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Categoria: Religiões

10 de Setembro, 2011 José Moreira

Deus está em toda a parte

Eu costumo dizer que é mais fácil fundar uma “igreja” (leia-se religião) do que abrir um hospital. Ou uma escola. Ao que parece, tenho razão. Aliás, há escolas a fechar, hospitais a abrir falência, mas as igrejas resistem sempre.

Ora, em complemento das igrejas de vão-de-escada surgem, agora, as igrejas de sob-as-árvores. Pelos vistos, porém, os deuses é que nem sempre estão de acordo, daí que vão mandando sinais a manifestar isso mesmo. Por exemplo, em Janeiro mandaram um raio que fulminou oito fiéis.

Não haveria hipótese de instalarem um pára-raios num dos ramos mais altos da árvore? Assim como se faz nas igrejas de pedra-e-cal?

9 de Setembro, 2011 Carlos Esperança

Os crentes voltaram de férias

Reprimidos pela castidade a que a sua religião os obriga, voltaram azedos e malcriados, o que não é exclusivo desses seres com os joelhos calejados nas missas e o pensamento obnubilado pelas orações.

Eles sabem que o ateísmo é anterior à inseminação de uma judia por uma pomba e que sem Paulo de Tarso, que fez a cisão com o judaísmo, e o pouco estimável Constantino, que transformou uma seita perseguida em religião oficial, não haveria cristianismo.

Convém recordar que o logótipo do cristianismo foi, nos primeiros séculos, o peixe e, só depois, o sinal mais o substituiu. Para quem sabe que foram os homens que criaram os deuses, e não o contrário, é curioso observar como os crentes ainda vêem no Pentateuco a palavra do deus abrâmico, não sendo honroso que tal manual sirva de orientação espiritual com a sua crueldade, própria da época em que foi criado, habitual nos seis séculos em que a tradição oral foi sendo adaptada.

Eram tempos em que a vida tinha pouco valor e a violência era apanágio das tribos que se submetiam a um rígido poder patriarcal. É por isso, por razões morais, que um ateu civilizado e que preze a vida não pode ver no Deuteronómio ou no Levítico, v.g., a orientação para uma conduta digna.

Ultimamente, o judeu que divinizaram e se tornou a mascote do cristianismo, está a ser substituído pela alegada mãe que aparece a dar recados, em países católicos, a pessoas de parca sabedoria e forte superstição. Da trindade cristã, o Espírito Santo há muito que foi deixado cair no olvido e é hoje residual o culto de que goza. Em breve restará apenas a virgem Maria para meter cunhas ao divino filho a troco das orações e do óbolo.

9 de Setembro, 2011 Carlos Esperança

As orações podem matar

Em Veneza os muçulmanos correm risco de vida para rezarem.

3 de Setembro, 2011 Carlos Esperança

Deve-se respeitar a fé ?_1

A maior alfabetização, os avanços da ciência e da técnica, a progressiva secularização da sociedades e a conquista gradual de direitos e liberdades, vieram pôr em xeque as armas principais da evangelização religiosa – a prisão, a tortura, as perseguições e os autos de fé. Sobram o medo do inferno, o embuste dos milagres, a coacção psicológica e a protecção concordatária ou a promiscuidade com o poder, à ICAR, aos evangélicos e aos cristãos ortodoxos. E, claro, o poder totalitário e as práticas execráveis determinadas pelo Corão, aos muçulmanos.

Quando a violência religiosa está contida, surgem apelos ao respeito pela fé, como se nas sociedades democráticas e liberais alguém estivesse limitado na prática da oração, na frequência da Igreja, na degustação eucarística, nas passeatas piedosas a que chamam procissões ou nas novenas a pedir a interferência divina na pluviosidade. Acontece que, enquanto os governos laicos se distraem ou são cúmplices, nascem nichos com virgens nas esquinas, crescem capelas no alto dos montes, pululam crucifixos nos edifícios públicos e nos largos urbanos, crismam-se com nomes de santos os hospitais públicos e as ruas das cidades e cria-se um ambiente beato e clerical.

Ao apelar ao respeito pela fé não se pretende, apenas, a liberdade de culto, exige-se que não se desmascarem os milagres, não se investiguem os Evangelhos, não se duvide da existência de Deus ou da virgindade de Maria. Em nome do respeito pela fé, dificulta-se a divulgação da ciência e facilita-se a propaganda religiosa. A fé é o álibi da impunidade com que as Igrejas pregam a mentira, manipulam consciências, aterrorizam os crentes e fazem esportular o óbolo.

A minha ideia de respeito pela fé é a defesa intransigente do direito ao culto, não o silêncio perante a mentira, a conivência com a fraude, a passividade com o proselitismo.
Respeitar a fé é despenalizar a superstição, descriminalizar as auto-flagelações, absolver as idas à bruxa ou ao confessionário, enfim, permitir o retorno à Idade Média a quem o faça de livre vontade, vigiando os métodos e exigindo o respeito pelos direitos humanos contidos na Declaração Universal dos Direitos do Homem, que o Papa considera de inspiração ateia.

Claro que a liberdade não é de criação divina. Nem a democracia um sonho eclesiástico.

29 de Agosto, 2011 Carlos Esperança

Turismo religioso em queda

As agências portuguesas especializadas em turismo religioso estão a apostar em pacotes de viagem cada vez mais curtos e com destinos mais próximos, para responderem à quebra que se verifica no setor, motivada pela crise.

As dificuldades económicas têm feito com que “muitos párocos pensem duas vezes antes de proporem este tipo de actividades nas suas paróquias”, disse hoje à Agência ECCLESIA uma das responsáveis da agência de viagens Peregrino.

Comentário: Lá se vai uma fonte de rendimentos para os párocos.

27 de Agosto, 2011 Carlos Esperança

Igreja católica em dificuldades

A pederastia esvazia as arcas da igreja irlandesa

A Arquidiocese de Dublín admite que está à beira do “colapso financeiro” – Em plena crises tem dado grandes indemnizações às vítimas e perdido fieis.

Após as revelações sobre os reiterados abusos a menores por parte de membros do clero nas últimas décadas, la Igreja católica de Irlanda enfrenta una grave crise financeira. Deve arcar com grandes indemnizações num contexto de recessão económica e de perda de fregueses e das suas doações. Num país onde 87% da população se declara católica, muitas paróquias registaram uma drástica diminuição dos seus proventos; em casos como os de Cashel, Armagh ou Tuam, de uns 15%.

PATRICIA TUBELLA – Londres – 27/08/2011