao genocida, todos-mesmo-todos encontram a ICAR aberta, menos, evidentemente, as mulheres que abortam ou os homens que gostam de outros homens. Isso sim, é inadmissível.

Ratzinger diz-nos mais:

  • «Às vezes fica-se com a impressão de que a nossa sociedade tenha necessidade pelo menos de um grupo ao qual não conceda qualquer tolerância, contra o qual seja possível tranquilamente arremeter-se com aversão.»

Tem razão. Há coisas que serão sempre crime, em qualquer país e em qualquer língua: o homicídio, a violência gratuita, a selecção de grupos sociais para serem discriminados ou eliminados, etc… Espera lá. O nazismo fez isso tudo. Alguns fascistas gostariam de repeti-lo. Ratzinger acha que os deveríamos «tolerar»? A sério?

Sem mais comentários.