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Categoria: Religiões

22 de Julho, 2010 Fernandes

A Igreja e a Guerra Civil Espanhola

Em Setembro de 1936 a Igreja Católica em Espanha, faz aprovar uma lei que obriga à separação dos sexos no ensino, e estabelece que nas escolas primárias, os directores não podem permitir obras cujo conteúdo não corresponda aos “saudáveis princípios da Religião e Moral Cristã». Decretam a “obrigatoriedade” do estudo da Religião e História Sagrada no ensino primário, passando depois em regime definitivo para as escolas secundárias e ensino superior. Nas universidades, havia ainda, semanalmente, uma conferência sobre temas fundamentais da Cultura Religiosa.

Em 1937 restauram-se as grandes festas litúrgicas, reconhece-se – sobre uma absurda ficção sem a menor base histórica – São Tiago como patrono de Espanha, decreta-se feriado o dia da Imaculada Concepção, e decreta-se que a figura da “Virgem” seja colocada em todas as escolas para que professores e alunos a “invoquem” diariamente.

Ao mesmo tempo oficializam-se os grandes cultos de Santos e reconstroem-se todas as Basílicas, Catedrais e Templos com dinheiros públicos. Em Março de 1938 é suspensa a aplicação da lei do direito ao divórcio, com o argumento de que o casamento católico é o único válido capaz de acabar com o sectarismo da Republica.

Nesse mesmo ano é erradicado o laicismo da vida pública, e é promulgado o “Fuero de los Espanholes” com o objectivo de reavivar a “Tradição Católica”. Em Maio restabelece-se com júbilo, a Companhia de Jesus, e em Setembro tem lugar o que de mais nefasto aconteceu, com repercussões na sociedade espanhola democrática; a aprovação da lei do ensino secundário, de estrita “Orientação Confessional”.

Rezava assim:

«O catolicismo é o fundamento, a medula de Espanha. Não se pode prescindir de uma sólida educação religiosa sem que esta contemple o Catecismo, o Evangelho, a Moral, a Liturgia, a História da Igreja e a correspondente Apologética; completada com noções de Filosofia e História da Filosofia, pois a verdadeira Espanha sempre defendeu a verdadeira civilização, ou seja, a civilização cristã.»

Seguidamente, é alterada a constituição e adaptada aos interesses da Igreja, o que permite que vários altos prelados, façam parte do órgão máximo legislativo, que fazem aprovar a lei que decreta que a Igreja Católica goza da protecção Oficial do Estado, não sendo permitidas cerimónias ou manifestações externas de qualquer outro culto religioso.

Assim a “Ley de Sucesíon en la Jefatura del Estado” de Julho de 1947 define:

1º artigo: Espanha como unidade política, é um Estado Católico[…].

2º O exercício de estado corresponde ao Caudillho de Espanha e da Cruzada[…].

O 3º artigo cria um conselho com dezassete membros com representação eclesiástica, que estabelece que, para se ser Rei, tem que “obrigatoriamente” professar a religião católica.

Ainda a “Lei de princípios Fundamentais” do Movimento Nacional de Maio de 1958 dizia que: «A nação espanhola considera ser uma honra o acatamento da lei de Deus, segundo a Igreja Católica, Apostólica, Romana, única e verdadeira, que inspirará a sua legislação na fé, inseparável da consciência nacional».

A lei de imprensa de 1957 concedia um estatuto de privilégio às publicações da Igreja, independente das leis do estado. O monopólio ideológico da religião católica permitiu a aprovação de leis como a “Lei de Repressão do Comunismo e Maçonaria”, onde a intolerância, o ódio e a satanização, tão caras à Igreja Católica, atingiram o seu máximo esplendor.

Em Março de 1939 são aprovadas várias leis que atribuem importantíssimos favores e “dádivas” de toda a espécie a par de muitos benefícios fiscais, e avultadas subvenções ao mantimento do culto e do clero. Subvenções de centros de docência que pronto obtêm reconhecimento oficial como; escolas, edifícios, bibliotecas, etc. Além de toda a franquia postal.

No ensino; vital para a reprodução “mecânica” social da igreja; esta arroga-se única usufrutuária dos poderes públicos conseguindo uma hegemonia sem rival, os colégios e as ordens religiosas alcançam o máximo domínio possível nesse campo, aumentando substancialmente o seu negócio e manipulando sem obstáculos a mente das classes médias e altas, ao mesmo tempo que provocavam a depauperação das escolas oficiais do estado.

O ensino universitário, impulsionado pela Igreja com dinheiros públicos e com a protecção oficial do estado, fica igualmente refém dos braços tentaculares da Igreja. Basta recordar que a “Ley de Ordenación de la Universidad Española”, de Julho de 1942 dispunha no seu 3º artigo:

«A universidade , inspirando-se nos princípios católicos […] orientará o seu ensino de acordo com o dogma e a moral católica, e de acordo com as normas do Direito Canónico vigente».

O artigo 9º completava: «O estado reconhece à Igreja Católica em matéria universitária, os seus direitos, conformes com os dos Sagrados Cânones».

Foram quarenta anos de doutrinamento católico no sistema de ensino, que continua a receber a protecção dos actuais poderes políticos através do reconhecimento de habilitações e títulos, e por estranho que pareça, continuam a ser subvencionados economicamente com dinheiros públicos.

Há que reconhecer que a Igreja não é hoje uma sombra do que foi no passado, devido à quebra de confiança que inspirou nas novas gerações de jovens, e pela saturação de mitos inverosímeis com que ainda se enroupa, sustentados apenas pela obediência cega e mimética, e pela ignorância generalizada.

*Fonte: Ojea, Gonzalo Puente,- Elogio del Ateísmo.

21 de Julho, 2010 Ricardo Alves

Réplica ao ateísmo «religiosamente correcto»

Há quem, sendo descrente, fique incomodado com a crítica da religião. E que não suporte que se fale do Islão com a mesma ausência de pruridos com que se fala do catolicismo. Mas, que eu saiba, o cristianismo não se resume, nem é caracterizado, por António Vieira, Leonardo da Vinci e os quakers. E para criticar o Ratzinger não temos que ressalvar estes últimos.

21 de Julho, 2010 Fernandes

A Igreja e a Guerra Civil Espanhola

Freud não definia a religião como uma mera ilusão, mas como aquela forma de ilusão que satisfaz as exigências do sujeito, ou seja, como uma forma “interessada” da projecção do ego. Não deve pois surpreender-nos que no enorme leque humano que povoa as múltiplas moradas da Igreja, se encontrem indivíduos de boa fé que crêem encarnar a autêntica comunidade eclesial, que eles imputam ao “verdadeiro” Cristo. A estes crentes há que explicar-lhes que, o Nazareno não conheceu nem desejou a existência de Igreja alguma.

A Igreja é mestra na arte da “indução” à conspiração através de um extenso reportório de instrumentos de manipulação das consciências, começando pelo confessionário. A cumplicidade da Igreja Católica na guerra fratricida de 1936-39 em Espanha, foi total. 

Em 23 de Agosto de 1936, o bispo de Pamplona, Monsenhor Olaechea, declarava: «Não levamos a cabo somente uma guerra senão também uma cruzada». Havia-se encontrado a palavra “reveladora!”… o bispo de Segóvia foi um dos primeiros em manifestar a sua total adesão ao «movimento salvador»,” salvação e cruzada”, termos que a partir de então, serão o “selo eclesiástico” legitimador da matança.

Em Setembro de 1936, o Bispo de Salamanca, E. Pla y Deniel, na sua carta pastoral “As duas cidades”, estabelece o paralelo das duas “civitates” agostinianas com a ”Espanha legal” e a “Espanha insurrecta”. Em Toledo uma carta de I. Gomá, Primado de Espanha, termina com as seguintes palavras: «Governantes!, praticai o catolicismo se quereis fazer a pátria grande […] que nenhuma lei, nenhuma instituição, nenhum jornal, nenhuma opinião seja contra Deus e a sua Igreja em Espanha». Em Março do mesmo ano, o Arcebispo de Valladolid qualificava aquela guerra como «a mais santa de todos os séculos»; em Outubro, o Bispo de Granada afirmava: «encontramo-nos de novo em Lepanto», enquanto que uns meses depois o Arcebispo de Córdova valorizava aquela guerra entre irmãos como «a cruzada mais heróica que a história registava». E para terminar esta breve antologia, citemos o Bispo de Tuy: «não é uma guerra civil mas sim uma cruzada patriótica e religiosa». Do Bispo de Tenerife saiu a sentença: «De todas as guerras legítimas e santas registadas na história, nenhuma é mais legítima e mais santa do que esta».

O tema da Recristianização de Espanha havia-se apoderado obsessivamente da Igreja, do mesmo modo que, com a mesma crispação proselitista, o Papa Wojtyla lança a “Recristianização da Europa” . Ratzinguer na recente visita a Portugal fez questão de o reafirmar, como se de uma declaração de guerra se tratasse.

Um grupo de intelectuais da “Acção Católica Espanhola” acompanhados por outros sectores da imprensa católica, já haviam preparado o desígnio do Nacional Catolicismo como Modelo-Hispano da “Verdade Católica”. O Nacional Catolicismo não nasce da guerra civil, apenas a usa para explicar a sua natureza e dinâmica. À semelhança do que hoje é propalado pela mesma Igreja acerca dos conflitos que vivemos, também na altura afirmava ser o NC, o único capaz de “reconhecer e interpretar” tudo quanto acontecia, e capaz de “reconduzir” os factos dentro de uma visão coerente. «Só o NC está em situação de unificar as forças sociais e políticas que se encontram próximas de Franco», – afirmavam.

O NC corresponde à vontade indefectível da Igreja Católica para jogar um papel hegemónico incontestável em Espanha. O mesmo foi alcançado em termos ideológicos e em termos de poder de facto. A sua função repressiva manifesta-se na “obrigatoriedade” dos certificados de “boa conduta” que os párocos emitiam aos cidadãos para a sua apresentação às autoridades políticas nas zonas conquistadas, a fim de “depurar” a quantos haviam colaborado com os “vermelhos”. Esta colaboração abarcava não só actos, mas também ideias. Não é preciso referir que um certificado negativo passado pelo pároco, na melhor das hipóteses dava direito a prisão, mas geralmente a morte.

*Fonte: Ojea, Gonzalo Puente. – Elogio del Ateísmo.

21 de Julho, 2010 Carlos Esperança

Papa e Patriarca russo unidos contra protestantes

A ocasião desse pronunciamento foi numa colectiva realizada em Moscovo, ontem, véspera da viagem oficial do Patriarca de Moscovo e de Todas as Rússias à Ucrânia, de 20 a 28 deste mês. Segundo o jornal Vaticano, L’Osservatore Romano, o patriarca de Moscovo reiterou o mesmo ponto de vista com o Santo Padre, em especial sobre a defesa dos valores comuns.

Sobre muitas questões públicas e morais – afirma o jornal da Santa Sé – a visão de Bento XVI coincide totalmente com a da Igreja Ortodoxa Russa. Isso oferece a oportunidade para promover os valores cristãos em sintonia com a Igreja Católica, sobretudo nas organizações e nos encontros internacionais.”

20 de Julho, 2010 Carlos Esperança

Mourinho e o bruxo queniano

O bruxo queniano Mzee Makthub, num excelente golpe publicitário que o fez saltar para a comunicação social internacional, afirmou que o treinador lhe tinha pedido ajuda para triunfar no Real Madrid.

Quem se distinguiu pelo seu trabalho e competência profissional e se tornou celebridade mundial, não pode dar importância a um bruxo. É bem pior processá-lo do que ignorá-lo, pior a emenda do que o soneto.

Mas admitamos que Mourinho é demasiado sensível ao obscurantismo e nutre particular aversão ao mundo esotérico de bruxos, quiromantes e outros primatas de virtude. Nesse caso é natural que processe o impostor para o desmascarar, para o expor ao ridículo dos simples que ele engana e dos crédulos a quem extorque o óbolo.

Mas surpreende que Mourinho, homem inteligente, não se limite a invocar a dignidade profissional posta em causa por uma improvável consulta a um bruxo e acrescente a fé católica como igualmente ferida.

O segundo argumento é claramente contraproducente. Santo Agostinho acreditava que as bruxas eram o produto das uniões proibidas entre sedutores demoníacos de mulheres, os íncubos, tal como a maioria das pessoas da antiguidade clássica ou da Idade Média. *

Nem o facto de as freiras verem, num estado de confusão, semelhanças entre o íncubo e o padre confessor ou o bispo e que ao acordarem se sentiam conspurcadas como se se tivessem misturado com um homem, como escreveu um cronista do século XV, nem isso, levava o Santo Doutor, a pôr em dúvida uma crença que foi comum à maioria das pessoas da antiguidade clássica ou da Idade Média.

Mourinho, para além de ter de provar em tribunal que não foi ao bruxo, o que é fácil, terá de demonstrar que é impossível a um bruxo ajudar um treinador não o sendo a D. Nuno curar o olho esquerdo da D. Guilhermina de Jesus, aos pastorinhos desentrevarem a D. Emília dos Santos, ou à Irmã Lúcia prever a agressão a um homem vestido de branco (ou com vestido branco) – João Paulo II.

Em milagres e premonições, os católicos deviam ser mais prudentes pois falta-lhes autoridade para descrer de bruxas (normalmente, uma especialidade atribuída pela Igreja a mulheres). Se não existissem não teriam sido queimadas pela Santa Inquisição.

* (Carl Sagan, no seu livro «Um mundo infestado de demónios», pág. 126)

19 de Julho, 2010 Carlos Esperança

Momento zen de segunda_19-07-2010

João César das Neves (JCN) tem pela Associação para o Planeamento Familiar (APF) o horror que Maomé nutre pelo toucinho e pelas aulas de educação sexual a aversão dos talibãs pelos infiéis. Não reconhece a acção meritória da APF na prevenção de gravidezes indesejadas e de doenças sexualmente transmissíveis.

Por muito que sofra JCN a reprodução humana faz-se pelo método tradicional e está de tal modo popularizado que não é fácil substituí-lo pela inseminação artificial, como se tornou prática corrente na veterinária.

Na sua homilia de hoje «Uma questão de educação», no DN, JCN apelida a APF de “guardiã nacional da ortodoxia erótica” e, mais uma vez se bate, por caminhos ínvios, contra a educação sexual nas escolas. Nem a tragédia da SIDA o demove dos seus conceitos fundamentalistas.

A defesa da família, como única entidade idónea para ministrar a educação sexual, é um álibi para a banir da escola. Para JCN a sexualidade é um erro da natureza que aliou o prazer à prossecução da espécie. O bem-aventurado considera que o pudor devia impor silêncio sobre tudo o que respeite à sexualidade, mas a prudência manda o contrário.

A estranha obsessão de JCN pelo sexo, mantida ao longo dos anos, expõe o militante ao ridículo. Para ele a moral sexual é a que os padres definem e o exemplo a seguir o que é praticado pelo Vaticano, por sinal o único Estado do mundo onde a reprodução é oficialmente proibida.

19 de Julho, 2010 Carlos Esperança

O Islão é demência adquirida

O Islão é uma cópia grosseira do cristianismo sem a influência da cultura helénica e do direito romano. É a crença inspirada no Corão, um livro medonho que a tradição atribui ao arcanjo Gabriel que o ditou em árabe a um pastor analfabeto e rico, entre Medina e Meca, ao longo de duas décadas.

Reflexo de sociedades tribais e de poder patriarcal, o islamismo exerce o poder, todo o poder, em numerosos países, sendo responsável pela violência que aí se pratica e pelos crimes que o clero exerce em nome de Deus, o beneficente, o misericordioso.

O mais implacável monoteísmo só exige crer em Deus, o beneficente, o misericordioso, rezar cinco orações diárias virado para Meca, dar esmolas, fazer jejum no mês do Ramadão e, se possível, ir em peregrinação a Meca, uma vez na vida. Com estes cinco pilares da fé qualquer crente tem um lugar garantido no Paraíso.

O fracasso da civilização árabe e a pobreza dos povos submetidos à violência de Deus, o beneficente, o misericordioso, tem exacerbado a fé e aumentado a influência religiosa. A sharia é o reflexo da tragédia dos povos vergados à vontade de Deus, o beneficente, o misericordioso, um arremedo de direito que condiciona todos os momentos e actos das vítimas da crença. Uma muçulmano não tem direito à apostasia, só à pena de morte por abandonar o beneficente, o misericordioso.

Nem todas as patifarias do direito islâmico, de natureza teocrática, resultam do Corão e dos seus versículos. Os interesses políticos podem tornar ainda mais cruel a vontade do Profeta que tem a particularidade de ser o último (o primeiro foi Adão) e de não poder haver outro, depois, nem qualquer possibilidade de Deus voltar a falar.

É com esta fé esquizofrénica que vários povos aplicam a sharia. A excisão do clítoris, a amputação de membros, a lapidação de mulheres, chicotadas públicas e outras torturas, são penas habituais onde a forca e a decapitação são as formas mais expeditas e menos cruéis de assassínio legal.

O Irão, a Mauritânia, o Sudão, o Iémen, a Arábia Saudita, a Nigéria e a Somália aplicam também a pena de morte à homossexualidade, abominação que os monoteísmos odeiam.

Nas madraças e mesquitas fanatizam-se crianças e instila-se o ódio à modernidade  e ao livre-pensamento e os europeus, que reprimiram o seu clero para poderem ser livres, são benevolentes com a barbárie sob a pretexto do multiculturalismo e o álibi da tradição. A Europa, secularizada, é vítima do proselitismo religioso de que não sabe defender-se, com uma esquerda demasiado cobarde e incapaz da lucidez para avaliar a malignidade intrínseca das religiões e uma direita xenófoba com a obsessão do mito da identidade nacional.

Espero que as associações ateístas que surgem entre europeus ex-muçulmanos possam ser a chave para a solução dos países infectados pala alienação islâmica. É com elas que devemos aprender a lidar com a intolerância e a combatê-la dentro dos limites do Estado de direito e no respeito pelas liberdades, direitos e garantias dos cidadãos.

15 de Julho, 2010 Carlos Esperança

Nem o sobrinho poupou…

A vítima do ex-bispo de bruges, que renunciou em Abril após admitir ter abusado de um menino “do seu entorno próximo” , é na verdade o próprio sobrinho do religioso, segundo reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal “New York Times”. O caso – que, pela primeira vez levou um bispo europeu a deixar o cargo por pedofilia – abriu as portas para centenas de denúncias envolvendo a Igreja Católica belga: em apenas dois meses, cerca de 500 denúncias, a maioria de homens, foram registradas.

O sobrinho, que hoje tem cerca de 40 anos, mas não teve sua identidade revelada, sofreu abusos do bispo, Roger Vangheluwe, dos 10 aos 18 anos. Durante 25 anos, a vítima reuniu documentos e entrevistas para provar suas alegações e tentou fazer com que a Igreja belga tomasse providências em relação às suas acusações, de acordo com um padre aposentado, Rik Devillé.