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Categoria: Religiões

14 de Julho, 2010 Carlos Esperança

Artista denuncia censura

O Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, decidiu encerrar, um mês antes do previsto, uma instalação inspirada nas relações entre a Igreja Católica e o regime nazi. A direcção do monumento nacional diz que a exposição foi mal recebida pelos visitantes, o que motivou a medida, mas o artista que concebeu a obra fala num caso de censura.

Requiem by a young painter é uma obra do artista plástico Filipe Marques, feita em 2000, após a visita ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. Um conjunto de retratos de oficiais nazis, parcialmente destruídos, foi disposto em volta do retrato do Papa Pio XII.

Comentário: Tudo o que comprometa a  ICAR tem indignação avençada.

12 de Julho, 2010 Carlos Esperança

O Islão é pacífico

Grupo islâmico reivindica autoria de atentados no Uganda

O grupo somali al-Shabab reivindicou, esta segunda-feira, a autoria do duplo atentado que, na noite de domingo, matou, pelo menos, 74 pessoas em Kampala, capital do Uganda.

«A al-Shabab é responsável pelas duas explosões no Uganda. Agradecemos aos mujahedeens que executaram o ataque», afirmou Ali Mohamud Rage, porta-voz do grupo terrorista, citado pela BBC.

11 de Julho, 2010 Carlos Esperança

O Vaticano e a agenda reaccionária de Ratzinger

À semelhança do islão e do cristianismo evangélico, o catolicismo, sob a égide dos dois últimos pontífices, tem desenvolvido uma agenda ultra-conservadora com que pretende restaurar o obscurantismo a que condenou os países que reprimiu.

Desde o negócio dos milagres, à prática de exorcismos e às beatificações e canonizações de alguns bem-aventurados resgatados do opróbrio dos seus actos para as peanhas dos templos, com a designação de santos, tudo tem servido ao Vaticano para imbecilizar os mais crédulos e afastar os mais lúcidos.

Nesta caminhada beata as coisas começaram a correr mal, e cada vez pior, com os casos de pedofilia, que acontecem em qualquer instituição mas só as menos transparentes se esforçam por ocultar. O «Santo súbito», João Paulo II, de quem o marketing fez estrela pop e que gozava de credibilidade, acaba infamado, de nada lhe valendo o milagre que obrou. Protegeu pedófilos, ocultou os crimes e envolveu-se nas trafulhices bancárias do Banco Ambrosiano e, como já está documentado, no branqueamento de dinheiro do IOR, sem que o actual Papa possa negar os documentos publicados em Vaticano, S. A..

Mas a mais sórdida das vidas pertence ao fundador dos Legionários de Cristo, o padre Marcial Maciel que o Vaticano queria fazer rapidamente santo. JP2 nutria uma enorme ternura e uma ilimitada gratidão pelo dinheiro que recebia.

Ora, o padre Maciel era pederasta, ladrão e morfinómano, pecados que não o coibiriam de fazer dois milagres e virar santo. Vinte seminaristas violados eram um mero detalhe na vida de quem tinha conquistado um império para a ICAR, uma holding eclesiástica com 15 universidades e 48 mais, no México, para as classes populares, 177 colégios, 133 mil alunos, 20 mil empregados, 3.450 sacerdotes e religiosos e um milhar de consagradas (ramo feminino de religiosas sem hábito); um braço laico, Regnum Christi, com 75 mil membros divididos em células; e uma enorme quantidade de seminários, comunidades, institutos, casas de retiro e formação, acampamentos, clubes juvenis e de debate, órgãos de comunicação e imóveis em 45 países, entre os quais os que abrigam nove colégios, duas escolas infantis e uma universidade, em Espanha.

Não admira que o inefável e infalível JP2, na comemoração dos 60 anos sacerdotais do padre Maciel, o recebesse no Vaticano com estas palavras:  «A minha afectuosa saudação dirige-se antes de tudo ao querido padre Maciel, a quem de bom grado, acompanho com os meus mais cordiais desejos de um ministério sacerdotal cheio de dons do Espírito santo».

Azar! Não lhe bastavam os seminaristas para acalmar a concupiscência deste piedoso padre que pregava obsessivamente a castidade e a pobreza mas viaja sempre em classe executiva e frequentava hotéis de luxo. Abandonado pelo Espírito Santo, uma filha e a respectiva mãe, que os legionários de Cristo julgavam ser da família (e eram!!!) vieram complicar-lhe a canonização.

O nojo de uma vida de crápula vem hoje em «El País semanal» ao longo de uma dúzia de páginas, donde são retirados os dados deste artigo. Para felicidade de B16 as fortunas que foram extorquidas pelo padre Maciel pertencem à Legião de Cristo, holding de vício e crime que é propriedade da ICAR.

FONTE: Los legionarios se confiesan – El país semanal

9 de Julho, 2010 Carlos Esperança

As religiões do livro gostam de sangue

Sakineh Mohammadi Ashtiani

Continuarei a defender os crentes, o direito a expressarem a sua fé e a crerem nas coisas idiotas com que os clérigos e os livros santos os intoxicam.

Não condeno quem julga a água benta diferente da outra ou a hóstia consagrada com características distintas das rodelas de pão ázimo; quem julga que deus se baba de gozo a observar os crentes a viajarem de joelhos e espreita pela fechadura dos quartos para saber se um casal se move pela lascívia ou pelo desejo honesto da procriação; quem suborna um santo para curar uma moléstia ou encontrar um emprego; quem jura que o mundo foi criado por Deus e que as tolices que lhe ensinam na catequese são a mais límpida vontade de Deus e a mais pura das verdades.

O que não devo tolerar é a demência misógina das religiões do livro que vêem a mulher como encarnação do mal e um ser inferior ao homem. O que não posso aceitar é que em nome de um livro bárbaro, da Idade do Bronze, perdurem crimes e penas que aviltam o género humano e destroem a civilização.

Em nome dos bons costumes e da paranóia de um deus que, se existisse, merecia cadeia, não podemos deixar morrer, com sida, milhões de seres humanos porque deus embirrou com o látex. Em nome de valores idênticos, que o Iluminismo sepultou, não podemos permitir a morte Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, que, após 99 chicotadas, confessou o crime de adultério.

Segundo o profeta, que todos os hipócritas e cobardes dizem que tenho a obrigação de respeitar, essa mulher deve ser enterrada na areia, com a cabeça de fora, enquanto as pedras, arremessadas por crentes, lhe desfazem lentamente o rosto, com a luz dos olhos a extinguir-se lentamente, num martírio atroz.

Parece que a pressão internacional levou, desta vez, o Líder Supremo do Irão, ayatollah Ali Khamenei, a conceder um acto de misericórdia: substituir a lenta agonia das pedras pelo enforcamento.

Diz o jornalista Ferreira Fernandes, num desolado sarcasmo: « Irão sai (num caso) da Idade da Pedra».

Querem que me cale, que diga que Deus é grande e que os profetas são honrados? Vão para o raio que os parta. Ainda não há melhor justiça do que a dos homens civilizados. Deus é infinitamente pior. Tal como os bandos que lhe satisfazem as vontades.

7 de Julho, 2010 Carlos Esperança

Bélgica – Caso Dutroux e ICAR

Caso Dutroux:

Que faziam as fotos das vítimas no seio da Igreja católica belga?

O assunto causa grande burburinho, neste momento, na Bélgica. Depois do fim de Junho a polícia investiga ao próprio sede da Igreja católica sobre assuntos de pedofilia.

O antigo primaz da Igreja belga, cardeal Godfried Danneels, foi ouvido ontem como testemunha em presumíveis casos de abusos sexuais cometidos por padres.

Este cardeal já havia sido acusado de ter tido conhecimento de abusos sexuais e de nada ter feito para lhes pôr termo.