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Categoria: Religiões

28 de Novembro, 2009 Carlos Esperança

Confissão tardia

O arcebispo de Dublin pediu perdão pelo encobrimento de casos de pederastia ocorridos nos últimos anos na Igreja da Irlanda, segundo documentou um informe governamental.

“As palavras nunca serão suficientes para pedir perdão pela repugnante história de assédio sexual e estupros de crianças e adolescentes por parte de sacerdotes da arquidiocese de Dublin”, afirmou nesta sexta-feira Dom Diarmuid Martin, em conferência de imprensa.

27 de Novembro, 2009 Ricardo Alves

Os padres têm direito a casar-se

Ler n´O Calhamaço dos Embustes a história de um padre que teve de fugir para se casar. Como diz o A. Rodrigues: «Ele, assim como todos os padres, tem o direito que a Declaração Universal dos Direitos Humanos lhe confere» – o direito de constituir família.
Felicidades.

26 de Novembro, 2009 Carlos Esperança

Abusos sexuais e cumplicidade

A Igreja católica irlandesa ocultou os abusos sexuais a menores durante décadas.

O ministro irlandês da justiça, Dermot Ahern, apresentou hoje um relatório cujas conclusões asseguram que a conivência entre a hierarquia eclesiástica e as autoridades do estado, entre elas a polícia e o ministério público, serviu para proteger os padres pederastas e evitar escândalos.

As autoridades ajudaram quatro bispos a esconder os abusos dos padres da arquidiocese de Dublín, que teve imunidade para transgredir a lei, de acordo com o relatório que elaborou o juiz Yvonne Murphy.

Ler em El País

24 de Novembro, 2009 Carlos Esperança

Monumento ao cardeal Cerejeira

cerejeira_salazar A pretexto da celebração do 50.º aniversário do monumento ao Cristo-Rei, cujo gosto não discuto, foi inaugurado no pretérito domingo um monumento ao cardeal Cerejeira. Se Almada não se regozijou especialmente com o primeiro, há boas razões para crer que não é grande o júbilo com o segundo –  tributo prestado ao prelado que foi um expoente do reaccionarismo nacional e amigo do peito do ditador Salazar.

Não discuto a estética dos monumentos mas não devo deixar passar sem reparo a ética do preito ao cardeal cuja cumplicidade com a ditadura e o ditador só teve de positivo o estímulo ao abandono da religião e ao desprezo do clero.

O cardeal Gonçalves Cerejeira não teve uma palavra de solidariedade para com o bispo honrado que discordou de Salazar – António Ferreira Gomes –, bispo do Porto, exilado durante uma década. Não se lhe conhece um único lamento face às torturas policiais, prisões arbitrárias, degredo de democratas, medidas de segurança dos tribunais plenários, perseguições, censura e ausência de quaisquer liberdades. Viveu feliz com os crucifixos nas escolas, o ensino obrigatório da religião e a perseguição aos democratas.

Erigir um monumento ao cardeal Cerejeira, é reabilitar a ditadura, branquear o passado de um cúmplice e enaltecer o comportamento da Igreja durante os anos do salazarismo.

Podia ter sido um prelado arredado da política e dos crimes da ditadura, mas não foi. Informou Salazar de que Deus o tinha escolhido por para governar o País e que não era ele, Cerejeira, quem o dizia, mas a Ir. Lúcia, dada à intimidade com o divino, que lho havia segredado. Podia ter sido neutro em relação à guerra colonial, mas preferiu animar os jovens a defenderem a civilização cristã e ocidental. Não lhes faltou, aliás, durante a guerra, com um bispo castrense para repetir essa mensagem nas colónias.

Manuel Gonçalves Cerejeira foi cardeal durante mais de 41 anos. Assistiu em silêncio à guerra civil de Espanha e aos crimes de Franco, tal como em Portugal aos desmandos da ditadura e ao terrorismo policial do seu amigo Salazar.

O bispo de Setúbal que inaugurou a estátua a Cerejeira comportou-se como o autarca de Santa Comba Dão com o museu à memória de Salazar. É a reabilitação da ditadura que está em curso, o branqueamento do fascismo e a homenagem ao tempo mais negro do século XX, em Portugal. Quando julgávamos que a Igreja, por pudor, esquecia o maior cúmplice da ditadura, há um bispo que nos lembra a matriz genética do salazarismo.

21 de Novembro, 2009 Carlos Esperança

Livros tóxicos

As civilizações não se chocam. Elas encontram-se, fundem, combinam, conversam entre si, e evoluem. O que colide na sociedade humana são a indiferença e os excessos de poder; e na natureza humana, com ou sem religião, há alguns que padecem deste mal.

Comentário: O que se choca é a civilização e a barbárie.

20 de Novembro, 2009 Ricardo Alves

O horror judaico