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Categoria: Religiões

2 de Março, 2011 Carlos Esperança

Defesa da liberdade religiosa paga com a vida

Paquistão: Ministro que criticou «lei da blasfémia» assassinado em Islamabad

Vaticano lamenta a morte do político católico e fala em «urgência da defesa da liberdade religiosa»

Lisboa, 02 Mar (Ecclesia) – O ministro paquistanês para as Minorias Étnicas foi hoje assassinado na capital Islamabad, um evento que o Vaticano já classificou como mais um atentado à liberdade religiosa.

Comentário: A blasfémia é um mero direito à liberdade de expressão.

27 de Fevereiro, 2011 Ricardo Alves

Al-Qaradawi, o clérigo que quer levar a revolução egípcia da praça Tahrir para a mesquita

Na primeira sexta-feira depois da queda de Mubarak, uma imensa manifestação celebratória teve lugar na praça Tahrir. Apenas a um homem foi dado o privilégio de se dirigir à multidão: Yusuf Al-Qaradawi, cheique sunita, recém-chegado de três décadas de exílio no Golfo Pérsico.

Registe-se que nesse dia não foi permitido que falasse Wael Ghonim, um dos jovens que mais simboliza a juventude egípcia mobilizada através da internete, e que aliás estivera detido de 27 de Janeiro a 9 de Fevereiro. Não: Al-Qaradawi controlava a praça.

A sua popularidade resulta, em boa medida, do programa televisivo «A chária e a vida», difundido a partir do Catar pela Al-Jazira há quinze anos (todos os domingos). As suas posições extremistas são elucidativas: defende o bombismo suicida na Palestina, a mutilação genital feminina (e a masculina, claro), punições para homossexuais e adultério, o assassinato de Salman Rushdie, e o extermínio dos judeus. Embora elogie frequentemente a Irmandade Muçulmana, já não é membro, e até se deu ao luxo de recusar liderá-la em duas ocasiões, a última das quais em 2004.

Os militares que se desembaraçaram do seu semi-fantoche Mubarak ainda não mostraram se apoiarão os jovens revolucionários  por enquanto sem partido ou os islamistas da Irmandade Muçulmana. Há quem preveja que Al-Qaradawi será para o Egipto o que Khomeini foi para o Irão. Porém, 2011 não é 1979, e a história não se repete. Mas convém manter este homem debaixo de olho.

[Esquerda Republicana/Diário Ateísta]

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27 de Fevereiro, 2011 Carlos Esperança

O Núncio Apostólico é um homem de fé !

Fé cristã dos portugueses permanece firme

O núncio apostólico em Lisboa disse ontem que apesar «dos ventos da história, no âmago do seu sentir, a energia da fé cristã ainda pulsa» no nosso país. D. Rino Passigato falava na apresentação de cumprimentos de Ano Novo pelo Corpo Diplomático acreditado em Portugal ao presidente da República.
23 de Fevereiro, 2011 Carlos Esperança

A ICAR e a moral_1

Tenho para mim que a «moral» é a ciência dos costumes e que a humanidade, no seu progresso constante, se tem tornado mais exigente e justa à medida que a diversidade se afirma, a instrução se democratiza e as religiões recuam.

A Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR), frequentemente referida no Diário Ateísta, está longe de ser a pior. Infelizmente. Apenas conseguiu ser a pior de Portugal durante oito séculos e meio por não ter deixado medrar outras.

Até se compreende que a ICAR, como fenómeno empresarial de sucesso, perdidas as armas repressivas, desabituada da tortura e esquecidos os autos de fé, procure a via legal, ganhando na secretaria, com o Estado, o que perdeu com a deserção dos créus.

Em Portugal, o ultraje à liberdade e à igualdade de todas as crenças tem origem na Concordata negociada nas alfurjas do poder por prelados sonsos e governantes pios. Sempre que se concedem privilégios alguém ganha e alguém perde e a Concordata é a capitulação do Estado, dito laico, perante a última teocracia europeia – o Vaticano.

A ICAR gosta de apresentar-se como defensora da moral e dos bons costumes, apesar da sordidez do seu passado e das misérias do presente. Nos últimos tempos o divórcio, o aborto, a eutanásia e os casamentos homossexuais fazem parte da sanha persecutória da última ditadura europeia.

O Vaticano esqueceu a facilidade com que no passado anulou casamentos em que único obstáculo era o custo da decisão, só ao alcance dos muito ricos.

Mas há um episódio interessante da nossa História que convém lembrar. A Igreja que se baseia na Bíblia, onde o incesto e outros crimes aparecem com natural condescendência é a mesma igreja que abençoa o adultério e incensa os adúlteros.

Quem passar por Alcobaça vá ver os magníficos túmulos de D. Pedro e D. Inês, junto ao altar-mor, para mais facilmente os amantes se encontrarem face a face, no dia de juízo final, quando no Vale de Josafat, entre Jerusalém e o Monte das Oliveiras, o criador do Céu e da Terra vier julgar os vivos e os mortos.

D. Pedro preferiu a bela Inês à rainha D. Constança, teve quatro filhos da adúltera, e a Santa Madre Igreja sepultou os amantes juntos, para gozarem as delícias da eternidade junto ao altar-mor do convento de Alcobaça, perante a indiferença de Deus e a cumplicidade dos padres.

Boa gente !

21 de Fevereiro, 2011 Ricardo Alves

Poligamia é liberdade religiosa?

É essa a opinião da Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (mórmons fundamentalistas), e estão a defender essa reivindicação em tribunal.

A poligamia entre os mórmons fundamentalistas parece ser inseparável de casamentos com raparigas adolescentes, números elevados de filhos por mulher, e expulsão da comunidade de rapazes e homens que não casam. Um esquema autoritário e machista, «abençoado» pelo «Deus» dos mórmons.

21 de Fevereiro, 2011 Carlos Esperança

O deus do Papa odeia a Internet

Por

José Moreira

Pelos vistos, este mosteiro continua na Idade da Pedra.

Claro que esta minha conclusão poderá ser um pouco leviana. Por definição, um mosteiro é um local de reclusão. Ou seja, não há contactos com o exterior, a não ser em casos absolutamente obrigatórios – passe a redundância. Por exemplo, para ir ao médico. Aliás, numa entrevista de que só vi a parte final, a freira assegura isso mesmo. Daí que não se compreenda que a notícia chame “convento” ao mosteiro.

Na verdade, se a freira estava em reclusão – perdão, em clausura, não tinha nada que se relacionar com o mundo exterior, mesmo que através do Facebook. Clausura é clausura, ponto final. Agora, o que lamento é que Deus não tenha mandado um sinal à freira, a indicar-lhe que estava a afastar-se do caminho da “salvação”, seja lá isso o que for. Ou então, a “nossa senhora” poderia aparecer-lhe e explicar-lhe que essa coisa da Internet é assunto demoníaco.

Mas, se calhar, a “nossa senhora” ainda não regressou dos EUA…

Resultado: a freira teve de se inscrever num muito secular centro de emprego, porque Deus tem mais que fazer do que aturar pecadores e freiras relapsas.

18 de Fevereiro, 2011 Carlos Esperança

A crise atinge as grandes superfícies da fé

Menos 240.342 pessoas participaram no ano passado nas missas celebradas no Santuário de Fátima, confirmando a tendência de diminuição de fiéis nas celebrações no templo desde 2007, ano do 90.º aniversário dos acontecimentos na Cova da Iria.

Nota: «Os acontecimentos da Cova da Iria» referem-se aos embustes do Sol às cambalhotas, da Virgem a saltar de azinheira em azinheira e da aterragem de um anjo no anjódromo de Fátima.

17 de Fevereiro, 2011 Carlos Esperança

Estreia da Virgem nos EUA

O Vaticano reconheceu uma capela em Champion, pequena cidade do estado norte-americano do Wisconsin, como um lugar sagrado para a Igreja Católica, reconhecendo uma aparição da Virgem Maria.

É a primeira vez que isto acontece nos EUA.

Nota: Um caso bem sucedido de globalização da superstição.