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Categoria: Religiões

27 de Agosto, 2010 Carlos Esperança

Nem tudo é o que parece …

Papa lembra o “inestimável dom” de Madre Teresa

Cidade do Vaticano, 26 ago (EFE).- O papa Bento XVI lembrou em mensagem a “inestimável dádiva” que a madre Teresa de Calcutá foi para a Igreja e o mundo; se estivesse viva, a freira completaria 100 anos nesta quinta.

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Por

CSF

MADRE TERESA DE CALCUTÁ – INFORMADORA DA PIDE

Agnes Gonxha Bojaxhiu, nasceu em 26 de Agosto de 1910, em Skopje, na Macedônia, filha de pais albaneses, numa família de três filhos, sendo duas raparigas e um rapaz.

Aos 12 anos, decidiu fazer-se missionária, por influência jesuíta.

Aos 18 entrou na congregação das Irmãs do Loreto que trabalhava em Bengala.

De Dublin foi enviada para a Índia em 1931 para iniciar seu noviciado em Darjeeling no colégio das Irmãs de Calcutá com o nome de “Teresa”..

De Darjeeling passou para Calcutá, onde exerceu, durante os anos 30 e 40, a docência em Geografia no colégio bengalês de Sta Mary, também pertencente à congregação de Nossa Senhora do Loreto.

Fez a profissão perpétua a 24 de Maio de 1937.

Com a partida do colégio, tirou um curso rápido de enfermagem.

Em 1946, decidiu reformular a sua trajetória de vida. Dois anos depois deixou de ser monja e criou a sua Ordem – As Missionárias da Caridade, uma nova congregação de caridade, para ensinar crianças pobres a ler. Passou a ensinar o alfabeto, as regras de higiene. Além disso, angariava donativos.

Naturalizou-se indiana no dia 21 de Dezembro de 1948.

A partir de 1950 começou a apoior os doentes com lepra.

Ao primeiro lar infantil ou “Sishi Bavan” (Casa da Esperança), fundada em 1952, juntou-se o “Lar dos Moribundos”, em Kalighat.

A sua crise espiritual começou nos anos 50, logo após a fundação da ordem das Missionárias da Caridade adoptando então por uma posição agnóstica.

Madre Teresa de Calcutá foi informadora da PIDE/DGS, relatando e descrevendo a situação vivida nos antigos territórios portugueses na Índia, através de cartas regularmente enviadas a Abílio Pires. Este ex-inspector confirmou-o em declarações a um semanário português em 1997 (não acredito muito em agentes da PIDE…).

Em 1965, o papa Paulo VI organizou a expansão da congregação com o nome de Congregação Missionárias da Caridade a outros países como Albânia, Rússia, Cuba, Canadá, Palestina, Bangladesh, Austrália, Estados Unidos da América, Ceilão, Itália, antiga União Soviética, China, etc. e neles estabeleceu entre 1968 e 1989 centros de apoio a leprosos, velhos, cegos e doentes com HIV, escolas, orfanatos e trabalhos de reabilitação com presidiários.

Recebeu o Templeton Prize, em 1973, e o Nobel da Paz, no dia 17 de Outubro de 1979.

Morreu em 1997 aos 87 anos, de ataque cardíaco.

Tratado como um funeral de Estado, vários foram os representantes do mundo que quiseram estar presentes para prestar a sua homenagem.

As televisões do mundo inteiro transmitiram ao vivo durante uma semana, a cerimónia no estádio Netaji.

26 de Agosto, 2010 Carlos Esperança

C O N V I T E

A pior lei dos homens é melhor do que a de Deus.

25 de Agosto, 2010 Carlos Esperança

Polícias ocultaram provas sobre padre terrorista

Igreja Católica e Estado britânico impediram o interrogatório de um clérigo suspeito de um brutal atentado em 1972

Um relatório ontem divulgado em Belfast conclui que a investigação policial de um dos piores atentados na Irlanda do Norte ocultou provas do possível envolvimento de um padre católico. O caso remonta a Julho de 1972, com a explosão de três carros armadilhados em Claudy, perto de Londonderry.

24 de Agosto, 2010 Carlos Esperança

Momento zen de segunda 23_08_2010

João César das Neves (JCN), a versão mais masculina da Aura Miguel, está para o Papa como as beatas para a Senhora de Fátima. A homilia de ontem, com o título – «O que fica» –, é uma hossana em louvor do Papa de turno, que se esforça por devolver a Igreja ao concílio de Trento, com a ajuda do Opus Dei, Legionários de Cristo e da Fraternidade Sacerdotal de S. Pio X, formações que rivalizam no carácter anti-semita e fascizante.

Para JCN, o «professor Joseph Ratzinger» (sic), tão modesto, tinha planeado uma vida pacata de académico e estudioso, projecto que dois papas se encarregaram de lhe frustrar com mitra, báculo, barrete cardinalício e púrpura, até lhe cair sobre as orelhas um obsoleto camauro. Só quem não conheça a personalidade do actual pontífice, a sua ânsia de poder e a forma como conduziu a sucessão do antecessor, poderia acreditar em tão pio desígnio do Espírito Santo a reservar-lhe o sólio pontifício.

JCN apelida Ratzinger de «um dos maiores teólogos da Igreja Católica» não reparando que a teologia é a única ciência sem método nem objecto e que se há um algo em que se possa basear para o avaliar, para além da pertença à juventude hitleriana, é a facilidade com que sente o odor a milagre nos bem-aventurados que interessa à ICAR canonizar.

Para o fervoroso devoto, o Papa, para além de ser o paradigma da virtude, é o mestre da palavra divina. Fica extasiado com estas ideias pueris: O amor, o conhecimento; o gesto capaz de tocar o coração; a palavra que abre a alma à alegria do Senhor. Aquilo que ficou na alma daqueles com quem passámos o nosso tempo, é isso que o tempo não leva. E termina a sua homilia, citando a do líder espiritual nas exéquias fúnebres de João Paulo II, desta forma sedutora:

“Então, vamos e peçamos ao Senhor que nos ajude a levar fruto, um fruto que permaneça. Só assim a terra se transforma de vale de lágrimas em jardim de Deus”. No dia seguinte a pronunciar estas palavras, o seu autor era Papa.

Assim, para gáudio de JCN, mantêm-se a teologia do látex, o encobrimento de crimes graves, a manutenção do Banco do Vaticano (IOR), offshore de todas as lavagens de dinheiro, e as posições mais obscurantistas e reaccionárias contra a pílula, o planeamento familiar e a saúde materna.

Ateo gratias.

22 de Agosto, 2010 Carlos Esperança

Preso por dizer missa …

Falso padre alemão é preso pela 2ª vez em Salvador

O alemão Wolfgang Schuler foi detido em Salvador acusado de falsidade ideológica. Schuler passava-se por integrante da Igreja Católica. Às vezes dizia ser padre, em outras, arcebispo polaco, ou ainda alto funcionário do Vaticano que investiga crimes cometidos por padres. Ele chegou a celebrar missas e hospedar-se em mosteiros na capital baiana.

20 de Agosto, 2010 Carlos Esperança

A religião e os transplantes

Há 56 anos um cirurgião americano, Joseph Murrey, realizou o primeiro transplante humano – um rim doado por um irmão gémeo a outro que estava a morrer de doença renal. A generosidade fraternal foi compensada com mais de 8 anos de vida do irmão transplantado que constituiu família e gerou duas filhas.

Os crentes mais devotos de então consideraram que se tratou de uma profanação do corpo e que os médicos interferiram numa prerrogativa de Deus. Nesse dia os homens deram mais um pequeno passo para a sua emancipação e Deus um enorme trambolhão para o seu descrédito.

O êxito da operação foi também uma vitória sobre a omnipotência e a omnisciência divina cuja credibilidade sofreu um rude golpe. E, a partir daí, milhares e milhares de vidas puderam ser prolongadas graças à ciência.

Para os que acreditam na vida eterna e na ressurreição da carne, deve perturbar-lhes as meninges, no caso de as terem, o que acontecerá no vale de Josafat (entre Jerusalém e o monte das Oliveiras), no dia do Juízo Final. O Deus deles, cruel e medonho, lá estará a julgar os vivos e os mortos, perante uma enorme confusão em que aos problemas logísticos se junta a berraria de quem pede a devolução do fígado,  dos milhares que reclamam os rins próprios, daqueles que exigem de volta o coração ou procuram o esqueleto dividido por centenas de próteses após o acidente rodoviário.

Deus começa a ter problemas complicados. O melhor é desistir dessa ideia maluca da ressurreição e manter-se na clandestinidade a que se remeteu após o género humano ter decidido pensar.

19 de Agosto, 2010 Carlos Esperança

Deferência e cumplicidade com as crenças

Nenhum credo tem o monopólio da violência e da crueldade, mas só a repressão política sobre as crenças irracionais, que a fé perpetua, conseguiu erradicar o tormento que a «vontade divina» infligiu, desde sempre, aos povos dominados pelo clero das diversas religiões.

Não foi a bondade das crenças ou a dos seus zeladores que contribuiu para abolir o esclavagismo, a tortura, a pena de morte, a discriminação da mulher, os autos-de-fé e muitas outras tradições que causaram indizível sofrimento ao longo dos séculos.

As cruzadas, a jihad e o sionismo não são tragédias devidas à má interpretação de textos ditos sangrados, foram e são a dolorosa consequência de serem levados a sério.

A crença hindu de que o casamento de uma viúva é um acto abominável e de que devia acompanhar o defunto para a pira funerária, desafiando a lei, aumentam um intolerável sofrimento à desgraça da divisão em castas e ao carácter sagrado das vacas.

A lapidação de um casal de alegados adúlteros, no Afeganistão, acrescenta, à tragédia que representa a retoma do poder pelos talibãs, o recrudescimento de crenças que a dignidade humana e a liberdade individual não podem consentir.

Este caso não é um acto bárbaro isolado, faz parte dos códigos morais e da tradição de países como a Arábia Saudita, Nigéria, Sudão, Somália, Iémen, Iraque, Paquistão e outros. É um hábito milenar em diversos países islâmicos, praticado em público, para gáudio das multidões. São vários os países, desde o Egipto à Turquia, onde vastos sectores da opinião pública anseiam pelo restabelecimento da sharia com a mesma desvairada fé e incontido júbilo com que os cristãos queimavam bruxas e hereges.

Pio IX afirmou que a religião era incompatível com a liberdade e o livre-pensamento, tal como pensam hoje mullahs, aiatolas e, quiçá, o seu actual sucessor, mas o mundo não pode ficar á mercê do deus que o clero quer impor contra a herança do Iluminismo.