Nos anos 90, aconteceu, na região central da Bósnia-Herzegovina, algo que pode ajudar a explicar por que este país tem, agora, mais homens lutando na Síria e no Iraque (mais de 300), proporcionalmente a sua população, do que a maior parte dos países europeus – um conflito armado envolvendo a ex-Jugoslávia (hoje, Sérvia) e a Croácia, que durou de 1992 a 1995.
20 de Julho, 2015 Carlos Esperança
Respeitemos as religiões. Sem condições!!!
17 de julho de 2015 – O tribunal condenou um pai a cinco anos de prisão efetiva. O devoto explicou que pretendeu evitar que a filha cometesse um pecado, “se a criança de 12 anos tivesse relações antes do matrimónio” e, para defendê-la de tal perigo, decidiu casá-la com um libanês, de 26, que entrou na Austrália com um visto de ‘estudante’.
O casamento tinha sido ‘celebrado’ por um xeque local, segundo a lei muçulmana, em 2014. A noite de núpcias foi passada num hotel e, na semana seguinte, em casa do pai da noiva. Esta tinha sido instruída para não usar métodos contracetivos por contrariarem a vontade divina. Ficou grávida e sofreu um aborto espontâneo.
Li a notícia no “Correio dos Açores” 7, sábado, dia 18, pág. 17. O libanês foi condenado a sete anos e meio de prisão por abuso sexual de menores. Quanto ao xeque era omissa. Presumi que o respeito pelo múnus o inocentou.
Fiquei feliz por um juiz ter desprezado convicções religiosas que diariamente devastam o corpo e a ‘alma’ de crianças que têm o azar de nascer em países onde as mulheres são objetos e abjetos os homens, em homenagem à tradição e por mimetismo com o beduíno amoral que deu origem ao mais ignóbil dos monoteísmos.
Há um vómito que me assalta e ameaça ser incoercível quando oiço falar do Islão, o mais execrável dos monoteísmos.