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Categoria: Islamismo

28 de Fevereiro, 2016 Carlos Esperança

O cartaz que fere o bom senso político (e só isso…)

Por

e-pá

O cartaz publicado pelo Bloco de Esquerda relativo à discriminação da adopção é lamentavelmente infeliz. Não está em causa a liberdade de expressão e de pensamento. Existe, de facto, liberdade para o BE fazer o que fez.

O que foi deturpada foi a capacidade política de comunicar com a população. E a falta de argúcia para fundamentar a comunicação por imagens no contexto real. Não vale a pena discutir nem conduz a bons resultados misturar pressupostos contextos biológicos e fisiológicos e convicções sobrenaturais.
É uma argolada confundir – ou meter no mesmo saco – questões sociais reais e prementes, envolvidas em especulações biológicas e reprodutivas com mitologias divinas, apostólicas e/ou esotéricas.

A adopção da personagem Jesus, que é um dos pilares religiosos para os católicos embora não tenha um percurso histórico claro e credível, não informa qualquer conteúdo legislativo e não consegue influenciar os fundamentos da sociedade moderna (malgré os esforços do papa Francisco).
A crença no livro (Bíblia) é baseada em ‘verdades de fé’ e diz respeito a questões místicas e sobrenaturais.
Nada tem a ver com problemas reais que fustigam a sociedade como são os problemas de direitos e deveres de parentalidade, de discriminação e de adopção.

Não se percebe, portanto, a correlação que o despropositado cartaz pretendeu fazer. Na verdade, tem de existir num País laico um amplo campo de liberdade religiosa onde todos têm lugar desde os praticantes religiosos, aos agnósticos terminando nos ateus. Quando se decide imiscuir símbolos religiosos na comunicação política é necessário ser prudente, revelar bom senso e razoável. Se assim não for poderemos estar a fazer um péssimo uso da liberdade religiosa, um inestimável bem que deve ser preservado a todo o custo.

Muitos dos problemas que fustigam hoje o Mundo passam pela marginalização ou derrogação dessa liberdade. Mais uma razão para que o BE tivesse adoptado uma atitude comunicativa mais pensada, estratégica e esclarecida (diferente de censura).

O bom senso é um bem escasso que temos muitas vezes necessidade mas que não se vende na Farmácia, nem se consegue incutir nas Escolas, Institutos ou Faculdades ou em mesas redondas, convénios, simpósios, etc.

Jesus

24 de Fevereiro, 2016 Carlos Esperança

A visão de Eduardo Lourenço

Actualidade
lusa.sapo.ptLusa
20:52
O mundo islâmico adquiriu a consciência do declínio do Ocidente, representado pela Europa, e como sempre sucedeu na história da Humanidade está a tentar impor a sua lei, considerou hoje o ensaísta Eduardo Lourenço num debate sobre o projeto europeu.

Mundo islâmico está consciente do declínio do Ocidente – Eduardo Lourenço

“Existe um problema interno ao mundo islâmico, por razões de ordem religiosa, guerras terríveis entre xiitas e sunitas”, assinalou durante a sua intervenção na Gulbenkian, em Lisboa, numa conferência organizada pelo Centro de Investigação em Direito Europeu, Económico, Financeiro e Fiscal da Faculdade de Direito de Lisboa (CIDEEFF) e o Instituto Europeu.

“E ao mesmo tempo uma consciência muito aguda de que o Ocidente representado pela Europa está em declínio, sentem a nossa fraqueza enquanto potência mundial e jogam o jogo que sempre se jogou na Humanidade, os mais poderosos, ricos, os mais empreendedores, os mais guerreiros, os mais violentos, têm tendência a impor a sua lei”, referiu no seu improviso que se prolongou por quase 40 minutos.

Na mesa, presentes ainda Paulo de Pitta e Cunha, fundador do Instituto Europeu, e presidente do Conselho diretivo da Associação interuniversitária para o estudo da integração europeia — AREP, e o advogado Eduardo Paz Ferreira, dirigente do Instituto de Estudos Europeus da Universidade de Lisboa — particularmente crítico na sua intervenção sobre o recente acordo entre Bruxelas e o Reino Unido, definido como “uma decisão desastrosa que descaracteriza por completo a UE”.

Os três especialistas integraram o primeiro painel da sessão dos colóquios “Olhares sobre a União Europeia nos 30 anos de adesão à UE”, que assinala a adesão de Portugal à então CEE e que se vão prolongar, com periodicidade mensal, até aos finais de 2016.

“Estamos confrontados com um grande desafio”, assinalou, ao referir-se à ideologia hoje dominante nesta “nova fase” do mundo islâmico, e após ter percorrido as principais etapas de construção da Europa, esse “pequeno cabo da Ásia”, desde a Grécia antiga até às duas guerras mundiais do século XX e cujas consequências acabaram por justificar um projeto comum europeu, hoje em crise, em recuo.

“E[ste desafio] sugere que querem recuperar um estatuto histórico, mesmo recuperar todo o espaço que foi o das primeiras conquistas do mundo islâmico na Europa, quando nasceu”, afirmou, numa referência ao mundo islâmico.

“Para eles somos os cruzados, mas vendo bem e de uma maneira objetiva, como diz o outro ‘quem começou primeiro foram eles'”, afirmou.

Perante estes novos fenómenos, o ensaísta não deixou de definir como “extraordinário um certo fascínio que uma parte da juventude da Europa manifesta em relação a essa reivindicação violenta, que seja justa ou injusta não importa”.

Um fenómeno em que “gente portuguesa, espanhola, francesa vai participar nesse combate, algo de estranho para a nossa mitologia própria de europeus”, arriscando uma comparação com 80 anos e que decorreu em solo europeu: “Como se nos anos (19)30, quando uma parte dos intelectuais se mobilizaram para a guerra [civil] de Espanha”.

Perante este novo mundo, “algo de estranho para nós” e cujo desfecho está reservado para o futuro, Eduardo Lourenço mantém a esperança “que se encontre uma solução o mais pacífica possível, mas para isso temos de fazer uma dupla conversão, tornarmo-nos mais europeus, particularmente os franceses”.

E é em França que o pensador centra o atual embate, decerto recuperando as consequências dos atentados que abalaram Paris em janeiro e novembro de 2015.

“Em França, em ensaios, artigos, etc., já não há assunto nenhum que não passe pelo Islão… A minha cara França é hoje provavelmente a nação mais problemática da Europa”, considerou.

No seu improviso, entendeu no entanto alterar para um “género de juízos jornalísticos, mediáticos, em relação a uma parte da humanidade que é extremamente forte, aguerrida, numerosa, que se estende praticamente aqui desde Marrocos até à Indonésia”.

Numa referência específica a Portugal, definiu a comunidade islâmica, proveniente de Goa, de Moçambique, de outras ex-colónias, como “muito portuguesa, muito nossa, até hoje pelo menos”, numa clara distinção face aos dilemas que se colocam, de imediato, para além das fronteiras do país.

“Necessitamos da consciência de que estamos todos no mesmo barco, na nau Europa, que continue a navegar, como na pátria de Ulisses que é a nossa pátria de europeus”, pugnou na conclusão da sua intervenção.

PCR // EL

22 de Fevereiro, 2016 Carlos Esperança

Islão moderado?

A luta contra o Islão político ou, melhor dito, fascismo islâmico, terá de vir dos muçulmanos para ser eficaz.

Infelizmente, «muçulmanos moderados» é algo que cada vez mais parece impossível de encontrar.

Veja-se esta «muçulmana moderada».

12 de Fevereiro, 2016 Carlos Esperança

Idiossincrasias islâmicas

Anúncio com Neymar é retirado das ruas de Meca por “violar santidade”
Cartazes com campanha publicitária do brasileiro para rede mundial de fast food causam polêmica em cidade santa para a fé islâmica, onde ocorre peregrinação anual.

Por GloboEsporte.comBarcelona, Espanha

Neymar campanha (Foto: Reprodução)

Uma campanha publicitária com Neymar causou polêmica em Meca, cidade na Arábia Saudita considerada santa para a fé islâmica. De acordo com o jornal “La Meca”, cartazes com uma foto do jogador – em um comercial para uma rede mundial de fast food – foram retirados das ruas da cidade por supostamente “violar a santidade religiosa” do local, onde ocorre peregrinação anual dos muçulmanos.

6 de Fevereiro, 2016 Carlos Esperança

A hipocrisia e a fé

Os gays islâmicos não trocam de posição na cama?

Aparentemente, não. Os ativos em geral são homens mais velhos e casados. Os passivos têm menos de 16 anos e fazem sexo a contragosto ou por dinheiro

Por: Duda Teixeira

Protesto contra evento sobre gays que aconteceu na embaixada americana em Lahore, no Paquistão, em 2011

Membros do maior partido islâmico do Paquistão, o Islami Jamiat Tulba (IJT) fazem uma manifestação contra os direitos dos homossexuais em frente à embaixada americana em Lahore, em 2011. Crédito: Arif Ali, AFP

No post Por que os terroristas do Estado Islâmico (Isis) executam gays, mas mantêm homossexuais em suas fileiras?, argumentei que muitos muçulmanos condenam os que se comportam como passivos, mas toleram os ativos. A indagação óbvia é: eles não trocam de posição? Resposta: não.

31 de Janeiro, 2016 Carlos Esperança

Quando a religião transforma o Estado num campo de concentração

No jornal alemão Süddeutsche Zeitung saiu esta semana uma entrevista com uma refugiada iraquiana da minoria yazidi que acaba de publicar um livro sobre o período em que esteve nas mãos dos terroristas do Estado Islâmico (EI ou Isis).

A jovem, que se apresenta com o pseudónimo Shirin porque teme pela vida da mãe e das irmãs, que continuam em poder dos islamistas, foi raptada em agosto de 2014, aos 17 anos, e transformada em escrava sexual. Ela foi vendida, sucessivamente, a nove integrantes do grupo, que fizeram dela sua “esposa” — um eufemismo para um cotidiano de estupros, espancamentos e humilhações constantes.