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Categoria: Religiões

6 de Março, 2011 Carlos Esperança

Legionários de Cristo

Marcial Maciel, a amante e a sua filha

No seu refúgio mexicano, o fundador dos Legionários de Cristo representou a sua última farsa: num ambiente de oração, rodeado pela sua congregação, viveu parte do desterro junto a sua filha e à sua amante.
O periodista de EL PAÍS Jesús Rodríguez conta-o em livro.

5 de Março, 2011 Carlos Esperança

O Islão é pacífico

O jovem kosovar acusado do assassinato de dois soldados americanos em Frankfurt (oeste da Alemanha) na quarta-feira agiu por conta própria, como uma vingança pela intervenção dos Estados Unidos no Afeganistão, informou o procurador-geral da Alemanha.
(…)
“De acordo com os primeiros elementos da investigação, foi um ato de apenas um indivíduo motivado pelo islamismo. Até o momento não há indícios sobre uma eventual ligação a grupos terroristas”, acrescentou.

4 de Março, 2011 Carlos Esperança

Roma já tinha má fama

Um padre de Roma, condenado a 15 anos por abusar de sete meninos.

Ruggero Conti, pároco da Igreja da Natividade de Maria Santíssima, na periferia de Roma, foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão por ter abusado de sete meninos entre 1998 e 2008.

A sentença da VI Secção do Tribunal Penal de Roma aplica ainda várias penas acessórias, como a interdição perpétua para ocupar cargos públicos (o padre era também assessor para a família do autarca Gianni Alemanno), e condena Conti a indemnizar as vítimas com uma quantia total próxima dos 300.000 euros.

2 de Março, 2011 Carlos Esperança

Defesa da liberdade religiosa paga com a vida

Paquistão: Ministro que criticou «lei da blasfémia» assassinado em Islamabad

Vaticano lamenta a morte do político católico e fala em «urgência da defesa da liberdade religiosa»

Lisboa, 02 Mar (Ecclesia) – O ministro paquistanês para as Minorias Étnicas foi hoje assassinado na capital Islamabad, um evento que o Vaticano já classificou como mais um atentado à liberdade religiosa.

Comentário: A blasfémia é um mero direito à liberdade de expressão.

27 de Fevereiro, 2011 Ricardo Alves

Al-Qaradawi, o clérigo que quer levar a revolução egípcia da praça Tahrir para a mesquita

Na primeira sexta-feira depois da queda de Mubarak, uma imensa manifestação celebratória teve lugar na praça Tahrir. Apenas a um homem foi dado o privilégio de se dirigir à multidão: Yusuf Al-Qaradawi, cheique sunita, recém-chegado de três décadas de exílio no Golfo Pérsico.

Registe-se que nesse dia não foi permitido que falasse Wael Ghonim, um dos jovens que mais simboliza a juventude egípcia mobilizada através da internete, e que aliás estivera detido de 27 de Janeiro a 9 de Fevereiro. Não: Al-Qaradawi controlava a praça.

A sua popularidade resulta, em boa medida, do programa televisivo «A chária e a vida», difundido a partir do Catar pela Al-Jazira há quinze anos (todos os domingos). As suas posições extremistas são elucidativas: defende o bombismo suicida na Palestina, a mutilação genital feminina (e a masculina, claro), punições para homossexuais e adultério, o assassinato de Salman Rushdie, e o extermínio dos judeus. Embora elogie frequentemente a Irmandade Muçulmana, já não é membro, e até se deu ao luxo de recusar liderá-la em duas ocasiões, a última das quais em 2004.

Os militares que se desembaraçaram do seu semi-fantoche Mubarak ainda não mostraram se apoiarão os jovens revolucionários  por enquanto sem partido ou os islamistas da Irmandade Muçulmana. Há quem preveja que Al-Qaradawi será para o Egipto o que Khomeini foi para o Irão. Porém, 2011 não é 1979, e a história não se repete. Mas convém manter este homem debaixo de olho.

[Esquerda Republicana/Diário Ateísta]

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27 de Fevereiro, 2011 Carlos Esperança

O Núncio Apostólico é um homem de fé !

Fé cristã dos portugueses permanece firme

O núncio apostólico em Lisboa disse ontem que apesar «dos ventos da história, no âmago do seu sentir, a energia da fé cristã ainda pulsa» no nosso país. D. Rino Passigato falava na apresentação de cumprimentos de Ano Novo pelo Corpo Diplomático acreditado em Portugal ao presidente da República.
23 de Fevereiro, 2011 Carlos Esperança

A ICAR e a moral_1

Tenho para mim que a «moral» é a ciência dos costumes e que a humanidade, no seu progresso constante, se tem tornado mais exigente e justa à medida que a diversidade se afirma, a instrução se democratiza e as religiões recuam.

A Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR), frequentemente referida no Diário Ateísta, está longe de ser a pior. Infelizmente. Apenas conseguiu ser a pior de Portugal durante oito séculos e meio por não ter deixado medrar outras.

Até se compreende que a ICAR, como fenómeno empresarial de sucesso, perdidas as armas repressivas, desabituada da tortura e esquecidos os autos de fé, procure a via legal, ganhando na secretaria, com o Estado, o que perdeu com a deserção dos créus.

Em Portugal, o ultraje à liberdade e à igualdade de todas as crenças tem origem na Concordata negociada nas alfurjas do poder por prelados sonsos e governantes pios. Sempre que se concedem privilégios alguém ganha e alguém perde e a Concordata é a capitulação do Estado, dito laico, perante a última teocracia europeia – o Vaticano.

A ICAR gosta de apresentar-se como defensora da moral e dos bons costumes, apesar da sordidez do seu passado e das misérias do presente. Nos últimos tempos o divórcio, o aborto, a eutanásia e os casamentos homossexuais fazem parte da sanha persecutória da última ditadura europeia.

O Vaticano esqueceu a facilidade com que no passado anulou casamentos em que único obstáculo era o custo da decisão, só ao alcance dos muito ricos.

Mas há um episódio interessante da nossa História que convém lembrar. A Igreja que se baseia na Bíblia, onde o incesto e outros crimes aparecem com natural condescendência é a mesma igreja que abençoa o adultério e incensa os adúlteros.

Quem passar por Alcobaça vá ver os magníficos túmulos de D. Pedro e D. Inês, junto ao altar-mor, para mais facilmente os amantes se encontrarem face a face, no dia de juízo final, quando no Vale de Josafat, entre Jerusalém e o Monte das Oliveiras, o criador do Céu e da Terra vier julgar os vivos e os mortos.

D. Pedro preferiu a bela Inês à rainha D. Constança, teve quatro filhos da adúltera, e a Santa Madre Igreja sepultou os amantes juntos, para gozarem as delícias da eternidade junto ao altar-mor do convento de Alcobaça, perante a indiferença de Deus e a cumplicidade dos padres.

Boa gente !