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Categoria: Catolicismo

3 de Novembro, 2010 Ricardo Alves

As tácticas confusionistas de algum clero católico

Um indivíduo conhecido pelo cognome de «Frei Betto», sacerdote católico, afirmou que «[os torturadores] praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus». Para um católico, parece haver lógica nisto: quem pratica actos de tortura, mesmo que seja católico de crença, prática e (porque não?) sacerdócio,  passa, por esses actos, a ser «ateu militante». O que significaria que há muitos católicos praticantes, inclusivamente sacerdotes, que serão, no original pensar do senhor Carlos Alberto Libânio Cristo (é o verdadeiro nome da criatura) genuínos ateus, até militantes. Ou seja: os padres que abençoavam a tortura eram ateus; os que participaram na inquisição eram ateus; e se algum Papa ordenou um homicídio, era ateu (até militante). Chama-se a isto passar a batata quente, desejo de transferência da culpa, ou confundir o debate.

E como argumenta aqui o Daniel Sottomaior: poderíamos identificar a maldade com o cristianismo ou o islamismo, e dizer que quem mata ou tortura pratica cristianismo militante ou islamismo militante? Ou isso já seria preconceito?

Que dizer mais? Um padre não tem medo nem do ridículo nem da incoerência. Tal destemor é elevado a virtude na sua profissão. Como se vê.

2 de Novembro, 2010 João Vasco Gama

Mudanças sociais em Espanha

O perfil da sociedade espanhola está a sofrer alterações rápidas, nomeadamente no que diz respeito ao papel do catolicismo entre a juventude. Metade dos jovens entre 15 e 29 anos já não se considera católica, e especula-se que essa situação pode estender-se à sociedade no seu todo dentro de cerca de 20 anos. Note-se que, de acordo com os dados de 1990, cerca de 90% da população espanhola se declarava católica.

2 de Novembro, 2010 Carlos Esperança

O valor terapêutico da missa

Por

José Moreira

Há, em Portugal (e não só), uma tradição que, em pleno Séc. XXI começa a adquirir contornos de curiosa e… troglodita. Trata-se de, a propósito das efemérides das instituições, mandar rezar missa pelas almas dos respectivos funcionários. Os falecidos, evidentemente.

Desde logo, isso levanta diversas questões, que sei que não vou esgotar neste ‘post’. Nem isso eu pretendo.
Vamos ver:

Desde logo: os funcionários falecidos eram TODOS católicos? Não haveria, no meio deles, alguns islâmicos, mesmo que disfarçados para não serem discriminados? Não haveria hindus, judeus, budistas, por exemplo? Não haveria ateus? E aqui o caso assume alguma gravidade, porque, como é consabido, o ateu não tem alma. Podem correr e saltar; não tem, ponto final. E continuo à espera de alguém que consiga provar-me o contrário. Ninguém pode ter uma coisa que não existe, é das mais elementares leis da física. O que quer dizer que alguém (o padre) esteve a ganhar dinheiro por uma coisa que disse que fez, mas não fez: rezar por uma coisa que, na verdade, não existe. E ainda que existisse, duvido de que o ateu quisesse que lhe rezassem por ela. Pelo menos, sem autorização dele, ateu.

O “rezar missa pela alma” é uma afronta a Deus. Na verdade, toda a família católica que de tal se preza, manda rezar missa pelos respectivos defuntos ao fim de uma semana (missa do 7º dia) ao fim de 30 dias (missa do mês) e ao fim de um ano (missa do ano). Isto para já não falar na “missa de corpo presente”. Algumas vão ao ponto de mandar rezar missa pelo aniversário natalício, pelo aniversário do casamento, pelo aniversário do curso… O mandar rezar tantas missas, implica que não se confia no poder e misericórdia do Criador. Em primeiro lugar, porque Ele sabe perfeitamente que a alma precisa de ser salva, não é preciso ninguém lembrar-Lhe. Estão a passar-Lhe um atestado de incompetente, depois admirem-se se Ele ficar chateado. Mas, partindo do princípio de que o Criador está, em determinada altura distraído, pronto, vá lá, reze-se uma missa. Mas… todos os anos???? A não ser que as missas tenham um prazo de validade curto, o que não é despiciendo.

Outra questão, é que há instituições que mandam rezar missa pelos que morreram em serviço e pelos que morreram ao serviço. Ou seja, pelos que morreram por causa do serviço (em combate, por exemplo) e os que morreram enquanto estavam ao serviço (por exemplo a aguardar o despacho do director-geral com vista à reforma). Esquecem-se dos  que também morreram e já eram aposentados (é um direito que lhes assiste), o que é uma discriminação inqualificável. Felizmente que há grupos de aposentados vivos, que se reúnem e mandam rezar missa por TODOS os falecidos e fica o assunto resolvido. Embora com manifesta desvantagem para os aposentados falecidos, que sempre ficam com uma missa a menos…
Outro aspecto é: reza-se PORQUÊ? Ora, pela alma ou, mais exactamente, pela salvação da alma. Está bem. Mas… salvar a alma, DE QUÊ? É que, da forma como as coisas estão, não há salvação possível.
Eu explico.
Há uns anos, havia um lugar chamado Purgatório. Era para onde iam as almas que tinham de se purificar antes de ir para o Céu. E as pessoas rezavam para que as almas estivessem pouco tempo naquele local, ou para que Deus aliviasse as suas penas – metiam “cunhas”, portanto. João Paulo II declarou, “urbi et orbi”, que o Purgatório não existe. Aliás, nem o Inferno. Então, isso só significa que todas as almas vão para o Céu, direitinhas, já que não há mais para onde ir.

Só que Bento XVI resolveu “abrir”, novamente, o Inferno (que tinha sido declarado extinto pelo antecessor). Então, ficamos com Céu e Inferno. E, neste caso, a situação assume foros de burla (por onde anda a ASAE e/ou a PJ?). É que do Inferno ninguém se safa, por mais missas que se rezem; e quem está no Céu não precisa de missas para nada. Mas a Igreja continua a rezar (o que não é grave) e a cobrar (o que é gravíssimo) por autêntica “banha da cobra”.

Depois, levanta-se outra questão: Não consegui ver, em nenhuma das bíblias que tenho, qualquer referência a “missa”. Nem no Antigo Testamento nem no Novo. O que me leva a crer que as missas são invenção da Igreja tendo em vista o seu fabuloso negócio. Negócio de contornos bem obscuros, acrescento.

Com efeito. Vamos supor que dez famílias pretendem mandar rezar uma missa pelos respectivos defuntos. Vão ao padre, e encomendam. O padre recebe dinheiro das DEZ famílias, marca o dia e a hora da missa e celebra UMA missa, durante a qual vai lendo, num papel, os nomes dos falecidos. Cobrou DEZ, rezou UMA.

O mesmo para casamentos e baptizados. Podem ser dez crianças. O padre faz UM baptizado, e cobra DEZ. Embora eu compreenda que a actual crise deva ter inflacionado o preço da água-benta.

Por isso, aqui vai o meu conselho. As famílias que pretendam mandar rezar missa pelos falecidos, verifiquem, nos locais apropriados, quem morreu no mesmo dia. Reunam-se. Mandem celebrar UMA missa por alma de todos. Fica muito mais barato. Com o dinheiro que sobra podem, perfeitamente, depois da missa, ir comer um bom “cozido à portuguesa”.

Vejamos o que diz o blogue “www.gotquestions.org” acerca do assunto: Para os crentes, o estado pós-morte é estar “ausente do corpo e habitando com o Senhor” (II Coríntios 5:6-8; Filipenses 1:23). Note que não diz “ausente do corpo, no purgatório com fogo purificador”. Não, por causa da perfeição, completude e suficiência do sacrifício de Jesus, nós estamos imediatamente na presença do Senhor após a morte, completamente purificados, livres do pecado, glorificados, perfeitos e finalmente santificados.
Está na Bíblia. Dizer missa, para quê?

Com esta Igreja, não vamos a lado nenhum. Rezem-lhe pela alma.

PS: ultimamente, usa-se o eufemismo de “missa em memória”. EM

1 de Novembro, 2010 Carlos Esperança

Rezar, rezar, até que a voz lhes doa…

Por

José Moreira

Acabo de ter conhecimento, através da Televisão, que no Algarve se vai rezar ininterruptamente durante quinze dias, para que Deus desperte as vocações. Isto porque, alegadamente, não há padres que cheguem.

Analisemos:
Deus é omnisciente, de acordo com os crentes. Ora, assim sendo, Deus sabe que não há padres que cheguem para satisfazer as necessidades. As necessidades religiosas, naturalmente. Pois bem: se Deus sabe que não há padres suficientes e não desperta, por iniciativa própria, as vocações, ele lá sabe porquê. Isto porque, como é consabido, os desígnios de Deus são insondáveis. Logo, não me parece religiosamente correcto que alguém se arrogue o direito de lembrar Deus dos seus deveres. No mínimo, é um insulto, uma chamada de atenção, sabido que é que Deus, tal como o Papa, é infalível. Aliás, eu até acho que Deus não tem deveres. Deus é Deus, ponto final. Por outras palavras: orar para que Deus desperte as vocações, equivale a questionar Deus. E, ao que dizem, Deus não deve ser questionado.

A não ser… A não ser que alguém pretenda escrever o nome no Livro de Recordes do Guiness. Se assim for, já dá para entender. Confesso que não sei em quanto vai o recorde, mas QUINZE dias a rezar é obra!

Como estratégia de “marketing”, confesso que não está mal…

31 de Outubro, 2010 Carlos Esperança

A primeira comunhão_1 (Crónica)

Seis décadas depois vêm-me à memória as doces catequistas da minha infância. A menina Aurora e a sua Tia Ricardina ambas solteiras de muitos anos e beatas de quase tantos outros. Lembro-me do fervor com que me ensinaram a odiar os judeus porque mataram Cristo, os maçons porque perseguiam a igreja e os comunistas porque eram ateus. Recordo o entusiasmo que punham nas orações para que Deus iluminasse os nossos governantes e lhes desse longa vida, apelos ouvidos apenas no que diz respeito à segunda parte.

Nas aulas de doutrina explicavam-me a cor do firmamento, ao pôr do sol, como sendo o sinal de que os comunistas iam matar os cristãos, conforme a Irmã Lúcia tinha revelado, e eu, tão estúpido, que não deixava de ser cristão, com maior medo do Inferno e das suas labaredas, onde apenas se ouviam gritos e ranger de dentes, do que da morte que os ditos comunistas me preparavam.

Penso que era o medo da revelação do 3.º segredo de Fátima que me toldava a razão e me deixava manietado para outras reflexões. Sabia que Deus estava muito zangado, do mesmo modo que toda a gente o sabia, por ouvirmos dizer, bem entendido, e que devíamos rezar o terço para lhe aplacar a ira contra os que não eram crentes mas, não sei porquê, quem pagava éramos nós, talvez por Ele não ter jurisdição nos que não acreditavam, mas isso não podia ser porque Deus era omnipotente, eu só não percebia a obsessão da nossa parte em assumirmos culpas alheias e fazer pagamentos por conta, o motivo de termos de expiar os pecados alheios, isso na época não me admirava, havia muita solidariedade, eram grandes os sentimentos que nos animavam e nobres as devoções a que nos dedicávamos. Assim salvássemos a nossa própria alma de ser frigida no azeite das profundezas, combustível de sabor mediterrânico que alimentava os meios de produção da eterna justiça a cujo suplício estavam destinados os condenados.

Valia-me a certeza de fazer parte dos poucos, poucos é a gente a falar pois na aldeia eram todos, que podiam aspirar à bem-aventurança eterna. A nossa religião era a única que conduzia à salvação, todos os outros estavam errados e faziam muito mal em não se converter. A Santa Madre Igreja, Católica, Apostólica, Romana, estava aberta, nunca compreendi como é que podia haver quem se negasse à conversão e ao caminho da santidade que lhe eram oferecidos, como é que alguém podia duvidar de que o papa fosse o sucessor de Pedro e o representante de Cristo na Terra bem como serem os Senhores Bispos os sucessores dos Apóstolos! Como era possível que os judeus se não arrependessem de ter assassinado Jesus Cristo e persistissem no erro, que os moiros teimassem em permanecer infiéis, vá-se lá perceber a razão de ser mais fácil persistir no erro do que aceitar a salvação. Era tão difícil o entendimento, sobretudo a quem não conhecia a outra parte, e ainda bem, pois era dever de um cristão converter os outros ou, se eles o não quisessem, usar meios adequados para livrá-los do erro.

Por sua vez o Sr. Padre, depois da me ter examinado e aprovado no exame da catequese, declarou-me em condições de iniciar os preparativos para a primeira comunhão. De novo as catequistas se encarregaram de me preparar para a desobriga que a precedia. Foi durante a confissão que, genuflectido, depois de uma oração preliminar, me convidou a contar-lhe os pecados. Esforcei-me por me recordar das vezes que tinha posto o dedo na malga da marmelada sem saber se de um só pecado, repetido, se tratava ou de tantos quantas as incursões no vaso onde se guardava uma guloseima castanha e muito doce à espera de tentar uma criança. Dava voltas à memória para saber se tinha alguma vez mentido, se tinha maus pensamentos – e isso tinha – pensava em partir o pião dum colega acertando-lhe com o ferrão do meu, se tinha pecado por palavras ou obras, indiscutível matéria de reflexão e arrependimento, pois eu conhecia palavras feias que não cabia a um cristão pensar e muito menos pronunciar. Mas não era disso que cuidava o Sr. Prior na longa confissão, que eu entendi como proporcional à dimensão dos pecados ou, na melhor das hipóteses, como deferência para com o filho da Sr.ª Professora, mas eu não pensava nesta possibilidade, pois as crianças não são sensíveis à deferência nem à divisão em castas. O reverendo cuidava saber se eu praticava o pecado solitário, maldade de cujo ensinamento o medo que as outras crianças tinham da professora me havia até então livrado, e, perante a minha ignorância, preveniu-me piedosamente por antecipação, antes é que vale a pena não é depois do mal feito, preveniu-me – dizia – dos riscos da cegueira a que podia conduzir-me esse pecado, risco que me afligia bastante, bem como da tuberculose que, apesar da gravidade à época, eu não estava em condições de avaliar.

Perguntou-me ainda se eu fazia marranices, palavra com que acabava de me enriquecer o léxico, o que me deixou perturbado por ser um pecado que eventualmente eu cometesse sem saber, possibilidade de elevado grau de probabilidade pois aos pecados confessados não fora dada importância e aos pecados desconhecidos era dada uma particular e desvelada atenção, aumentando-me a ansiedade e sentimento de culpa, tanto maior quanto  mais profunda era a minha ignorância. Explicou-me que o dito pecado era pôr-me em cima das raparigas e fazer zumba, zumba, zumba… e ficou ali a repetir a palavra algum tempo, como se tivesse esquecido o que estava a dizer, até ter recuperado a tranquilidade e ter-me mandado rezar  o acto de contrição, que eu tinha na ponta da língua, completamente desinteressado já dos pecados de que eu carecesse de aliviar-me para salvação da alma.

Levei ainda de penitência uns tantos pai-nossos e ave-marias, coisa de pouca monta que me levou a acreditar que os pecados não eram tão pesados nem difíceis de expiar como eu tinha imaginado. A penitência foi cumprida nessa noite antes de adormecer, ansioso pela chegada da meia-noite, hora canónica a partir da qual não podia tomar qualquer alimento sólido ou líquido antes da comunhão onde ia receber pela primeira vez o corpo de Nosso Senhor que, não sei como, cabia numa rodela finíssima de pão ázimo sem fermento nem sal, ainda por cima partida em pedacinhos de que só me coube uma insignificância, de paladar péssimo, que não podia tocar com os dentes, não fosse morder o Senhor, e aquilo colou-se-me ao palato e eu tinha medo de levar lá a língua que podia incomodar Nosso Senhor, que devia ser muito susceptível, e eu a debater-me com aquele pedacinho de farinha que teimava em não se desfazer, mais parecia borracha com cola, mas que eu bem sabia que tinha um alto valor nutritivo como alimento da alma, embora me não desse conta, mas disso estava prevenido pela menina Aurora e pela sua Tia Ricardina, bem como pelo Sr. Prior que na véspera veio pela segunda vez examinar-nos e confirmar a nossa preparação para recebermos Nosso Senhor. Quem não estivesse preparado não era digno, eu era, por ser o melhor aluno da catequese, mas pareceu-me que os menos preparados se deram melhor com a sagrada partícula de que se aliviaram mais cedo do que eu e, de qualquer modo, não tinha havido reprovações.

Não sei se a comunhão me purificou a alma, mas sei que me estimulou o apetite. Foi com uma fome imensa que assisti ao fim da cerimónia da santa missa sem me dar conta que a gula, que começava a devorar-me, era obra do demo que aguardava, para tentar-me, provavelmente possesso, se é que o demónio pode estar possuído dele próprio, ou talvez desesperado na luta quotidiana entre o bem e o mal, qual lutador que não se resigna a atirar a toalha ao ringue, mesmo quando o combate é desigual, quando a alma se tonifica pela oração, penitência e comunhão que são poderosos demonífugos que obrigam o mafarrico a redobrados trabalhos para não perder a quota de mercado a que se julga com direito.

Antes de correr para casa em busca de vitualhas com que pudesse saciar a fome de dezasseis horas de jejum não me esqueci de me persignar, depois de ter molhado de água benta os dedos, mergulhados na pia de pedra que saía da parede ao lado da porta da igreja, água que, apesar do aspecto, pelas propriedades intrínsecas, havia de ser um poderoso desinfectante para as moléstias da alma e um profiláctico precioso para as tentações que o demo, na sua permanente vigilância e incansável dedicação ao trabalho, não deixaria de fazer.

E eu conhecia o segredo da água benta por tê-la visto preparar pelo Sr. Padre que se paramentou de propósito e transformou um cântaro de água vulgar na dita água benta através das modificações induzidas pelas rezas que acompanharam os sinais cabalísticos, cruzes imaginárias desenhadas no ar, por cima do dito cântaro, enquanto alguns garotos seguíamos com o olhar os tais sinais para ver quando se dava o salto dialéctico, isto é, a mudança da quantidade em qualidade, ou seja a mudança da água vulgar em benta, sem sabermos ao tempo o que era isso de salto dialéctico, mas sabendo reconhecer a diferença entre uma e outra, o que era muito mais importante para a eternidade a que não podemos fugir, e bem mais decisivo para a salvação da alma, que estas sociedades modernas querem fazer crer tratar-se de anacronismo, mas que não é, que o diga a Irmã Lúcia que na opinião do Prof. João César das Neves é uma intelectual que os outros intelectuais, que o não são, não aceitam, por arrogância ou despeito, por não terem sido chamados à santidade, vá-se lá saber o motivo, o Professor também não explica lá muito bem, mas sabemos que tem razão, pois até já escreveu vários livros e foi consultor do Prof. Cavaco e não se cansa em meios bastante hostis de alertar para a salvação que hoje, tal como no meu tempo de criança, devia ser um objectivo primordial, mas as pessoas estão menos interessadas no que diz o Papa que nos livrou do comunismo do que na Televisão, que só diz mentiras, e no que afirmam os políticos que são todos uns corruptos e mentirosos que dizem coisas diferentes do que vem na santa Bíblia e, por isso, não podem dizer verdades, e só falam no bem estar material, como se o bem estar material interessasse alguma coisa, como se a alma não fosse o bem mais precioso que as pessoas têm, mas, enfim, estamos a chegar ao fim do mundo e as pessoas não acreditam, a mensagem de Fátima é bem explícita, mas as pessoas não a compreendem, nem sequer compreenderam Sua Santidade quando anunciou o terceiro segredo, mesmo os peregrinos estavam desatentos e não compreenderam, vá-se lá pedir aos outros que compreendam, para isso é preciso ter sido tocado pelo dom da fé que cada vez falta mais, bem pode esforçar-se Nosso Senhor, se os homens não quiserem, depois não digam que não foram avisados.