Os suspeitos do costume já reivindicaram a carnificina. As vítimas aproximam-se da centena e o número de reféns é indeterminado.
A crença no Paraíso é mais nefasta do que a superstição do Inferno. Os alienados de deus matam porque sim e morrem porque querem o Paraíso. A demência mística é o detonador do ódio e da violência.
Por todo o mundo jorra o sangue de inocentes, vítimas da fé assassina dos carrascos. Os empresários da fé dizem em público que são desvios, mas rejubilam em privado. A catequização com que as religiões ensinam os seus crentes a abominar o deus dos outros está na base dos crimes de inspiração religiosa que põem em risco a civilização e o progresso.
O Corão é um livro que a razão e um módico equilíbrio mental repudiam, mas é o ganha-pão dos pregadores que fanatizam, embrutecem e atemorizam os crentes, nas mesquitas, com homilias xenófobas, racistas e misóginas.
A laicidade já conseguiu moderar os ímpetos prosélitos judaicos e cristãos mas ainda não chegou aos antros do fascismo islâmico onde os crentes se ajoelham e rezam contra alguém.
Malditas crenças cuja irracionalidade semeiam o pavor e a tragédia. É preciso parar os deuses de hoje antes que os mitos sacrifiquem a humanidade. Como nos tempos antigos, os rituais do sacrifício humano continuam a fazer-se nos altares para que os deuses se apazigúem. Todos os deuses juntos não valem uma só vida humana.
MUMBAI. Mais um nome a fixar, mais um crime a julgar.
Por
Kavkaz
No Iémen, o país mais pobre do mundo árabe, gastaram-se quase 50 milhões de euros numa nova mesquita. Os clérigos islâmicos esfregam as mãos de contentes com os investimentos na mesquita luxuosa. O negócio religioso poderá prosperar num país onde 46 % da população vive abaixo do limiar da pobreza. A religião ri-se da pobreza da população.
O Ministério da Comunicação de Marrocos proibiu a difusão da última edição do semanário francês L`Express por alegadamente ofender a religião islâmica, uma possibilidade prevista no artigo 29 do Código do Imprensa para situações que atentem contra o Islão, a monarquia, a integridade territorial e a ordem pública.
Comentário: Alguma religião defende a liberdade?
Segundo informação da agência Reuters, os islamitas da Somália lapidaram uma mulher acusada de adultério. As testemunhas que assistiram à execução afirmaram tratar-se da primeira execução pública depois de vários anos.
A execução na praça pública foi presenciada por centenas de pessoas enquanto Maomé, algures no Paraíso, se rebolava de gozo e os guardas abriram fogo, quando um familiar corria para a vítima, e abateram um menino.
Por mais respeito que a fé possa merecer e por muito apreço que o multiculturalismo suscite, não pode haver na cultura europeia e na herança recebida do Iluminismo o menor respeito ou a mais leve consideração por tão boçal manifestação de barbárie.
Que teria sucedido à Europa se tivesse parado no tempo das Cruzadas a recordar Urbano II ou se, há um século e meio, Garibaldi não tivesse reduzido Pio IX à insignificância, à criação de dogmas e excomunhões?
A tradição é o mais obsceno argumento que a inteligência pode aceitar e o humanismo, de que nos reclamamos, pode aceitar. Na Índia, de vez em quando, ainda surge a família de um defunto a empurrar a viúva para a pira funerária mas a justiça já consegue parar os trogloditas que ousam assar viva uma pobre mulher.
A Europa, pregando o respeito pelas tradições e violando a soberania dos países, como sucedeu no Iraque, perde a força moral para se opor ao fundamentalismo religioso que grassa no seu próprio espaço.
Há dias, o Director da BBC proibiu qualquer conteúdo irónico sobre muçulmanos e deu um exemplo intolerável de censura e cobardia.
O medo e a pusilanimidade são o húmus onde florescem a intolerância e a fé.
Tenho dificuldade em acreditar que a censura e o medo já atingiram o país da Magna Carta, berço da democracia, com provas dadas na defesa da liberdade.
Quando o Director da BBC proíbe qualquer conteúdo irónico sobre muçulmanos não é apenas um acto intolerável de censura que se exerce, é um indício de cobardia que avilta quem decide e envergonha quem se submete.
As susceptibilidades dos crentes, descrentes ou anti-crentes não se podem sobrepor ao direito de expressão, crítica e sátira. Os prosélitos de qualquer credo não desistem de intimidar os que se lhe opõem, recorrendo ao terrorismo, se puderem. E há quem veja na capitulação perante a demência fanática o caminho da paz.
A Europa é hoje um espaço urbano graças à luta contra o pensamento único, o carácter divino do poder e o clericalismo. A cobardia de uns e a cumplicidade de muitos levam-nos para um caminho de difícil retorno.
«Preparando o confronto final entre o Mundo Cristão e o Radicalismo Islâmico» *
A comunicação social tem ignorado as recentes mudanças ocorridas na Igreja católica, relativas ao Islão. Deu mais atenção ao alarido da rua islâmica relativo ao discurso do Papa Bento XVI na Universidade de Ratisbona do que ao ódio surdo que cresce nas sacristias e extravasa nos paços episcopais, ódio que é retribuído de forma mais ruidosa e primária pelos islamitas.
O ecumenismo é o ardil que as religiões utilizam para camuflar o proselitismo. Convém lembrar o ataque do cardeal Ratzinger contra o diálogo religioso através da «Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé Dominus Iesus», do ano 2000. Nesse documento, Ratzinger diz que a Igreja católica é “a Igreja verdadeira” e que as “Igrejas particulares” (ortodoxas) e as comunidades eclesiais (protestantes e anglicanas) “não são Igrejas no sentido próprio”, num tom que igualmente exclui as religiões não cristãs. A reiterada denúncia da «ditadura do relativismo» é redundante.
É neste contexto que um grupo de bispos participantes no Sínodo sobre a Palavra de Deus, no Vaticano, acusaram o Islão de não considerar os direitos da mulher, no casamento e na família, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
O catolicismo é particularmente misógino, quer nos textos bíblicos, quer na doutrina, considera a mulher portadora de pecado original e não ratificou a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Espanta, pois, uma acusação tão desabrida feita por quem não tem particulares pergaminhos na defesa dos direitos da mulher e da igualdade de género.
Mas a verdade é que os bispos têm a razão que pode faltar à sua Igreja mas sobra na impiedade da fracassada civilização árabe e nas atitudes tribais da religião islâmica.
Não tenhamos ilusões a respeito do confronto religioso que se desenha no seio da Igreja católica, no plano intelectual, e que aguarda a oportunidade de arrastar Estados.
A gradual secularização das sociedades democráticas e consequente perda de influência religiosa substituirá a propalada guerra de civilizações, eufemismo com que se mascara o desejo hegemónico das religiões, pela luta entre a civilização e a barbárie, o laicismo e as teocracias, o Estado de direito e o direito canónico.
O pior que pode acontecer à civilização e aos Estados democráticos é deixarem associar a defesa das liberdades a uma qualquer religião e permitirem que os direitos individuais e a modernidade fiquem reféns de um credo.
* Subtítulo de «O Mundo Secreto do Opus Dei» de Robert Hutchison, 1997
MADRID (AFP) — Oito pessoas foram detidas nesta quinta-feira durante uma operação que desarticulou “uma célula vinculada ao terrorismo islâmico que prestava apoio” a membros da Al-Qaeda, informou o ministério do Interior.
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