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Categoria: Catolicismo

12 de Janeiro, 2010 Carlos Esperança

Ad Domini Latere…

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E – Pá

Bento XVI, actual chefe da ICAR, não entendeu o alcance dos acordos de Latrão (1929), que o acantonaram na cidade do Vaticano e salvaguardaram algum património extra-territorial e uma estância de vilegiatura papal.
Na verdade, estes acordos serviram para por fim à “questão romana” que pretendia perpetuar o regime de privilégios advindos do tempo dos Estados Pontifícios, reconhecidos por Pepino (o Breve).
Mas a ICAR sempre foi uma instituição com âmbito mais vasto, com pretensões à Universalidade.

A ICAR, como continua – em todo o Mundo – a desfrutar de um amplo acervo patrimonial, transpõe esse poderio para grande parte dos domínios seculares e leigos e julga-se possuidora de amplos poderes de intervenção, em todas as áreas que influenciam o curso da Humanidade.

Os privilégios, as prebendas e as sinecuras outorgadas por Benito Mussolini, no citado Tratado de Latrão, foram vastas e generosas: reconheceu o catolicismo como religião oficial desse país, instituiu o ensino confessional obrigatório nas escolas italianas, conferiu efeitos civis ao casamento religioso, aboliu o divórcio, proibiu a admissão em cargos públicos dos sacerdotes que abandonassem a batina e concedeu numerosas vantagens ao clero.
Apesar disso a ICAR não se cansa de declarar espoliada e tem sempre reivindicações a fazer nesta área…

Mas, grave e intolerável, é a sua constante e perniciosa interferência nos assuntos laicos dos Estados, nomeadamente, na Itália, que foi tão pródiga e perdulária a resolver a famosa “questão romana”…
Mais tarde, em 1978, os termos desse leonino acordo foram reformulados e o catolicismo deixou de ser a religião oficial e, à revelia das pretensões do Vaticano, a Itália tornou-se um Estado laico.
Nesse mesmo ano, as relações do Vaticano com a Itália deterioram-se com a aprovação do divórcio naquele país.
Em 1984, uma nova “revisão” do Tratado de Latrão, aboliu a obrigatoriedade do ensino religioso, que passou a ser oferecido somente a pedido dos pais dos alunos. O Vaticano permaneceu como estado soberano, governado pelo papa e com sede em Roma, que, contudo, perdeu o título de “cidade sagrada”.

E, para abreviar caminho, olhemos para a Itália de hoje, cujo poder se encontra sediado em Roma, sob a batuta de Berlusconi, vigiado de perto pelo ex-cardeal Ratzinger.

Interessa realçar para compreendermos melhor esta nova (velha) “questão dos crucifixos” que, actualmente, varre a Itália, o teor da “concordata” de 1984, com efeitos revogatórios do Tratado de Latrão, abolindo a obrigatoriedade do ensino religioso.

Todavia, a ICAR que é uma especialista na resistência passiva a tudo o que lhe desagrada, conseguiu, através do seu braço político do pós-guerra – o Partido da Democracia Cristã –, manter os crucifixos pendurados nas Escolas.

A recente decisão (03.11.2009) da Corte Europeia de Direitos Humanos, de proibir que as escolas italianas mantenham os crucifixos nas salas de aula, indignou o Governo de Berlusconi, habituado em fazer letra morta das leis nacionais em proveito próprio, quer nas questões materiais (os negócios de Il Cavalieri”), quer nas questões da República, passíveis de obter benesses político e eleitorais.

No que ainda resta do inefável Tratado de Latrão e que foi transcrito para a Constituição italiana de 1947 pode lê-se que estes acordos continuariam vigentes com a condição de que o papa deveria jurar neutralidade eterna (?) em termos políticos. Não me recordo do papa ter feito qualquer juramento neste sentido. O que se tornou público foi a declaração do Vaticano, através do seu porta-voz, Federico Lombardi: “A decisão da corte europeia foi recebida no Vaticano com choque e tristeza”..
Uma clara e intolerável intromissão política numa área sensível. Sabemos que um dos pilares dos Estados Republicanos é a laicidade.

A sentença da Corte Europeia mereceu o repúdio do Governo de Berlusconi que anunciou a intençao de apelar para instâncias superiores. O poder emanado do Vaticano tem longos tentáculos e, por exemplo, Rocco Buttiglione, ex-ministro da Cultura de Berlusconi e co-redactor de encíclicas papais, não teve qualquer rebuço em afirmar: “Essa é uma decisão abominável”…

Para além do problema da laicidade do Estado, entronca-se, nesta questão, a deriva xenófoba do actual governo italiano.
Em, 08.01.2010, o Ministério da Educação italiano, apresentou uma medida – já classificada de racista pela Oposição – determinando quotas para a frequência escolar de crianças estrangeiras. Para a ministra da Educação, Mariastella Gelmini, aquelas não poderão ultrapassar os 30% dos estudantes, em cada sala de aula, a partir de Setembro. A justificação aduzida pela ministra é de um cinismo arrasador: “A escola deve ser um lugar de integração”…!!!

Assim, nas Escolas italianas ficam, por enquanto, os crucifixos e expulsam-se os migrantes estrangeiros, sob o ensurdecedor silêncio do Vaticano…

10 de Janeiro, 2010 Carlos Esperança

Factos & documentos

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P P

ACTOS SOBRE A RELIGIOSIDADE DE HITLER, DO REGIME NAZI E DO POVO ALEMÃO

1 – As fivelas dos nazis ostentavam a inscrição: “Gott mit uns”.

2 – Hitler nasceu no seio de uma família católica e frequentou igrejas e escolas católicas durante a infância e juventude. A sua mãe, que exerceu grande influência sobre ele, era profundamente católica.

3 – Hitler nunca renunciou formalmente ao seu catolicismo e há indícios de que se manteve religioso ao longo da vida. Se não era católico, parece pelo menos ter mantido uma crença num qualquer tipo de providência divina. Em Mein Kampf, por exemplo, escreveu que, quando soube da notícia da declaração da Primeira Guerra Mundial, “caí de joelhos e agradeci ao céu do fundo do coração pela graça de me ser permitido viver num tempo assim”. (Hitler tinha, então, 25 anos).

4 – Em 1920, quando Hitler tinha 31 anos, Rudolf Hess, seu colaborador próximo e mais tarde vice-Fuhrer, escreveu numa carta ao primeiro-ministro da Baviera: “Conheço pessoalmente muito bem Herr Hitler e sou muito próximo dele. É um homem de um temperamento invulgarmente honrado, imbuído de uma profunda bondade, é religioso, um bom católico”.

5 de Janeiro, 2010 Carlos Esperança

Momento zen de segunda_04_01_2009

JCN -João César das Neves (JCN) é o almocreve da fé, alucinado por jejuns e genuflexões, que espera a bem-aventurança eterna com as enormidades que debita em linha com os bispos e outros avençados do divino.

Na homilia de hoje, no DN, JCN mostra pelo sexo aquela aversão que Maomé dedicou à carne de porco e pelo casamento homossexual a raiva que um talibã nutre por um infiel.

O recurso à demagogia é a encantadora postura de quem viaja de joelhos e passeia de rastos atrás das sotainas. Dizer que o Governo foi empossado para resolver problemas do País e não para legalizar o casamento gay é afirmar que a melhoria da situação legal de uma minoria impede a governação.

JCN baba-se de raiva: « O Executivo que foi homicida na liberalização do aborto e irresponsável na facilitação do divórcio é agora apenas patético insistindo na lei [casamento gay] perante a desgraça dos desempregados, descalabro financeiro, apatia geral», como se a ausência da lei criasse empregos e equilibrasse o Orçamento. Um sapateiro percebe que não há relação entre uma coisa e outra mas a cegueira de um talibã romano impede um economista de ver.

O devoto JCN é o porta-voz do catolicismo mais retrógrado, o defensor da família que o Papa, os bispos, os padres e outros inaptos para o matrimónio, decretam como correcta. Não se casam mas dizem como devem os outros casar-se. JCN é o mensageiro do clero para as questões da sexualidade. Até sabe que o deus do Papa fica muito zangado com a lei que aprova os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, um deus que está com os olhos postos em S. Bento e mete cunhas a Belém.

JCN acha que há uma máquina de propaganda, com décadas de existência, pata preparar as «tolices» que fazem ranger os dentes nas sacristias e provocam azia em Roma. Ele é contra as «doses maciças de violência, sexo e adrenalina» como se o sexo não fosse um óptimo antídoto contra a violência e uma forma saudável de baixar a adrenalina.

Na sua misoginia, no desprezo a que vota a mulher que o seu deus coloca em posição subalterna ao homem, escreve: «Hoje se um homem abandonar a família para fugir com a mulher de outro é mera expressão de sensibilidade, manifestação legítima do direito ao amor». Este bem-aventurado jamais imaginaria o contrário, «…uma mulher a fugir com o homem de outra…» porque cabe ao homem decidir, porque o deus dele fez a mulher de uma costela de Adão, como disse o Papa num acesso criacionista, esquecido de Darwin, da evolução e da verdade.

JCN, depois de execrar os «jacobinos, nazis, estalinistas e tantos outros», esquecendo as guerras religiosas, a Inquisição, as cruzadas, o Opus Dei, a Al-Qaeda e o Vaticano, acaba com uma mensagem de esperança: «Todos estes graves disparates sociais acabarão por desaparecer», convencido de que o deus dele tal como o dos suicidas islâmicos está de serviço para lhes fazer a vontade.

29 de Dezembro, 2009 Carlos Esperança

Os bispos e os referendos

Andaram os bispos portugueses 48 anos em paz, sem preocupações com a democracia, com direito a báculo e mitra apenas com autorização de Salazar, indiferentes aos crimes da ditadura e à guerra colonial, e tornaram-se agora os paladinos da democracia directa.

Todos os dias saltam prelados a agitar a mitra contra os casamentos homossexuais, a brandir o báculo contra o aborto, a perorar sobre a família, como se disso tivessem alguma experiência. Disparam ave-marias e salve-rainhas contra os “inimigos da moral e dos bons costumes” e, finalmente, exigem um referendo sobre matéria que fez parte da campanha eleitoral e dos conselhos pios aos eleitores para se afastarem de partidos que, na sua pitoresca linguagem, são contra a família.

Os bispos, que impedem a interrupção voluntária do celibato aos padres, em nome de uma decisão que lhes aumenta o poder, estão agora na vanguarda da defesa da família e da reprodução. Por que motivo não referendam, entre os padres, o celibato?

Com que legitimidade exigem a uma beata, amiga do peito e da missa, que decida sobre direitos de quem não vai à missa nem frequenta os sacramentos? Que dêem normas de conduta aos crentes é um direito, que exijam a outros que se rejam pelas normas pias é um acto prepotente e uma manifestação totalitária.

É altura de se dedicarem ao breviário e deixarem os políticos decidir em paz. Não têm, nesse campo, grande autoridade nem bons exemplos. E arriscam-se a perguntas incómodas.

27 de Dezembro, 2009 Carlos Esperança

IRLANDA: Um Natal de repugnância e cólera…

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E – Pá

O escândalo da pedofilia no seio de instituições religiosas abala a Igreja cristã irlandesa. Ou, talvez, as suas réplicas sejam mais devastadoras e atinjam os alicerces da ICAR.

Quando olhamos para os últimos acontecimentos em Dublin o que sobressalta é uma cascata de demissões:
O bispo de Limerick (oeste de Irlanda), Donald Murray, renunciou a 17.12.09;
O bispo de Kildare e Leighlin, James Moriarty, a 24.12.09;
Os bispos auxiliares de Dublin Eamonn Walsh e Raymond Field, no passado dia 25.12.09.
E o que adiante se verá…
A arquidiocese de Dublin é acusada de encobrir os abusos sexuais cometidos por padres pedófilos. Esta vergonhosa conivência com tão graves crimes coloca a ICAR na senda de uma organização foragida à Justiça. Não se entende como o arcebispo de Dublin – Diarmuid Martin, vai recebendo estas renúncias e limita-se a comunicá-las a Bento XVI. Na verdade, o arcebispo, que é o actual primeiro responsável, dos abusos repetidamente cometidos na arquidiocese que actualmente dirige, permanece impávido e sereno no exercício das suas funções eclesiásticas.

Mas, se hoje o arcebispo de Dublin dá a cara e desdobra-se em desculpas, procurando resolver esta serial criminalidade (um padre confessou ter abusado de mais de 100 crianças!), controlando os danos à ICAR, nomeadamente, tentado evitar os julgamento dos responsáveis identificados pela Comissão de Investigação Murphy, outros há, como o resignatário cardeal Desmond Connell (retirou-se em 2004), um dos inefáveis “príncipes da Igreja”, eleitor de Bento XVI e teologicamente próximo da actual sua doutrina anti-conciliar deste Papa, que tentaram por todos os meios “esconder” da Justiça estes crimes, numa atitude repugnante. Este cardeal, um dos grandes responsáveis pelos inclassificáveis atropelos cometidos à Justiça, goza – em tempos de cólera – a tranquilidade a sua jubilação.

Entretanto, Bento XVI permanece no Vaticano, indiferente a este monumental escândalo e a estes crimes que na prática permanecem inimputáveis, teorizando sobre os princípios morais que a Igreja defende e que pretende impor a todos – não só os católicos.

A pretensa autoridade moral da Igreja que esta, dogmaticamente, utiliza, quando contempla o Mundo, foi estrondosamente abalada por este escândalo.
O Relatório Ryan que desvendou as denúncias de abusos sexuais a menores, praticados por membros do clero, em escolas católicas do país, publicado em Maio passado, teve como efeito a ICAR se comprometer ao pagamento de indemnizações no valor de 145 milhões de euros. E assim se abafa centenas de crimes. Os clérigos pedófilos gozam de inteira liberdade e, possivelmente, prosseguem as suas criminosas actividades.

Estes crimes que ocorreram em diversas dioceses irlandesas não se circunscrevem só à Igreja. Contaram com a complacência da polícia desde 1975 a Maio de 2004!

O Governo irlandês através do Ministro da Justiça, Dermot Ahern, classificou estes crimes como: “perversão calculada e sistemática do poder e da confiança infligida em crianças indefesas e inocentes”. E, verberando o criminoso conluio da Polícia, advertiu: “não haverá lugar para se esconderem”, pelo que “a justiça – mesmo quando foi protelada – não será negada”…
Ficamos, para já, a aguardar a inevitável investigação sobre o intolerável comprometimento da Polícia com estes repugnantes crimes.
Entretanto, a justiça irlandesa já condenou oito padres em Dublin e está a julgar mais três, estando em curso acções contra outros 35. A intervenção governamental foi determinante para enfrentar a atitude de “arrogância e encobrimento” da hieraraquia religiosa.

Este é o caminho certo para enfrentar estes vergonhosos e horrendos crimes. As negociações promovidas pela hierarquia religiosa com as vítimas são uma intolerável excepção e têm como finalidade última iludir a sua gravidade, deixando impunes os já referenciados prevaricadores.

Finalmente, a fuga à Justiça permite a prossecução destes crimes, escondendo a verdadeira face da ICAR.

27 de Dezembro, 2009 Ricardo Alves

Ouvimos-te, José!

O Policarpo usou o seu tempo de antena natalício no canal de todos nós para responder à Associação Ateísta Portuguesa. Registe-se: «nos últimos tempos, entre nós, falou-se muito de ateísmo; exprimiram-se ateus, pessoas e organizações, defendeu-se o direito de ser ateu e de exprimir a negação de Deus».

José Policarpo, numa prova de respeito e civilidade, não se exime portanto a argumentar a existência de «Deus» com os ateus. É bem. No entanto, sabe que o diálogo é desigual e que o canal pago com os meus impostos não convida o Munir para falar no início do Ramadão, nem dará a palavra ao Carlos Esperança ou ao Ludwig Krippahl para lhe responderem como merece. E isso fica-lhe mal. Porque é abuso de posição dominante.

Quanto aos argumentos: são fracos. Concordo que «não é o facto de os crentes acreditarem em Deus que faz com que Ele exista»; e também que «não é o facto de alguém não acreditar em Deus que faz com que Ele não exista». Não acho é que haja «mistério» algum neste assunto que não tenha explicação humana. Compreendemos cada vez melhor como «Deus» foi inventado.

Finalmente, quando Policarpo quiser dar lições de humildade, que abdique do espaço na televisão de todos. Não é muito curial aproveitar um espaço numa televisão paga por todos para difundir uma mensagem tão arrogante e divisiva como a sua, centrada na crítica aos ateus e no apelo à conversão de judeus e muçulmanos. E, como já disse um comentador do Diário Ateísta, se quer fazer prova de humildade que proteste por lhe chamarem «Dom», «Eminência Reverendíssima» e outros desvarios que tais. Ah, e use menos maiúsculas. Acima de tudo menos maiúsculas, por favor.

26 de Dezembro, 2009 Carlos Esperança

A homília natalícia do Cardeal Patriarca

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E – Pá

A homília de Natal de D. José Policarpo trouxe a público posições rígidas e dogmáticas (para não chamar fundamentalistas) da ICAR que reflectem o modo como as autoridades religiosas olham a sociedade actual.

Disse, Sua Eminência:
“…É um dos grandes paradoxos da História, um povo oficialmente crente em Deus não reconhece Deus que o visita”…

Bem. Não existem povos oficialmente crentes em Deus fora das teocracias, quaisquer que elas sejam.
A confusão entre o Estado laico que temos e a liberdade de prática de qualquer religião, não pode levar o cardeal a reivindicar qualquer privilégio, nem qualquer estatuto de excepção. A liberdade religiosa é um princípio democrático – só existe em plenitude nos Estados laicos – e está acima dos interesses e das mordomias da ICAR, como é o incompreensível regime de excepção da Concordata…
A liberdade religiosa diz respeito a todos os crentes – católicos ou de outras religiões – , e inclusive, aos agnósticos e aos ateus.

Mais adiante afirmou:
“Outros refugiam-se na atitude agnóstica de quem não se pronuncia, de quem não sabe dizer nada sobre Deus. Respeitam os crentes, mas não se sentem interpelados por eles, esquecendo que há inquietações profundas que dificilmente se podem calar”.
Estas “inquietações” do eminente purpurado mostram-se distantes de qualquer racionalidade dialéctica.
Na verdade, os agnósticos e os ateus interrogam-se sobre múltiplas posições dos crentes que transbordam para a sociedade. A Igreja, melhor dizendo, as Igrejas, nomeadamente, as hierarquias religiosas, são as primeiras a não tolerar a existência de “não-crentes”, como se vivêssemos em tempos em que a arrenegação dos “Deuses” fosse um abominável crime.

Este foi o imaginário paradoxo histórico que o patriarca não soube resolver e “atirou-o”, numa grosseira generalização, para cima dos cidadãos, acompanhadas do público exorcismo dos agnósticos e dos ateus. De facto, antes destas natalícias congeminações, tecidas no ano da graça de 2009, “sucedeu” há mais de 200 anos a Revolução Francesa. O paradoxo está aqui!