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Categoria: Religiões

20 de Abril, 2013 Carlos Esperança

Demência islâmica

Três homens forçados a abandonar a Arábia Saudita por serem demasiado bonitos

Por serem considerados uma possível tentação para as mulheres sauditas, homens foram deportados para o seu país.

A presença de uma mulher junto à representação dos Emirados Árabes Unidos terá deixado a polícia nervosa.

Três homens dos Emirados Árabes Unidos foram forçados a abandonar um dos mais importantes festivais culturais na Arábia Saudita, e depois o país, por serem “demasiado bonitos”. A polícia religiosa saudita considerou a sua presença perigosa por serem uma possível tentação para as mulheres.

19 de Abril, 2013 Carlos Esperança

Milagre dos pastorinhos Jacinta e Francisco

BEATOS JACINTA E FRANCISCO_2

 

 

Lembro-me do velho Hospital Distrital de Leiria e da magnífica escadaria de mármore partida a camartelo para se proceder a obras de remodelação, depois de retirada a foto imponente do virtuoso bispo D. Manuel de Aguiar sob cujos auspícios fora construído o edifício.

No respetivo piso, entre várias enfermarias, ficavam as Medicinas. Na de «Mulheres» havia uma mesinha de cabeceira que dava nas vistas pela parafernália de senhoras de Fátima, pastorinhos e outras imagens pias que a ornamentavam. Ficava junto à cama de uma paralítica que, durante a noite, se arrastava até junto das camas de outras doentes para lhes impedir o descanso.

Gozava essa internada da fama de má e da inimizade de outras doentes mas era a dileta do Diretor do Serviço, Dr. Felizardo Prezado dos Santos, enternecido com a devoção e extasiado com as suas imagens de santos e veneráveis.

Um dia, nas suas férias, o médico José Luís Alves Pereira deu-lhe alta por entender que não padecia de qualquer moléstia do foro da medicina interna, o que, no regresso, irritou o Dr. Felizardo.

A D. Emília, Emília de Jesus, voltou à enfermaria e foi, de novo, integrada no espaço que lhe servia de asilo e de local de devoção.

As transferências para Psiquiatria, no Hospital da Universidade de Coimbra, eram reservadas a períodos de maior necessidade. Segundo o psiquiatra, Marques Pena, a D. Emília padecia de uma enfermidade que a podia conduzir à cegueira, à paralisia ou a outras mazelas, por períodos de maior ou menor duração. No respetivo processo clínico dos Hospitais da Universidade de Coimbra hão de constar dados rigorosos se, acaso, um qualquer milagre não o fez, entretanto, desaparecer.

Mas voltemos a Leiria e à D, Emília de Jesus cuja paralisia já era reincidente e que foi curada por intercessão do Francisco e da Jacinta, bem necessitados de um milagre para a beatificação.

Graças à devoção, sarou de novo e passou a andar, tendo morrido pouco tempo depois, completamente curada. O milagre, depois de averbado nas provas de beatificação dos pastorinhos, que prestaram com distinção, deixou de interessar à Igreja, sendo discreto o funeral da D. Emília onde, a título meramente particular, se integrou o bispo de Leiria, D. Serafim Ferreira e Silva.

A divulgação do milagre da paralítica foi feita com pompa e circunstância pelos canais habituais, invocando os depoimentos de três médicos diferentes, nisto a Igreja católica é muito cética, unânimes a atestar a intervenção sobrenatural.

Por divina casualidade, a certificação do milagre foi atestada pelo Dr. Felizardo Prezado dos Santos, pela Dr.ª Maria Fernanda Brum, por coincidência esposa do primeiro, e pela psiquiatra Paula Cristina Amaral Brum Prezado Santos, filha de ambos, todos da Associação dos Servitas de Nossa Senhora de Fátima.

Digam lá, leitores, se, depois do que aqui se diz, ainda há quem duvide da veracidade do milagre! É preciso ser muito desconfiado. Leiam isto enquanto há testemunhas porque, um dia, há de constar que à D. Maria Emília Santos lhe cresceu uma perna amputada.

17 de Abril, 2013 Carlos Esperança

Mania da perseguição de um bispo homofóbico

O bispo de Alcalá de Henares (na foto) vê uma conspiração de universidades, sindicatos e da ONU para a diminuição da população

O bispo de Alcalá de Henares e presidente da Subcomissão de Família e Vida da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Juan Antonio Reig Pla, acusou as universidades, partidos políticos, sindicatos, ONU, UNESCO e algumas ONGs grupos internacionais para financiar projetos para diminuir a população do mundo e reduzir o número de “convidados” na mesa.

Obispo

15 de Abril, 2013 Carlos Esperança

Desventuras de S. Victor

Havia muito que S. Victor ouvia as preces dos devotos e as deferia na medida das suas disponibilidades, de acordo com a modéstia dos mendicantes. Afeiçoaram-se os créus ao taumaturgo e este aos paroquianos que o fizeram patrono da maior paróquia da Arquidiocese de Braga.

No ano de 2004 foi retirado do «Martirológio» – o rol da Igreja católica que arrola todos os santos e beatos declarados desde o início da ICAR. O argumento é pouco persuasivo e deveras injusto. Não se retira do catálogo um santo por ser apenas uma lenda. Que o tenham feito a S. Guinefort, cão e mártir injustamente morto pelo dono, aceita-se porque a santidade não se estende aos animais domésticos. Duas mulas, que o rudimentar conhecimento do grego pelos padres confundiu com duas piedosas mulheres, aceita-se que fossem apeadas dos altares, que não são feitos para solípedes.

Mas um santo com provas dadas, clientela segura, devoção fiel, é uma maldade que não se faz aos pios fregueses, tementes a Deus e cumpridores dos Mandamentos. O padre Sérgio Torres afirmou ao «Correio do Minho» que os paroquianos «reagiram com desagrado e muita surpresa». Não lhe permitiu o múnus e a educação dizer que foi uma patifaria do Vaticano. O séc. IV, em que o jovem Victor foi condenado à morte por se recusar a participar numa cerimónia pagã, segundo a tradição, agora desmentida, foi há tanto tempo! Que importa uma pequena mentira numa religião que vive das grandes?

E agora? Que fazer? Arrancam-se os azulejos que documentam a mentira? Transfere-se a devoção para os santos criados por PP2 e B16, alguns tão pouco recomendáveis e tão detestáveis, apenas com a sorte de terem dois milagres no currículo?

O presidente da Junta de Freguesia de São Victor, Firmino Marques, embora revelando “algum desconforto”, justificou a retirada do orago do calendário litúrgico «somente pelos critérios científicos usados atualmente para a proclamação dos santos e beatos da Igreja Católica». Este autarca é um admirador confesso da ciência.

10 de Abril, 2013 Carlos Esperança

O embuste de Fátima está em alta

Cardeal-patriarca: Papa Francisco ‘oferece-se’ a Nossa Senhora de Fátima

O cardeal-patriarca informou, esta segunda-feira, que o Papa Francisco já lhe pediu duas vezes que “consagrasse o seu novo ministério a Nossa Senhora de Fátima”, cita o Diário de Notícias.

– Não se percebe a necessidade da reincidência no pedido. Ou o cardeal fez orelhas moucas ou o Papa se esqueceu do primeiro pedido;

– A burla de Fátima, criada para combater a República, primeiro, e o comunismo, depois, continua a ser uma fonte de superstição e embuste;

– O Papa, que parecia querer tornar respeitável a Igreja católica, recorre ao obscurantismo, à semelhança dos antecessores.

9 de Abril, 2013 Carlos Esperança

O Islão é um perigo para a liberdade

Militantes do grupo feminista Femen realizaram nesta quinta-feira um protesto contra o islamismo diante de mesquitas e representações diplomáticas da Tunísia em várias cidades europeias.

As manifestações defendiam a jovem tunisiana Amina Tyler, foi ameaçada de morte por apedrejamento após a divulgação, em março, de fotos em que exibia os seios pintados com a frase: “Meu corpo me pertence, não representa a honra de ninguém”.

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8 de Abril, 2013 Carlos Esperança

O catolicismo, o islamismo e a laicidade

Quem, como eu, escreve há 10 anos, quase todos os dias, sobre essa maldição que torna a vida das pessoas um inferno – as religiões –, corre o risco de repetir-se e de se tornar desinteressante, mesmo para os que temem os efeitos deletérios das crenças.

Só estive três meses sem escrever contra a superstição e os medos alimentados pela fé, por razões de saúde. Após uma banal intervenção cirúrgica à vesícula biliar, na primeira vez que estive doente, surgiu uma bactéria hospitalar que me pôs 52 dias em coma, com falência pulmonar, hepática e renal, a exigir transfusões e diálise, numa situação julgada irreversível.

Quando despertei, com menos 20 quilos e sem força para segurar uma caneta, era vulgar ouvir de amigos e familiares a expressão «graças a Deus», um misto de afeto e simpatia. Desde o primeiro dia, pude dizer a todos, incluindo uma velha prima que ofereceu uma bilha de azeite a um santo das suas relações, que se lhe atribuíam a cura também tinham de lhe recriminar a bactéria.

Levaram uns a mal o truísmo banal quando a vítima, se a houve, fui eu, e não se davam conta da ofensa à inteligência e à verdade com a atribuição da improvável cura a um ser impossível e contraditório.

Combater diariamente as crenças não é desrespeitar os crentes, é um exercício cívico de quem não abdica de um mundo em que a fé deixe de promover disparate e guerras.

O cristianismo, sob a fachada da humildade e da pobreza, e o islamismo, às escâncaras, travam um combate sem quartel e o último não desiste das bombas e do terrorismo. Há uma excessiva tolerância em relação a pregadores do ódio que nas mesquitas, madraças e sacristias vão atiçando o ressentimento recíproco. É tempo de lhes opor a laicidade.