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Categoria: Religiões

5 de Abril, 2011 Carlos Esperança

A fé não tem preço mas custa dinheiro

Franc-Kramberger

El obispo Franc Kramberger, de Maribor (Eslovenia). Levantó un imperio empresarial en la diócesis de Maribor, a la que hipotecó hasta las cejas, y ha sido cesado dejando un pufo de 800 millones de euros. Fue nombrado por Juan Pablo II en 1980 y acabó emitiendo películas porno en la televisión arzobispal para ver si subía la audencia. Un ejemplo más de la rectitud de los obispos de la curia de Wojtila, ese santo. Pueden leer la historia mañana en el Domingo.

Retirado daqui.

3 de Abril, 2011 Carlos Esperança

A loucura da fé

Mais violência em protesto contra a queima do Corão

Violentas manifestações, com um balanço de pelos menos dez mortos, voltaram a registar-se hoje e pelo segundo dia consecutivo no Afeganistão, em protesto contra a queima de um exemplar do Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, numa pequena igreja da Florida, nos Estados Unidos.

Nota: É intolerável que se queimem livros. Mais grave quando se trata da concorrência.

1 de Abril, 2011 Carlos Esperança

A ICAR lava mais branco_1

Embora tenha recorrido mais ao fogo do que à água, prefira a incineração ao banho e se dedique ao charlatanismo mais do que à ciência, a ICAR está longe da boçalidade do islão.

Os padres da ICAR, libertos da tonsura que os marcava como propriedade da Empresa, à semelhança do ferro que as ganadarias usam, os padres – dizia -, comportam-se hoje como pessoas normais enquanto não são solicitados a debitar os horrores eternos que o patrão reserva aos hereges, sacrílegos e apóstatas.

Aliás, a civilização atenuou-lhes o ímpeto purificador que, na ânsia de salvar almas, os levava a estorricar corpos. E, assim, foi esmorecendo o desejo de converter ímpios à custa da tortura e a pia intenção de espalhar a boa nova eliminando relapsos.

A ICAR não é o bando de santos que fabrica com desvelo, a máquina de obrar milagres oleada com emolumentos das dioceses que submetem bem-aventurados à canonização, é uma empresa que vive do negócio da fé, da fábula de Cristo e do medo do Inferno.

Pior do que o clero católico são os judeus de trancinhas à Dama das Camélias, pastores evangélicos dos EUA e os mullahs. Pior que os bispos espanhóis são os talibãs do islão e só o Papa pede meças aos Ayatollahs.

Claro que a tara das religiões monoteístas está no coração dos mais pios, na cabeça dos prosélitos e na acção dos cruzados obsoletos que querem expandir a fé.

É por isso que a ICAR conta na galeria dos horrores, alguns com milagres averbados e lugar reservado nos altares, sórdidas criaturas de escassa virtude e santidade.

Stepinac e Pavelic, Escrivà e Franco, Videla e Pinochet, Salazar e Moussolini, Bernard Law e Hans Hermann Groer, Marcincus e  Rouco Varela, Voityla e Rätzinger, são grãos da seara arroteada pela ICAR.

Stepinac esteve ligado ao campo de extermínio de Jasenovac, comandado pelo franciscano Miroslav Filipovic, o Frei Morte no lúgubre testemunho dos sobreviventes ortodoxos sérvios. JP2 canonizou o carrasco católico e desprezou os mártires sérvios vítimas do campo de horror de Jasenovac.

É esta gente, este bando de fanáticos e assassinos que a Igreja vai procurando branquear como se fossem beneméritos ou, pelo menos, cidadãos recomendáveis.

30 de Março, 2011 Carlos Esperança

Religião: O chicote e a cenoura

O Inferno e o Paraíso são a ameaça e a promessa, o horror e as delícias com que os impostores da fé assustam e entusiasmam. Um é o chicote e o outro a cenoura. Com ambos engodam os padres os timoratos e os cobiçosos.

Os milhões de parasitas que as religiões alimentam não precisam de crer nas patranhas que impingem, basta que os incautos acreditem e o poder do Estado proteja o negócio.

A aliança entre a religião e o Estado facilita o charlatanismo religioso, corrói o tecido moral de um país e aduba a superstição e a ignorância com o vírus da fé.

Perseguir a religião, qualquer religião ou corrente filosófica, é um acto de tirania, mas favorecer os trampolineiros da fé, alcoviteiros do dogma e propagandistas dos milagres, é uma cobardia de oportunistas à espera de favores da Igreja.

Deixemos que os beatos se empanturrem em hóstias, se demolhem em água benta e se defumem em incenso. Não lhes causam azia as hóstias nem a água benta lhes desarranja os intestinos. Só o incenso é curto para cobrir os odores que o banho diário eliminaria.

O ateísmo é uma vacina contra a idolatria, a trapaça e o fanatismo.

29 de Março, 2011 Carlos Esperança

Deus, os crentes e o DA

Deus não é boa rês, criado como foi por homens da Idade do Bronze, à imagem e semelhança das tribos onde o carácter patriarcal dominava. Homens desses não podiam deixar de imaginar um ser cruel, vingativo, misógino, homofóbico e xenófobo. Esse deus inventado há 6015 anos, o deus abraâmico, ainda hoje é um detonador do ódio e da violência.

Esta é a ideia que eu tenho, como ateu, de um mito que era obrigatório nas escolas e igrejas da minha infância. É desse déspota que falo sem que ele se queixe ou se intrometa na minha vida. Lamentavelmente os que a creditam nele não admitem que haja quem pense de forma diferente.

Pelo mesmo motivo que eu seria incapaz de ir a um blogue religioso insultar os crentes, penso que tenho o direito de exigir que os crentes não venham ao Diário Ateísta injuriar os que não têm medo do Inferno e nem da ira divina.

O Diário Ateísta continuará aberto a todos e, no que me diz respeito, até me podem insultar que, nem por isso, os excluo do direito de comentarem. Já não prometo que, à semelhança da Igreja católica, venham para aqui acender fogueiras contra os hereges e os deixe à solta. Só aqui entra quem quer.

Os ateus têm o direito às suas convicções sem terem a obrigação de suportar insultos. Se os crentes se sentem insultados com o desprezo que as religiões nos merecem, podem sempre trocar este local pela sacristia e a prosa ateia por litros de água benta.

28 de Março, 2011 Carlos Esperança

Sua Santidade recebe Sua Beatitude

O Papa Bento XVI recebeu em audiência nesta segunda-feira, 28 de março, Sua Beatitude Crisóstomo II, Arcebispo de Nea Giustiniana e de todo Chipre, primaz da Igreja Ortodoxa de Chipre. Sua Beatitude Crisóstomo II já visitara o Santo Padre e a Igreja de Roma entre os dias 12 e19 junho de 2007.

Bento XVI e o Arcebispo Crisóstomo II, se encontraram novamente em várias ocasiões durante a viagem apostólica do Santo Padre a Chipre de 4 a 6 junho de 2010. Durante a sua permanência em Roma, Sua Beatitude também se reunirá com o Secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone.

Nota: Os empresários da fé inventam cada título !!!

28 de Março, 2011 Carlos Esperança

Uma ex-freira denuncia o tráfico de crianças

Mercedes Sánchez acusa a ex-directora da casa de Tenerife de adopções ilegais – Revela como operava a rede e como se maltratavam os menores

NATALIA JUNQUERA / JESÚS DUVA – Madrid – 27/03/2011
EL PAÍS segue com a série sobre este tráfico de crianças e oferece o relato das vítimas e de quem participou nos negócios. Consulta o especial: Vidas robadas. | Participa en Eskup. ¿ Crês que és uma criança roubada ou conheces algum caso? Envia-nos um correio electrónico.
Trabalhou na creche de Tenerife -denunciada por roubo de meninos – desde 16 de Junho de 1963 até 5 de Setembro de 1967. Menos de quatro meses depois, deixou de ser freira. Hoje, aos 73 anos, Mercedes Sánchez García confessa porquê.
27 de Março, 2011 Carlos Esperança

Sermões impossíveis – O Censos censor

Por

Fernanda Câncio *

Escrevo este texto no dia em que preenchi o questionário do Censos. Confesso que o achei estapafúrdio em alguns aspectos – por exemplo, perguntar às pessoas se alguém que não faz parte do agregado passou a meia noite do dia 21 de Março naquela morada e, caso afirmativo, qual o seu nome (como é natural e talvez até desejável, muita gente não responderá com verdade a tal questão); se têm garagem mas não se têm carro, e quantos por agregado; sobre a existência de uniões de facto de sexo diferente e do mesmo mas, no caso do casamento, ignorando a alteração existente desde Maio de 2010; solicitar a quem trabalha com falsos recibos verdes — que foi contratado para trabalho dependente mas é tratado pelo empregador, para efeitos fiscais e de segurança social, como independente — que se assuma como trabalhador dependente.

Mas a questão que mais escândalo me suscitou – até por não ter dado conta de qualquer reacção institucional que se lhe referisse — é a última do questionário individual, facultativa (por imperativo constitucional) e sobre religião. Nada tenho contra a pergunta sobre crenças, mas tenho tudo contra a forma como é formulada. E o tudo começa no título: “Indique qual é a sua religião”. Pressupõe-se assim que todos temos religião – incluindo os que a não têm, já que entre as respostas possíveis, se encontra, em último lugar (!), “Sem religião”. Era muito fácil evitar esta estultícia: bastava que o título do bloco fosse “situação face à religião”, ou mesmo só “religião”. Mas a forma como o bloco está elaborado é mais que estulta: é capciosa e completamente contraditória com a natureza laica do Estado português. Não só por pressupor a existência de uma afectação religiosa como norma – independentemente de poder ser essa a verdade estatística o Estado não pode impor esse princípio – mas pelo elenco das oito hipóteses possíveis, a saber, “Católica”; “Ortodoxa”; “Protestante”; “Outra Cristã”; “Judaica”; “Muçulmana”; “Outra não cristã”; “Sem religião”. Não é preciso ser uma águia para apreender a total arbitrariedade quer da enumeração quer da ordem (que, como se sabe, nunca é despicienda – basta lembrar que no caso dos boletins de voto é sujeita a sorteio, et pour cause – e que não é a alfabética, a única aceitável, nem sequer a da representatividade numérica, já que coloca os protestantes depois dos ortodoxos e os  muçulmanos depois dos judeus).

Numa matéria tão reconhecidamente sensível como esta – daí, desde logo, o carácter facultativo da pergunta – exigir-se-ia que não subsistisse a menor suspeita de discriminação; que quer os termos da pergunta quer as respostas possíveis respeitassem a ideia da igualdade constitucional entre a crença e a não crença e entre os variados credos. Nada disso, porém. Ao ponto de podermos – devermos – questionar qual o objectivo desta questão. É que se fosse perceber quantos residentes em território nacional se afirmam religiosos e quantos não, nunca podia partir do pressuposto de que todos o são; se a ideia é saber quantas crenças existem no território e qual a sua natureza, jamais se efectuaria uma lista que assume a existência de uma religião “ortodoxa” (existem várias seitas cristãs ortodoxas), deixa de fora hindus e budistas (por exemplo) mas inclui os judeus, escassas centenas, não tem a opção evangélicos (que de um modo geral não se assumem como protestantes — por exemplo, no Censos de 2001, cujo questionário era nesta matéria igual, as respostas identificaram cerca de 47 mil cidadãos protestantes e quase o triplo como “outra cristã”, o que é esclarecedor) e – mais grave de tudo – não permite a possibilidade de as pessoas se inscreverem simplesmente como “cristãs”. Ao impedir essa inscrição, o que o Instituto Nacional de Estatística está a fazer é a distorcer, consciente ou inconscientemente – e a este nível não pode haver distorção inconsciente – a representatividade da religião católica no País, já que muitos dos que se assumiriam simplesmente como “cristãos” (numa definição sobretudo cultural) vão assinalar-se como “católicos”. Tal como está elaborada, a questão sobre religião censura – porque manipula e rasura — a realidade. Não deve ser preciso dizer que isso é inaceitável e deveria merecer, de volta, a censura de todos. E levar-nos a exigir uma explicação sobre os critérios utilizados e as entidades consultadas para a elaboração da pergunta, sendo certo que a Comissão da Liberdade Religiosa não o foi.

* Artigo hoje publicado em Notícias Magazine. (Reproduzido com autorização da insigne jornalista).

25 de Março, 2011 Carlos Esperança

A Reforma é possível no Islão ?

Liberalismo muçulmano contra islamismo militante

A Dinamarca sabia estar na vanguarda da questão do choque das civilizações, desde que, no final de 2005, um jornal popular publicou caricaturas do Profeta Maomé. Após uma polémica interna, esta nação liberal foi surpreendida por uma onda de contestação que varreu o mundo islâmico, levando à destruição de consulados e boicotes a empresas.