Militantes do Estado Islâmico cometeram genocídio contra o povo yazidi no norte do Iraque, assim como crimes de guerra e contra a humanidade e limpeza étnica, afirmou o Museu do Memorial do Holocausto dos Estados Unidos nesta quinta-feira (12).
Na última edição de sua revista digital, a Dabiq , o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), responsável pelos ataques terroristas que mataram pelo menos 129 pessoas na última sexta-feira em Paris, diz que hasteará sua bandeira preta no Vaticano, em mais um claro ataque contra os membros da igreja católica.
Alemanha “tem certeza” que EI quer realizar ataques no país
É fácil islamizar uma civilização, difícil é civilizar o Islão. O mais feroz monoteísmo é a cópia grosseira dos monoteísmos anteriores, servida pela lógica implacável da guerra aos infiéis.
O proselitismo é comum mas a Reforma, o Renascimento, o Iluminismo e a Revolução Francesa foram os passos que permitiram substituir a alegada vontade de Deus pela dos homens e submeter o clero ao poder secular.
O erro maior é o tratamento das religiões de forma diferente do das outras associações, incluindo os partidos políticos. A pregação da violência, os apelos à morte dos infiéis e a fanatização que se permite, em nome do multiculturalismo, nas madraças e mesquitas, é objeto de uma benevolência de que nenhuma outra associação goza.
O Corão é mais perigoso do que o «Mein Kampf», de Hitler, mas o manual terrorista de Maomé goza de complacência com o risco de incentivar ações criminosas e respostas racistas contra os crentes em vez do combate eficaz à crença.
Pode dizer-se – e é verdade –, que o Antigo Testamento, um livro da Idade do Bronze, é o livro terrorista que reflete a sociedade misógina, violenta, tribal, vingativa e patriarcal dessa época e que é comum às três religiões mas é preciso discernir entre quem abdicou de o levar à prática e quem não desiste.
Se a Europa se deixa tolher pelo medo ou se precipita na vingança aos imigrantes abdica da civilização que a engrandece, regressa à barbárie e dá a vitória aos terroristas que a ameaçam. Nem o perdão nem a vingança são compatíveis com o modelo de sociedade que custou milhões de vidas.
É preciso defender os crentes e combater as crenças que ameaçam a paz e a civilização, retirar-lhes os meios de financiamento e erradicar as cumplicidades interesseiras.
Quando se lambem as feridas de mais um atentado terrorista que ensanguentou Paris e feriu a civilização, são inoportunas as referências a crimes que a Europa e os EUA têm cometido no Médio Oriente e noutros países do Planeta.
Lembrar a cimeira das Lajes, agora, é um ato masoquista e a forma de desviar atenções da natureza terrorista do Corão, do fascismo islâmico, dos gritos ululantes com que a rua islâmica assinala entusiasticamente o triunfo da fé sobre a razão.
Todos os democratas e humanistas lamentam que não sejam julgados os cruzados que invadiram o Iraque ou alimentam terroristas bons (os seus) contra os maus (os outros). Sabemos que a sinistra monarquia da Arábia Saudita pertencia aos bons e o Iraque aos maus, mas referir agora esses motivos minimiza a crueldade do Islão e apoia a demência da fé que um beduíno amoral espalhou.
Há hoje um combate que chama ateus, agnósticos e, sobretudo, crentes. É um combate na defesa da laicidade, na proteção dos crentes contra as suas crenças, na erradicação do proselitismo que ameaça a paz e a civilização.
Depois de mais um ato de horror que se repete com monótona regularidade é altura de gritarmos a indignação e de combatermos as pulsões racistas e xenófobas, os demónios que também podem nascer nos herdeiros do Iluminismo e da Revolução Francesa.
Ontem o fascismo islâmico e o cristão tiveram um dia de glória. O Estado Islâmico e a Frente Nacional saíram vitoriosos por entre corpos chacinados e o terror instalado.
O medo é o combustível que alimenta a fé e a extrema-direita. Um califa, algures no Médio Oriente, e Marine Le Pen tiveram ontem uma prenda.
Da Reuters
Militantes do Estado Islâmico cometeram genocídio contra o povo yazidi no norte do Iraque, assim como crimes de guerra e contra a humanidade e limpeza étnica, afirmou o Museu do Memorial do Holocausto dos Estados Unidos nesta quinta-feira (12).
Estado Islâmico vende escravas a combatentes feridos na Síria – ONG
O grupo extremista Estado Islâmico (EI) vendeu várias prisioneiras de guerra não muçulmanas “como escravas” aos seus combatentes feridos ou mutilados no nordeste da Síria, denunciou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
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