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Categoria: Religiões

18 de Setembro, 2009 Carlos Esperança

Bênção permite ver melhor o céu

Papa abençoa nova sede do Observatório Vaticano

No limite sul da Vila Pontifícia de Castel Gandolfo

CASTEL GANDOLFO, quinta-feira, 17 de setembro de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI abençoou a nova sede do Observatório Vaticano, em Castel Gandolfo, nesta quarta-feira à tarde, em uma visita cordial de uma hora à comunidade de cientistas jesuítas.

18 de Setembro, 2009 Carlos Esperança

As religiões e os partidos políticos

Se os partidos políticos tivessem nos seus programas aquelas ameaças abomináveis que vêm na Tora, na Bíblia e no Corão, há muito que os Estados democráticos os tinham dissolvido e processado os seus responsáveis.

Se algum partido promovesse a guerra santa aos infiéis (militantes de outros partidos) e usasse meios que a democracia e a civilização condenam, certamente se colocaria sob a alçada do Código penal.

Se um político conservador prometesse o Paraíso a quem convertesse um trabalhista, ou um liberal acenasse com uma dúzia de virgens a quem recrutasse um socialista, seria ultrajado pela comunicação social e ridicularizado pela opinião pública.

Um partido que integrasse no seu programa a xenofobia, o tribalismo, a crueldade, a vingança, a homofobia e o espírito misógino do Antigo Testamento, para além das sanções penais a que se arriscava, não passaria de um partido extra-parlamentar.

Por que motivo, pois, sobrevivem as crenças tribais, criadas por sociedades patriarcais, no mundo civilizado? Às vezes, pela violência dos aparelhos religiosos que conseguem deter o poder judicial, económico, político e militar, como acontece nas teocracias; outras, porque os exegetas se esforçam por explicar que os livros sagrados não dizem o que efectivamente lá vem escrito e serviu de dogma enquanto o clero exerceu o poder.

As crenças gozam de um estatuto que as sociedades civilizadas não estão dispostas a estender às convicções políticas. No entanto, aos comícios só vai quem quer mas às cerimónias religiosas arrastam-se criancinhas pela mão dos pais, não respeitando as fraldas nem o crescimento harmonioso sem promessas do Paraíso e temores do Inferno.

17 de Setembro, 2009 Carlos Esperança

É preciso topete!

Bento XVI defendeu esta Quinta-feira, no Vaticano, que os padres devem “permanecer afastados” de um compromisso pessoal na política, campo que considerou reservado aos “fiéis leigos”.

A entrada dos padres na política, alertou, poderia comprometer “a unidade e a comunhão de todos os fiéis”.

Comentário: Para não falar dos casos de Malta, Irlanda, Polónia e Timor, lembremo-nos das campanhas eclesiásticas contra o PSOE, em Espanha, e do apoio a Berlusconi, antes de serem públicas as suas relações com prostitutas.

15 de Setembro, 2009 Carlos Esperança

Bispo emérito de Coimbra apela ao voto na direita

Por

E – Pá

Sua Excelência Reverendíssima o Bispo Emérito de Coimbra, Senhor D. João Alves, publicou ontem no “Diário de Coimbra” um artigo de opinião intitulado “Para um voto consciente, livre e esclarecido”. Começa com pèsinhos de lã, explicando que apenas pretende aliviar o sofrimento que constitui a hesitação das criaturas indecisas; que não tem “qualquer intenção de determinar o voto, seja de quem for, nem entrar em terrenos de política partidária”; que o move tão só a intenção de propor algumas soluções ou critérios para uma votação livre e consciente.

Depois diz umas banalidades, em seis longas colunas, no meio das quais, porém, como quem não quer a coisa, entre outros critérios encaixa o seguinte: “Repare-se, igualmente, se os candidatos estão dispostos a respeitar e defender a vida desde a sua concepção até à morte natural.

Isto é: nada de despenalização do aborto nem de eutanásia!

Ora, com esta pequena frase, envolta em muitas falinhas mansas, O Senhor Bispo varre com uma só vassourada a quase totalidade dos partidos representados na Assembleia da República: o BE, o PCP, os Verdes, o PS e até a ala menos direitista do PSD; por exclusão de partes, resta votar “livremente” no CDS.

Com este artigo, D. João Alves exprime com mestria a posição da sua Igreja: para os fiéis, o “voto consciente, livre e esclarecido” só pode ser o voto no CDS!