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Categoria: Religiões

22 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

O Islão é pacífico

Uma multidão queimou vivo neste sábado, no sul do Paquistão, um homem que supostamente tinha incinerado exemplares do Alcorão, o livro santo do islamismo, informou em sua versão digital o jornal Express.

O grupo o retirou de uma delegacia da cidade de Seeta, na província de Sindh, onde ele estava preso acusado de blasfêmia. Em seguida, a multidão ateou fogo no homem em frente ao local.

14 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

O que pode a superstição!

Fundo dourado contra a fome? – Não. Ofertas dos crentes à Igreja Católica

 

Fotos tiradas numa exposição de material religioso no Convento de Mafra em Junho de 2011.

São ofertas dos crentes à Igreja Católica. São em ouro. Tinha um padre a olhar por aquilo, mas consegui fotografar para memória. (Kavkaz)

12 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

Isabel Jonet prefere “caridade” a “solidariedade”

Se dois machos castos, Salazar e Cerejeira, amigos do peito e da hóstia, pudessem ter procriado, babar-se-iam de gozo se tivessem uma filha como Isabel Jonet.

O primeiro vestia-se de homem e era um tirano de botas e chapéu, o outro usava trajes femininos e cobria-se com a mitra. Ambos viam em Mussolini o defensor da civilização cristã e ocidental. Salazar tinha na secretária a foto do «enviado da Providência», epíteto usado pelo Papa de turno, após os acordos de Latrão que obrigaram o Estado italiano a ensinar, nas escolas, a única religião verdadeira e concederam ao Vaticano – um bairro de 44 hectares – o estatuto de Estado; o segundo, conhecido por cardeal Cerejeira, tinha a escultura do patrão no altar e no patriarcado e Salazar no coração.

Para os dois dirigentes e mentores do Centro Académico da Democracia Cristã (CADC) a guerra colonial era uma cruzada na defesa dos valores cristãos e ocidentais, sem nunca terem definido o meridiano que separava o leste do ocidente. Mais do que a criada que ambos partilharam (no estrito sentido patronal), unia-os a desconfiança no progresso e a crença nas virtudes da pobreza e da fé. Salazar ficou com a criada e o Governo e o outro conseguiu a mitra, o báculo e o anelão. Eram fascistas vindos do seminário, manhosos e cheios de ambição. Salazar era um rural e conquistou o poder para nunca mais o largar. Cerejeira era o príncipe da Igreja, aristocrata e mestre dos silêncios. Calou-se perante o exílio do bispo do Porto e nunca deixou de ser cúmplice da ditadura. Um deteve o poder absoluto na política, o outro conquistou-o na religião e ambos foram algozes vitalícios.

Ambos acreditavam na virtude da ignorância e da pobreza cuja apologia faziam com a refinada coerência dos reacionários. As perseguições por delitos de opinião ou heresias eram legitimadas pela vontade divina e pela maldade dos dois. Um tinha a PIDE ao seu serviço e o outro um exército de bispos, cónegos, padres, monsenhores e catequistas.

Nenhum deles soube o que era a justiça social ou a solidariedade. A primeira cheirava a comunismo e a segunda era suspeita. Os dois afinavam pelo mesmo diapasão: era Deus que definia previamente quem devia ser rico ou pobre, quem devia mandar e quem era obrigado a obedecer. Cabia aos ricos dar esmolas e aos pobres receber os sobejos que cristãmente deviam agradecer ao Senhor. Era a caridade no seu esplendor.

Foi dessa escola que veio, num parto tardio, a atual presidente do Banco Alimentar que alimenta o ego, e as aspirações políticas, com a caridadezinha. Não admira que diga ser “mais adepta da caridade do que da solidariedade“. Foram 48 anos de pedagogia fascista e o 25 de Abril foi só há 38.

Que seria de gente assim, sem a fome, para alimentar o prestígio, o poder e o paraíso?

11 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

O Eixo do Bem, as armas químicas e o prémio Nobel da Paz

Todos recordamos o obsceno conceito da guerra preventiva, criado para combater o «Eixo do Mal» e a outra infeliz expressão de Bush a anunciar a «cruzada» contra o terrorismo.

Temos na memória a cimeira da guerra, reunida nos Açores, onde se decidiu, ao arrepio da ONU e da legalidade internacional, invadir e ocupar o Iraque, com base em mentiras grosseiras e interesses mesquinhos.

Mais do que um erro, a invasão do Iraque foi um crime. Mais do que a prepotência dos poderosos foi uma manifestação trágica da imponderada decisão de Bush, Blair e Aznar, acolitados por Durão Barroso, em bicos dos pés, para se tornar cúmplice.

Mas os terroristas existem e, independentemente do julgamento severo que a história há de fazer dos responsáveis pela tragédia do Iraque, não assiste aos facínoras que em Nova York, Madrid ou Londres atacaram inocentes e lançaram o horror entre cidadãos indefesos, o direito à liberdade.

Os dementes de Deus são capazes de todos os crimes a troco do Paraíso. A liberdade que as sociedades democráticas conquistaram com a separação da Igreja e do Estado não pode ser comprometida pela tolerância de que gozam os pregadores do ódio, os instigadores da violência, os fanáticos de um credo qualquer.

Nas capitais europeias, no seio do comunitarismo islâmico, há agitadores que pretendem transformar o mundo numa multidão de fanáticos virados para Meca, que impedem a igualdade entre os sexos, que odeiam a democracia e execram a liberdade.

A Declaração Universal dos Direitos do Homem tem de ser respeitada e assimilada por todos. Esta é uma tarefa indeclinável das democracias que legitima e impõe o uso da força.

Mas nada, absolutamente nada, recomendaria que as mãos de Durão Barroso pudessem erguer um Prémio Nobel da Paz.

11 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

Uma decisão que merece reflexão

Dada a facilidade de tradução, segue em castelhano:

TODOS MIS RESPETOS A NORUEGA – una vez mas ! – Seriedade, Dignidade, Reciprocidade, Coragem e Exemplo!!!
YA ERA HORA !!!

SI NO HAY IGLESIAS EN ARABIA SAUDÍ NO HAY MEZQUITAS EN EUROPA

Reciprocidad

Noruega ha prohibido a Arabia Saudí financiar mezquitas mientras no permitan construir iglesias en su país.
El Gobierno noruego ha dado un paso importante a la hora de defender la libertad en Europa frente al totalitarismo islámico.

Jonas Gahr Stor, ministro de Asuntos Exteriores, ha afirmado que se rechazarán las donaciones millonarias de Arabia Saudí y varios empresarios musulmanes para financiar la construcción de mezquitas en Noruega.
Según dicho ministro, las comunidades religiosas tienen derecho a recibir ayuda financiera, pero el gobierno noruego, excepcionalmente y por razones lógicas, no apoya la financiación islámica con cientos de millones de euros.
Jonas Gahr Stor apunta que “sería una paradoja, y antinatural aceptar las fuentes de financiación de un país donde no hay libertad religiosa”.

El ministro también afirma que “la aceptación de ese dinero sería un contrasentido”, recordando la prohibición que existe en el país árabe para la construcción de iglesias de otras religiones.
Jonas Gahr Stor también anuncia que “Noruega llevará el asunto ante el Consejo de Europa” donde defenderá esta decisión basada en la más estricta reciprocidad con Arabia Saudita.

POR CIERTO; ESTA NOTICIA CASI HA PASADO DESAPERCIBIDA EN ESPAÑA DONDE, ANTE EL TEMOR DE REPRESALIAS, LOS MEDIOS DE COMUNICACIÓN … PREFIEREN CALLARSE … !!!

Esto debe de saberse, hay que difundir lo más posible

 

9 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

EGIPTO (II) : incipientes evoluções do puzzle político-constitucional…

Por

E – Pá

Apesar de não haver uma evidente clarificação da situação político-constitucional egípcia, ontem, começaram a ser dados os primeiros passos nesse sentido.

Primeiro, iniciou-se o processo de derrogação dos decretos presidenciais que tinham criado uma intolerável situação de excepção democrática não aceite por largos sectores da sociedade egípcia. link

Depois, continua em suspenso a realização de um referendo para ratificar (ou rectificar?) uma Constituição ‘islamizante’ redigida por uma Assembleia Constituinte contestada pela justiça e por largas e expressivas franjas liberais e ‘insurreccionais’ que se reivindicam interpretes do genuíno ‘espírito de Tahrir’.

As negociações de ontem, foram pela primeira vez pressionadas pelo Exército que mantendo uma atitude distante, finalmente, manifestou-se – em comunicado – sobre as instituições e a situação política afirmando que não deixarão o país ser arrastado para ‘um túnel escuro’. Trata-se de um aviso com dois destinatários: islamistas e as oposições.

É visível que o presidente Morsi perdeu uma subtil cartada que foi ‘jogada’ em termos muito audaciosos e impensados. A Irmandade Muçulmana pretendeu jogar em todos os tabuleiros ao mesmo tempo: militar, judicial e constitucional.

Começou, ontem, o recuo. Não sabemos onde acabará a rectificação iniciada nestas conversações que revelam um cauteloso esgrimir de forças (políticas, sociais e eventualmente religiosas).

Na verdade, Morsi, para além da legitimidade democrática que lhe advém da sua eleição, no difícil contexto interno, as recentes tensões revelaram um facto que poderá ser algo transcendente: Os islamistas parecem ter perdido a praça Tahrir. Em favor dos ‘liberais’ e ‘avulsos insurreccionais’ que não aceitam uma constituição ‘islamizante’.

A alternativa ao entendimento entre a Irmandade Muçulmana e as Oposições é como os egípcios sabem a ‘fawda’, i. e., o ‘caos’, um cenário doloroso, violento e de desfecho imprevisível, para todos os actores presentemente (ainda) em cena na política egípcia.

7 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

Egito – Luta entre democracia e teocracia

O Presidente do Egito, eleito democraticamente, Mohammed Morsi, recusa-se a anular um contestado projeto de Constituição ou a revogar os decretos que lhe garantiram poderes quase absolutos.

O líder dos Irmãos Muçulmanos imagina a Constituição à imagem do Corão e tem da democracia a visão islâmica.

Neste momento joga-se no Cairo o futuro da democracia nos países árabes, conforme a balança penda para a laicidade ou perpetue o fascismo islâmico que caracteriza o ocaso da civilização árabe.

5 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

Egito – a sharia vem a caminho

Milhares rodeiam palácio de Morsi para dizer que não querem Constituição islamista

Juízes apelam ao boicote do referendo de 15 de Dezembro, jornais não saíram nesta terça-feira em protesto contra “ditadura do Presidente”. Manifestação da oposição levou milhares de pessoas até Heliópolis para gritar “o povo quer a queda do regime”.

Diário de uns Ateus – Só a religião consegur converter em ditadura uma eleição democrática.

4 de Dezembro, 2012 Carlos Esperança

Momento zen de segunda_03_12_12 da era vulgar

João César das Neves (JCN) voltou à cruzada contra o aborto e o casamento entre indivíduos do mesmo sexo.

Sofre como se um e outro fossem obrigatórios e parece temer que o primeiro tenha efeitos retroativos. Sangra-lhe o coração por, nas últimas eleições americanas, três estados terem votado a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo; dilacera-se-lhe a alma porque na França a medida foi aprovada há pouco e na Nova Zelândia, Inglaterra e Escócia se preparara decisão idêntica.

O pio JCN, bem procura exorcizar os pecados com a defesa da moral eclesiástica mas o mundo, que julga criado pelo deus do Papa, é o que é e não o que o clero gostaria que fosse. Pelo menos, na lei.

Mas nada faz sofrer tanto o devoto JCN como os «milhões de embriões chacinados pelo aborto todos os anos». Nem se lembrou da médica dentista, de 31 anos, que os médicos deixaram morrer, com septicémia, porque a legislação da Irlanda os impediu de a salvar enquanto o feto teve batimentos cardíacos.

JCN é um talibã católico que quer impor aos outros a moral que julga de origem divina. Lastima-se, na homilia de hoje, no DN, da facilidade do divórcio, dizendo que «custa mais despedir a criada [sic] do que o marido». E, sem se benzer, acaba a queixar-se da ideologia antifamília que considera responsável pela baixíssima taxa de fertilidade, 1.3 filhos por mulher.

Na obsessão pela abstinência sexual – virtude que sempre recomenda –, JCN nem se dá conta de que a castidade é o método mais eficaz contra a prossecução da espécie.