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Categoria: Religiões

5 de Novembro, 2009 Carlos Esperança

As novas e as velhas questões do Islão…

Por

E – Pá

Foi publicado pela The Pew Forum on religion & public life link um estudo sobre a distribuição da população muçulmana no Mundo – intitulado Mapping the Global Muslim Population. A report on the Size and Distribution of the World’s Muslim Population link

Na realidade o “peso demográfico” é significativos :
Os muçulmanos representam 1,57 mil milhões de crentes, quase um quarto da população mundial (23%), e 60% deles, vivem na Ásia, nomeadamente na Indonésia, Paquistão, Índia, Bangladesh, etc.

Nas “zonas mais turbulentas” no Norte de África e Próximo Oriente, vivem 315 milhões de muçulmanos, seguidos da África subsahariana.
Uma grande maioria dos muçulmanos é sunita, sendo apenas 10% deles xiitas que se encontram concentrados no Irão , no Paquistão e na Índia.
Na Europa (do Atlântico aos Urais) acolhem-se cerca de 38 milhões de muçulmanos. A Rússia é o país com maior número de muçulmanos residentes, seguida da Alemanha e da França.
Este é um quadro demográfico avassalador. A sua repercursão na vida política e social do Mundo não será menor.

E a grande interrogação é o que pensam verdadeiramente os muçulmanos?

Quem, na verdade, fala em nome do Islão ?

Algumas questões pertinentes, não estão esclarecidas, muito menos respondidas.

1.) – Os muçulmanos não têm uma visão monolítica do Ocidente e conseguem distinguir a suas políticas, cultura e religiões ;
2.) – O seu principal sonho é arranjar trabalho ;
3.) – Os muçulmanos que aprovam actos de violência é uma minoria ?
4.) – Essa minoria é mais religiosa do que os outros muçulmanos ?
5.) – Os muçulmanos admiram a tecnologia ?
6.) – Os muçulmanos acreditam na democracia ?
7.) – As mulheres muçulmanas desejam direitos de igualdade mas desejam manter a religião na sua vida social ?
8.) – a grande maioria dos muçulmanos desejam que os dirigentes religiosos tenham um papel directo na condução política dos seus países ?
9.) Os muçulmanos acham indispensável que a sua religião seja uma fonte e a raiz da sua legislação ?
10.) Existem muçulmanos laicos ?

Estas são uma pequena parte das questões que se colocam entre a convivência entre os muçulmanos e o Mundo.

Muitas outras haverá que, de alguma maneira, equacionem e respondam às perguntas candentes :
– Democracia ou teocracia ?
– Como um muçulmano se torna num radical (fundamentalistas) ?
– Quais as reivindicações das mulheres muçulmanas ?
– Guerra (clash) ou coexistência ? ».

3 de Novembro, 2009 Ricardo Alves

Contratada pelo Estado, despedida pela ICAR

As Concordatas, em Portugal e em Espanha, causam situações destas: uma professora de Educação Moral e Religiosa (Católica) pode ser contratada pelo Estado e despedida pela autoridade eclesiástica.

Em Outubro de 2000, uma professora de uma escola pública das Canárias foi despedida. A razão: vivia em união de facto. Quem tomou a decisão não foi o empregador (que era o Estado) mas sim a autoridade eclesiástica (católica). Do ponto de vista da Concordata e do Direito Canónico, imagino que o despedimento seja válido, e até imperioso. Do ponto de vista da Constituição espanhola, foi discriminação e uma injustiça.

Foram necessários oito anos de batalhas judiciais para que Carmen Galayo conseguisse uma sentença final favorável. A diocese das Canárias foi condenada a pagar uma indemnização de 210 mil euros e a renovar contrato com a docente.

Imagina-se que o caso não fique por aqui. Mas evidencia como a criação de nichos confessionais dentro do Estado origina situações perversas. Reconhecer validade ao Direito Canónico é, como se mostra pelo caso exposto, permitir que os cidadãos percam direitos que o Estado, qualquer Estado laico, deve garantir. A laicidade é incompatível com as Concordatas.

[Diário Ateísta/Esquerda Republicana]

3 de Novembro, 2009 Carlos Esperança

Opus Dei – Colégios confessionais e intolerância

Esta notícia é um anúncio de publicidade escondida com o rabo da intolerância de fora. A propaganda dos êxitos escolares de um colégio do Opus Dei esconde a intolerância e a discriminação.

Os membros do Opus Dei, aquela instituição extremista da Igreja católica, fundada por um admirador de Hitler e incondicional de Franco, provavelmente santo em troca das contrapartidas ao apoio financeiro ao Vaticano, na sequência da falência fraudulenta do Banco Ambrosiano, não brincam em serviço.

Os alunos são escolhidos para os seus colégios, apesar da alegada tolerância para com as convicções religiosas dos pais, depois do escrutínio da vida familiar e religiosa dos progenitores.

Para o colégio feminino só contratam professoras. Claro que há algum padre para a direcção espiritual, pois as mulheres, mesmo as do Opus Dei, não estão isentas do pecado original e, por isso, estão impedidas de ser membros do clero e de ministrar os sacramentos, salvo o baptismo in articulo mortis, mas a notícia referida é omissa.

O proselitismo subentende-se na propaganda da instituição escolar o que não admira em quem está convencida de que o céu se ganha com a promoção do único deus verdadeiro. É nesta posição que eu estou de acordo com cada uma das religiões: são falsos todos os deuses das outras religiões. Só incluo mais um.

O que entendem por moral estas santas mulheres dedicadas á oração, às flagelações e ao ensino para encherem os cofres e o poder da Obra, não é difícil de adivinhar. Basta esta frase para se perceber a intolerância que as habita:

«Por exemplo, se uma professora é recasada, dificilmente conseguirá passar a mensagem de que o casamento é indissolúvel».

31 de Outubro, 2009 Ricardo Alves

Cada vez entendo menos Ratzinger

O Papa dos católicos não acerta uma. Agora, saiu-se com esta:

  • «Segundo o Papa, a astronomia permitiu e continua permitindo, com suas descobertas, que compreendamos melhor o universo; por outro lado, a fé permite que o cientista descubra as maravilhas da criação» (Zenit).

É rigorosamente o contrário. Não é a «fé» que descobre. É a ciência, a observação, o raciocínio e a experimentação. A «fé» nunca descobriu nada. É a ciência que nos permite descobrir os segredos do universo e maravilharmo-nos com a sua compreensão.

30 de Outubro, 2009 Carlos Esperança

CAMPANHA CONTRA LEI DA BLASFÉMIA

A Agência AsiaNews lançou uma campanha de sensibilização para que a lei sobre a blasfémia no Paquistão seja abolida. A agência, que pertence ao Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME), recorda que, desde 2001, pelo menos 50 cristãos morreram em conseqüência dessa lei.

A lei sobre a blasfémia pune com a prisão perpétua ou com a pena de morte quem profana o Corão ou ofende o Profeta Maomé. Basta a acusação de uma única pessoa para ser detido ou assassinado. “Trata-se de uma norma aberrante, que propicia a discriminação, que ‘legaliza’ violências contra as minorias religiosas e cujos responsáveis permanecem na maioria das vezes impunes, graças à conivência da polícia e dos funcionários do governo” – explica a Agência.

Comentário: Ninguém nega a inquidade da lei. Estranha-se apenas que a Igreja católica não lute contra a mesma lei em Portugal, embora sem a severidade islâmica e de difícil aplicação devido à liberdade de expressão.