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Categoria: Religiões

28 de Julho, 2009 Carlos Esperança

Matam e morrem por proselitismo

BAUCHI, Nigéria — Pelo menos 55 pessoas foram mortas desde domingo no norte da Nigéria em confrontos entre a polícia e membros de uma seita islâmica radical pró-talibã.

O número de mortos nos Estados de Bauchi e de Yobe se eleva a 55, cinco policiais e 50 islamitas, informou nesta segunda-feira o inspetor-geral de polícia, Ogbonna Onovo, durante entrevista à imprensa em Abuja. O número anterior, divulgado na noite de domingo, era de 39 mortos, entre eles um soldado.

28 de Julho, 2009 Carlos Esperança

As capelanias e o Estado laico. Regresso ao passado

Os doentes, presos e militares, à semelhança de quaisquer crentes, podem recorrer aos ministros do culto das suas religiões, se isso lhes dá prazer ou os alivia do peso da consciência. Faz parte da liberdade religiosa, inerente a qualquer democracia.

Já não se percebe que os hospitais, prisões e quartéis possam dispor de padres católicos privativos, os únicos que se habituaram durante a ditadura a ocupar esses espaços em regime de monopólio. É uma ofensa ao Estado laico e a prorrogação de uma regalia que vem da Concordata de 1940, assinada no apogeu do fascismo, entre o Estado salazarista e o Vaticano de Pio XII, também conhecido como o Papa de Hitler.

Mas, se o Estado permite que a Igreja católica domicilie os padres nos hospitais, prisões e quartéis, ainda que teoricamente aceite a invasão de outras confissões, não se percebe por que motivo os exclui das repartições de Finanças, estações dos correios, centros de emprego, ministérios, autarquias, lojas do cidadão e outros organismos públicos.

Se a intenção é capitular perante o proselitismo religioso, abdicar da ética republicana, ajoelhar perante as sotainas e esquecer a Constituição, o que há a fazer é solicitar um sacristão para cada edifício público e uma freira para vigiar as consultas de planeamento familiar.

A Concordata de 2004, desnecessária e indigna de um Estado laico, foi uma concessão ao clero católico que cria desigualdades entre as várias religiões e cria ao País sujeições inaceitáveis.

Portugal recorda o ridículo das mais altas figuras do Estado a integrarem a comissão de honra da canonização de Nuno Álvares Pereira, herói nacional que a Igreja capturou. O PR e o presidente da AR caucionaram a cura do olho esquerdo de D. Guilhermina de Jesus, queimado com óleo de fritar peixe, por intercessão de D. Nuno. Cavaco e Jaime Gama, exorbitando as suas funções, formaram a junta médica que confirmou o embuste e injuriaram todos aqueles que negam ao Estado a competência para certificar milagres.

O Governo em vez de defender a laicidade no aparelho do Estado, como deve, abre as portas ao incenso e à água benta sem respeitar a pituitária e a pele dos que não suportam o odor do primeiro e é alérgico às benzeduras.

Lentamente, as sotainas vão ocupando o espaço público à semelhança do que se passa nos países islâmicos.

25 de Julho, 2009 Carlos Esperança

Vaticano receia gripe suína

O Vaticano está disposto a suspender concentrações maciças de pessoas se considerar que a expansão da gripe suína pode pôr em risco a saúde dos habitantes do Estado e do próprio papa.

Assim assegurou hoje o professor Giovanni Rocchi, diretor de Saúde e Higiene do Estado da Cidade do Vaticano, que disse que a gripe “não assusta” por enquanto.

Comentário: Se o Papa teme a gripe suína é porque não tem confiança no patrão.

25 de Julho, 2009 Carlos Esperança

Matilde Sousa Franco – Adereço dispensável

Matilde Sousa Franco despede-se da AR com críticas à disciplina de voto e, sobretudo, com o azedume de quem é despedido com justa causa.

Matilde Sousa Franco chegou à AR graças à viuvez. Não se lhe conhece trabalho político ou relevância pública para além de ter conseguido anular um casamento católico e de ser viúva do melhor ministro das Finanças desta segunda República. É mais conhecida no Patriarcado do que no Largo do Rato.

A pia deputada foi um ornamento fúnebre do PS que votou sempre como quis, ao lado da direita mais conservadora, quando tinha de decidir entre a política e a sacristia, com Maria do Rosário Carneiro e Teresa Venda, ou ao lado de Manuel Alegre, porque sim.

Se há ausência que pode credibilizar o PS é a de deputados que explicitam publicamente as suas crenças e ocultam as convicções políticas, se acaso as têm.

A saída de Matilde Sousa Franco da AR deixa-lhe mais tempo livre para as devoções pias onde, certamente, cumprirá a disciplina de Bento 16.