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Categoria: Religiões

30 de Outubro, 2009 Carlos Esperança

Multa por negar o Holocausto

Um tribunal alemão impôs uma multa de 12 mil euros (30 mil reais) ao bispo católico ultra ortodoxo, Richard Williamson, por ter negado publicamente o Holocausto, algo que na Alemanha é um delito.

Um porta-voz disse que Williamson tem duas semanas para contestar a condenação por incitação ao ódio e racismo, que foi imposto por um tribunal da cidade de Ratisbona a pedido da Promotoria do estado da Baviera.

Comentário: São bispos fascistas os amigos que Bento 16 pretende ter de volta. Não admira.

29 de Outubro, 2009 Carlos Esperança

Saramago, a fé e a liberdade

A sacralização das crenças é uma forma de totalitarismo que serve de pretexto para amordaçar convicções diferentes e impor a lei do mais forte. Nos países onde funciona a democracia há quem tente os constrangimentos sociais para limitar a liberdade.

A recente polémica em torno do último livro de José Saramago deve fazer-nos reflectir sobre a fé e a liberdade. Que a um crente seja proibido interrogar-se sobre a crença que abraçou é um direito da sua Igreja, mas cabe ao Estado laico garantir-lhe a liberdade de mudar ou, simplesmente, de a abandonar. É aqui que reside a diferença entre teocracias e democracias. A apostasia, crime gravíssimo nos estados confessionais, é um direito inalienável nos estados laicos.

Qualquer livro sagrado é considerado como tal por alguns e, seguramente, desprezado por outros, assistindo a todos o mesmo direito. Se não se contestassem as crenças ainda hoje o Sol continuaria a girar à volta da Terra. Se não pudéssemos discutir a Tora, a Bíblia ou o Corão com que direito alguém condenaria o Mein Kampf ou o Manifesto Comunista?  É tão legítimo combater uma religião, ou todas, como combater qualquer sistema político. As crenças podem e devem ser combatidas, os crentes é que merecem ser respeitados.

Entendo, pois, que Saramago tem o direito de escrever tudo o que escreve (e quanto lhe agradeço) e de dizer tudo o que diz tal como as Igrejas têm igual direito de contradizer o que diz e escreve Saramago. Passo ao lado dos dislates de um infeliz eurodeputado que pretende definir o critério de nacionalidade em função das suas crenças. Há sempre um clone de Sousa Lara, ensandecido, à espera de cinco minutos de glória.

A Igreja católica teve logo a solidariedade de outras, menos recomendáveis, e tem todo o direito de não gostar de Saramago e de combater as suas ideias, não tem é o direito à imunidade das tolices que prega e ao monopólio da interpretação do Antigo Testamento. Se hoje considera literatura esse livro violento da Idade do Bronze, só a partir do século XIX é que a exegese católica o começou a considerar como tal. E a liberdade religiosa só foi admitida pelo Concílio Vaticano II.

Os judeus das trancinhas que pretendem derrubar o Muro das lamentações à cabeçada e anexar a Palestina, assim como os cristãos evangélicos, que tiveram um presidente dos EUA que falava com deus e invadiu o Iraque, exigem uma leitura literal para o Antigo Testamento.

Alguns pretensos ateus, sôfregos de bênçãos dos leitores, afirmam que a Tora, a Bíblia e o Corão só devem ser avaliados pelos descrentes como obras literárias, à semelhança da Ilíada, Odisseia ou das obras de Shakespeare. Acontece que nenhum destes livros serviu para justificar cruzadas, guerras, tribunais do Santo Ofício ou códigos de conduta.

Não se conhece uma só morte provocada por um fanático para convencer um céptico do dogma do cavalo de Tróia.

28 de Outubro, 2009 Carlos Esperança

O princípio de uma nova tragédia?

Por

E – Pá

A “Esplanada das Mesquitas”, ou o “Monte do Templo”, são locais sagrados dos muçulmanos e dos judeus, em Jerusalém.
Esta área de 14 hectares no centro da Cidade Velha de Jerusalém, no sector árabe, faz parte de uma zona anexada por Israel em 1967.
Tem sido o fermento de constantes conflitos israelo-palestinos.

O rabino Yosef Shalom Elyashiv, um dos mais respeitados peritos na Tora em Israel, declarou que o perigo de criar tensões e derramamento de sangue são mais uma razão para que os judeus não visitem a Esplanada das Mesquitas.
Esta declaração é feita a 8 Out 2009.

A 25 Out 2009 forças militares e policiais israelitas intervêm neste local por supostos incidentes entre palestinos muçulmanos…

Depois dos “novos” colonatos na Cisjordânia, mais uma outra provocação para o Mundo e a desautorização de Obama…que, neste preciso momento, se confronta com o problema nuclear iraniano.