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Categoria: Islamismo

22 de Junho, 2014 Carlos Esperança

É mais difícil pecar em jejum

Na próxima semana começa o Ramadão, mês sagrado para o islamismo e durante o qual os muçulmanos praticam o jejum, desde o nascer ao pôr do sol. O Ramadã tem a duração de 30 dias e marca o começo do nono mês muçulmano, seguindo o calendário lunar.

“Fazer jejum é um dos cinco pilares do Islã. Jejum faz bem para a saúde porque sabemos que a doença sai do estômago e se a pessoa fica sem comer e beber a doença vai embora, ela fica boa e sem vontade de cometer pecados”, explica o sheikh Omar Omama, da Mesquita de Cuiabá.

11 de Junho, 2014 Carlos Esperança

As fobias e o medo do sufixo

Condenar fobias coletivas, que levam o sofrimento e a violência a minorias, é um dever de cidadania e um ato de humanismo. A misoginia é uma fobia de contornos religiosos que atrasou a emancipação da mulher e a submeteu, ao longo dos séculos, ao sofrimento violento e à tristeza profunda.

A xenofobia é responsável por guerras e dramas que uma sociedade civilizada não pode consentir. Os dramas vividos ao longo da história, pela pulsão homofóbica, tantas vezes oriunda de quem se sente atraído pelos comportamentos que execra, são uma mancha na história da humanidade e um comportamento que está longe de ser erradicado.

As fobias individuais são um caso psiquiátrico, as coletivas um problema social.

A Declaração Universal dos Direitos do Homem devia ser assimilada em qualquer lugar e por todos. O analfabetismo, a fome, o atraso social, o tribalismo e os preconceitos são responsáveis pelos atropelos a direitos que muitos povos nem sequer conhecem.

Dito isto, urge denunciar o sufixo «fóbico» como álibi para absolver crimes. Tal como a escravatura e o canibalismo foram combatidos, porque o horror a tais comportamentos a isso conduziu, outras iniquidades devem ser combatidas sem constrangimentos.

O apodo de cristianofobia não pode impedir que se averiguem os crimes praticados em épocas recentes pelo catolicismo irlandês, sobre mulheres e crianças, ou a cumplicidade do clero espanhol no genocídio franquista. É preciso neutralizar as forças que afastaram o juiz Baltasar Garzon, as ameaças do cardeal Rocco Varela e os resquícios franquistas das hostes do PP.

Ninguém se atreve hoje a chamar a alguém fascismofóbico ou nazismofóbico porque as ideologias eram e são perversas e porque produziram e produzem crimes. Não é o ato de pensar, por mais perverso que seja, que pode ser punido, mas os crimes a que conduz e quem os pratica.

A acusação de islamofobia afigura-se hoje como a cumplicidade com o mais implacável dos monoteísmos, a mais primária das religiões do livro e os mais perversos métodos de proselitismo, perpetrados por indivíduos fanatizados, desde crianças, nas madraças e nas mesquitas, por pregadores do ódio que prometem virgens e rios de mel.

O medo dos talibãs é uma arma que a extrema-direita europeia usa para se substituir na redução de liberdades e no ódio sectário. A Al-qaeda, ao contrário do que certa esquerda diz, é a expressão das crenças e desejos de um profeta analfabeto vertidos num manual terrorista chamado Alcorão.

Do Paquistão aos EUA, da Europa à região africana de Sahel, do Kosovo às Repúblicas ex-soviéticas, todos os dias se formam novas células de fanáticos que querem submeter o mundo a Maomé e as liberdades aos ditames da sharia. Tal como sucedeu na Europa, com a repressão política ao clero, para que pudéssemos ter ou não ter religião, é urgente reprimir a vontade de um deus malévolo para que os homens possam ser livres e felizes.

Um caso grave é a Turquia, com um vigoroso exército. Erdogan, muçulmano moderado, como europeus e americanos o designam, declamando tautologicamente um oximoro, decapitou as Forças Armadas e o aparelho judicial, que defendiam a laicidade, com a legalidade do voto, enquanto reislamizou o País, ao sabor da fé e a caminho da sharia.

1 de Junho, 2014 Carlos Esperança

Fascismo islâmico

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Foto mostra sudanesa com filha no colo atrás das grades

Islão condenou a mulher à morte por apostasia, crime relacionado à conversão de pessoas que saem islamismo; governos dos EUA, Reino Unido e Holanda tentam alterar a pena

Meriam Yahia Ibrahim Ishag, de 27 anos, foi condenada à forca em meados de maio por ser cirstã
Foto: Daily Mail / Reprodução
Nesta sexta-feira, foi divulgada a primeira imagem da sudanesa que deu à luz na prisão, segurando seu bebê recém-nascido no colo. Meriam Yahia Ibrahim Ishag, de 27 anos, foi condenada à forca em meados de maio por ser cristã. As informações são do Daily Mail.

A jovem foi acusada pelo crime de apostasia, que julga a conversão de pessoas que deixam o islamismo. A lei, que é vigente no Sudão desde 1983, proíbe a mudança de religião e a condena sob pena de morte.

Meriam será submetida a 100 chibatadas, antes de ser enforcada. A prisão da jovem, que é casada com um cristão norte-americano, causou uma série de protestos pelo mundo.

Os governos do Reino Unido, dos EUA e da Holanda têm expressado preocupação e criaram uma petição pela libertação de Meriam, promovida pela Anistia Internacional. O abaixo-assinado já conseguiu 650.000 assinaturas.

18 de Maio, 2014 Carlos Esperança

LÍBIA: de novo na berlinda…

Por

E-Pá

O mundo está confrontado com o ocorrido na chamada ‘Primavera Árabe’ que devastou o Norte de Africa desde a Tunísia ao Egipto, passando pela Líbia.

É deste último país que chegam notícias do reacender de novos confrontos. Agora – e mais uma vez – a batalha trava-se em Benghazi. Segundo a edição digital do Lybia Herald o general Khalifa Hafter iniciou operações militares na capital da Cirenaica com vista a anular a influência de 2 grupos extremistas muçulmanos (Deraa nº. 1 e Ansar El-Sharia) link .

Estas recentes acções militares surpreenderam o Governo Líbio e parecem inserir-se na pretensão publicamente manifestada por este general de tentar tomar o poder através de nova insurreição link. O general revoltoso, também conhecido por Hifter, é um velho colaborador da CIA link desde a sua captura na guerra líbio-chadiana (1987) conflito regional que ocorreu na faixa de Aouzu tendo como móbil a exploração de urânio. De 1991 a 1996 viveu no EUA (Virginia), i. e., nas proximidades da sede desta organização de inteligência americana link.

Para aqueles que pensavam que a guerra civil líbia teria acabado com a queda do regime de Gadhafi e a execução do seu líder, estes mais recentes desenvolvimentos introduzem novos dados para repensar a situação política no Norte de África.

E, na passada, interrogar sobre qual o papel e os objectivos dos EUA nesta mortífera ‘primavera’…

16 de Maio, 2014 Carlos Esperança

Em terras do Profeta Maomé_o misericordioso

Mulher é condenada à forca por se ter casado com cristão

Amnistia Internacional pressiona o governo sudanês para libertar a mulher e anular a sentença condenatória. País segue a rígida lei islâmica

Sudanesa em campo de refugiados em Kutum, Sudão

Sudanesa com véu islâmico em Kutum, no Sudão (AFP)

Um tribunal sudanês condenou nesta quinta-feira uma mulher à forca por apostasia (abandono da fé) depois que ela deixou o Islã e se casou com um homem cristão. “Nós demos-lhe três dias para se retratar, mas você insiste em não retornar ao islamismo. Por isso, condeno-a a ser enforcada até a morte”, disse o juiz a mulher, segundo a rede BBC.

10 de Maio, 2014 Carlos Esperança

EU, MALALA…

Por

João Pedro Moura

Malala Yousafzai, a jovem estudante paquistanesa atingida a tiro por um taliban, em 9 de Outubro de 2012, por reivindicar a escolaridade feminina, narra a sua vida no livro “Eu, Malala…”, publicado em novembro de 2013, em Portugal.

É, também e sobretudo, um relato pungente e dramático sobre o processo de reislamização do Paquistão, nomeadamente, no Vale de Swat, região noroeste, próxima do Afeganistão, donde Malala é natural.

A autora centra-se na vida da região, mas carreia numerosos pormenores da vida político-social paquistanesa e regista, particularmente, a emergência dos talibans na sua região e a sua ordinária propagação, fruto da iliteracia, do conservadorismo, da pobreza e da falta de empenho das autoridades, civis e militares, em combater tal flagício: a hedionda escumalha islâmica.

Malala descreve o aparecimento e desenvolvimento do movimento taliban, no Paquistão, como dificilmente alguém descreverá. A autora vive num sítio e relata o que lá vai acontecendo, com o aparecimento dos primeiros talibans: instalam uma rádio (financiados por quem?) e difundem a sua ideologia pestífera…

… Nos sismos, os muçulmanos fundamentalistas, em geral, são os mais dedicados ajudantes no transporte de pessoas e bens…

À falta de eficácia dos tribunais, os talibans instalam tribunais arbitrais e chamam os litigantes, que, confiantes numa justiça rápida, aceitam as sentenças…

Implicam logo com as mulheres e alguns usos e costumes delas, concretamente a educação, dizendo que não é para meninas… insistindo que não é para meninas… reiterando e, depois, ameaçando que a educação não é para meninas…

…A populaça, temerosa perante a altivez e assertividade da cambada talibanesca, vai cedendo, retirando filhas da escola, e as próprias mulheres vão abandonando as deambulações pelas lojas e mercados, sobretudo sozinhas, porque os talibans não querem e ameaçam…

Tudo isto, ante a complacência das autoridades locais e regionais que, ou aderem mesmo à boçalidade taliban ou colaboram passivamente, numa cobardia e capitulação impressionantes, perante a avançada da “hedionda”…

As autoridades nacionais deixam que a peste se instale, pois que tal região, o Vale de Swat, goza de autonomia e… desprezo da população pelas autoridades, e, muito tempo depois, vão combater os hediondos e alarves talibans, displicentemente …

Um dia, depois de várias ameaças, um taliban manda parar a carrinha de transporte escolar, onde ia a Malala, e dispara contra a mesma, ferindo-a gravemente. Depois de ser tratada, precariamente, no país, Malala beneficiou de circunstanciais apoios de pessoal médico britânico, presentes no Paquistão, e foi transportada para o Reino Unido, onde foi bem tratada, sobreviveu e parece estar pronta para o combate pela educação feminina, mormente em terra infestada pela hedionda escumalha islâmica.

Malala não seria nada, se não tivesse o pai que tem, um muçulmano “liberal”, “moderado”, que sempre promoveu a educação da filha e é dono de várias escolas na região, umas para rapazes e outras para raparigas, eventualmente uma ou outra mista.

Malala é uma muçulmana, moderada, que se destaca pela defesa abnegada da educação feminina. Malala inquiria os opositores misóginos sobre a procedência da suposta proibição da educação feminina, no Alcorão. É claro que não obtinha resposta, porque o Alcorão não prescreve tal proibição…

Como diria Malala, citando um oficial militar paquistanês, o fundamentalismo talibanesco é uma mentalidade. É uma estranha mentalidade, misógina, agressiva, intrinsecamente perversa e totalitária, acobertada no Islão, mas não necessariamente conforme o seu preceituário.

O problema aqui é saber e registar como é que um povo, néscio, crédulo, temeroso, passivo, se deixa indrominar pela arrogância desmedida da hediondez islâmica e lhe obedece…

Malala, muçulmana moderada? O que é a “moderação islâmica”?

Enfim, é ela e o pai…

Malala, apesar de viver no Reino Unido, parece que ainda não cedeu no porte da vedação têxtil da cabeça (sim, mais do que veladas, aquelas mulheres são… vedadas…) e, nos primeiros dias, ela e a mãe ficaram escandalizadas com as roupas das britânicas…

É difícil definir o que é um muçulmano “moderado”. Sê-lo-á conforme são aqueles cristãos que estão integrados na ordem político-social moderna dum país e não reclamam penas bíblicas, conforme um “moderado” muçulmano também não reclamará pela “sharia” islâmica…

Um muçulmano “moderado” é aquele que responderá “não” aos seguintes quesitos:

– É a favor de pena de prisão ou morte aos muçulmanos que abandonarem a religião islâmica?

– É a favor de pena de prisão ou morte a quem criticar alguma coisa do Islão?

– É a favor de pena de prisão ou morte, podendo esta ser executada por um familiar, aplicada às mulheres que tiverem relações sexuais sem casamento?

– É a favor da obrigatoriedade, pelo menos imposta pela família, do véu islâmico?

Os que responderem “não” são “moderados”…

Quem são? Quantos são?

O livro de Malala não responde nem se centra nestes quesitos. Malala, nas situações críticas por que passou, reagiu sempre com fervor religioso e com intensas orações, orações estas que perpassaram sempre a sua vida e, certamente, perpassam.

Vamos indo e vamos vendo a evolução desta jovem mulher, de elevadíssima consciência cívica, ótima aluna, inteligente, curiosa, como poucas muçulmanas haverá, e com enorme vocação para ser política…

…Ou médica ou professora… para o sexo feminino, claro. Praticamente, as únicas profissões que as jovens, no meio original dela, poderiam ter…

Um livro que eu recomendo a toda a gente…

Eu, Malala malala-taliban-scared