30 de Abril, 2013 Carlos Esperança
Campanha contra a violência machista na Arábia Saudita
http://sociedad.elpais.com/sociedad/2013/04/29/actualidad/1367256150_464265.html
http://sociedad.elpais.com/sociedad/2013/04/29/actualidad/1367256150_464265.html
Se há quem verdadeiramente me comova, pelo sofrimento desnecessário, é a população muçulmana, vítima dos preconceitos religiosos e da impossibilidade da apostasia, um direito inalienável em democracia e um crime punido com pena de morte nas teocracias.
Os monoteísmos baseiam-se em textos bárbaros, uma herança hebraica de origem tribal e patriarcal. Paulo de Tarso, na sua cisão com o judaísmo, havia de criar a seita à qual Jesus foi alheio, tendo nascido e morrido judeu e circuncidado. Por razões políticas, foi o execrável Constantino, que a si próprio se designou o 13.º apóstolo e que, sem abdicar do mitraísmo, fez da seita cristã a religião que aglutinou o Império Romano.
O ódio aos judeus vem daí, esse ódio que os trânsfugas consagram à ideologia ou grupo donde provêm. O antissemitismo é filho desse ódio irracional, com interesses à mistura, e que serviu para tornar mais dramático um fenómeno de natureza secular, o nazismo.
Os quatro Evangelhos (Marcos, Lucas, Mateus e João) e os Atos dos Apóstolos têm, na contabilidade de Daniel Jonah Goldhagen (in A Igreja católica e o Holocausto) cerca de 450 versículos explicitamente antissemitas, «mais de dois por cada página da edição oficial católica da Bíblia».
Mas o mais implacável dos três monoteísmos havia de surgir apoiado pelo impulso belicista e a violência das tribos nómadas do deserto através de uma cópia grosseira do cristianismo – o Islão. Desde crianças que as madraças e mesquitas fanatizam as pessoas e ensinam o que aquele rude condutor de camelos – Maomé – pretende delas. No fundo, pretende que todos se convertam ao Islão e «os que não quiserem, matai-os».
Quem esquece a euforia da rua islâmica quando Salman Rushdie foi condenado à morte ou os editores de «Versículos Satânicos» foram assassinados? Quem esquece os gritos ululantes pela morte de turistas infiéis ou dos passageiros dos comboios que seguiam para a estação de Atocha? Quem ignora o êxtase pio pelo desabar das Torres de Nova York ou pelos desacatos provocados pelas caricaturas do Profeta?
Preciso de repetir diariamente o asco que merece o sionismo, outra demência piedosa, para poder alertar para os riscos do Islão, que só produz petróleo e terrorismo? Algum leitor gostaria de ver uma criança levada à excisão do clitóris, de assistir às chicotadas públicas em mulheres, com gente em delírio, à decapitação de apóstatas ou à lapidação de uma mulher para quem a violação conta como adultério da vítima?
É necessário repetir a tragédia que foram as Cruzadas, a evangelização dos índios, as fogueiras da Inquisição ou as perseguições aos judeus para poder execrar essa maldição medieval que um condutor de camelos, analfabeto e pedófilo, legou à posteridade?
O Islão não é apenas a pior das ideologias com poder, é a mais implacável máquina de tortura e humilhação contra as populações que oprime, sobretudo, mulheres.
É bem conhecido o sofrimento dos países árabes e de outros que a lepra do islamismo contagiou. Muitos deles têm enormes reservas de combustíveis fósseis e são espoliados pelo capitalismo internacional, pilhados pelas ditaduras que os oprimem e por tradições tribais que lhes negam direitos humanos elementares.
O fracasso da civilização árabe e o primarismo dessa cópia grosseira do cristianismo – o Islão –, são o húmus onde floresce o tribalismo patriarcal alheado do direito romano e da cultura helénica. São países onde o medo e os constrangimentos sociais prolongam os preconceitos e mitos herdados de uma época em que os homens eram mais violentos e Deus a criação ampliada dos seus defeitos.
No desespero de uma vida sem esperança nem futuro crescem os sonhos de um Paraíso pejado de virgens e rios de mel, mitos que levam os mais piedosos a cometer crimes e a sonhar vinganças contra os infiéis.
Os dois chechenos que mataram três pessoas e feriram cerca de duzentas, em Boston, sonhavam uma chacina em Nova York, quiçá para ampliarem o número de virgens e de rios de mel a que teriam direito. Não são dementes, mas crentes. Não são criminosos do delito comum, são piedosos fiéis que sabem de cor o Corão. Rezaram muitas orações, virados para Meca, e ouviram centenas de sermões nas madraças e mesquitas onde se faz de cada criança um devoto e de todos os crentes assassinos potenciais.
Há uma multidão de intelectuais politicamente corretos que não se cansa de explicar que é uma minoria de radicais que exalta semelhantes crimes. Nunca acusam o Corão que os fanatiza e expressamente lhes impõe a execução das fatwas, jamais citam os pregadores do ódio e nunca trazem à memória a excitação da rua islâmica na louca euforia com que acolheu o ataque às torres gémeas de Nova York ou o massacre da estação de Atocha.
O profeta mandou matar os infiéis e é o que qualquer bom muçulmano deseja. O resto são complexos de intelectuais politicamente corretos, indiferentes à lapidação de uma adúltera, à decapitação de um apóstata, à amputação da mão que roubou um pão ou às chicotadas públicas na mulher que se atreveu a tirar o véu em público ou a ir à escola.
Os cúmplices dos países democráticos não veem que a excisão do clitóris só ocorre em contexto islâmico, que a misoginia é aberração, que os direitos humanos são universais e que, finalmente, a sharia é uma crueldade para quem vive sob o fascismo islâmico e a vergonha para a condescendência em nome da tradição.
Em vez de desculparem o manual terrorista – o Corão –, defendam a laicidade.
Katherine Russel, viúva de Tamerlan Tsarnaev, é considerada pelo FBI uma testemunha-chave da investigação sobre o atentado na Maratona de Boston. Seu marido, morto após tiroteio com a polícia entre a quinta e a sexta-feira da semana passada, é um dos suspeitos das explosões da última segunda-feira (15).
Comentário: São necessários rigorosos cuidados higiénicos.
Não há Islão radical, como não há judaísmo ou cristianismo radical. Há três religiões do livro que conseguem ser as piores, capazes de levar a morte aos infiéis para conquistar o Paraíso.
O judaísmo continua a ser um perigo para a paz, convencido como está do direito divino sobre a Palestina, numa deriva beata que conduziu à demência sionista. Vale-nos o facto de muitos israelitas estarem laicizados e o agnosticismo e o ateísmo serem frequentes.
O cristianismo, alvo da repressão sobre o clero, domesticado, parece hoje uma religião inofensiva, salvo para os próprios que se ciliciam, crucificam e viajam de joelhos.
Só o Islão, sem Reforma nem estados laicos que julguem e condenem os pregadores do ódio que infestam as mesquitas e as madraças, continua a deriva misógina e o belicismo prosélito que impõe a submissão ao profeta analfabeto, polígamo e pedófilo. O arcanjo Gabriel ditou-lhe, entre Medina e Meca, uma cópia grosseira do cristianismo e exigiu-lhe que dizimasse os infiéis, isto é, todos os que aderem ao modernismo e à democracia.
Para agravar a crise económica, social e política do mundo civilizado surgem os beatos terroristas a ensinar geografia depois de indicarem com sangue a nação de origem. São jovens intoxicados pelo Corão, à espera de 72 virgens e de rios de mel doce, crentes no Paraíso que os talibãs creem existir para albergar fascistas islâmicos.
Os dois jovens de origem chechena foram vítimas de um manual terrorista que se insiste em dizer que é mal interpretado pelos únicos que são coerentes com o que diz o Corão.
A perigosidade do Mein Kampf é incomparavelmente menor. Só quem nunca leu o Corão é capaz de atribuir a interpretações erradas a expressa vontade do profeta.
A última tropelia do fascismo islâmico surgiu em Boston. Quantos mortos serão ainda necessários para que os países democráticos deixem de proteger as ditaduras de onde sai o petróleo e o apoio ao terrorismo?
Três homens forçados a abandonar a Arábia Saudita por serem demasiado bonitos
Por serem considerados uma possível tentação para as mulheres sauditas, homens foram deportados para o seu país.
A presença de uma mulher junto à representação dos Emirados Árabes Unidos terá deixado a polícia nervosa.
Três homens dos Emirados Árabes Unidos foram forçados a abandonar um dos mais importantes festivais culturais na Arábia Saudita, e depois o país, por serem “demasiado bonitos”. A polícia religiosa saudita considerou a sua presença perigosa por serem uma possível tentação para as mulheres.
As manifestações defendiam a jovem tunisiana Amina Tyler, foi ameaçada de morte por apedrejamento após a divulgação, em março, de fotos em que exibia os seios pintados com a frase: “Meu corpo me pertence, não representa a honra de ninguém”.
O fracasso da civilização árabe exacerba o fundamentalismo islâmico que contamina os países não árabes, como o Irão e a Turquia, atingindo a Europa, EUA e África.
Em nome da liberdade religiosa poder-se-á dizer que falta legitimidade às democracias para proibir os símbolos identitários mas, em nome da liberdade, deverão ser proscritos os símbolos da submissão de género, situação agravada pelo facto de se saber que, por cada mulher que pretende usar a burca, há centenas a quem é imposta.
De menor importância, embora, a lei que impede o uso de máscaras na via pública, por razões de segurança, devia ser suficiente para impedir tais adereços que, para além de discriminarem as mulheres, são um embaraço à identificação pessoal para prevenção e apuramento de autores de crimes.
Depois da proibição francesa, belga e holandesa, a discussão continua em vários países europeus e a proibição ordenada por 13 municípios espanhóis, sofreu um revés legal, no Supremo Tribunal, contra o município de Lleida, o primeiro em Espanha a proibir o uso da burca e do niqab. O Supremo argumenta que o princípio que proíbe o véu integral só pode ser feito através de uma lei, como indicado pela Constituição espanhola, uma vez que é uma limitação ao exercício de um direito fundamental (a liberdade religiosa).
Sem debater a argumentação cujo fundamento é discutível, ressalta a necessidade de se legislar, não a nível autárquico, mas a nível nacional. A Europa sabe que a liberdade de que frui foi conseguida com a repressão do proselitismo clerical. A Guerra dos 30 Anos (1618/1648) não pode ser esquecida, nem o sangue aí vertido, até à paz de Vestefália.
Dominado o totalitarismo católico que apenas viria a reconhecer a liberdade religiosa no concílio Vaticano II, não podemos permitir que o fascismo islâmico destrua a mais bela conquista civilizacional – a igualdade de género.
Já basta que nos países reféns do Islão não sejam permitidas outras religiões e a pena de morte seja ainda o castigo para a apostasia, um direito indeclinável de qualquer cidadão.
A má consciência do colonialismo europeu não pode condescender com anacronismos.
Na imagem da direita os ombros de Michele Obama foram cobertos para não elevar a testosterona de Maomé.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.