Loading

Categoria: Religiões

15 de Março, 2010 Carlos Esperança

Citações

«A única desculpa de Deus é que não existe» (Stendhal)

«Quem quiser ser cristão tem de arrancar os olhos à sua própria razão» (Lutero)

«A religião é vista pela gente comum como verdadeira, pelos sábios como falsa e pelos governantes como útil» (Séneca)

«Desde os tempos imemoriais que se sabe quão proveitosa nos tem sido esta fábula de Jesus Cristo» (Leão X, Papa, 1513/21). Carta dirigida ao cardeal Bembo, por João de Médicis que viria a ser proclamado papa com o nome de Leão X). In Mentiras Fundamentais… e a Desilusão de Deus.

“… a ideia perigosa de Darwin é um solvente universal, capaz de abrir caminho até ao cerne de tudo aquilo que vemos.”
Pág. 524, 1.ª Edição,  2001, “Temas e Debates”: ” A IDEIA PERIGOSA DE DARWIN”. Daniel Dennett” Darwin´s Dangerous idea”, 1995

Bento XI (1033/1045) nasceu em 1022. Foi Papa aos 11 anos.

14 de Março, 2010 Carlos Esperança

Sobre as religiões

As páginas do Corão apelam constantemente à destruição dos infiéis, da sua cultura e civilização, bem como dos judeus e cristãos (por esta ordem) em nome do mesmo Deus misericordioso que alimenta a imensa legião de clérigos e hordas de terroristas.

O assassínio do cineasta Theo van Gogh, as tentativas de homicídio de Salman Rushdie ou do dinamarquês Kurt Westergaard, autor de caricaturas de Maomé, são os casos mais mediáticos da demência islâmica que aterroriza a Europa e provocou os mais sangrentos actos de horror em Nova Iorque, Londres e Madrid, numa fúria selvagem contra tudo e todos os que consideram infiéis. O Islão não é, neste momento histórico, uma simples crença, é uma máquina de guerra totalitária de que é preciso proteger os povos.

Como entender que haja quem creia, e, pior, quem aceite impor a tolice criacionista nas escolas e que a Terra, apenas a Terra, nasceu no Sábado, 22 de Outubro de 4004 A.C., às seis horas da tarde – como infantilmente calculou o famoso arcebispo James Ussher de Armagh –, num universo que terá começado há cerca de 12 mil milhões de anos?

Com que cara fitaria hoje, cada um de nós, homens civilizados, a nossa mãe, a mulher, as nossas filhas ou as irmãs, se cumpríssemos a recomendação do Talmude – manual de maus costumes, como diria Saramago –, o livro sagrado mais antigo, em uso contínuo, que ordena ao crente que agradeça todos os dias ao criador por não o ter feito mulher?

É essa misoginia que observamos em Paulo de Tarso, judeu de cuja dissidência nasceu o cristianismo, quando expressava medo e desprezo pelas mulheres, que o A.T. afirmava terem sido criadas para uso e consolo do homem. Que demência pode justificar o medo primitivo de que metade da raça humana fosse simultaneamente suja e impura como atestam os textos religiosos?

13 de Março, 2010 Carlos Esperança

A loucura da fé

O que terá levado o Vaticano, o arcebispo de Cantuária e o rabino supremo de Israel a tomarem uma posição favorável ao aiatola Khomeini quando, na sua pia demência, condenou à morte Salman Rushdie pelo abominável crime de…ter escrito um livro?

Para as horrendas criaturas estava em causa um crime hediondo – a blasfémia –, um crime de sabor medieval que é um direito cívico de liberdade de expressão e o dever de abandonar uma religião – apostasia –, religião que no seu implacável proselitismo ameaça vergar o mundo, pela guerra, à vontade de Maomé. Os dignitários admitiram os assassinatos cometidos para cumprir a fatwa, e a vida dos tradutores, editores, livreiros e do próprio autor foram irrelevantes perante a fúria demente de quem julga ter rios de mel e dezenas de virgens, a título perpétuo, pela prática de um crime.

Não podemos deixar-nos iludir pelo aparente carácter benigno do cristianismo actual, confiantes de que a luta contra a tirania eclesiástica e os seus interditos foi ganha pelo Iluminismo, pela Revolução Francesa e pela secularização em curso na Europa. Não há vitórias definitivas. O Deuteronómio, que inspirou os inquisidores e não foi revogado, ordena explicitamente aos fiéis que matem qualquer pessoa que professe simpatia por deuses estrangeiros e exige ainda que as pessoas demasiado susceptíveis para tomar parte nas chacinas religiosas devem, também elas, ser mortas. (Ob. Citada 17:12-13).

A raiva e frustração árabe contra o Ocidente, que está na origem do terrorismo suicida e assassino, bem como do seu atraso económico, social e político, é consequência dos versículos do Corão que intoxicam e enlouquecem os crentes. Ler esse plágio grosseiro dos versículos bíblicos, imune à influência da cultura grega e do direito romano, mostra  a escassez da compaixão em detrimento da violência, a submissão humana à vontade do deus – o clemente – que um profeta analfabeto imaginou.

11 de Março, 2010 Carlos Esperança

Situação explosiva na Nigéria após massacre de cristãos

A pobreza e a ignorância ampliam a violência enquanto o tribalismo e a fé agravam a crueldade e o petróleo se torna maldição.

A Europa condói-se com uma única criança caucasiana que morre de acidente mas fica insensível perante centenas de crianças negras que todos os dias falecem em África, por doença, à fome, vítimas das lutas tribais e religiosas. Na Nigéria, o duelo religioso em curso mata homens, mulheres grávidas e crianças, mutilados à catanada ou queimados vivos, numa orgia sangrenta detonada por religiões que baniram os deuses autóctones.

Desta vez – dizem os sobreviventes e as autoridades locais – foram criadores de gado, nómadas muçulmanos da etnia fulani, que mataram cristãos sedentários da etnia berom.

Em África assiste-se à disputa entre o islão e um cristianismo radical. O islão, apoiado pela Arábia Saudita, medra nos países do Sahel (Senegal, Mali e Níger) e o cristianismo evangelista ganha terreno na África do Sul, Costa do Marfim, Benim e Libéria com a ajuda dos EUA e das grandes igrejas evangelistas. O cristianismo mais prosélito contra o mais fanático islamismo. Dois fascismos teocráticos em confronto.

(O Sahel é a região da África situada entre o deserto do Sahara e as terras mais férteis a sul). Normalmente, incluem-se no Sahel o Senegal, a Mauritânia, o Mali, o Burkina Faso, o Níger, a parte norte da Nigéria, o Chade, o Sudão, a Etiópia, a Eritreia, o Djibouti e a Somália. Por vezes, usa-se este termo para designar os países da África ocidental, para os quais existe um complexo sistema de estudo da precipitação. (Wikipédia).

Os EUA e a Europa, cujos dirigentes dependem dos votos religiosos, traíram a herança laica. Os primeiros esquecem a Constituição outorgada por quem fugiu aos horrores das guerras religiosas da Europa e que trata as religiões em pé de igualdade com as outras associações. Os europeus esquecem que a liberdade de que gozam só foi possível com a paz de Westfália que pôs fim à sangrenta Guerra dos Trinta Anos, em luta contra Roma.

À medida que a laicidade vai enfraquecendo, jorram com a violência da fé os conflitos provocados pelos que não se satisfazem com o deus que lhes coube e insistem em impô-lo aos outros.

A laicidade do Estado, sem tibiezas, é condição sine qua non para a preservação da paz mas as religiões gozam de direitos que lhes permitem semear o ódio e fazer a guerra impunemente.

10 de Março, 2010 Carlos Esperança

Alemanha – ICAR com as calças na mão

Depois da Irlanda é em torno da Igreja alemã que agora se faz luz sobre o assunto dos abusos sexuais, implicando padres, particularmente nos internatos dirigidos por ordens religiosas.

Leia mais …