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Categoria: Religiões

1 de Março, 2012 Carlos Esperança

O islão é pacífico

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta quarta-feira que o governo se manifestará em breve sobre a condenação à morte de um pastor iraniano, que se converteu do islamismo ao cristianismo naquele país. Gleisi, que recebe hoje uma comissão de parlamentares da bancada evangélica para falar sobre o assunto, disse que o Itamaraty está buscando informações sobre o caso e deve preparar um relatório até amanhã.

27 de Fevereiro, 2012 Eduardo Patriota

Ministério Público quer acabar com privilégios da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD)

Lavagem de dinheiro, extorsão, exploração do sofrimento alheio para enriquecimento próprio, exploração infantil, etc.

Esta é uma breve lista dos crimes cometidos pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), presidida pelo bispo Edir Macedo. Agora, o Ministério Público quer descobrir uma forma de acabar com os privilégios fiscais que a igreja usufrui, como o não recolhimento de impostos sobre as doações dos fiéis. Segundo o MP, os pastores da IURD  exploram fiéis, como no caso da criança que foi condicionada a vender seus brinquedos e doar o dinheiro à Igreja, ou um coitado que doava todo seu dinheiro para a Igreja e não sobrava nem para sua própria condução.

27 de Fevereiro, 2012 Carlos Esperança

O governo, a fé e a inépcia

Os estagiários que Cavaco Silva, com o seu rancoroso discurso de vitória eleitoral, ajudou a conquistar o poder, sem dar tempo ao PSD para escolher um líder experiente, estão a revelar uma faceta piedosa com que pretendem esconder a inépcia.

O ministro da Economia escreveu um livro, não para apontar os caminhos para a saída da crise, que nos atormenta, mas para procurar a salvação da alma, que o aflige, lamentando que a diocese de Braga tenha diminuído a produção de padres católicos, atividade em que o seu seminário maior se destacou.

O inefável ministro Paulo Portas, que se deslocou a Coimbra às exéquias da perpétua reclusa Irmã Lúcia, por altura do seu passamento, e que agradeceu à Senhora de Fátima ter enviado ventos e marés para desviarem a poluição do navio Préstige para a costa da Galiza, colocou no ministério uma política inapta a responder ao problema da seca mas capaz de rezar uma novena: «Devo dizer que sou uma pessoa de fé, esperarei sempre que chova».

O ministro da Saúde que encomendou uma missa para os funcionários da Direção-Geral dos Impostos, quando foi seu titular, vai encaminhando os doentes para as Misericórdias e não tardará a promover uma peregrinação a Fátima para que sejam obrados milagres nos doentes que custam dinheiro ao erário público.

Falhado o conselho de um secretário de Estado, corroborado pelo primeiro-ministro, para que os jovens desempregados emigrem, o líder da JSD apresentou, como proposta para combater o desemprego, uma ideia original: «É sobretudo uma questão de fé e de acreditar que é possível».

Neste coro beato só faltava o antigo ministro do CDS, agora deputado, Telmo Correia a opor-se à adoção gay com o argumento de que a lei era “contrária à vontade do criador”, querendo dizer com isso que, perante o Parlamento e o seu deus, que não tem aí assento, é a vontade do ausente que deve ser levada em conta.

Este triângulo, Rua de S. Caetano, Largo do Caldas e palácio de S. Bento desistiram de um módico de pudor republicano, tornando-se na Comissão Fabriqueira da Paróquia de São Bento.

23 de Fevereiro, 2012 João Vasco Gama

Ricardo Araújo Pereira e a questão de Deus

Por serem divagações divertidas, mas também interessantes e profundas, partilho com os leitores estas palavras de Ricardo Araújo Pereira sobre religião, morte e humor:

Não concordo com tudo, mas aconselho sem reservas.

23 de Fevereiro, 2012 Carlos Esperança

Islão democrático – uma perigosa utopia

Qualquer governo laico é mais tolerante do que uma teocracia. Com exceção da Coreia do Norte, a mais impenetrável das ditaduras, não conheço tiranias mais abomináveis do que as clericais.

Dizer que há muçulmanos complacentes é um truísmo que não oferece dúvidas, mas ver o Islão como uma doutrina tolerante é desconhecer a intoxicação que, desde tenra idade, é feita às crianças nas madraças e o ódio que as mesquitas destilam contra os infiéis.

Todos sabemos que o Antigo Testamento é a fonte dos monoteísmos e da violência que encerram, que o Deuteronómio e o Levítico não são mais humanos do que o Corão, que os cristãos não eram melhores no extermínio dos seus infiéis – os judeus e muçulmanos –, do que estes últimos no proselitismo com que pretendem aniquilar os judeus e os cristãos.

Na terça-feira e ontem milhares de afegãos protestavam diante da maior base americana no Afeganistão, perto de Cabul, acusando as tropas estrangeiras de terem queimado exemplares do Alcorão. Não sei se é verdade, o que é lamentável, ou mero pretexto e não pretendo discutir aqui, agora, os erros dos países democráticos na ocupação do Afeganistão e, sobretudo, do Iraque, nem o apoio ao sionismo. Refiro-me ao islão, o mais implacável dos monoteísmos, que não desiste do proselitismo demente.

No Egito, a Irmandade Islâmica, vencedora das eleições, quer um presidente próximo do islamismo, expressando uma clara recusa ao apoio do candidato liberal Amr Moussa na eleição presidencial. Na Líbia e na Tunísia as forças democráticas são incapazes de conter o proselitismo que usa as eleições democráticas contra a democracia.

O cristianismo também foi assim e surgem indícios de que não enjeitaria novas cruzadas e a reabilitação do Santo Ofício, mas a secularização dos países onde é dominante e a repressão sobre o clero obrigou-o a ceder à laicidade imposta pelos estados modernos.

Nos países islâmicos a primavera árabe caminha para o previsível fracasso, seguindo o percurso inverso da Europa. O pensamento politicamente correto apresenta a Turquia como exemplo do islamismo moderado, esquecendo a lenta e progressiva perseguição aos setores laicos com que o atual governo vai liquidando a herança de Atatürk.

Quando houver exemplos de países em que os islamitas no poder renunciem à sharia, aceitem a apostasia, respeitem a liberdade de expressão e de culto, e a igualdade entre homens e mulheres; quando os preceitos que observam não forem impostos, nesse dia o islamismo deixa de ser um perigo para a paz e para a liberdade.

Até lá, considero que os princípios do Corão estão na base do fascismo islâmico que pretende submeter o mundo, à semelhança do que pretendeu o cristianismo quando os navegadores portugueses e espanhóis levavam a cruz numa das mãos e na outra a espada.

17 de Fevereiro, 2012 Ricardo Alves

«A função essencial das mulheres é cuidar dos filhos»

Quem o diz é um tal Manuel Monteiro de Castro, cidadão português até agora desconhecido. Nos próximos dias, muitos meios de comunicação social vão tentar convencer-nos de que é uma «honra nacional» ele ser nomeado «cardeal» pelo último ditador da Europa ocidental. É uma «honra» que eu dispenso. Como dispenso a (dispendiosa?) presença do ministro dos Negócios Estrangeiros na referida cerimónia.

[Diário Ateísta/Esquerda Republicana]

16 de Fevereiro, 2012 Carlos Esperança

Fátima comercializa novos produtos

O Santuário de Fátima está a preparar a comercialização de azeite com marca e embalagem próprias, oriundo de um olival situado na zona do Monte dos Valinhos e Aljustrel, junto à Cova de Iria, anunciou a instituição.

“O nosso primeiro objetivo é sempre a preservação do olival (…), mas visto termos uma grande produção de azeite, estamos a tentar que, no futuro, a médio prazo, o possamos comercializar com marca e embalagens próprias”, explicou o padre Cristiano Saraiva, administrador do santuário.

14 de Fevereiro, 2012 Carlos Esperança

A tragédia das religiões e, sobretudo, do fascismo islâmico

Hamza Kashgari, jornalista sudanês, com 23 anos de idade, em crise de fé, escreveu no Twitter, dirigindo-se a Maomé, o misericordioso: “Eu diria que há coisas de que gosto em Ti, mas há também coisas que detesto em Ti e já não posso compreender”, “Não rezarei para Ti”.

O coro lúgubre de ameaças de morte ganhou eco na multidão demente fanatizada pelo manual terrorista que dá pelo nome de Corão. A avalanche de ameaças pelo desabafo na conta Twitter @Hmzmz não parou de aumentar e o jovem jornalista, em 6 de fevereiro, tentou fugir, via Malásia, para a Nova Zelândia mas foi preso em Kuala Lumpur. Apesar de não haver qualquer tratado de extradição entre a Malásia e a execrável teocracia sudanesa, a 12 de fevereiro o jornalista foi reenviado aos Wahabites, ou seja, foi enviado para o corredor da morte onde aguardará a decapitação.

De nada lhe valeu o arrependimento que ainda manifestou no Twitter. Está acusado de apostasia pelo comité sudanês de fatwas e quem quer que se arrisque a defendê-lo fica sujeito a perseguições. A morte que lhe está reservada é a decapitação pelo sabre, a peça de quinquilharia que ornamenta a bandeira do País.

A violência que é pregada nas madraças e mesquitas, a crueldade com que se educam os crentes e a intoxicação coletiva que os pregadores promovem, são crimes vis contra a humanidade, mas ainda há quem exija respeita pelas crenças como se o direito ao livre-pensamento não fosse tão legítimo, pelo menos, como o direito à fé.

Se a vontade crapulosa de um deus irreal, interpretada pelos seus funcionários, é capaz desta violência, deste veredito, desta desumanidade, então só nos resta amaldiçoar esse deus e julgar os criminosos que tem ao seu serviço. Seja qual for o país onde a canalha detenha o poder.

Fonte: [email protected]